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Cirurgia Cabeça e Pescoço

Patologias Congênitas do Pescoço


TIREOIDE ECTÓPICA

 Tireoide localizada FORA do local habitual


 Fisiopatologia  falha na descida da glândula
pelo ducto tireoglosso

Clínica:

 Odinofagia
 Disfagia
 Dislalia

Exames complementares:

 ATENÇÃO! USG  padrão ouro


 Exames laboratoriais Apresentação clínica:
 Biópsia
 TC e RNM  Anomalia congênita
 Paciente geralmente assintomático
Tratamento:  Apresentação: massa indolor e macia em linha
média na altura da membrana tirehióidea
 Expectante ou cirurgia
Exame físico:

 Palpável abaixo do osso hioide


CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO
 Móvel com a protusão da língua e com a
Fisiopatologia: deglutição
 Sinal de Sistrunk: coloca-se a língua para fora
 Essa doença é decorrente da permanência do
e observa o cisto se elevar
ducto tireoglosso
 Na vida embrionária nós temos a glândula Complicação:
tireoide avançando na parte anterior da
 Infecção do cisto com formação de fístulas
faringe como um divertículo bilobulado
patente  ducto tireoglosso  Persistência Exames complementares:
do trato que permite a descida embriológica
da tireoide, a partir do forame cego, na base  USG: método usado para diagnóstico  só é
da língua até o pescoço usado quando há solidez no nódulo
 Na 7ª semana de vida intrauterina a tireoide  TC cervical com contraste
adquire sua posição anatomia e o ducto  ATENÇÃO! Punção aspirativa: diagnóstico
tireoglosso desaparece na decima semana diferencial
 Porém, em algumas pessoas o ducto Tratamento
tireoglosso pode persistir e o seu epitélio vai
resultar em uma lesão cística que vai ser  Se inflamação local: antinflamatório +
preenchido por secreção salivar antibióticos
 Cirurgia: Operação de Sistrunk
 Remoção do cisto e de todo trajeto
até o forame cego com a remoção da
porção central do corpo do osso
hioide
CISTO BRANQUIAL Tratamento:

 Congênito  Cirúrgico  enucleação total da lesão


 Fechamento incompleto dos arcos/fendas
branquiais  células da crista neural se
ATENÇÃO! Como diferenciar teratoma verdadeiro de
descolacam para região da cabeça e pescoço
tumor teratoide?
 Aparece mais na infância, mas pode surgir na
vida adulta  Diferencia pela embriologia
 Teratoma verdadeiro  possui os 3 folhetos
Clínica:
embrionários
 LESÃO INDOLENTE  Pode mimetizar qualquer tecido e não
 Crescimento progressivo respeita limite
 Possui mobilidade  importante  Cresce independente do paciente
 Nódulo benigno, indolor, palpável  Pode sofrer desdiferenciação: raro
 Pode ter sinais flogísticos quando tem  Tumor teradoide  ocorre em 1 folheto,
inflamação normalmente ectoderma
 Costuma ter secreção
ATENÇÃO! Massa mole e boba
 Localização sublingual
Diagnóstico:  Enclausulado
 Causa abaulamento submentoniana
 CLÍNICO ou insufla empurrando a língua para
 Exames complementares: baixo
 TC
 PAAF LINFANGIOMAS
 USG
 Tumores hemartomatosos benignos de vasos
Tratamento: linfáticos

 Cirúrgico com retirada total do canal para Clínica:


evitar reicidiva
 Tumefações nodulares, indolores e flutuantes
 Se inflamado  tratar com antibioticoterapia
Diagnóstico:

ATENÇÃO! Como diferenciar cisto, seio e fístula:  Superficiais: CLÍNICO


 Profundo: clínico + exames complementares
 Cisto: lesão locular
 Seio: lesão em fundo cego que abre Tratamento:
diretamente para pele
 Pode postergar o tratamento se paciente
 Mais relação com região periauricular
estiver assintomático  acompanhamento
 Fístula: canal epitelizado que comunica duas
 Linfangioma crecendo  Escleroterapia
regiões diferentes
 Risco  complicações infecciosas e
CISTO DERMOIDE TERATOMA necrose de tecido, especialmente da
pele
 Raro tumor benigno
 Linfangioma crescendo e causando obstrução
 Classificado como tumor GERMINAL  de
de vias aéreas  Cirúrgico com ressecção
células germinativas pluripotentes
total
 Pode conter variedade de tecidos e órgãos,
como cabelo, ossos, cartilagem, tecido neural ATENÇÃO! Criança com massa cervical e relato de
e mucosa crescimento progressivo ao longo dos meses, sem
 Pode fomentar distúrbios fonéticos, prejuízo de desenvolvimento
respiratórios, alimentares e estéticos
Ao exame clínico, o que deve ser feito para diferenciar
Diagnóstico: lesão cística de linfangioma?

 Clínico + Complementares  Transluminecência: coloca luz por trás da


lesão
 Lesão clara  linfangioma Clínica:

HEMANGIOMAS  Assintomática
 Pode cursar com sintomas neurológicos ou
Neoplasias verdadeiras com proliferação de células
vasculares por compressão
endoteliais patológicas
 Causa anatômica mais comum de SÍNDROME
Tumores benignos com proliferação excessiva e focal DO DESFILADEIRO TORÁCICO
nos vasos sanguíneos  proliferação excessiva dos
Diagnóstico: clínico + complementar
vasos sanguíneos
 Manobra de Adson  roda externamente e
Mais comum em crianças
faz abdução e olha para o lado contralateral,
Clínica: cursa com aparecimento de sintomas e
parada de pulso radial
 Placa esbranquiçada, nevo anêmico,  Teste de Wrigth  hiperabdução com parada
telangectasia fraca ou mancha azul do pulso radial
Podem ser:  Teste do estresse  dois braços abduzidos e
faz movimento com as mão, paciente começa
 Superficiais a ficar com extremidades cianóticas e deixa o
 Profundos braço cair
 Mistos  Complementares  RX
Tratamento: Tratamento:
 Precoce  propanolol ou beta bloqueador  Individualizado
para induzir a regressão  Cirurgia  quando tem sintomas de
 Exemplo: hemangiomas em face gravidade
 Mais superficias  terapia a laser  Via cervical ANTERIOR
 Tratamento cirúrgico  depende do tipo e  Precisa fazer escalenotomia em
quando houver ulceração alguns casos, principalmente, quando
ANTENÇÃO! tem sintomas arteriais: imagem 1
 Quando a costela está sob a clavícula
O hemangioma tem uma fase proliferativa inicial e, precisa retirar a costela e fazer
depois, uma fase involutiva gradual, que pode escalenotomia: imagem 2
demorar de 5 a 8 anos, logo, precisa levar em  Antes de programar a cirurgia precisa
consideração que a OBSERVAÇÃO é um bom fazer arteriografia do paciente
tratamento

Quando indicar betabloqueador?

 Quando tem repercurssão sistêmica


 Síndrome de roubo: paciente perde
fluxo, logo, aumenta o débito
cardíaco, por isso, é interessante
utilizar betabloqueador
 Principal efeito colateral  bradicardia e
diminuição do status de vigília 1

Quando indicar tratamento com Laser?

 Para lesões residuais SINTOMÁTICAS

COSTELA CERVICAL

Má formação congênita óssea ou fibrosa do processo


transverso da vértebra C7

 Crescimento de uma costela extra vértebra


 Perguntar sobre quantidade de filhos,
gestação, trauma no ato obstétrico,
dificuldade de amamentar, reação,
como dorme…

 NÃO precisa de exame


 Se quiser fazer algo para corroborar
 USG
o Achado: nódulo do tamanho
de azeitona preta, bem
definido, hipoecogênico (bem
escuro), normalmente, em
2
terço médio do músculo
ATENÇÃO!

Paciente com nódulo enrrigecido, fixo, mal delimitado


 Principais sinais:
na base do pescoço ao USG, o que fazer?
 Dificuldade de mamentar  mama só
 Realizar RX em um peito, só um lado
 Principalmente em oblíqua  Criança só reage a som de um lado
 Criança só dorme de um lado
Se RX vier com megaapófise transversa  conduta
expectante
 Na falta de tratamento, o músculo retrai
 Não sabe-se se vai crescer  Fisioterapia de 3 a 6 meses, se não melhorar,
 Precisa monitorar intensificar tratamento
 Orientar sobre aparecimento de sintomas,  Se em 1 ano não melhorar  pensar
quando faz atividade física exurbitante em medidas mais severas

TORCIOCOLO CONGÊNITO

Contratura unilateral do múculo


esternocleidomastoideo

Acometimento de neonatos ou lactentes

Clínica:

 Inclinação ipsilateral ao lado do músculo


afetado com rotação contralateral
 Pode aparecer nodulação no músculo
acometido

Diagnóstico:

 CLÍNICO
 Complementares para diagnóstico diferencial,
principalmente RX

Tratamento:

 Clínico: fisioterapia + estímulos

ATENÇÃO! Paciente com 3 anos, com nódulo no


pescoço, qual deve ser a abordagem?

 Exame Clínico: anamnese + exame físico

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