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aplicação da diascopia, deixando uma mancha branca

temporária chamada "sinal de blanching". Essa técnica é


ESTOMATOLOGIA II
simples e não invasiva.
Prof. Leonardo Reis

O que é a estomatologia?

Diagnóstico, tratamento, acompanhamento, prevenção e


estudo das doenças da cavidade oral.

Podemos minimizar os efeitos do tratamento oncológico.

SEMIOLOGIA

Do grego SEMEION - SINAL

● É a parte da medicina ou odontologia que estuda


os sinais e sintomas das enfermidades;
Raspagem é uma técnica que consiste em raspar
● Verificando toda a constituição do doente, tudo o
suavemente a superfície da lesão para coletar material para
que pode ter ocorrido anteriormente e tudo o que
exame histopatológico. Quando a placa branca é removida
existe atualmente.
durante a raspagem, o diagnóstico diferencial pode ser feito
O sinal é clínico, por exemplo, baixa de plaquetas, baixa de com base na aparência da lesão. Se a placa branca é
neutrófilos e o sintoma é subjetivo, por exemplo, falar que facilmente removida, é mais provável que a lesão seja uma
está doendo, falar que não dói. infecção fúngica, como a candidíase ou candidose. Por
outro lado, se a placa branca não sai facilmente e fica presa
DIAGNÓSTICO na superfície da lesão, pode indicar a presença de outras
● Termo derivado do verbo grego DIAGNOSIS que condições, como o líquen plano, penfigóide, língua pilosa
significa CONHECER; ou neoplasia (potencialmente maligna).
● Entende-se como a identificação de uma doença a Distensão da mucosa é uma técnica realizada pressionando
integração de sinais e sintomas. suavemente a superfície da mucosa com o dedo indicador
Tipos de diagnósticos: para avaliar a textura e consistência da superfície da
mucosa oral. Por exemplo, quando um paciente negro
A) IMEDIATO: realizado quando a doença apresenta apresenta uma placa branca na mucosa jugal lateral, a
sinais e sintomas patognomônicos (distintivo o causa pode ser o leucoedema, uma condição benigna
suficiente para fazer um diagnóstico); caracterizada por uma alteração da normalidade da mucosa
B) DIFERENCIAL: os sinais e sintomas são pertinentes oral. O leucoedema se apresenta como uma placa branca
a várias condições; opaca, que pode ser vista em toda a mucosa jugal lateral. A
C) CIRÚRGICO: realizado quando se faz a exploração técnica de distensão da mucosa pode ser útil para avaliar a
cirúrgica da lesão; extensão e a consistência dessa placa branca. No entanto, é
D) TERAPÊUTICO: quando se estabelece uma importante lembrar que outras condições podem
terapêutica e se observa a evolução do quadro apresentar uma aparência semelhante, como a candidíase
clínico apesar da doença ainda não estar definida oral ou o líquen plano oral.
com base nos exames clínicos complementares.

SEMIOTÉCNICA

Técnica ou método de obtenção dos sinais e sintomas.

Diascopia ou vitropressão é uma técnica em que uma placa


de vidro é usada para aplicar pressão na pele e avaliar a
reação dos vasos sanguíneos e tecidos cutâneos. É útil para
distinguir lesões cutâneas que envolvem vasos sanguíneos
de outras lesões. Quando a placa de vidro é pressionada Cheiro pode ser um indicador importante de certas
sobre a pele, a pressão desloca o sangue dos vasos condições de saúde bucal, como doença periodontal,
sanguíneos superficiais, tornando-os menos visíveis. Se a câncer bucal, necrose e diabetes. A periodontite, pode
lesão cutânea é causada por um processo que envolve causar mau hálito persistente, o odor é geralmente causado
vasos sanguíneos, a aparência da lesão mudará após a pela presença de bactérias que produzem compostos
voláteis de enxofre. O câncer bucal também pode
apresentar um odor desagradável, especialmente em SINAL PATOGNOMÔNICO
estágios avançados, as células cancerígenas em crescimento
Sinal cuja presença é a própria de uma única doença,
rápido produzem um odor característico. A necrose, pode
permitindo diagnosticá-la sem dúvida.
causar um odor fétido. Na diabetes, as pessoas que têm
níveis elevados de açúcar no sangue podem ter um odor OBS.: A ausência desse sinal, não exclui a manifestação da
adocicado na respiração, que é conhecido como hálito doença, pois muitas delas ocorrem sem a presença deles.
cetônico. Esse odor é causado pela presença de compostos
chamados cetonas, que são produzidos quando o corpo ● Sinal de Koplik - são lesões discretamente
começa a queimar gordura em vez de açúcar para obter elevadas de 2 a 3mm, de coloração branca com
energia. base vermelha ou azulada, localizadas na região
interna da boca. Esse sinal é considerado um
Auscultação pode ser uma técnica útil para avaliar indicativo precoce de sarampo e pode ajudar no
pacientes com DTM. Durante a auscultação, o CD coloca um diagnóstico dessa doença viral altamente
estetoscópio sobre a ATM e pede ao paciente que abra e contagiosa.
feche a boca. Isso permite a avaliação da pressão na ATM e
identificação de possíveis ruídos anormais, como estalos ou
crepitações.

Palpação é uma técnica importante utilizada em


odontologia para avaliar o tecido mole e duro na boca do
paciente. Durante a palpação, o CD pressiona suavemente a
área a ser avaliada e sente a consistência e textura dos
tecidos. É frequentemente utilizada para avaliar a presença
de lesões orais, nódulos, inchaço, dor ou sensibilidade em
áreas específicas da boca. Por exemplo, a palpação pode ser
realizada nas glândulas salivares, nos tecidos ao redor dos ● Dentes de Hutchinson - são um achado dentário
dentes e gengivas, na língua e na mandíbula. característico da sífilis congênita, que é transmitida
da mãe para o feto durante a gestação. Esses
SINAIS E SINTOMAS
dentes são incisivos decíduos em formato de chave
SINAL de fenda e molares em formato de amora, que
apresentam uma coroa mais larga e curta em
Do latim SIGNALIS - INDÍCIO ou VESTÍGIO relação à coroa normal desses dentes. O termo é
É a manifestação clínica visível e perceptível pelo uma homenagem ao oftalmologista britânico
profissional através de seus sentidos naturais. Jonathan Hutchinson, que primeiro descreveu essa
característica em pacientes com sífilis congênita.
Ex.: Cor, tamanho, forma….

SINTOMA

Do grego SYMPITIEN - ACONTECIMENTO

É a manifestação subjetiva percebida pelo paciente e


relatada ao profissional.

Ex.: Dor, parestesia, mal-estar….


SINAL OU SINTOMA PRODRÔMICO
SINTOMATOLOGIA OU QUADRO CLÍNICO
Quando este precede o aparecimento da doença.
É o conjunto de sinais e sintomas de uma doença.
Ex.: Eritema e prurido que surgem anteriormente às
Ex.: Guna, herpes…. vesículas de herpes.
SÍNDROME PROGNÓSTICO
Quando a sintomatologia caracteriza uma doença É a previsão que se faz a respeito da evolução e cura de
específica. uma doença.
Ex.: Síndrome de Sjogren, Síndrome de Gorlin-Goltz, Pode ser: favorável, reservado, sombrio e fatal.
Síndrome de Behçet….
Diagnóstico precoce tem prognóstico favorável. É muito HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA - HFI
difícil na odontologia o diagnóstico ser fatal.

PROSERVAÇÃO OU “FOLLOW-UP”

É um acompanhamento clínico e/ou através de exames


complementares de um paciente por um período de tempo.

IDENTIFICAR OS SINAIS

Observar se tem os sinais da inflamação.


É uma lesão derivada de uma reação hiperplasia do tecido
PPNN - PROCESSO PROLIFERATIVO NÃO NEOPLÁSICO conjuntivo fibroso.

Grupo de lesões comuns na boca, que possuem Geralmente, existe uma relação entre o surgimento da HFI e
crescimento tecidual exofítico (que se projeta para fora da o uso de prótese mal adaptada.
superfície normal do tecido) de natureza inflamatória e que
● Prega única ou múltipla de tecido hiperplásico no
não apresenta características histológicas neoplásicas.
vestíbulo alveolar;
Também podem ser denominados de aumentos teciduais ● Local mais comum: rebordo alveolar, mucosa
de origem traumática. jugal…;
● Consistência fibrosa (algumas ulceradas);
Organismo responde a inúmeros tipos de agressões:
● Superfície lisa;
● Cálculos supra e subgengivais; ● Coloração variando do rosa ao vermelho;
● Próteses com má adaptação; ● Adultos de meia idade (prótese).
● Dentes em mau estado;
Posso ter uma hiperplasia fibrosa em criança? Sim, por
● Restaurações com excessos interproximais.
hábitos parafuncionais, ausência dentária…
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS EM COMUM
Estudos revelam maior prevalência em mulheres.***
● Elevações nodulares; Mulheres vivem mais, usam mais próteses, mulheres
● Pedículadas ou sésseis; procuram mais atendimento, por isso, às vezes o estudo
● Coloração rosada à avermelhada; mostra a prevalência em mulheres.
● Superfície lisa/lóbulada;
TRATAMENTO
● Superfície brilhante;
● Consiste à palpação; ● Suspensão do uso da prótese;
● Evolução lenta; ● Aguardar regressão total ou parcial da lesão;
● Bem delimitada. ● Excisão cirúrgica;
● Substituição da prótese após cicatrização
completa.

HISTOLOGIA

● Tecido de granulação com proliferação endotelial;


● Estroma de tecido conjuntivo frouxo e infiltrado
inflamatório composto por linfócitos, plasmócitos
LESÕES e neutrófilos, geralmente nas regiões ulceradas;
1) Hiperplasia Fibrosa Inflamatória - HFI; ● Hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso;
2) Lesão Periférica de Células Gigantes - LPCG; ● Epitélio de revestimento é hiper
3) Granuloma Piogênico - GP; paraqueratinizado, com hiperplasia irregular das
4) Fibroma Ossificante Periférico - FOP. papilas;
● O epitélio apresenta hiperplasia papilar
IMPORTANTE…. inflamatória ou epiteliomatosa;
● Frequentemente são encontradas áreas focais de
O seu diagnóstico final deve ser realizado através de exame
ulceração principalmente entre as pregas,
histopatológico do material obtido por biópsia incisional ou
inflamatório crônico variável.
excisional (remoção completa da lesão ou do tumor
juntamente com uma pequena margem de tecido saudável
circundante), dependendo do local e da extensão da lesão.
É comum que lesões inflamatórias crônicas apresentem crescimento de forma rápida relacionado com o aumento
maior número de células inflamatórias, como linfócitos, de estrogênio e progesterona - granuloma gravídico.
macrófagos e células plasmáticas.
HISTOLOGIA

● Tecido de granulação com proliferação endotelial;


● Estroma de tecido conjuntivo frouxo e infiltrado
inflamatório composto por linfócitos, plasmócitos
e neutrófilos, geralmente regiões ulceradas.

GRANULOMA PIOGÊNICO - GP

É um crescimento tecidual não neoplásico, resultado da


proliferação de tecido vascular, como resposta a uma
irritação ou trauma crônico.

Retifica-se o uso incorreto do termo granuloma, pois não


existe a formação purulenta.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

● Massa plana ou lobulada;


● Séssil ou pediculada;
● No início, as lesões se apresentam muito Proliferação vascular anormal, resultando em um aumento
vascularizadas, explicando assim, a sua coloração no número de vasos sanguíneos na área afetada. Essa
avermelhada ou roxa, sendo moles e não friáveis; proliferação de vasos sanguíneos é responsável pela
● Em estágios mais avançados a sua consistência se aparência elevada e vermelha do GP. Além disso, como em
torna mais firme e de cor rosada, decorrente do outras lesões inflamatórias, é comum haver a presença de
alto grau de colagenização; células inflamatórias como polimorfonucleares, linfócitos,
● 75% em gengiva; plasmócitos e neutrófilos na área ulcerada.
● Processo inflamatório como consequência da má TRATAMENTO
higiene;
● Quando encontrado em lábio, língua mucosa Excisão cirúrgica conservadora, que usualmente é curativa
jugal, a etiologia está relacionada, geralmente, por
FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO - FOP
um trauma crônico;
● Maior prevalência na região anterior (localização
preferencial é na gengiva inserida);
● Encontrada em mulheres com idade intermediária
de 21 a 50 anos (devido aos efeitos vasculares
provocados pelos hormônios femininos).

Durante o período gestacional, as mulheres sofrem grandes


influências hormonais, o que pode estar envolvido com o
● Crescimento gengival comum;
surgimento e desenvolvimento da lesão, que pode ter o
● Lesão de natureza reativa não neoplásica;
● Ocorre exclusivamente na gengiva e rebordo
alveolar (quando o paciente não tem dente).

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

● Pode atingir um diâmetro de mais de 2 cm***;


● Podem se formar substâncias calcificados como
osso, cemento, calcificações amorfas*** (que
apresentam radiopacidade, mas nem sempre - o É uma lesão periférica porque é fora do osso, e na hora da
FOP jovem ou recente pode ter o material dentro avaliação histológica está cheia de células gigantes
do fibroma, chamado de cementóide, que ainda multinucleadas.
não está maduro);
● Proliferações benignas não neoplásicas;
● Raro em área edêntula (tem que ter um fator
● Consideradas localmente agressivas;
irritante, alvéolo contaminado, resto radicular);
● Mucosa alveolar e gengiva edêntulas;
● Tem consistência fibrosa;
● A etiologia dessas lesões ainda é incerta;
● Séssil ou pediculado;
● Originada do ligamento periodontal ou do
● Cor semelhante à da mucosa - normocrômico;
periósteo submetido a fatores traumáticos;
● Não apresenta envolvimento aparente do osso
● Crescimento rápido;
adjacente;
● Crescimento gengival exofítico de coloração
● Predileção pelo sexo feminino;
vermelho-escura;
● Preferência entre a segunda e a quarta década de
● Base séssil ou pediculada;
vida.
● Diferentes dimensões e pode causar deslocamento
HISTOLOGIA dos dentes;
● Paciente com condições de higiene precária;
● Epitélio pavimentoso estratificado - ulcerado ou
● Lesões bem delimitadas;
não;
● Maior prevalência no sexo feminino;
● Tecido conjuntivo fibroso vascularizado com
● Região mandibular.
múltiplos fibroblastos;
● Deposição de fibras colágenas e mineralização sob Clinicamente pode confundir com GP, mas lembrar que o
a forma de glóbulos de cemento, osso maduro e único com relação hormonal é o GP.
calcificação distrófica - comumente, há uma
HISTOLOGIA
combinação desses materiais mineralizados.
● Proliferação de células gigantes multinucleadas;
● Tecido conjuntivo muito vascularizado, podendo
conter alguns ou vários núcleos, que podem ser
maiores (vesiculares) ou menores (picnóticos).

O osso é formado depois no centro da lesão, quanto mais


idosa a lesão, mais calcificada fica.

TRATAMENTO

● Exérese cirúrgica, com o envio do espécime para o


histopatológico;
● Abranger o ligamento periodontal, se este
encontrar-se envolvido; TRATAMENTO
● Retirar qualquer fator etiológico identificável.
● Remoção cirúrgica;
LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES - LPCG ● Curetagem no local e uma raspagem das
superfícies dos dentes envolvidos*;
● Solicitar dosagens de PTH, Ca e P. 4. Queilite Actínica (principalmente em lábio inferior,
queilite é mais em semi mucosa, querose é em
O tumor marrom do hiperparatireoidismo é uma condição
pele);
em que o paciente pode apresentar manifestações em
5. Líquen Plano Oral*** (vários autores consideram o
diferentes locais do corpo, incluindo a gengiva. Embora seja
líquen plano com chance de ter transformação
mais comum observar essa lesão como uma lesão
maligna e vários autores dizem que não, não há
intraóssea, em forma de uma lesão central de células
um consenso).
gigantes, em alguns casos raros, podemos identificar essa
alteração sistêmica através de um nódulo na gengiva. Isso O prognóstico de leucoplasia é muito mais favorável que o
ocorre devido a uma produção excessiva do hormônio da da eritroplasia.
paratireóide, que pode levar à reabsorção óssea e formação
de lesões ósseas. No entanto, é importante ressaltar que
essa manifestação na gengiva é menos comum do que as
lesões intra ósseas e que o diagnóstico geralmente é feito
por meio de exames laboratoriais para avaliar os níveis
hormonais e radiografias para identificar as lesões ósseas.

Relembrar:

Leucoderma, feoderma e melanoderma são termos usados


para descrever a coloração da pele.

● Leucoderma - branco;
● Feoderma - pardo;
● Melanoderma - preto. LEUCOPLASIA

DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS - LEUKÓS: BRANCO


- PLAKIA: PLACA OU MANCHA
São lesões onde a mucosa bucal alterada apresenta um
risco maior de transformação maligna quando comparada Mancha ou placa branca na mucosa bucal que não pode ser
com o tecido normal. caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer
outra lesão.
Cuidado com o termo!
O paciente chegou, raspou a lesão e saiu, é candidíase ou
É uma alteração/lesão, que tem chance de evoluir para um candidose. O paciente negro chega, distendeu a lesão e
câncer, mas não necessariamente vai virar um câncer. sumiu, é leucoedema. Depois que realizei todos os testes,
A principal desordem potencialmente maligna é a eu classifico, dou o diagnóstico clínico, como leucoplasia.
leucoplasia. Plasia vem de crescimento e leuco vem de Não posso caracterizar histopatologicamente. A análise
branco, é uma lesão branca em mucosa oral. Ela pode ser laboratorial é importante para a conduta terapêutica, se as
encontrada em qualquer região que tenha mucosa oral, células têm displasia ou não. O câncer só é caracterizado
como assoalho, gengiva, língua, qualquer região que estiver com carcinoma in situ.
coberta de epitélio escamoso estratificado. Por exemplo, se o paciente tem displasia severa, você pode
Uma das manobras para identificar a leucoplasia é a remover e caso não consiga, você deve fazer o
distensão da mucosa (leucoplasia X leucoedema), raspagem acompanhamento com imagens para se certificar das
(leucoplasia X candidíase/candidose). alterações.

É importante a gente destacar que ter leucoplasia não é LEUCOPLASIA


necessariamente ter um câncer. A grande maioria não vai Para as leucoplasias, nós temos duas classificações:
evoluir para um carcinoma.
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA:
As principais desordens são:
1. HOMOGÊNEAS;
1. Leucoplasia;
2. Eritroplasia (quando é diagnosticada já é um 2. NÃO HOMOGÊNEAS:
carcinoma in situ); Verrucosa;
3. Queratose Palatina - associada ao fumar invertido Nodular;
(mais visto em países asiáticos); Ulcerada;
Eritroleucoplasia.
De maneira geral, as leucoplasias homogêneas têm um espinhosa) e perda de polaridade (células imaturas na
prognóstico melhor que as não homogêneas. Quando eu superfícies, tais células com maior capacidade de
penso nas leucoplasias não homogêneas, eu penso num transformação).
prognóstico pior e numa provável evolução para carcinoma.

1. LEUCOPLASIA HOMOGÊNEA

É uma placa branco com superfície lisa, não é nodular, é


uma placa. Tem um aspecto clínico homogêneo.

2. LEUCOPLASIA NÃO HOMOGÊNEA


A) LEUCOPLASIA NÃO HOMOGÊNEA CORRUGADA

Ela é verrucosa, tem diferentes graus de espessamento.


Tem o pior prognóstico.

B) LEUCOPLASIA NÃO HOMOGÊNEA NODULAR

É uma lesão branca, mas em alto relevo, nodular, crescendo


fora da placa. Deixa de ser lisa e homogênea.

Qual o aspecto clínico dessa leucoplasia? Elas podem ter


uma combinação de aspectos.

C) LEUCOPLASIA NÃO HOMOGÊNEA


ERITROLEUCOPLASIA

Quando a gente vê áreas vermelhas (mais perigosas para


transformações malignas), tem que pegar essa área para
biópsia para não ter subdiagnóstico.

ETIOLOGIA

● O principal é o uso de tabaco (intraoral);


● O álcool é um co-participante da carcinogênese
oral (interação);
● Radiação (lábio); 1. LEUCOPLASIA SEM DISPLASIA
● Luz ultravioleta (lábio);
Temos 4 camadas de epitélio: camada basal, camada
● Microrganismos (hpv, candidose, leucoplasia pilosa
espinhosa, camada granulosa e camada córnea/de
oral por fungos).
queratina.
Claro que vai ter paciente que nunca bebeu e que nunca
Nenhuma das camadas está com alterações celulares.
fumou que vai ter leucoplasia, mas isso acontece
raramente. 2. LEUCOPLASIA COM DISPLASIA DISCRETA

CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: NEVILLE: Alterações limitadas às camadas basal e parabasal.

● Leucoplasia sem displasia; Indicando que estão se tornando anormais e perdendo a


● Leucoplasia com displasia discreta; capacidade de se diferenciar de forma adequada.
● Leucoplasia com displasia moderada;
A camada basal está alterada com o início da alteração da
● Leucoplasia com displasia severa.
camada espinhosa.
As alterações no tecido conjuntivo já são carcinoma, já
3. LEUCOPLASIA COM DISPLASIA MODERADA
romperam a barreira da camada basal. Leucoplasia de
modo geral, deve-se pensar em epitélio. Leucoplasia você NEVILLE: Mostra envolvimento da camada basal até a
pensa em camada basal e sub basal. porção média da camada espinhosa.
As alterações são os tamanhos das células, pleomorfismo A camada basal está alterada, a camada espinhosa está
celular (diferente do padrão), alteração núcleo/citoplasma, alterada e o início da camada granulosa está alterada.
mitoses atípicas, hipercromatismo nuclear (núcleo muito
roxo, muito basofílico), acantose (aumento da camada Só a camada córnea não está alterada. Ainda não
completou todas as camadas.
4. LEUCOPLASIA COM DISPLASIA SEVERA Já na eritroplasia, áreas vermelhas e áreas brancas, ela é
heterogênea na sua coloração, quando a lesão é branca eu
NEVILLE: Mostra alterações a partir da camada basal até um
tenho espessamento do epitélio, se eu vejo vermelha, eu
nível acima do ponto médio do epitélio.
tenho pouco epitélio = epitélio atrófico, isso é muito ruim
Além da camada basal, da camada espinhosa, toda a porque a chance de ter displasia severa ou carcinoma in situ
camada granulosa é alterada. é 100% de chance, displasia intensa.

*Não existe um consenso entre histopatologistas entre o Existe uma guia:


que é displasia moderada e o que é severa.

5. CARCINOMA IN SITU

Todas as camadas. As últimas células do tecido epitelial


(camada córnea) estão alteradas, mas as alterações não
chegaram ao tecido conjuntivo. Se as células invadem o
tecido conjuntivo vira CEC (carcinoma
espinocelular/carcinoma de células escamosas/carcinoma
epidermóide).

O termo "in situ" é usado para descrever um tipo de câncer


que está confinado às células ou tecidos onde se originou,
nesse caso, tecido epitelial, sem se espalhar por outros
tecidos.

Quando é possível a gente pode fazer a excisão da


leucoplasia, mas muitas vezes são lesões gigantes. Tem
profissional que faz biópsia incisional primeiro, e aí revela O paciente está com mancha branca na mucosa jugal - Vou
displasia severa e tem que tirar tudo. Tirar tudo de uma vez fazer a eliminação de possíveis causas - Ele volta depois de
é importante porque em diferentes regiões a displasia pode duas semanas, se melhorar = resposta favorável MAS se eu
se modificar. Se a lesão for muito grande, deve-se fazer removi os fatores, não tem resposta = biópsia - Mesmo fato
vários pontos de biópsia. se eu tiver diante de uma lesão e não faço associação com
UM DOS ESQUEMAS PARA GUARDAR PARA A VIDA! lesão traumática, por ex. lesão branca embaixo da língua
(sem causa identificada) = biópsia - o resultado comprovou
leucoplasia = com ou sem displasia? se for com displasia
tem melhor ou pior prognóstico? Ou se não é leucoplasia,
eu dou o diagnóstico e terapêutica da patologia.

Quando o diagnóstico tem leucoplasia moderada eu tenho


que acompanhar com maior frequência.

ERITROPLASIA

Definida como uma placa vermelha que não pode ser


diagnosticada clínica ou patologicamente como qualquer
outra condição.

O que dá a característica branca para a lesão é o aumento


do número de células na camada epitelial espinhosa.

Já numa leucoplasia fissurada, na histopatologia, eu vejo


uma hiperqueratose, aumento do número de células,
acantose, aumento de linfócitos e displasia.

Já na leucoplasia verruciforme, superfície irregular,


hiperqueratose, projeções bulbosas = ela quer entrar no
tecido conjuntivo, displasia moderada a intensa, células
alteradas na camada basal, supra basal e espinhosa.
Quase todas as eritroplasias verdadeiras mostram displasia ● Recorrência e envolvimento multifocal são
severa, carcinoma in situ (barrado na camada basal - comuns. Dessa forma, é sugerido longo período de
melhor prognóstico) ou carcinoma espinocelular invasivo acompanhamento.
(está no tecido conjuntivo - pior prognóstico).
Displasia severa eu já encaminho para o cirurgião de cabeça
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS e pescoço.

● Pico de prevalência aos 65-74 anos de idade; Displasia moderada, e eu consigo remover, eu faço uma
● Gênero masculino; excisional depois, vou observando o desenvolvimento ao
● Assoalho da boca, a língua e o palato mole (áreas longo do tempo.
menos queratinizadas, diferente do palato duro e
Paciente chegou com eritroplasia, e o paciente vai voltar só
gengiva);
depois de 3 meses, eu faço fotografia.
● O primeiro fator etiológico é o cigarro;
● Mácula ou placa eritematosa; Se a biópsia é maligna eu não faço biópsia excisional. Se eu
● Bem demarcada; tenho certeza que a lesão é benigna eu faço biópsia.
● Com textura macia e aveludada.
QUEILITE ACTÍNICA
Por que não é paciente de 30 e poucos anos? Porque o fator
etiológico é cumulativo, tem que ter um fato de exposição
prolongado.

Se eu falo que é uma DPM - desordem potencialmente


maligna, que ele está com câncer, ele chegou com uma
desordem, eu faço fator de prevenção na desordem. O
tumor não surge do nada! Ele vem de uma desordem não
tratada.

O lúpus eritematoso e o líquen plano erosivo podem


receber tratamento com corticoide e ter melhora da lesão.
Lesão ulcerativa e/ou crostosa do vermelhão do lábio
Quando você tem dúvidas de diagnóstico é melhor tentar inferior com potencial de malignização, resultante da
fazer um tratamento antes do que sair cortando, fazendo exposição excessiva à radiação ultravioleta do sol.
biópsia.
● Pacientes acima dos 45 anos;
Líquen Plano é uma condição dermatológica, ● Gêneros masculinos 10:1;
diagnosticamos uma doença sistêmica até uma biópsia oral.
Atividade profissional ao ar livre e uso menos frequente e
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS protetor labial dos homens em relação às mulheres.

● 90% das lesões eritroplásticas apresenta ao exame Muito difícil ver um paciente negro com queilite actínica.
histopatológico displasia epitelial intensa,
● Ressecamento e fissuras do vermelhão do lábio
carcinoma in situ.
inferior;
O epitélio deixa de produzir queratina e muitas vezes é ● Margem indefinida entre o vermelhão do lábio e a
atrófico - produzindo uma aparência vermelha. pele;
● Eventualmente, a ulceração crônica pode se
A alteração está desde o epitélio até acima, não vejo desenvolver;
queratina. Tem áreas brancas, mosqueadas ou ● Tais ulcerações podem durar meses e sugerir
intermediadas pelas áreas vermelhas. Se eu for fazer progressão para um CEC.
biópsia, de preferência vou nas duas áreas, mas se for
escolher uma, vai na vermelha porque vou ter certeza que CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
tem mais alteração do epitélio que ficou.
● Diferentes graus de displasia.
TRATAMENTO
O tecido conjuntivo, invariavelmente demonstra uma faixa
● Biópsia mandatória; celular amorfa, basofílica, conhecida como elastose solar -
● Tratamento da eritroplasia é guiado pelo alteração do colágeno e fibras elásticas induzida pela luz UV.
diagnóstico histopatológico;
A parte elástica está mais basofílica, degenerada, na região
do tecido conjuntivo subepitelial.
● Pode haver sensação de queimação leve;
● Padrão característico: ESTRIAS DE WICKHAM
TRATAMENTO (semelhante a uma renda - reticulado bilateral na
mucosa jugal, quando as estrias coalescem
● Protetor solar nos lábios, chapéu; formam placas);
● Áreas endurecidas devem ser biopsiadas; ● Pode apresentar-se como pápula também;
● Casos graves sem malignidade: vermelhectomia ● Melhoram e pioram em semanas e meses;
(remoção das camadas de pele da área afetada dos ● Correspondem a 77% dos líquen plano oral.
lábios);
● Acompanhamento periódico; LÍQUEN PLANO EROSIVO
● CEC desenvolve-se em 6 a 10%.

DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS

USUAIS:

1. Leucoplasia;
2. Eritroplasia;
3. Queilite actínica;
4. Líquen Plano Oral. ● Geralmente com sintomatologia dolorosa;
● Menos comuns que na forma reticular;
EXTRAS:
● Apresentam áreas eritematosas atróficas com grau
1. Fibrose Submucosa Oral. de ulceração central;
● Algumas vezes, se apresentam na forma de
LÍQUEN PLANO ORAL gengivite descamativa (a gengiva marginal livre
● Etiologia desconhecida; pode permanecer normal, mas a inserida é
● Doença mucocutânea imunologicamente mediada alterada).
por linfócitos; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
● Caracterizada por episódios de exacerbação e
remissão; Lesões em cavidade bucal com aspecto de gengivite
● 60% dos pacientes com lesões cutâneas descamativa. As 3 tem origens autoimunes:
apresentam lesão oral;
1. Líquen Plano Erosivo;
● 15-35% com LP não desenvolvem lesão cutânea;
2. Pênfigo Vulgar (bolhas);
● Predileção por mulheres na 6ª década de vida, no
3. Penfigóide (úlceras).
período pós menopausa;
● Região mais afetada: 80-90% da mucosa jugal CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
seguida de língua e gengiva; OBS.: Mucosa jugal
obrigatoriamente bilateralmente afetada.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

LÍQUEN PLANO RETICULAR


h FIBROSE SUBMUCOSA ORAL

● É muito raro no Brasil pois os brasileiros não


apresentam o hábito associado;
● É uma condição potencialmente maligna crônica e
progressiva caracterizada pela fibrose da mucosa
do trato digestivo superior (cavidade oral,
orofaringe e terço superior do esôfago);
● Está relacionado a mascar o betel, a folha do
tabaco, na Índia (na américa latina apenas faz o
Deve haver uma resposta inflamatória com linfócitos que uso na Venezuela).
estão indo contra à membrana basal das células, daí por
isso muitas vezes encontra-se o aspecto ulcerado. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

Hiperqueratose e degeneração da camada basal. ● Vesículas, petéquias, melanose, sensação de


queimação bucal generalizada;
Cristas epiteliais ausentes ou hiperplásicas (dentes em ● Geralmente em palato mole, mucosa jugal e região
serra) - semelhante a “ondas” no epitélio. retromolar ( regiões de descanso da folha);
● Mucosa com aparência pálida semelhante à
A principal característica é o infiltrado inflamatório crônico
mármore;
com linfócitos indo contra à membrana basal epitelial.
● A alteração principal ocorre no tecido conjuntivo
POTENCIAL DE TRANSFORMAÇÃO MALIGNA onde há fibras colágenas e elásticas, perde os
fibroblastos e fica semelhante a cartilagem;
● Não há consenso sobre o risco para
● O epitélio fica queratinizado.
desenvolvimento de CEC;
● A taxa de malignização varia de 0 a 6% mas há falta CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
de uniformidade dos critérios.
● Tecido conjuntivo colagenoso, denso e avascular;
DIAGNÓSTICO ● Células inflamatórias crônicas (passa a perder os
fibroblastos e colagenização).
● Necessidade de biópsia tanto no erosivo quanto
reticular para avaliar diagnóstico e displasia.
● Dificultado se houver sobreposição de doenças,
como presença de candida (como o caso da
candidíase que embaixo da placa apresentam-se
erosiva);

LÍQUEN PLANO RETICULAR

Quase sempre feito nos aspectos clínicos (estrias bilaterais


na mucosa jugal);
TRATAMENTO
LÍQUEN PLANO EROSIVO
● Não regride com o fim do hábito;
Diagnóstico mais difícil com base nas características clínicas ● Casos leves: corticosteróides intralesionais
(pode lembrar as outras situações de gengivite quebram as fibras;
descamativa, eritroplasia, lúpus eritematoso e estomatite ● Casos avançados: pode ser feita clivagem cirúrgica
ulcerativa). ou excisão dos feixes fibrosos;
● Pode ocorrer displasia em 25% dos casos;
OBS.: Unha quebradiça ajuda no diagnóstico de líquen ● Taxa de transformação maligna: 7% num período
plano. de 17 anos;
● Avaliação frequente.
CÂNCER BUCAL ● Assoalho bucal (tem prognóstico pior, porque são
infiltrativas, a região sublingual tem muitos vasos
● Carcinoma Espinocelular / Carcinoma de Células
sanguíneos e é mais fácil de cair na corrente
Escamosas / Carcinoma Epidermóide (90%);
sanguínea e fazer metástase);
● Carcinoma Verrucoso;
● Gengiva;
● Neoplasias de glândulas salivares
● Rebordo alveolar (pacientes edêntulos);
(mucoepidermóide, adenocarcinoma polimorfo de
● Palato duro (região posterior - neoplasias de
baixo grau, adeno policístico);
origem glandular);
● Sarcomas;
● Palato mole e orofaringe;
● Melanoma bucal.
● Mucosa jugal (não é uma área fácil de ter câncer
A palavra carcinoma refere-se ao câncer que tem origem no de boca, mas é mucosa, pode ter).
tecido epitelial. Na cavidade bucal, o câncer pode ocorrer
HISTOLOGIA
na mucosa, sendo que algumas regiões são mais propensas,
como a borda lateral da língua e o assoalho da boca. ● Grau I: bem diferenciado - prognóstico melhor;
● Grau II: moderadamente diferenciado;
Quando o câncer se desenvolve em glândulas, como as
● Grau III: pobremente diferenciado ou anaplásico -
salivares, os fatores causais e as características da doença
prognóstico pior.
são diferentes dos carcinomas que ocorrem na mucosa.
BEM DIFERENCIADO: ilhas de epitélio invadindo meu tecido
Quando a gente pensa na incidência da população, se
conjuntivo e dentro desse epitélio, pérolas de queratina, eu
pegarmos o quadro do INCA de 2005, a gente vê que a de
consigo diferenciar o tecido de origem.
cavidade oral estava para baixo, mas subiu ao longo dos
anos. A expectativa de vida aumentou e se acumulou ao
longo do tempo.

FATORES EXTRÍNSECOS

1. Tabaco;
2. Álcool (sinérgico para boca, potencializa o efeito
do tabaco, precisa de alguém junto);
3. Agente biológicos (ex. HPV - oncogênico, propicia o MODERADAMENTE DIFERENCIADO: perde a caracterização
desenvolvimento de câncer, sífilis, vírus epstein das pérolas de queratina, tem as células polimórficas, mas
barr, cândida); ainda consegue observar que o tecido alterado é epitelial.
4. Radiação Ultravioleta (paciente que faz
radioterapia ionizante de cabeça e pescoço, mas a
oncologia na radioterapia pode fazer a proliferação
de outros sítios).

FATORES INTRÍNSECOS

1. Anemia por deficiência de ferro;


2. Desnutrição; POBREMENTE DIFERENCIADO: as células estão muito
3. Imunodepressão (HIV positivo). alteradas, eu olho para o tecido e não consigo ver um
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS epitélio, não consigo identificar a origem das células.

● Bordas endurecidas;
● Crescimento nodular;
● Presença de ulceração superficial -
úlcero-infiltrativa, úlcero-vegetante, vegetante ou
úlcero-destructiva;
● Crescimento endofítico ou exofítico;
● Leucoplasia, Eritroplasia ou Eritroleucoplasia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
LOCALIZAÇÃO ● Paracoccidioidomicose (infecção fúngica com
● Lábio inferior (área de incidência e exposição aspecto de moriforme; pega palato mole, palato
maior); duro, gengiva; pode se confundir com o CEC no
● Língua (borda lateral e região posterior); início);
● Leishmaniose (diferencia por biópsia); EFEITOS AGUDOS
● Sialometaplasia necrotizante (glândulas salivares
● Mucosite, considerada o principal efeito colateral
necrosadas por anestésicos, placas mal adaptadas,
ou a maior queixa dos pacientes em tratamento,
trauma na oclusão);
porque dói muito, tanto é aguda tanto é crônica;
● Afta de Sutton (afta grande demais, tempo clínico
● Trismo, efeito crônico também;
maior da afta comum, mas tem transcorrência de
● Disfagia, dificuldade de deglutição;
resolução rápida).
● Disgeusia, alteração na sensação do gosto;
TRATAMENTO ● Hipogeusia;
● Ageusia;
O tratamento padrão ouro para tratar câncer de boca é a
● Disfonia, dificuldade de falar;
cirurgia.
● Xerostomia, é a sensação de boca seca, é o que o
Vai depender de alguns critérios, como: paciente sente, o paciente pode ter xerostomia e
pode não ter hipossalivação;
● Grau de diferenciação; ● Alteração do paladar;
● Evolução; ● Infecções, desenvolvem infecções como
● Idade; candidíase;
● Metástase; ● Perda de peso.
● Localização.
EFEITOS CRÔNICOS OU TARDIOS
Mas infelizmente a gente não consegue tratar todo mundo.
● Mucosites, persiste, é um efeito agudo e crônico;
ESTADIAMENTO ● Cáries por radiação, é uma combinação de fatores,
Caracterizar o tumor. incluindo desmineralização dos dentes, diminuição
da escovação adequada, dieta rica em carboidratos
Objetivos do Sistema TNM: e açúcares e incapacidade das propriedades da
saliva em melhorar a saúde bucal, um dos efeitos
● Auxiliar no planejamento terapêutico;
mais importantes depois da mucosite;
● Indicar um prognóstico;
● Trismo;
● Facilitar a troca de informações;
● Osteorradionecrose;
● Contribuir para a pesquisa do câncer.
● Fluxo de saliva;
T - tamanho; ● Perda dos dentes.

N - número de linfonodos envolvidos; AGUDOS

M - metástase a distância. XEROSTOMIA

EFEITOS COLATERAIS DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO Redução da produção de saliva e acaba sendo responsável
pela sensação de “boca seca” e de ardência bucal;
Na cirurgia, temos que fazer uma margem de segurança de
1 a 2 cm quando o paciente tem câncer maligno, imagina 90% dos pacientes;
isso na língua ou na mandíbula... Infelizmente, as cirurgias
Progressivo comprometimento tecidual das GS - fibrose e
são mutiladoras. Além disso, o paciente pode entrar em
hipofunção secretora.
radioterapia ou quimioterapia, muitas vezes o paciente faz
cirurgia com rádio, nos casos mais agressivos, faz cirurgia, Não temos a resposta se é transitória ou permanente, tem
radio e quimio, nunca o paciente de cabeça e pescoço vai pacientes que voltam a circulação e pacientes que não
só fazer quimio. voltam nada. Depende de fatores: quanto de radiação no
local, tamanho e posição do tumor.
Tem efeitos que acontecem logo que inicia o tratamento e
outros efeitos que acontecem depois. Pensando nisso, Alterações Quantitativas X Alterações Qualitativas - o
temos que classificar como efeitos colaterais agudos e paciente tem perdas na quantidade de saliva diferente do
efeitos colaterais crônicos. paciente que nunca fez quimio ou radioterapia, a qualidade
da saliva também está alterada, o pH funcional se perdeu, a
Quais são os principais efeitos colaterais do tratamento
quantidade de enzimas que faz digestão se perdeu.
oncológico para o câncer de boca?
Temos o aumento da viscosidade e diminuição da
O paciente oncológico tem uma somatória de efeitos
capacidade tampão.
colaterais em cascata.
MUCOSITE
Eritema - lesões ulceradas. OSTEORRADIONECROSE

● Mucosa jugal; Osteorradionecrose é causada por uma necrose óssea


● Assoalho bucal; induzida pela radiação;
● Palato mole, dor maior, onde a comida passa;
Tecido ósseo tem a sua capacidade de alteração e
● Borda lateral de língua.
cicatrização prejudicada em caráter definitivo.
Os sinais e sintomas:
É uma das manifestações bucais mais graves e sérias da
● Dor intensa; radioterapia.
● Coloração avermelhada - eritema;
Porque eu tenho fatores importantes da radionecrose?
● Edema;
Quanto de radiação está chegando na boca do paciente, por
● Sensação de ardência;
exemplo, paciente está com tumor na glote, e não chega
● Sensibilidade aumentada a alimentos quentes e
radiação máxima na maxila. Mas se o tumor está na língua e
ácidos;
ele toma radiação máxima na maxila e mandíbula, sinal de
● Dificultando a alimentação e a fala do paciente.
alerta, podemos solicitar o mapa de radiação para o
Para cada um dos efeitos a gente consegue pensar em um radioncologista. Se o paciente recebe radiação máxima em
tratamento. maxila e mandíbula, tem que extrair os dentes que
possuem prognóstico ruim ou duvidoso. Tem que levar em
CANDIDOSE BUCAL
consideração localização, dose de radiação, qualidade do
Sua manifestação se caracteriza pela presença de placas periodonto.
brancas removíveis à raspagem;
Ocorrência depende de alguns fatores:
Forma pseudomembranosa ou eritematosa;
Quantidade e fracionamento da dose total da radiação
O comprometimento imunológico destes pacientes facilita o administrada;
desenvolvimento de alguns microorganismo;
Local do tumor a ser irradiada;
Língua, mucosa e comissuras labiais;
A qualidade dental, periodontal;
A forma mais comum é a pseudomembranosa (removível à
Grau do trauma entre os tecidos irradiados principalmente
raspagem).
a mucosa bucal.
CRÔNICOS
Implante osteointegrado, deixa quietinho.
CÁRIES DE RADIAÇÃO
Por que a osteorradionecrose é sete vezes maior na
Complicação tardia das aplicações de radioterapia - 3 a 12 mandíbula do que na maxila? Por conta da compactação
semanas após o término da radioterapia; maior do osso e irrigação menor da região.

Alterações desfavoráveis de pH;

Elevação do quantitativo de bactérias;

Alterações quantitativas e qualitativas da saliva.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

Frequentemente as superfícies lisas e cervicais;

Localizadas em molares, incisivos e pré-molares;

Porções cervicais dos dentes;

TRATAMENTO

O tratamento da cárie de radiação envolve a realização de


bochechos com soluções fluoretadas;

Administração tópica de flúor em gel neutro;

Curativo: Emprega restaurações com cimento de ionômero


de vidro modificado por resina;
P2 mucosa) e aspereza da superfície (verruga é mais áspera,
não tem projeções).
LESÕES EPITELIAIS
São pequenas, únicas, esbranquiçadas e assintomáticas.
Lesões que vem do epitélio e são superficiais de
crescimento exofítico ou não. CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS

Epitélio de revestimento formando projeções digitiformes


que são sustentadas por um delicado estroma fibroso
celularizado com vasos.

Eu tenho a camada basal do epitélio que divide o tecido


Vou ver acantose, hiperqueratose, tecido conjuntivo fibroso
conjuntivo e o principal ponto de proliferação está nessa
bem vascularizado (região grande para irrigar)...
camada.
IMAGEM
PATOLOGIA EPITELIAL
Vemos binucleação e um processo chamado de coilocitose
São subdivididas em:
(perde citoplasma ao redor do núcleo). O que é normal é
● Lesões reacionais - hiperplásicas; nós vermos núcleo com um região sem citoplasma,
● DPM - desordens potencialmente malignas; condensação das fibras do citoesqueleto.
● Neoplasias benignas e malignas;
O crescimento é limitado.
● Lesões infecciosas;
● Alterações do desenvolvimento. MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO VIRAL

PAPILOMA ESCAMOSO ORAL ● Hibridização in situ - método caro, não faz em


todos os lugares, faz para identificar o subtipo;
● Tumor benigno;
● Análise imunoistoquímica;
● Associado a infecção pelo vírus - HPV.
● Reação em cadeia da polimerase (PCR).
Contato direto, relação sexual ou de mãe para filho durante
Pode dar diagnóstico só pela HE.
o parto.
TRATAMENTO
● Agente etiológico:
HPV-6, HPV-11 dos mais de 77 tipos. ● Na maior parte dos casos, remoção cirúrgica
(biópsia excisional) com ótimo prognóstico;
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
● Algumas têm rescisão;
● Crescimento exofítico; ● Perguntar ao paciente se tem alguma lesão na
● Solitário; região íntima.
● Semelhança com dedos de luvas (projeções
VERRUGA VULGAR
epiteliais alongadas) e couve flor (superfície
papilomatosa, condiloma lacominado); Vírus diferentes: HPV-2, HPV-4 e HPV-27.
● Assintomático;
● Superfície rugosa. Superfície áspera, rugosa, com nódulo de crescimento.

Grau de queratinização da lesão: coloração, qual mais ● Comum em crianças;


comum? Se meu papiloma é mais queratinizado ele é mais ● Localização preferencial: semimucosa e mucosa
esbranquiçado. labial e região anterior de língua (as primeiras
lesões são na mão e a criança põe o dedo na boca);
Os lugares mais acometidos são a língua, lábios, úvula e
palato duro. CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS

O diagnóstico é clínico e histopatológico. Aqui não tem projeção digitiforme, é uma superfície plana.
Temos coilocitose, binucleação nuclear - características
A diferença de verruga para papiloma é o tipo do vírus, a comuns.
localização (verruga não dá dentro da boca, dá na semi
TRATAMENTO A hiperplasia epitelial focal é mais presente em grupos
indígenas.
● Aproximadamente 65% das verrugas desaparecem
espontaneamente dentro de 2 anos. São pequenas pápulas distribuídas em lábio
● Excisão cirúrgica; (principalmente, inferior). Superfícies lisas, normocrômicas,
● Crioterapia com nitrogênio líquido; levemente esbranquiçadas, quando as pápulas coalescem,
● Agentes queratinolíticos - quebrar os elas podem ser vistas em forma de placa, levemente
queratinócitos (podofilina, aas). normais.

CONDILOMA ACUMINADO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

● Sinonímia: verruga venérea ou “crista de galo”; ● Únicas ou múltiplas;


● Agente etiológico: HPV-6, HPV-11, HPV-16 e ● Pápulas;
HPV-18; ● Formato arredondado, plano ou oval de base séssil
● Transmissão: contato sexual; ou pediculada;
● Aspecto predominante liso;
A infecção genital pelo HPV é a doença viral sexualmente
● Geralmente normocrômicas;
transmissível (DST) mais frequente na população de vida
● Lábio inferior;
sexual ativa.
● Quando essas pápulas surgem e grande
Pacientes com codiloma anogenital que praticam sexo oral quantidade coalescem gerando aparência
tem 50% de chance de ter condiloma oral. empregada - ou placas.

Região de acometimento: língua, palato, mucosa jugal, DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL


gengiva, lábios, tonsilas, úvula e assoalho da boca.
● Hiperplasia fibrosa inflamatória;
● Atividade sexual - exercida precocmente, número ● Condiloma acuminado (coalescem);
alto de parceiros sexual; ● Papiloma de células escamosas (única).
● Uso do fumo;
HISTOLOGIA
● Contraceptivo oral.
Lesão epitelial, acantose, coilocitose e vasos congestosos.
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
TRATAMENTO
Coilocitose e binucleação. O Condiloma não tem projeção
digitiforme e tem crescimento mais plano. ● Há relatos de regressão espontânea,
● Excisão cirúrgica.
TRATAMENTO
QUERATOACANTOMA
● Excisão cirúrgica;
● Crioterapia com nitrogênio líquido; Sinonímia > Pseudo Carcinoma.
● Agente queratinolíticos (podofilina, aas);
Agente etiológico:
● Laserterapia.
● HPV-26 e HPV-37;
As lesões podem voltar depois da excisão por conta da
● Exposição solar;
reativação do vírus e da reexposição.
● É uma neoplasia de crescimento rápido seguido de
Em caso de patologias sexuais em crianças >> ficha de uma regressão espontânea;
notificação compulsória. ● Pele exposta ao sol;
● Pacientes com idade avançada.
Se desconfiar de um caso, a obrigação como dentista não é
condenar ninguém, e acionar órgãos competentes a isso. Homens X mulheres? Mais comuns em homens.

Na anamnese, a gente tem que identificar isso. Não HISTOLOGIA


podemos julgar ninguém!
Geralmente, no centro da lesão se forma um tampão de
HIPERPLASIA EPITELIAL FOCAL queratina. Pacientes que chegam com possível diagnóstico
de queratoacantoma é bom fazer biópsia.
Relacionada a grupos étnicos, no caso do Brasil, indígenas.
Eles têm alteração no genoma que os fazem ser mais Muitas vezes cresce muita queratina e se chama corno
propensos ao HPV 13 e 32. cutâneo, ele tem tendência a se destacar. Sai aquela casca
com base endurecida.
Sinonímia > Doença de Heck.
25% dos casos tem envolvimento com tecido epitelial.
Agente etiológico > HPV 13 (jovens) e HPV 32 (idosos).
Origem Benigno. Não invade tecido conjuntivo. Alguns NEVO MELANOCÍTICO
casos pode alcançar tecido epitelial
Origem: Proliferação localizada de células derivadas da
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA crista neural.

● Carcinoma Espinocelular; Onde estão as células? As células estão no tecido


● Corno Cutâneo; conjuntivo.
● Queratose Solar ou Seborreica.
● Células névicas (melanócitos no conjuntivo).
TRATAMENTO
Clinicamente é difícil diferenciar da mácula melanótica,
● Excisão cirúrgica está indicada por razões estéticas; somente histologicamente. Nevo é no tecido conjuntivo e
● 25% podem apresentar um comportamento mácula na camada basal.
agressivo de transformação maligna.
Tumor benigno composto por células pigmentares da pele
Na clínica da Unifal, tem casos onde parece mto com cec e (melanócitos).
faz biópsia incisional, e com cara de queratancoma faz
Geralmente surgem como pequenas manchas marrons ou
excisional. MAS TEM QUE TER CUIDADO!
pretas que podem permanecer planas ou, com o tempo,
MELANOSES aumentarem de espessura, tornando-se elevadas.

Alterações nos melanócitos, queratinócitos, na camada Ele pode ser adquirido ou congênito. De maneira adquirida,
basal. Para uma pessoa ter melanose ela pode ter alteração principalmente por exposição ao sol, até as luzes dos
na camada basal e também uma proliferação de células ambientes contribuem para isso.
específicas nos tecidos conjuntivo chamadas de células
O nevo melanocítico tem:
névicas (durante a embriogênese essas células ficam
alojadas no tecido conjuntivo e podem produzir queratina). ● Bem delimitado;
● Superfície homogêneo;
Processos diversos resultando em um aumento da
● Organização uniforme;
produção de melanina.
● Bordas bem delimitadas.
HISTOLOGIA
Tudo que foge disso, foge da normalidade é característica
Melanócitos (camada basal); de malignidade.

Células névicas; Intrabucal parece bastante uma mácula melanótica


(melanose focal). PROVA
Possui pseudópodes como forma de se comunicar com
células distantes. A coloração mais enegrecida tem tendência a ser mais
maligna.
EFÉLIDES
Ele pode ser dividido em três tipos:
Tamanho e quantidade variada.
● Juncional (as células névicas estão invadindo o
Alteração de cor.
tecido epitelial);
Áreas expostas ao sol. ● Composto (as células névicas estão indo para o
epitelial na junção com o tecido conjuntivo);
MELANOSE RACIAL ● Intramucoso (as células névicas estão
concentradas somente no conjuntivo).
Pigmentação melânica racial.
É a posição que as células névicas estão na avaliação
Ao longo da vida escurece.
histológica.
HISTOLOGIA
TRATAMENTO
A alteração está no epitélio.
● Remoção cirúrgica;
Se quer fazer tratamento, tem de ser no epitélio para retirar ● Acompanhamento (com imagens).
o epitélio, mas pode vir com melanina.
Provavelmente não vai ter recidiva, se tiver, vai ser em
TRATAMENTO outro local.

Proservação 6 em 6 meses MELANOMA

Observa através de documentação fotográfica. O melanoma é uma neoplasia maligna a partir dos
melanócitos (células que dão cor à pele).
??????
Fatores de risco: ● Anthony B - citoplasma escasso, célula
arredondada.
● Nevos melanocíticos incomuns;
● Exposição à luz solar. TRATAMENTO
● Histórico familiar.
Excisão cirúrgica simples.
O número de novos casos de melanoma vem aumentando
A recidiva é rara.
nos últimos 40 anos.
TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES
O Brasil registra anualmente 5560 novos casos da doença e
1547 óbitos. É uma doença com grande taxa de letalidade. ● Derivados a partir dos nervos periféricos,
particularmente células de Schwann (dá origem a
Qual o grande problema do melanoma? Ele é super
fibroma, neurilemoma e tumor de células
metastático: pulmão, fígado, osso e/ou cérebro.
granulares);
Para fazer o diagnóstico correto, existe o ABCDE do ● Mucosa oral, pele, mama, tecido subcutâneo, trato
melanoma: gastrointestinal;
● Mucosa oral: língua, principalmente na superfície
A. Assimetria;
dorsal;
B. Bordas (não definidas);
● 2% de transformação maligna.
C. Coloração (não homogênea);
D. Diâmetro (6mm, a ponta de uma borracha); Parece que invade o músculo, por isso, achavam que era de
E. Evolução (o melanoma tem evolução rápida. origem muscular, mas é de origem neural.

Localiza-se, preferencialmente, no palato e na gengiva. Não é arredondada como as outras de origem de células de
Schwann.
Morfologia variada.
Mioblastoma***. Nome antigo, quando achavam que era
Inicialmente sem sintomas.
de origem da língua.
Resultado no diagnóstico tardio e prognóstico reservado.
Marcadores neurais: S100;
HISTOLOGIA
Língua: dorso;
● Neoplasia de crescimento infiltrativo;
Pacientes de 40 a 60 anos, raro em crianças (cumulativo).
● Constituída por células anaplásicas (pouco
diferenciadas - PROVA), contendo grande ● Séssil;
quantidade de melanina nos citoplasmas com ● Assintomático;
intenso grau de pleomorfismo e atipias nucleares. ● Coloração rosada;
● Usualmente solitários.
Mitoses atípicas = parece que o núcleo estourou. A principal
característica dessa neoplasia. HISTOLOGIA

COPIAR AULA DO FERIADO Células granulares (no citoplasma das células).

NEURILEMOMA TRATAMENTO

● Neoplasia benigna com origem nas células de Excisão cirúrgica simples.


Schwann (células nervosas);
A recorrência é rara.
● Sinonimia: schwanoma;
● Nódulo encapsulado de crescimento lento; HEMANGIOMA X MALFORMAÇÃO VASCULAR
● Língua, mucosa jugal, lábios e palato os sítios mais
acometidos; Nós temos os dois. Existe uma diferença.
● Normalmente é solitário.
Hemangioma: Anomalias vasculares de desenvolvimento
Você faz distensão e sente que tem um conteúdo ali. A de tumores benignos da infância com rápida fase de
mucocele é um líquido, esse é um conteúdo fibroso. crescimento, seguido de uma involução gradual. Ao longo
da vida involuem.
HISTOLOGIA
Malformações vasculares: Anomalias estruturais dos vasos
Proliferação de tecido conjuntivo fibroso e as células têm sanguíneos. Presentes ao nascimento e permanecem ao
uma certa ‘repulsão’ entre elas, isso é um padrão Anthony longo da vida.
A e Anthony B, características típicas desse tumor.
De uma forma rotineira da clínica a gente chama de
● Anthony A - rico citoplasma, células fusiformes, hemangioma.
uma mais distantes da outro, repulsas entre si;
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS Muitas das vezes através das fístulas, a gente faz o
rastreamento radiográfico, se é de origem dentária,
Proliferação de vasos sanguíneos, lembra GP, só que essa
periapical ou periodontal.
proliferação tem os vasos congestos, hiperêmicos. Grandes
vasos com muitas hemácias. ABSCESSO DENTOALVEOLAR FÊNIX

Histologicamente não tem diferença de hemangioma e Desenvolve-se quando ocorre uma exacerbação de uma
malformacao vascular. lesão inflamatória crônica.

TRATAMENTO DA MALFORMAÇÃO VASCULAR ETIOLOGIA

Vamos usar um protocolo chamado escleroterapia, ● Fechamento de uma fístula;


utilizando Ethamolin ou oleato de monoetanolamina. Igual ● Mudança nas condições locais do periápice;
queima vaso em varizes. ● Acentuada queda da resistência do hospedeiro.

Provoca um processo de inflamação e causa uma fibrose, TRATAMENTO


nesse processo reparador, faz constrição das fibras e fecha
● Antibioticoterapia - indicado só 1 hora antes do
o vaso.
procedimento para não mascarar os sintomas;
LINFANGIOMA ● Fisioterapia com calor;
● Analgésicos;
É uma malformação rara, benigna, congênita e de etiologia
● Drenagem cirúrgica, se necessário;
desconhecida que se origina a partir de vasos linfáticas;
● Remoção de agente causal.
Língua é o local mais afetado.
(Endodontia, exodontia…)
Superficialmente com aparência pedregosa ou vesiculosa
COMPLICAÇÕES
chamada de “ovos de rã” ou "pudim de tapioca”.
● Manutenção das vias aéreas superiores;
Forma placa pela proliferação de linfa.
● Antibioticoterapia;
HISTOLOGIA ● Drenagem cirúrgica.

Vasos linfáticos super aumentados. Não vê hemácias, por ABSCESSO PERIODONTAL


isso o aspecto mais translúcido.
Rastreio com cone de guta-percha.
TRATAMENTO
PERICORONARITE
Não existe tratamento.
A gengiva começa a cobrir o dente que muitas vezes está
A maioria dos tratamentos tem recidiva. mal posicionado. O paciente começa a ter uma queda na
resistência e sentir muita dor.
INFECÇÕES BACTERIANAS
Precisamos ter uma colônia bacteriana embaixo da gengiva.
● Abscesso dentoalveolar;
● Abscesso periodontal; Se a gente aproximar podemos ver muitos neutrófilos
● Pericoronarite; (célula inflamatória aguda).
● Actinomicosis cervicofacial;
Observamos um halo esclerótico.
● Guna;
● Sífilis; TRATAMENTO
● Tuberculose;
Irrigação com solução de iodeto de sódio a 2% e peróxido
● Hanseníase.
de hidrogênio 10V - mistura os dois num copinho, pega
ABSCESSO DENTOALVEOLAR embaixo da gengiva e irriga e depois pode por clorexidina, o
paciente responde mais rápido;
● Agudo - dor pulsátil, hipertermia local e sistêmica,
sudorese, mal estar geral, inapetência e Ulectomia;
irritabilidade, linfadenopatia cervical - lembrar dos
Exodontia do dente envolvido.
sinais cardinais;
● Crônico. ACTINOMICOSIS CERVICOFACIAL
Quando a gente pensa em agudo ou crônico a gente pensa Infecção causada por uma bactéria, nós temos actinomyces
em tempo. normalmente na bactéria, mas por alguma mudança nós
temos uma inflamação.
Infecção bacteriana rara causada por microorganismos do ● Necrose do tecido mode;
gênero actinomyces. ● Perda de inserção periodontal severa.

Os actinomicetos são componentes da microbiota bucal Indivíduos sistemicamente comprometidos:


humana normal, embora, sob certas circunstâncias podem
Ex.: HIV, Malnutrição, imunossupressão.
se tornar patogênicas.
Crateras interproximais profundas que indicam necrose do
Apresenta-se clinicamente como uma infecção aguda, de
ligamento periodontal e do osso alveolar. A exposição do
rápida progressão como uma lesão crônica que se
osso alveolar interproximal pode ocorrer com formação de
dissemina lentamente, com formação de fibrose.
sequestros ósseos.
Massa endurecida circundada por parede fibrosa com área
TRATAMENTO
de abscesso central e secreção purulenta.
● Irrigação com solução de iodeto de sódio a 2% e
A secreção purulenta tende a se concentrar nos tecidos,
peróxido de hidrogênio 10V;
difunde-se através dos tecidos moles.
● Analgésicos
Vai estar cheio de neutrófilos junto com restos celulares, ● Debridamento e curetagem supragengival.
necrose.
SÍFILIS
Lembra do abscesso fênix.
É muito mais comum apresentar lesões no corpo do que na
TRATAMENTO boca.

Antibioticoterapia em doses elevadas por longos períodos, ● Infecção bacteriana crônica de distribuição
o tratamento pode durar até um ano. mundial causada pelo Treponema Pallidum;
● Os principais meios de transmissão são por sexo ou
GENGIVITE E PERIODONTITE NECROSANTE
de mae para filho;
São infecções orais rapidamente destrutivas e debilitantes. ● A infecção sofre uma evolução característica que
prossegue por 3 estágios. Primário, secundário e
Formas de doença periodontal inflamatória mais grave terciários O estágio secundário é o que tem maior
provocadas pela placa bacteriana. aparecimento de lesões orais;
● Altamente contagiosa principalmente a fase
● Stress psicológico;
primária e secundária;
● Imunossupressão;
● As alterações clínicas decorrentes da infecção fetal
● Tabaco;
são denominadas sífilis congênita.
● Infecção bacteriana dolorosa;
● Tecidos gengivais interdentários e marginais. SÍFILIS PRIMÁRIA
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ● Desenvolvimento de um cancro no local da
inoculação do microrganismo;
● Gengivas doloridas;
● 3 a 90 dias após a infeção inicial;
● Sangram com facilidade;
● Genitália externa e o anus são as localizações mais
● Erosão e morte do tecido gengival entre os dentes
comuns;
e hálito fétido;
● Lesão papular com desenvolvimento de ulceração
● Resistência (do paciente) à sondagem periodontal
central.
dos locais afetados. ***
Manifestação oral:
A dor é o sinal clínico mais marcante da doença.
● Lábios, língua, palato, gengiva e amígdalas;
OMS
● Ulceração indolor ou como proliferação vascular;
● Lesões extremamente dolorosas; ● Linfadenopatia bilateral - disseminação por uma
● Crateriforme na papila; via linfática;
● Úlceras gengivas com hemorragia espontânea. ● Se não tratada, a lesão cicatriza dentro de 3 a 8
● Pseudomembrana semanas.
● Odor fétido;
SÍFILIS SECUNDÁRIA
● Febre e mal estar;
● Linfadenopatia. ● Estágio disseminado;
● Lesões múltiplas;
PERIODONTITE NECROSANTE
● 4 a 10 semanas após a infecção inicial;
● Doença de progressão rápida e severa; ● Erupção cutânea maculopapular, difusa e indolor,
● Eritema distinto na gengiva livre; principalmente na região palmar e sobre palmar.
Se dá por conta das terminações nervosas.
Sinais bucais: Região de gânglios, região submandibular e também na
parótida.
● Áreas maculopapulares vermelhas e placas
mucosas (esbranquiçada e sensível); diferente das ● Infecção crônica causada pelo mycobacterium
lesões parecidas com cancro. tuberculosis;
● Lesões papilares (condiloma lata) e ulcerações na ● A maioria das infecções são resultado de
língua, lábio, palato e mucosa bucal. disseminação direta de pessoa para pessoa,
através de aerossóis emitidos por um paciente
Aparecimento de sintomas sistêmicos.
com doença ativa.
● Linfadenopatia indolor, dor de garganta, mal estar,
TUBERCULOSE PRIMÁRIA
dor de cabeça, perda de peso, febre, dores
músculo-esqueléticas. Ocorre em pessoas não expostas ao microorganismo
previamente e quase sempre envolve pulmões.
SÍFILIS TERCIÁRIA
Assintomática, podendo ocorrer febre.
● Após o estágio secundário, o paciente entra em
período latente, assintomático - duração de 1 a 3 TUBERCULOSE SECUNDÁRIA
anos;
Doença ativada mais comum em uma fase tardia da vida,
● Após a sífilis latente o paciente pode entrar na fase
reativação do micro-organismos em uma pessoa
terciária (mais grave).
previamente infectada.
Começa a acontecer perfurações ósseas na cabeça.
Localizava-se no ápice dos pulmões, podendo afetar outros
● Envolvimento do sistema vascular; sítios por via hematogenica e linfática.
● Sistema nervoso central;
TUBERCULOSE MILIAR
● Psicose, demência, paralisia e morte;
● aaa Disseminação difusa através do sistema vascular.
SÍFILIS CONGÊNITA Anorexia, perda de peso e sudorese noturna, tosse
produtiva com hemoptise ou dor torácica.
Sinais patognomônicos:
● Regiões mais comuns extrapulmonares da cabeça
● Tríade: alteração na dentição, alteração ocular e
e pescoço: nódulos linfáticos cervicais, laringe e
alteração surdez:
ouvido médio.
1. Dentes de Hutchinson;
● Lesões orais incomuns: úlcera crônica e indolor,
2. Queratite ocular intersticial;
áreas leucoplásicas nodulares, granulares ou
3. Surdez provocada pelo comprometimento do
firmes.
oitavo par de nervo craniano.
HISTOLOGIA
HISTOPATOLOGIA
Granulosas, células epitelióides (com formato epitélio).
● Quadro histopatológico não específico;
Célula de Langerhans, encontraremos o bacilo de cocci,
● Intensa reação inflamatória crônica: linfócitos
como se tivesse fagocitado. Necrose caseosa.
(MAR) e células plasmáticas;
● IHQ: T. Pallidum. TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO ● Teste tuberculose cutâneo (mantoux ou ppd);
● Diagnóstico confirmado com coloração especial
● Teste sorológico para VDRL - não treponêmico, se o
para microrganismos ou por cultura de tecido
paciente está ou não é no FTA-ABS se o paciente já
infectado ou de secreção nasal;
teve ou não sífilis.
● PCT para identificar o dna de microrganismos
TRATAMENTO ● .

Avaliação individual e abordagem terapêutica PROTOCOLO


individualizada;
Foto
Penicilina - dose e via se administração varia de acordo com
INFECÇÕES FÚNGICAS
o estágio da doença;
CANDIDÍASE/CANDIDOSE
Eritromicina ou tetraciclina para pacientes alérgicos à
penicilina. A candidíase é a mais comum.
TUBERCULOSE
Pode manifestar, mas o paciente não tem sintomatologia Tomar cuidado que pode ser síndrome da ardência bucal ou
específica. fungo.

Não é só raspar como a pseudomembranosa. ERITEMATOSA

Temos um tipo diferente de acordo com a manifestação que 1. Não apresenta componente branco;
ele apresentou. 2. Máculas vermelhas associadas a sensação de
queimação;
● Candidíase (oportunista);
3. Atrófica - redução do epitélio, língua careca;
● Histoplasmose;
4. Glossite romboidal mediana - aspecto elevado bem
● Blastomicose;
na linha média do dorso da língua;
● Paracoccidioidomicose - mais específica na nossa
5. Multifocal;
região porque é endêmica, relacionada com o
6. Queilite angular - na comissura labial,
clima;
principalmente em paciente imunossuprimido que
● Coccidiomicose;
não tira a prótese;
● Criptococose (oportunista);
7. Mucosite por prótese.
● Zigomicose;
● Aspergillosis; ATRÓFICA
● Toxoplasmose.
1. Aguda
É uma infecção causada pelo microorganismo fúngico 2. Após antibioticoterapia de amplo espectro,
cândida albicans. xerostomia. imunossupressão
3. Sintomática: queimação
Infecção fúngica bucal mais comum no homem.
4. Perda das papilas filiformes
30 a 50 % das pessoas possuem micro-organismos em suas 5. Localização: palato posterior, mucosa jugal e dorso
bocas, sem infecção. de língua (língua careca
6.
Todos possuem na boca mas estão em estágio de
homeostasia. Pode ser carência de vitamina, dosagem de vitamina.

São 3 fatores que determinam sinais clínicos de infecção: Não vê as papilas da língua.

1. O estado imunológico do hospedeiro; GLOSSITE ROMBOIDAL MEDIANA


2. O meio da mucosa bucal;
● Atrofia papilar central
3. A resistência da C. Albicans.
● Ocorre em 0.01% e 1% dos adultos
CARACTERÍSTICAS ● Causa: idiopática, mas pode estar associada a
imunossupressão
1. Pseudomembranosa; ● Era considerada uma alteração de
2. Eritematosa; desenvolvimento - falava na fusão dos tubérculos
3. Hiperplásica; impres
4. Mucocutânea. ● Assintomática
● Atrofia papilar central bem demarcada localizada
PSEUDOMEMBRANOSA
na linha média do dorso de língua no seu ⅓
Forma mais comum; posterior

Placa branca que lembra queijo cottage; Uso de fluconazol sistêmico e flucolarina antifúngico tópico.

Composição: células epiteliais descamadas e fragmentos de MULTIFOCAL


tecido necrótico.
● Crônica
FATORES PREDISPONENTES ● Múltiplos sítios de acometimento
● Localização em dorso de língua + palato - lesão
● Antibioticoterapia de amplo espectro beijada pela íntima relação entre estruturas em
● Radioterapia contato
● Xerostomia: imunossupressão
● Crianças com sistema imune pouco desenvolvido QUEILITE ANGULAR
● Uso de inaladores esteroidais
● Eritema, fissuras e crostas nas comissuras
Queimação, gosto desagradável (amargo ou salgado), hálito ● Pacientes idosos desdentados
fétido; ● Dimensão vertical reduzida
● Saliva acumula nestas ares - umidade favorece
Localização mucosa jugal, palato duro ou dorso de língua. infecção
● C. albicans 20%, C albicans + S. aureus 60% e S. PARACOCCIDIOIDOMICOSE
aureus 20%
Profunda porque acomete órgãos internos do paciente,
● Pode envolver a pele perioral
principalmente o pulmão.
Diferente da angular, ela é molhada.
Ele pode desenvolver manifestações orais.
MUCOSITE POR PRÓTESE
● Infecção fúngica profunda causada por um fungo
● Estomatite por prótese, candidose atrófica crônica denominado paracoccidioides brasiliensis;
● eritema e petéquias hemorrágicas na mucosa sob ● Blastomicose sul americana ;
próteses removíveis - principalmente nas áreas das ● Relativamente comum - endêmico em algumas
bordas de PTs superiores; regiões da américa do sul;
● Normalmente assintomática; ● Principalmente homens (25:1);
● C. albicans - ação direta ou respostas tecidual do ● B-estradiol inibe a transformação da forma de hifa
hospedeiro aos diferentes microrganismos que a forma patogênica de levedura - na forma de
colocam a prótese; levedura causa os danos;
● Uso contínuo e noturno das PTs com pouca ● Trabalhadores rurais: inalação ou inoculação direta
higiene. - mascar mato;
● Estrogênio mais ativo e importante na mulher em
HIPERPLÁSICA
idade reprodutiva;
● Também denominada leucoplasia por cândida; ● Esporos inalados vão para os pulmões e
● Forma menos comum - discutível; disseminam pela circulação sanguínea ou linfática
● Placa branca que não pode ser removida; ● Boca - disseminação ou inoculação direta.
● Localizada em regiões anteriores da mucosa jugal
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
(retro comissura);
● Lesão provocada pela Candida Sp ou infectada pela ● Desenvolvimento..
Candida Sp?; ● Lesões orofaríngeo - manifestações secundárias
● Presença de displasia epitelial associada - ● Boca - lesões múltiplas - ulcerações moriformes na
provocada pela Candida Sp?; mucosa alveolar, gengiva, palato, mucosa jugal …
● Diagnóstico confirmado pela presença de Candida ● GROCOTT
Sp na lesão e completa resolução do quadro após
DIAGNÓSTICO
terapia antifúngica.
● Citologia, histologia - demonstração dos
DIAGNÓSTICO
brotamentos
● Apresentação clínica; ● Hiperplasia pseudoepiteliomatosa + ulceração +
● Citologia exfoliativa - pegar um cotonete raspar a inflamação granulomatosa … ORELHA DO MICKEY
boca e por na lâmina; com outra coloração PAS
● Incomum: biópsia incisional - se tiver hiperplásica.
TRATAMENTO
Hifas e pseudo hifas identificadas pelo PAS (teste de
FOTO
coloração).
Onde tem lesão fica com fibrose, também atinge músculo.
Tecido hiperparaqueratose, micro-abscessos, infiltrado
inflamatório subepitelial - hifas localizadas na camada Não é o dentista, é o infectologista.
paraqueratina.
Medicações sistêmicas diárias.
TRATAMENTO
INFECÇÕES VIRAIS
*Antifúngico tópico (nistatina - suspensão, gel e itraconazal
- suspensão). ● Vírus herpes simples;
● Varicela - catapora;
Nistatina - 100.00 UI . Paciente bochecha e depois engole. ● Herpes zoster;
Para limpar o túbulo. ● Mononucleose infecciosa;
● Citomegalovírus;
Má absorção intestinal e por isso a sua eficácia depende do
● Enteroviroses;
contato direto com o microorganismo muitas vezes ao dia -
● Sarampo;
4 a 6 ml 4 vezes ao dia.
● Rubéola;
*Antifúngico sistêmico (cetoconazol, fluconazol, itraconazol. ● Caxumba;
● Caxumba;
Depende da extensão da lesão, se eu passo antifúngico
● HIV.
tópico ou sistêmico.
Existem algumas enteroviroses muito comuns, a última que CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
esteve em alta foi a mão pé e boca.
Na cavidade oral:
HERPES
● Tonsila faringeana hiperplásica com exsudato
Os seres humanos são os únicos reservatórios naturais, e amarelado;
todos os HHVS são capazes de residir por toda a vida nos ● Petéquias no palato duro ou mole;
hospedeiros infectados, infelizmente! ● GN e PN.

● HSV-1, dissemina-se através da saliva infectada ou Sugerido pela manifestação clínica;


de lesões periorais ativas, adapta-se melhor e mais
Confirmado pelos exames laboratoriais;
eficientemente na cavidade oral, face e olho;
● HSV-2, adapta-se melhor às regiões genitais, sendo O leucograma mostra-se aumentado com contagem
transmitidos através de relações sexuais, envolve a mostrando linfocitose, que pode elevar-se a 70 a 90%
genitália e a pele abaixo da cintura. durante a 2ª semana;
CONTÁGIO Regressão após 4 semanas a 6 semanas;
● HSV-1 - contato com a saraiva contaminada ou Antipiréticos, antiinflamatórios;
lesões periorais ativas;
● HSV-2 atividade sexual, mais proeminente entre 15 A utilização de corticosteroides apenas em casos que a
e 35 anos. mononucleose infecciosa ponha a vida em risco, tais como
obstrução das vias aéreas superiores devido à
EVOLUÇÃO linfadenopatia intensa.
Os sintomas e sinais são prodrômicos. ENTEROVIROSES
6 a 24 horas antes: A maioria é sintomática ou subclínica;
Dor, ardência, prurido, pontadas, calor localizado ou Podem surgir em qualquer idade mas a maior parte ocorre
eritema no epitélio envolvido. em bebês ou crianças;
1 a 2 dias: 1. Herpangina;
2. Doença das mãos-pés-e-boca;
Múltiplas pápulas pequenas eritematosas que formam
3.
agrupamentos de vesículas preenchidas por líquido.
Quando atendo uma criança com lacerações no lábio
Após 2 dias:
superior, a gente pensa em herpangina. Mas quando
Vesículas rompem-se e formam crostas. apresenta em toda boca, mucosa jugal, palato é herpes
simples 1.
A cicatrização ocorre entre 7 e 10 dias.
SARAMPO
TRATAMENTO
Prevalência variável relacionada à intensidade do uso da
Aciclovir, tanto tópico ou sistêmico, é utilizado na fase
vacina;
prodrômica. Podem ser usados juntos.
A conhecida erupção cutânea exantematosa ocorre após
O uso do laser pode ser feito no início. Pode ser efeito um
poucos dias e dura de 4 a 7 dias;
procedimento que chama PDT que rompem as vesículas
que não romperam, deixa o antimicrobiano (principalmente Tronco e extremidades formando uma erupção
azul de metileno) agir por 5 min e passa o laser. Depois de 2 maculopapular cutânea;
dias, ele acelera a cicatrização e é analgésico.
O sinal patognomônico é o sinal de koplik;
MONONUCLEOSE INFECCIOSA (DOENÇA DO BEIJO)
Essas manchas patognomônicas constituem focos de
Doença sintomática resultante da exposição ao vírus necrose epitelial e têm sido descritas como grãos de sal em
Epstein-Barr (EBV, HHV-4); fundo vermelho.

A infecção ocorre usualmente pelo contato íntimo; HIV

Quando uma pessoa é exposta o EBV permanece no O paciente não vai ter uma lesão propriamente do HIV. Ele
hospedeiro por toda a vida. vai ter manifestações orais características da sua infecção
sistêmica.
Os adultos contraem o vírus pela transferência direta da
saliva, por exemplo, através de canudos compartilhados ou
por beijo, daí a denominação “doença do beijo”.
Nos indivíduos infectado o vírus pode ser encontrado nos mas também podem servir como indicadores para a
fluidos corporais: Soro, saliva, semen, lágrima, urina, leite presença da doença e progressão da doença.
materno, secreções, penis e vagina;

Vias de transmissão > contato sexual, exposição parenteral


a sangue, transmissão vertical, transplante de órgãos.

DIAGNÓSTICOS DO HIV

Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser


divididos basicamente em quatro grupos.

● Detecção de anticorpos;
● Detecção de antígenos;
● Cultura viral;
● Amplificação do genoma do vírus.

As lesões bucais são as manifestações mais precoces da


AIDS.

São importantes para:

● Diagnóstico da infecção pelo HIV;


● Progressão;
● Resistência.

A presença das lesões orais têm um significativo impacto na


qualidade de vida do paciente.

Grupo 1: Lesões fortemente associadas à infecção pelo HIV

Candidíase: eritematosa, pseudomembranosa, queilite angular

Leucoplasia pilosa ( placa branca estriada bilateralmente, não


pode confundir com hiperqueratose por trauma)

Sarcoma de Kaposi (quando em boca, se localiza no palato)

Linfoma Não-Hodgkin

Doença Periodontal

Grupo 2: Lesões menos comumente associadas a infecção


pelo HIV

Infecções bacterianas

Hiperpigmentação melânica

Estomatite ulcerativa necrosante

Doença de glândula salivar

Púrpura trombocitopênica

Úlceras inespecíficas

Infecções virais
Exame detalhado da cavidade oral deve ser parte do exame
físico dos pacientes individuais HIV + e aqueles que estão
em um alto risco de contrair a infecção pelo HIV.

As lesões orais podem não só comprometer a qualidade de


vida e aumento da morbidade em pacientes com HIV/AIDS,

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