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RESUMO TRAUMA I #01

1. INTRODUÇÃO

T Conceitos

Definição

➔ Lesão de causa externa que causa desequilíbrio na homeostase do paciente

Epidemiologia

➔ 5,8milhões de mortes por ano (população ativa)


➔ Até 50 milhões de lesões graves (incapacitam)
➔ 80% em países sub-desenvolvidos ou em desenvolvimento

Conceitos chave

➔ Doença hiperaguda com necessidade de tratamento imediato


➔ Tratar primeiro o que mata primeiro
➔ Diagnóstico não é necessário no atendimento inicial, tratar achados
➔ História detalhada, anamnese, exame físico completo – não
➔ Padronizar atendimento e equipes melhora o prognóstico do doente

Mortalidade do trauma

➔ Bimodal X Trimodal
o Entender os conceitos e como o trauma mata trás maior clareza
➔ 1° Pico – morte imediata
o Lesões
▪ TCE e raquimedular extenso ou grandes lesões em vasos exsanguinantes

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o Mecanismo
▪ Atropelamentos em alta velocidade, FAF e FAB de alta energia ,
esmagamentos e quedas de grandes alturas
o Tratamento – Prevenção primária
▪ Controle de tráfego e comportamento, campanhas de prevenção,
orientações populacionais.
➔ 2° Pico – morte precoce
o Lesões
▪ Obstrução de via aérea, hematoma epi ou subdural, hemo ou
pneumotórax hipertensivo, trauma hepático ou esplêncio grave, trauma
pélvico e osteomuscular extenso.
o Mecanismo
▪ Acidentes automobilístico, FAF e FAB ou quedas
o Tratamento – Atendimento incial e Prevenção primária
▪ Vai demandar muito do preparo profissional e estrutural, atendimento
inicial ao trauma, golden hour.
o Foco em evitar as mortes evitáveis – entender o que mais mata e tratar antes
▪ 16% Manutenção de via aérea
▪ 16% Atraso no controle do sangramento abdominal
▪ 9% Atraso no controle do sangramento torácico
▪ 8% Cirurgias iniciais longas X Damage Control nos instáveis
➔ 3° Pico – morte tardia
o Lesões
▪ Complicações, sepse ou Dmos
o Mecânismo
▪ Lesões graves que recebem tratamento inicial bom porém com
complicações esperadas no tratamento.
o Tratamento – Cuidados hospitalares e Prevenção primária
▪ UTI, reabilitar, fisio e antioticoterapia

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ATLS ou ABCDE do trauma

➔ Tratar primeiro o que mata primeiro
➔ Padronização do atendimento e das equipes
➔ Tratamento conforme achados, priorizando o que mata mais rápido
➔ X antes do ABCDE – Primeiro parar sagramento exsanguinante e depois continuar

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RESUMO TRAUMA I #01

2. ATENDIMENTO INICIAL

Conceitos chaves

A – Vias aéreas e coluna


➔ Garantir via aérea pérvia e colar cervical
➔ Conversar com o paciente
➔ Ofertar O2 15L\min com máscara não reinalante
o De acordo com a ATLS todos devem receber
➔ Aplicar colar cervical e head-block
➔ Via aérea não pérvia ?
o TCE, trauma de face, trauma cervical, hipóxia por choque...
➔ Garantir via aérea segura

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B – Respiração e ventilação
➔ Pulmões, caixa torácica e diafragma
➔ Garantir uma boa oxigenação dos tecidos
➔ Exame físico direcionado
➔ Sinais vitais
➔ Problema causando insuficiência respiratória ?
o Tratar imediatamente
o Suporte clínico e ventilatório +- drenagem de tórax

C – Controle do sangramento e reposição

➔ Parar sangramento e repor perdas


➔ Exame físico direcionado
➔ O2 e acessos venosos periféricos e calibrosos
➔ Coleta de exames e tipagem snaguinea
➔ 1L ringer lactato aquecido (39º) – Sangue
o De acordo com a ATLS todos devem receber
➔ Considerar Transamin

D –Neurológico

➔ Escala de coma de Glasgow


o De 3 a 15
o Avalia resposta
▪ Pupilar
• Normais: 0

• Uma alterada: -1
• Duas alteradas: -2
▪ Verbal
▪ Motoral
➔ Déficits neurológicos
➔ Reatividade pupilar

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➔ Realizar diagnóstico diferencial:
o Drogas e etilismos, hipoglicemia e doenças de base
➔ Suspeita de lesão neurológica ? (TCE ou TRM)
o TC crânio + transferência \ avaliação neurocirurgião
o Prevenir lesão secundária (hipóxia\hipovolemia)

E – Exposição e controle do ambiente

➔ Despir o paciente
➔ Moviementar em bloco (4 pessoas, posições corretas)
➔ Controle de temperatura do ambiente

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3. VIAS AÉREAS E RESPIRAÇÃO

Vias aéreas
➔ Falta de oxigenação dos tecidos é a causa mais rápida de morte no doente
traumatizado
➔ O que fazer?
o 1º passo
▪ Avaluar via aérea e ofertar oxigênio
▪ Paciente conversa e respira
• Prosseguir a avaliação e reavaliar
▪ Paciente não conversa ou não respira?
o 2º passo
▪ Manobras para desobstruir via aérea
▪ Aspirar
▪ Chin Lift e Jaw-thrust

o Via aérea desobstruída


▪ Sim
• Prosseguir e reavaliar
▪ Não
• Via aérea definitiva

Respiração e ventilação

➔ Via aérea desobstruída

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o Sim
▪ Prosseguir e reavaliar
➔ Letra B
o Paciente ainda não ventila/respira?
▪ Trauma cranioencefálico ou torácico grave
• Via aérea definitiva
➔ Muita atenção para não garantir via aérea definitiva em doentes sem indicação
o Pneumotórax hipertensivo, por exemplo
➔ Sempre que for avaliar/mobilizar via áerea e imobilização cervical deve ser mantida

Via aérea definitiva

➔ Tubo na traqueia, como cuff insuflado abaixo das cordas vocais, conectado a um
sistema de ventilação e fixado
➔ Opções
o Tubo orotraqueal
o Tubo nasotraqueal
o Via cirúrgica
➔ Medidas temporárias ou preparatórias
o Oxigenação
o Imobilização
o Equipamentos não definitivos
▪ Cânula de guedel

• Passar cânula em crianças em 90º e em adultos 180º

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▪ Tubo laríngeo
▪ Máscara laríngea

➔ Via aérea difícil?


o Sempre no trauma
▪ Separar material
➔ Bougie
o Fio guia para guiar na intubação de via aérea difícil

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➔ Indicações

o Existem outras indicações para proteção de via aérea


➔ Intubação orotraqueal
o Sempre estar preparado
o Sempre considerar via aérea difícil
o Ventilador e material para aspiração pronto
o Como fazer?
▪ Laringoscopia pela direita
• Reto x curvo (adulto), tamanho 3,5/4,0/4,5
▪ Manobra de Sellick; intubação bi-manual
▪ Tubo 7,5/8,0/8,5
▪ Intubação orotraqueal
• Inflar Cuff
• Confirmar com *capnografia
➔ Intubação orotraqueal induzida por drogas
o Sequência rápida

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o Sequência atrasada

▪ Permite melhor oxigenação e ventilação dos pacientes


▪ Evita agitação
▪ Evita risco de broncoaspiração por ventilação
▪ Contraindicado em traumas de face e via aérea graves

➔ Drogas
o Pré medicação
▪ Lidocaína
• Pouca usada
• Bom em crianças
▪ Atropina
• Pouco usada
• Evita bradicardia
▪ Fentanil
• O mais usado
• Analgésico bom
o Indução

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▪ Midazolam
• Hipotensor e meia-vida
• Ação longa
▪ Propofol
• Hipotensor
▪ Cetamina
• Não causa hipotensão
• Tem efeito analgésico e amnésico
▪ Etomidato
• Menor efeito hipotensor
• Não pode ser usado contínuo
▪ Bloqueio neuromuscular

• Succinilcolina
o De escolha
o Não usar em rabdmiólise ou hipercalemia
• Rocurônio
o Escolha quando contraindicação a
succionilcolina
➔ Via aérea difícil
o Incapacidade de ventilar o paciente ou garantir via aérea definitiva por
intubação orotraqueal, por um profissional experiente
o Preditores de via aérea difícil

o L: Look Externally
▪ Boca pequena

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▪ Pescoço curto
▪ Obesidade
o E: Evaluate 3-3-2 rule
▪ Distância dentes = 03 dedos
▪ Distância hióide-mento = 03 dedos
▪ Distância tireóide-mandíbula = 02 dedos
o M: Mallampati
▪ Visualização da hipofaringe

▪ 3 e 4 via aérea difícil

o O: Obstrução
o N: Mobilização do pescoço
➔ Intubação orotraqueal falhou
o 1º Chamar alguém mais experiente e tentar novamente
o 2º Materiais de via aérea difícil (Bougie)
o Após 3ª tentativa está indicado via aérea cirúrgica
➔ Intubação orotraqueal foi correta porém paciente não ventila
o DOPE
▪ D – Deslocamento ou desconexão
▪ O – Obstrução
▪ P – Pneumotórax
▪ E – Equipamento
• Intubação seletiva
➔ Via aérea cirúrgica

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o Indicações
▪ Edema de glote
▪ Trauma maxilofacial grave
▪ Sangramento profuso
▪ Incapacidade de intubação
• 03 tentativas

o Cricotireoideostomia por punção


▪ Jelco calibroso
▪ Tubo T – 30 a 40 min
▪ Hipercapnia
o Cricotireoideostomia cirúrgica
▪ Escolha na urgência
• Até 72 horas
▪ Não deve ser realizado em crianças < 12 anos
• Cartilagens da criança ainda não estão totalmente formadas
o Traqueostomia
▪ Trauma de via aérea/laringe
▪ Cirurgião

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RESUMO TRAUMA I #01

4. CHOQUE

Choque
➔ Anormalidade circulatória causando hipoperfusão tecidual e orgânica
➔ Conjunto de sinais e sintomas que requerem pronto diagnóstico e tratamento
➔ Choque hemodinâmico
o Frequência cardíaca
o Frequência respiratória
o Pressão arterial
o Tempo de enchimento capilar
o Nível de consciência
o Débito urinário
o Déficit de bases e lactato
➔ Classificação
o Hipovolêmico
▪ No trauma, o mais comum hemorrágico até que se prove o contrário
▪ Fontes de sangramento
• Tórax, abdome, pelve
• Grandes membros

• Retroperitôneo, na cena

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o Obstrutivo/Cardiogênico
▪ Impede retorno circulatório
• Pneumotórax hipertensivo
• Tamponamento cardíaco
• Contusão cardíaca
o Neurogênico
▪ Resposta simpática
▪ TRM grave
▪ Hipotensão e bradicardia
o Séptico
▪ Raro no trauma, mas existe
o No choque se deve
▪ Diagnosticar
▪ Classificar
▪ Tratar na avaliação primária
o Resposta ao tratamento

▪ Avaliar sinais vitais


▪ Indicar
• Sangue ou cirurgia
➔ Diagnosticar, classificar e tratar na avaliação primária

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o 1º parar sangramento
▪ Tórax
• Drenagem de tórax

• Toracotomia
▪ Abdome
• Laparatomia
▪ Pelve

• Fixar pelve + tamponamento


▪ Membros
• Compressão local
• Torniquete

• Fixação externa
▪ Retroperitônio
• Laparotomia
▪ Cena
• Cuidado com ressangramento após estabilização
o 2º repor as perdas (ao mesmo tempo)
▪ 02 acessos venosos periféricos calibrosos
▪ Reposição volêmica

• 1L de ringer lactato enriquecido 39º para todos


• Transfusão se necessário

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➔ Acesso intraósseo
o Terço proximal da tíbia ou
o Terço distal do fêmur
o 1ª escolha para crianças
o Pode-se infundir qualquer medicação
o Cuidado com
▪ Osteomielite

▪ Fratura iatrogênica

▪ Erro de punção

➔ Acesso venoso central


o Subclávia
o Jugular
o Femoral
▪ Escolha no trauma
o Utilizar
▪ Técnica asséptica
o Riscos
▪ Punções arteriais
▪ Pseudoaneurisma
▪ Pneumotórax
o Necessidade de posicionamento
➔ Dissecção venosa

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o Safena
▪ Anterior e superior ao maléolo medial
• 1cm pra cima e 1cm pro lado
o Utilizar
▪ Técnica asséptica
o Atenção
▪ Incisão generosa
▪ Dissecção
▪ Ligadura distal
▪ Canulação proximal
▪ Pode infundir tudo
➔ Reposição volêmica
o 1L de ringer lactato aquecido 39º para todos
o Transfusão se necessário
➔ Transamin
o Trauma + suspeita de sangramento

➔ Tríade letal do trauma

Sangramento

➔ Hemoderivados
o Concentrado de hemácias tipado
o Auto-transfusão
o Protocolo de transfusão maciça
▪ 10 unidades de hemácias em 24 horas ou 04 bolsas em 01 hora

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o Ressuscitação balanceada
▪ 1:1:1 – plasma e plaquetas
o Tromboelastograma
➔ Controle do sangramento no trauma

o Quando tratar com essas técnicas?


▪ Choque
• Grau III
• Grau IV
▪ Paciente não respondedor
▪ Foco de sangramento de difícil controle
o Ressuscitação hemostática
▪ Protocolo de Transfusão Maciça (PTM)
▪ Indicação

• Mecanismo de trauma
▪ PTM
• 04 concentrados de hemácias em uma hora
• 10 concentrados de hemácias em 24 horas

Grandes chances de necessidade de PTM

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o Hipotensão permissiva
▪ Manter pressão arterial abaixo da normalidade
• Evitar piora do sangramento
▪ Medida temporária
▪ Alvo
• PAS 80/90 / PAM 50/60
▪ Realizar monitorização invasiva e reposição volêmica em alíquotas
▪ Trauma cranioencefálico é contraindicação
▪ Trauma contuso tem piores resultados
▪ Assim que o sangramento for controlado
• Não está mais indicada
o Damage control

➔ Choque neurológico

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5. MEDIDAS AUXILIARES

Monitorização
➔ Saturação
➔ Pressão arterial
➔ Frequência cardíaca
➔ Cardioscopia

Capnografia
➔ Padrão ouro para intubação orotraqueal

Sondagem
➔ Todo paciente vítima de trauma grave
o Controle de diurese
➔ Uretrorragia
o Contraindicação
o Chamar especialista e/ou realizar uretrocistografia
➔ Hematúria e alteração prostática não são contraindicações
➔ Fratura de pelve e lesões perineais são contraindicações relativas
➔ Padrão ouro para intubação orotraqueal

Sondagem
➔ Todo paciente vítima de trauma que vai ser intubado precisa de sonsa gástrica
o Via oral é melhor
➔ Alivia distensão
➔ Diminui risco de broncoaspiração
➔ Diminui resposta vagal
➔ Contraindicações
o Suspeita para fratura de base do crânio

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Exames
➔ Sempre solicitar
o Tipagem sanguínea
o Fator Rh
o Gasometria arterial
o BetaHCH em mulheres de idade fértil
➔ Considerar
o Hemograma
o Coagulograma
o Plaquetas
o Exames de funções orgânicas

Radiografias
➔ Nunca atrasar transferência ou tratamento
➔ Rx de tórax e Rx de pelve fazem parte da avaliação primária
➔ Rx de cervical é necessário em alguns casos
➔ Demais raio X sob demanda

Tomografia Computadorizada de corpo

➔ Paciente estável
➔ Varia muito conforme instituição e protocolo
➔ Diminui mortalidade e erro diagnóstico em casos de trauma grave
o Quedas de grandes alturas
o Atropelamentos
o Acidente automobilísticos em alta velocidade

Ultrassonografia no trauma
➔ Exame de imagem que transforma ondas sonoras em luz
➔ Transdutor emite energia sonora que reverbera nos tecidos e retorna ao aparelho

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➔ Benefícios
o Exame rápido
o Não invasivo
o Barato
o Muito útil
o Acessível
o Auxilia diagnóstico e tomada de decisões
o Auxilia na realização de procedimentos
➔ Modos
o B
▪ Escala de cinza em tempo real
▪ Força do sinal
• Ecogenecidade
o M
▪ Comportamento da estrutura em ponto fixo
▪ Posição no tempo
o Doppler
▪ Avaliação da frequência e fluxo por cores
➔ Probes
o Curvo
▪ Baixa frequência
▪ Alta penetração
▪ Pouco detalhe
▪ Estruturas profundas
o Linear
▪ Alta frequência
▪ Baixa penetração
▪ Detalhe na superfície
▪ Acessos vasculares
▪ Corpo estranho

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▪ Abscesso cutâneo
o Setorial
▪ Baixa frequência
▪ Alta penetração
▪ Superfície pequena
▪ Espaços limitados
▪ Avaliação cardíaca e torácica
➔ USG no paciente crítico
o Diferencial de choque
▪ Hipodinâmico x Hiperdinâmico
o Avaliação cardíaca limitadas
▪ Contratilidade miocárdica
▪ Kissing walls
o Avaliação de veia cava
▪ Colabada x ingurgitada
o Realização de procedimentos
▪ Acesso venoso
▪ Drenagem de tórax
▪ Toracocenteses
▪ Vias aéreas
o Porque fazer?
▪ Diminui complicações
▪ Diminui números de tentativas
▪ Diminui tempo de canulação
▪ Maior taxa de sucesso na primeira tentativa
▪ Segurança e qualidade

FAST e E-FAST
➔ Focused Assessment with Sonography for Trauma
➔ Fácil, rápido e barato

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➔ Beira-leito, portátil
➔ Complemento do exame físico
o 200 ml de líquido em 1 min
o 50% de traumas graves não possuem exame físico abdominal confiável
➔ Indicação
o Avaliação de líquido livre abdominal
o Em paciente politraumatizado com trauma contuso
o Com exame físico não confiável
o Instável hemodinamicamente
➔ Define conduta

o Estável
▪ Tomografia
o Trauma único
▪ Tratamento direcionado
o Penetrante
▪ Já definido
o Exame físico confiável
▪ Peritonite
➔ Como fazer?
o Transdutor curvo
o Paciente em DDH

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o Linear para avaliação pulmonar
o Setorial para cardíaca
➔ Avaliar
o Líquido livre abdominal
o Líquido pericárdico
o Pneumotórax e hemotórax
➔ Mais sensível que o Rx, mais rápido que a tomografia
➔ Problemas mais comuns
o Maior taxa de falso negativo
o Retroperitônio, vísceras ocas, lesões de aorta
o Laceração pericárdica, derrame pleural
o Enfisema de subcutâneo
o Obesidade, posicionamento
o Condições pré-existentes
➔ E-fast
o Preto no cinza
▪ Líquido = hemotórax
o Linhas A
▪ Horizontais, hiperecóicas, reverberação da linha pleural,
equidistantes
o Linhas B
▪ Vertical, inicial na linha pleural, movimenta com Lung Sliding,
apaga linhas A
o Pneumotórax e hemotórax
▪ Lung sliding

• Normal, movimenta das pleuras


• Ausência não confirma pneumotórax
• IOT seletiva, fibrose pulmonar, etc
▪ Lung point
• Ponto de parada abrupta
• Patognomônico de pneumotórax

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o Janelas
▪ Hepatorrenal
• Morrinson
• Linha axilar média e 12ª costela a direita
▪ Esplenorrenal

• Linhas axilar posterior e 10ª costela a esquerda


▪ Suprapúbico
• 1 a 2 cm acima do pube
▪ Pericárdica

• Subxifoídea
▪ Pulmonares
• E-fast
• 04 janelas
o Ápices e bases bilateralmente
• Sinal da praia
o Lung sliding +
o Modo M

• Sinal do código de barras


o Lung sliding –

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6. CUIDADO DEFINITIVO

Cuidado
➔ Avaliação primária acabou e paciente está estável
➔ Avaliação secundária e transferência
o Diagnosticar lesões despercebidas
o Evitar erros e esquecimentos
o Fazer uma revisão do caso
o AMPLA
▪ Alergias
▪ Medicamentos
▪ Passado e prenhez
▪ Líquidos e alimentos
▪ Ambiente
o Exame físico da cabeça aos pés
o Exames complementares
o Transferência
▪ Transferir para hospital terciário
▪ Transferir para UTI

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7. POPULAÇÕES ESPECIAIS

Trauma
➔ População idosa aumentando progressivamente
➔ Mais funcionais e independentes
➔ Mecanismos de baixa energia podem causar lesões graves

➔ Tipos de lesões
o Todo tipo de lesão pode ocorrer
▪ Sempre de maior gravidade quando comparado ao adulto jovem
o Lesões em mecanismos de baixa energia
▪ Fraturas de punho
▪ Fêmur
▪ Costelas
▪ Pelve
➔ Trauma geriátrico
o Alterações fisiológicas do envelhecimento
o Comorbidades e condições prévias
o Medicamentos de uso contínuo
➔ Via aérea e coluna cervical
o Alterações
▪ Rigidez cervical e mandibular

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▪ Dentaduras
▪ Dose para intubações menores
o Resultado
▪ Dificuldade para manejar via aérea
▪ Rebaixamento e ventilação difícil mais comum
➔ Respiração e ventilação
o Alterações
▪ Reserva respiratória diminuída
▪ Troca gasosa e clareamento pulmonar reduzidos
▪ DPOC, tabagismo
o Resultado
▪ Risco para broncoaspiração aumentado
▪ Fratura de costela simples causa contusão e pneumonia
➔ Circulação
o Alterações
▪ Uso de antiagregantes e anticoagulantes
▪ Hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca, arritmia
▪ Betabloqueadores
o Resultado
▪ Não respondem ao choque com taquicardia e hipotensão
▪ Maior risco de sangramentos
▪ Manor resposta sistêmica ao trauma
➔ Déficit neurológico e exposição
o Alterações
▪ Doenças neurológicas prévias
▪ Diabetes
▪ Mais susceptíveis a alterações do ambiente
▪ Desnutrição, menos gordura e tecido subcutâneo
▪ Osteoporose, imobilidade
o Resultado

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▪ Diagnóstico diferencial para flutuação de consciência
▪ Alto risco de delirium
▪ Maior suscetibilidade a hipotermia, maior risco de fraturas
➔ Atendimento mais desafiador
➔ Baixa energia, grandes lesões
➔ Cuidado redobrado
➔ Alta chance de não retornar a vida anterior após uma internação

Trauma
➔ Principal causa de morte e morbidade na infância
➔ Hipóxia e hipoventilação 5x mais comuns
➔ Estrutura corporal mais frágil
➔ Apesar de ruim para o crescimento, maioria se recupera bem
➔ Via aérea e coluna cervical
o Alterações
▪ Crânio > corpo
▪ Via aérea anteriorizada, traqueia curta
▪ Cartilagens não formadas, estruturas mais frágeis
o Resultado
▪ Desalinhamento natural da via aérea
▪ Não rotacionar 180 graus cânula de guedel
▪ OT com cuff de baixa pressão < 30mmHG, nasotraqueal nunca
▪ Cricotireoideostomia cirúrgica apenas em > 12 anos
➔ Respiração e ventilação
o Alterações
▪ Caixa torácica mais complacente
▪ Frequência respiratória aumentada
o Resultado
▪ Maior risco de barotrauma
▪ Menor tolerância a hipóxia

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▪ Fraturas de costelas indicam trauma de altíssima energia
• Ou maus tratos
➔ Circulação
o Alterações
▪ Resposta diferente ao choque
▪ Anatomia vascular diferente, menor
o Resultado
▪ PA demora pra cair
• Normal = PAS 90 + 2x idade
▪ Taquicardia e palidez primeiro
▪ Acesso intraósseo melhor segunda opção para não especialistas
▪ Menor chance de iatrogenias e mais rápido
➔ Déficit neurológico e exposição
o Alterações
▪ Ossos mais flexíveis
▪ Perdas e metabolismo mais rápidos
▪ Abaulamento de fontanelas
▪ Coluna móvel e flexível
o Resultado
▪ Mais susceptíveis a hipotermia
▪ Necessário alta energia para fraturas
▪ Lesões cranianas não expandem mais
➔ Tomografias
o 1 a cada 1000 crianças evoluem com neoplasia na vida adulta
o Diagnóstico tardio ou perdido do trauma mata muito mais
➔ Trauma cranioencefálico
o Tratar hipóxia e hipovolemia agressivamente
➔ Lesão abdominal de difícil diagnóstico
o Guidão de bicicleta/tanque; cinto de segurança

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Trauma na gestante
➔ Principal causa de morte não obstétrica na gestação
➔ Tratar a mãe = tratar o feto
➔ Não deixar de realizar testes, procedimentos
➔ Mulheres em idade fértil, sempre considerar gestantes
➔ Mudanças físicas e fisiológicas que alteram o tratamento
➔ Mecanismo de trauma
o 1º acidente automobilístico

o 2º quedas

o 3º violência

o Contuso 91%

➔ Respiração e ventilação

o Alterações

▪ Ventilação minuto aumenta pois volume corrente aumenta


▪ Compressão do diafragma
• Desvio cefálico das estruturas
▪ Consumo de O2 aumentado (>sPO2 > 95%)
o Resultado

▪ Hipocapnia é comum (PaCo2 > 35 na gestação pode indicar


falência respiratória)
▪ Capacidade residual funcional diminuída
▪ Maior dificuldade de diagnóstico e manejo de problemas
➔ Circulação
o Alterações
▪ Vasoconstrição placentária para compensar sangramento
▪ Hemodiluição fisiológica
▪ Compressão da veia cava pelo útero
▪ Pelve mais dilatada
• Articulações mais moles

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o Resultado
▪ Perde volume sem repercussão clínica materna
• Sofrimento fetal
▪ DC aumenta
▪ FC aumente
▪ PA diminui
▪ Resposta diferente ao choque
➔ Trauma abdominal
o Posição do útero e dos intestinos varia conforme idade gestacional
▪ Risco de lesão uterina e feto x risco de lesão intestinal
▪ Exame físico inespecífico
• Ausência de peritonite
o Embolia amniótica e CIVD
▪ Trauma abdominal pode causar esta doença grave
➔ Manejo específico
o Colocar a paciente em decúbito lateral esquerdo ou mobilizar útero
manualmente
o Evitar vasopressores
o Cardiotocografia e consulta com especialista
o Exames conforme suspeição, independente do risco fetal
➔ Gestante Rh-
o Risco de aloimunização feto-materna
▪ 1º Mãe Rh negativa

• Feto Rh positivo
▪ 2º Hemorragia feto-materna
▪ 3º Sensibilização
o Dúvidas de gestação?
▪ Mãe Rh negativo e dúvida de trauma com hemorragia?

• Realizar imunoglobulina anti-Rh se > 11 semana de gestação


➔ Terminação da gestação
o Cesariana de urgência, sempre com o GO

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o Indicações maternas
▪ Sangramento com instabilidade materna
o Indicações fetais
▪ > 22/23 semanas
➔ Cesárea post-mortem
o Muito discutível na literatura
o Realizar na iminência de PCR materna
▪ Para melhorar circulação e retorno venoso ou em até 4 minutos de
PCR
o Também é uma tentativa para salvar o feto
o Casos de PCR prolongado não mostraram evidência de sucesso

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8. ESCORES DE GRAVIDADE

Principais escores
➔ 1°=AIS
➔ 2°=ISS
➔ 3°=NISS
➔ 4°=RTS
➔ 5°=TRISS

AIS – Abbreviated Injury


➔ Relaciona a gravidade da lesão ao local da lesão

ISS – Injury Severity Score


➔ Soma dos quadrados dos 03 maiores AIS, por região corpórea.
➔ 1° - Classificar todas as lesões no AIS
➔ 2° - Pegar as três regiões com maiores AIS
➔ 3° - Elevar ao quadrado e somar
➔ Ex:

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➔ Varia de 1 a 75
o Maior que 9 representa trauma importante
o Maior que 16 representa trauma crítico

NISS – New Injury Severity


➔ Criado por obeservar que o ISS pode subestimar alguns politraumas
➔ 1° - Classificar todas as lesões no AIS
➔ 2° - Pegar as três lesões com maiores AIS
➔ 3° - Elevar ao quadrado e somar

RTS – Revised Trauma Score


➔ Classificação fisiológica do estado do doente

➔ Varia de 0 a 8
o Quanto maior o valor, melhor o prognóstico
➔ AIS, ISS, NISS – classificação anatômica

TRISS –Trauma Injury Severity


➔ RTS + ISS ou NISS + idade + mecanismo de trauma (penetrante ou contuso)
➔ Varia de 0 a 7,84
o Quanto maior o score, pior a gravidade

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Necessidade de diferentes
➔ Classificar o prognóstico e a gravidade do paciente
➔ Avaliar a necessidade de transferencia
➔ Avaliação em prontuário
➔ Estudos

Take-Home-Message

➔ Trauma mata muito e traz muitas sequelas
➔ É importante diagnósticar rápido e tratar ainda mais rápido
➔ É preciso seguir ordens e elencar prioridades
➔ Ter uma equipe bem treinada e preparada

O que mais cai nas provas?



➔ Próxima conduta - ABCDE
➔ Momento da intubação – queimaduras, irresponsividade e apnéia
Indicações de PTM e cirurgia – Choque e fonte de sangrament

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