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estomatologia
@resumosemdupla
MANOBRAS SEMIOTÉCNICAS
Semiologia: refere-se à ciência ou ao estudo dos sinais e Exploração: explorar a região “doente” até chegar a uma
sintomas e à arte de interpretá-los. conclusão.
Semiotécnica: técnica de obtenção dos sinais e sintomas. Auscultação: Ato de
ouvir. Indicada
Semiogênese: é o estudo de formação dos sinais e sintomas
quando se precisa
no ponto de vista clínico.
diagnosticar uma
Sinal: dado objetivo que pode ser notado pelo profissional, lesão que gera ruído
tanto por semiotécnica, quanto meios subsidiários. Exemplos: durante a sua manipulação. É importante na avaliação da ATM.
vômito, cianose, pulsação, bolha, úlcera. Existe dois tipos de auscultação: direta (próprio ouvido) ou
indireta (estetoscópio).
Sintoma: sensação subjetiva relatada durante a anamnese
pelo paciente e não visualizada pelo profissional. Exemplos: dor, Ordenha: muito utilizada para glândulas salivares maiores para
queimação, tontura, formigamento. avaliar sua fisiologia, quantidade (identificar secreção) de saliva
e sua qualidade (verificar coloração da secreção).
Sintomatologia: é o conjunto de sinais e sintomas. Exemplo:
cianose labial associada a dor local. Percussão: manobra que através da “batida” consegue avaliar
o ruído e diagnosticar situações através do ruído de retorno
Síndrome: conjunto de sinais e/ou sintomas que caracterizam
ou sensibilidade. A percussão pode auxiliar no diagnóstico da
uma doença.
patologia periapical ou periodontal por meio da percusão
Sinal ou sintoma prodrômico: é o sinal ou sintoma que precede vertical e horizontal.
o aparecimento de uma doença. Exemplo: prurido peri labial
que antecede a formação das vesículas na infecção pelo vírus
do herpes simples tipo I.
Sinal ou sintoma patognomônico: é o sinal ou sintoma que por
si só define a doença. Exemplo: vesículas na infecção pelo
vírus do herpes simples tipo I.
Diascopia ou vitropressão: Consistem em vizualizar uma
É determinada estrutura comprimida por uma lâmina de vidro.
Positiva: altera tamanho ou cor (lesão vascular).
As manobras de semiotécnica são os recursos clínicos
utilizados para colher sinais. Negativo: não altera tamanho ou cor
(pigmentação exógena ou endógena)
Inspeção: Utiliza-se a visão
de modo direto (a olho nu)
ou indireto por meio de Raspagem: utilizada para saber a diferença entre o que
espelhos. descola ou não. É indicado para lesões brancas. Caso a lesão
descola é considerada membrana, caso não descole é
considerada placa.
Palpação: tocar com a ponta dos dedos. Por meio da palpação
colhem-se sinais pelo tato e pela compressão.
A palpação da cadeia linfática serve para identificar alguma
inflamação, infecção, carcinoma in situ e metástase.
Tipos de linfonodos:
Materiais
É a obtenção de É usado o instrumental para tecido mole e duro, anestésico /
material para gaze / recipiente / fixador, fio de sutura, lâmina de bisturi
exame (15), Punch (instrumento cilíndrico cortante) e pinça
histopatológico Sacabocado.
por meio da
remoção cirúrgica de um fragmento da lesão ou pela completa
remoção da lesão.
Indicações
• Não dilacerar
• Não comprimir
• Colocar no frasco após o término
Deve-se tomar cuidado com a técnica operatória utilizada, não
aplicando anestésico no interior da lesão, evitar corantes
como substância antisséptica que possam interferir na
coloração do exame, obter peça significativa, não aprisionar a
peça, fixação inadequada, informação deficiente, escolher o
local mais representativo da lesão e evitar remover tecido
necrótico.
O frasco deve ser de boca larga com tampa, conter o nome
completo do paciente, idade/sexo e a data da biópsia. O
fixador usado é formal a 10%, o volume é cerca de 10 vezes
maior que o fragmento.
Cuidados com o paciente
• Pós-operatório
• Instrução sobre não realizar bochechos nos 3 primeiros
dias
São processos patológicos básicos que apresentam
clinicamente várias alterações. Úlcera: perda do epitélio.
Com exposição do
São classificadas em 4 categorias: tecido conjuntivo Fissura: perda retilínea do epitélio.
1) Aumento de volume (intumescências): são intumescências
teciduais projetados para o observador. Diferem entre si pelo
conteúdo e dimensão da lesão.
Contorno:
Nítido: observa-se os limites da lesão.
Difuso: não se observa os limites da lesão.
Grânulos de fordyce
A mucosa bucal normalmente contém certo número de glândulas
sebáceas túbulo-acinares denominadas grânulos de Fordyce,
especialmente no vermelhão do lábio e na mucosa da bochecha e, Leucoedema
ocasionalmente, em palato, gengiva e língua.
É considerado uma condição hereditária caracterizada pelo
São glândulas sebáceas encontradas dentro da mucosa oral. São aparecimento de área esbranquiçada difusa na mucosa bucal.
glândulas anexas normais da mucosa oral, não representando Associado a pessoas com pigmentação escura de pele, podendo
estruturas ectópicas, nem adenomas. Na realidade são estruturas ser visualizado raramente em pessoas claras.
idênticas às glândulas sebáceas da pele, exceto pela ausência de
É diagnosticado pelo exame físico de rotina por manobra clínica
folículos pilosos.
quando, ao se distender a mucosa, desaparece quase totalmente,
Refere-se sua ocorrência em 80 a 95% da população adulta. O retornando sua coloração normal após o relaxamento, fato que não
aspecto clínico corresponde a pápulas brancas ou amareladas de 1 ocorre com outras lesões brancas.
a 2 milímetros de diâmetro, pouco evidentes, que quando
Ocorre na mucosa da bochecha bilateralmente, apresentando
confluentes podem configurar placas, não removíveis à raspagem.
coloração difusa, opaca ou branco-acinzentada, revela-se como
A palpação, sente-se rugosidade; todavia, são assintomáticas. No
linhas brancas finas e enrugadas. Possuem causa desconhecida,
exame histológico mostra-se como ninhos de células claras.
porém são mais comuns em tabagistas,
O diagnóstico é baseado no aspecto clínico, visto sua característica
Não há necessidade de tratamento. No histológico mostra-se como
marcante. Nenhum tratamento é necessário, porém,
aumento de espessura epitelial com edema proeminente da
ocasionalmente, coleções dessas glândulas podem ser observadas
camada espinhosa (média) sem sinais de inflamação.
na borda do vermelhão do lábio afetando a estética, o que implica
na possibilidade de remoção cirúrgica.
Leucoplasia
Nervo branco esponjoso É uma lesão representada por placa branca que se desenvolve na
mucosa bucal, em geral, provocada por trauma mecânica ou pelos
Condição hereditária, apresentando uma condição autossômica produtos e pelo fumo ou ainda o uso prolongado do álcool. Podem
dominante, atribuída a mutações nos genes 4 e/ou 13 da queratina. variar de cor indo desde o branco até o marrom –esbranquiçado.
É caracterizada por placas brancas, de consistência esponjosa Em 80% dos casos são benignas.
com superfície rugosa, queratótica e de aspecto pregueado, não Não é destacada pela raspagem e não desaparece após remover
sendo removidas à raspagem. Afeta as mucosas genital, anal, nasal o agente causador. Fato de grande importância é estarem
e principalmente a oral, sem predileção por sexo, com prevalência associadas à infecção pela C. albicans. Quanto aos aspectos clínicos,
em leucodermas. As lesões podem ser detectadas ao nascimento são classificadas em: maculosa, queratótica e verrucosa, podendo
ou na infância, embora também possam ser percebidas apenas na ser homogéneas ou pontilhadas
adolescência ou mesmo na fase adulta, permanecendo ao longo da
vida. O tratamento consiste em remover os fatores causais e observar
de perto o processo de cicatrização. Leucoplasia persistente deve
Na cavidade oral geralmente são bilaterais, simétricas, afetando as ser biopsiada.
mucosas da bochecha e labial, ventre da língua, assoalho bucal e
palato mole. A história familiar é importante para o diagnóstico e o
exame citológico ou histopatológico também pode ser de valia, visto
apresentar elemento característico, que é a condensação
eosinofílica na região perinuclear das células epiteliais.
A condição é, na maior parte dos casos, assintomática; no entanto,
os pacientes frequentemente queixam-se da textura da mucosa e
do aspecto antiestético. Não é necessário tratamento. Lesões brancas associadas ao tabaco
Microscopicamente aparece como paraceratose proeminete com
1) Ceratose do tabagista
filamentos de queratina.
Condição caracterizada por manchas espessadas na pele, manchas
ceratóticas com cerca de 7 mm de diâmetro. Aparecem entre os
lábios superiores e inferiores no local onde é colocado o cigarro. A
cessação do hábito reduz a lesão. A formação de crosta e úlcera
pode levantar suspeita de transformação neoplásica.
As pápulas brancas e elevadas são evidentes produzindo uma lesão
firme a palpação.
Lesões brancas traumáticas
Causadas por irritantes químicos ou físicos como traumas
friccionais, calor, uso tópico de aspirina, usos excessivos de
enxaguatórios bucais, pastas de dentes, entre outros.
Aparece como espessamento da mucosa podendo levar a
ulceração e é assintomático. O exame histológico revela
hipercertose. O tratamento consiste na remoção do fator causal. 2) Estomatite Nicotínica (palato do fumante)
É uma lesão específica relacionada ao uso do fumo (cigarro,
charuto e cachimbo). A alteração desenvolve-se nas áreas
queratinizadas do palato duro, bem como nas regiões expostas à
concentração de fumo. A irritação resultante promove inicialmente
pontos avermelhados no palato, que, posteriormente, tornam-se
branco-acinzentados, opacificados e fissurados devido à
hiperqueratose. Podem-se também observar múltiplas pápulas
brancas na região com pontos centrais avermelhados, que
correspondem à abertura dos duetos das glândulas salivares
menores inflamadas.
A gravidade está relacionada com a intensidade do ato. A coloração
marrom da superfície lingual e da região posterior dos dentes é
comumente associada a lesão. O diagnóstico é clínico, relacionado
ao hábito de fumar. A alteração tem caráter reversível,
desaparecendo totalmente quando o hábito de fumar é
abandonado.
Varicosidades (varizes)
Veias dilatadas geralmente encontradas em pessoas mais idosas,
causada pela redução de elasticidade da parede vascular.
Apresentam coloração azulada e, na mucosa bucal ocorrem,
principalmente, no ventre e bordas da língua e assoalho bucal. Tem
a diascopia positiva e são benignas e assintomáticas. Se houver
comprometimento cosmético podem ser removidas
cirurgicamente.
Trombo
Formação de um coágulo de sangue em um vaso sanguíneo. É firme
a palpação podendo ser sensíveis. Quando calcificam formam um
flebólito (vistos radiograficamente). Mais frequentes em pacientes
acima dos 30 anos.
Lesões vermelhas e branco-
avermelhadas
Eritroplasia
Apresenta-se como mancha avermelhada persistente que não
pode ser associada a outra condição. Tem muita propensão a
evoluir ao carcinoma. Quanto à etiologia é semelhante à da
leucoplasia, isto é, exposição a agentes carcínogénicos,
principalmente fumo e álcool, existindo também a forma idiopática.
Acomete indivíduos principalmente após os 50 anos, no assoalho
bucal e palato duro/mole. Líquen plano
As variações clínicas são: É uma doença de pele comum que pode aparecer nas mucosas. Na
mucosa bucal ocorrem principalmente na mucosa da bochecha
• Homogênea: completamente vermelha. bilateralmente, borda e dorso da língua e na semimucosa labial.
• Eritroleucoplasia: manchas vermelhas interpostas com áreas
brancas. Na mucosa oral podem ter quatro aparências: atrófica, erosiva,
• Eritroplasia salpicada: pontos grânulos difusos pela lesão. estriada (reticular) e em placa, sendo que mais de uma forma pode
afetar um mesmo paciente. Na forma reticular apresentam clínica
A biópsia é mandatória pois 91% representam displasia grave, característica denominadas estrias de Wickham.
carcinoma in situ ou carcinoma de células escamosas. Tratamento
médico, conforme a extensão da lesão, pode ser radioterápico, por As causas e patogenia são desconhecidas, mas evidências
cirurgia cruenta e laser cirúrgico; seguimento do paciente com apontam para uma doença imunológica. A biópsia quase nunca é
proservação no mínimo de 6/6 meses. necessária e o tratamento é expectante.
Em casos de ulcerações podemos utilizar esteroides tópicos ou
cursos curtos de esteroides sistêmicos e agentes
imunodepressores.
Nevus
Coleção de células névicas (chamadas tecas) no epitélio ou derme,
são geralmente simétricos, elevados e papulares. Podem ser
congênitos (presentes desde o nascimento) ou adquiridos (sinais da
Efélides (sardas) pele). Por ser difícil diferenciá-lo com outras condições malignas
todas as lesões intraorais pigmentadas devem ser biopsiadas.
Pequena mancha marrom-clara ou marrom-escura que aparece
no lábio após o depósito de melanina desencadeado pela exposição
a luz solar. Predileção por pessoas claras e de cabelos ruivos.
Requerem somente observação clínica.
Melanoma
É uma das neoplasias malignas mais agressivas, podendo levar o
indivíduo ao óbito em pequeno espaço de tempo. A taxa de
sobrevida em cinco anos dos melanomas orais é de 40%. Tumor
maligno que se inicia nos melanócitos, sendo infrequente na
cavidade oral.
Inicia como uma mancha pequena superficial ou ligeiramente
elevada que cresce lenta e lateralmente por vários meses. Os
sinais de reconhecimento precoce são: lesão assimétrica, borda
irregular, variação de coloração da lesão e aumento de diâmetro.
O diagnóstico final é dado pelo exame histopatológico de material
oriundo de biópsia incisional. O tratamento de responsabilidade
médica/oncologista.
Lesões vesicobolhosas
poderão ser tratadas com aplicação de anestésico sublesional ou
Infecções virais drogas antivirais (aciclovir). O acompanhamento desses pacientes
A mucosa oral e tecidos adjacentes são sítios frequentes de deve ser feito, pois complicações podem ocorrer, principalmente
infecções virais. Muitas infecções apresentam curta duração e nos imunocomprometidos.
frequentemente consistem em episódios subclínicos. Porém, em O tratamento com aciclovir não promove a cura do herpes, mas
pacientes com imunodepressão, causada por doença (AIDS, promove a abreviação do tempo da lesão, ou seja, se existe uma
leucemia, câncer disseminado) ou por uso de medicamentos lesão que duraria em média de 11 a 14 dias é possível abreviar
imunossupressores, estas infecções podem produzir considerável em média 3 a 4 dias à lesão. Podendo ter mais possibilidades de
morbidade e sérias complicações a vida do paciente. Nesses ter menos herpes durante o ano.
casos, em particular o diagnóstico rápido se faz necessário, pois
permite o tratamento precoce da doença viral.
Pênfigo vulgar;
Penfigoide das membranas mucosas ou benigno de
mucosa;
Eritema multiforme;
Eritema multiforme maior ou síndrome de stevens-
johnson.
Eritema multiforme
Pênfigo vulgar (fogo selvagem)
É uma doença inflamatória aguda, quando o paciente realiza o
É uma doença universal, representada pela presença de altos exame de anamnese ele relata a reação de hipersensibilidade
títulos de anticorpos antiepitélio e pelo déposito de imunocomplexo onde o CD estará atento aos sinais identificando o eritema
na camada espinhosa de epiderme e da mucosa bucal. multiforme.
Etiologia: doença auto-imune Age na junção entre as células do Características clínicas: acomentem mais os adultos e adultos
epitélio (bolha intraepitelial) jovens, o início é agudo. Apresentando vesículas, bolhas, úlceras,
máculas eritematosas em qualquer local da mucosa e possuem
Características clínicas recorrente em adultos com mais de 40
lesões cutâneas em alvo.
anos, apresentando vesículas e bolhas que se rompem (dor),
possui sinal de nickolsky, formando uma imagem como se fosse Diagnóstico: é preciso que seja realizado o exame clínico
uma “gengivite descamativa” e 60% apresentam primeiro sinal (anamnese e exame físico), e biópsia incisional (em caso de
na mucosa bucal. dúvida).
Ulceração aftosa
Das lesões ulceradas que acometem a cavidade bucal é o tipo
mais comum, com incidência entre 20 a 60% dependendo da
população estudada. A incidência tende a ser mais elevada nos
grupos socioeconômicos e nas pessoas não fumantes. O objetivo de reduzir os sintomas, o tamanho e a quantidade das
úlceras e/ou aumentar os períodos livres da doença são
Clinicamente apresentam-se da seguinte forma: determinados pela severidade, frequência de aparecimento,
história médica e tolerância do paciente à medicação. Além disso,
Ulcerações aftosas menores (afta menor): 90% das lesões
devem ser eliminados ou tratados quaisquer fatores
apresentam-se arredondadas, contorno nítido, doloridas,
predisponentes.
afetando mucosa não queratinizada por 2 a 8 mm sendo únicas
ou múltiplas. Melhoram em cerca de 10 dias não deixando cicatriz O tratamento depende da gravidade da lesão, pacientes com
visível. poucas lesões ou lesões ocasionais geralmente nenhum
tratamento é necessário, além de um enxaguatório brando. Nos
demais casos, podem ser administrados corticosteroides tópicos
e/ou sistêmicos, antibióticos e imunomoduladores.
Úlceras específicas
No diagnostico deve-se observar que além de ter ulceração São constituídas pela sífilis, tuberculose; hanseníase;
aftosa em cavidade oral é necessário ter ulceração em mais duas paracoccidioidomicose e histoplasmose.
regiões, como, região cutânea e genital.
Sífilis
Ceratoacantoma
Doença bacteriana sexualmente transmissível causada pelo
Lesão mucocutânea de etiologia desconhecida, ocorre Treponema pallidum. A principal via de transmissão é através do
principalmente na pele exposta ao sol e, com menos frequência contato sexual, mas também pode ser transmitida da mãe para o
na junção mucocutânea. As lesões podem ser solitárias ou feto durante a gravidez ou no momento do nascimento,
múltiplas. resultando em sífilis congênita.
Hanseníase
A hanseníase é causada pela bactéria Mycovacterium leprae.
Atualmente, o Brasil é um dos países com maior ocorrência da
hanseníase. Clinicamente, a hanseníase é classificada em
paucibacilar e multibacilar:
Obs.: Dependendo de como está a posição do dente, ele nunca vai Tratamento
erupcionar, com isso, a pericoronarite vai ser recorrente. Nesse
caso, quando estiver em processo agudo vai curetar e limpar e em Alivio da
seguida marcar a exodontia do dente. dor
Alveolite
É uma inflamação no alvéolo. Podem Propicionar
Cura da
surgir no pós-operatório de ciclo
infecção
regenerativo
extrações dentarias e podem ser
consideradas como consequência de
uma inflamação anterior. Possui 1- Anestesia local, pela técnica de bloqueio dos nervos alveolares,
ocorrência em cerca de 1%-4% dos casos com exodontia. seguida de infiltração do fundo do saco gengival.
2- Remover os depósitos grosseiros de cálculos e placa dentária,
Apresenta duas classificações: alveolite seca e alveolite úmida.
por meio de cuidadosa instrumentação das áreas envolvidas,
Ambas apresentam insensibilidade à analgésicos.
limitando-a de acordo com a tolerância do paciente.
Alveolite seca: geralmente começa 3- Irrigar abundantemente o local com a solução fisiológica estéril
cerca de 48 a 72h após a seguida de clorexidina 0,12%
extração dentaria. Apresenta dor 4- Prescrever bochechos com 15ml com clorexidina 0,12%, não
e hiperemia dos tecidos moles ao diluída, a cada 12h, durante uma semana.
redor do alvéolo, sem apresentar 5- Não utilizar sutura de qualquer tipo.
coleção purulenta. Os sintomas são: dor intensa, odor e osso viável. 6- Para aliviar a dor, prescrever dipirona (500mg a 1g) com
intervalos de 4h, pelo período de 24h. Se a dor persistir,
Alveolite úmida/purulenta: pode ser prescrever um AINE.
decorrente da alveolite seca bem 7- Agendar consulta para reavaliação.
como iniciar-se pela presença da 8- Acompanhar a evolução do quadro.
contaminação do alvéolo, causando o 9- Na persistência ou agravamento dos sintomas, instruir
processo purulento. Os sintomas tratamento com antibióticos.
são: febre, dor e presença de pus.
Se ocorre casos refratários pode se aplicar uma pasta
Causa medicamentosa no interior do alvéolo. A composição da pasta é:
metronidazol 10%, lidocaína 2%, essência de menta e lanolina. Para
Seca Purulenta/úmida aplicar a pasta deve se limpa, cureta, seca, preencher a cavidade
com a pasta realizando uma ligeira pressão.
• Manobra cirúrgica difícil; • Presença de coágulo;
• Fratura do osso alveolar; • Posterior à alveolite seca;
• Ausência de ponto; • Infecção por objetos
• Ausência de coágulo; contaminados.
Abscesso dento alveolar ou periapical
• Displicência do paciente
no pós-operatório.
É dividido em agudo e crônico. O agudo corresponde a formação de
pus envolvendo a região apical com evolução rápida e dor lancinante
sem a formação de ponto de flutuação ou fístula. Por outro lado,
o crônico corresponde ao abscesso que apresenta ponto de
flutuação ou fístula. Ambas podem desencadear celulite.
No início ocorre só a ruptura da lâmina dura, já no abscesso crônico
vai apresentar uma imagem radiolúcida difusa no ápice do dente. O tratamento: passa para endodontia.
• Anestesia;
• Isolamento absoluto;
• Abertura coronária;
• Irrigação intracanal;
• Esvaziamento do conteúdo séptico/ até o CRD (comprimento
real do dente).
Etiologia • Drenagem via canal.
• Medicamentação intracanal.
• Traumática;
• Selamento coronário;
• Medicamentosa;
• Medicação sistêmica com anti-inflamatório e antibiótico.
• Infecciosa;
Abscesso dento alveolar agudo – Fase em
O primeiro sinal de que a polpa foi atingida é a ruptura da lâmina
dura. Se não tratar isso pode evoluir, podendo ter a colonização evolução
bacteriana apical, a morte da célula naquela região, e a formação
• Ausência de vitalidade pulpar.
de um abscesso.
• Dor espontânea, pulsátil, contínua e difusa.
Abcesso dento alveolar agudo • Acentuada mobilidade dentária.
• Extrusão dentária.
• Dor; • Sensível à palpação apical.
• Evolução rápida; • Sensibilidade ao toque vertical.
• Origem: espontânea; • Edema difuso, consistente, sem ponto de flutuação.
• Duração: prolongada; • Aumento de volume da área.
• Frequência: contínua; • Cefaleia, febre e prostração.
• Intensidade: insuportável;
• Localização: localizada. O tratamento é o mesmo, a única diferença é que deve pedir o
paciente para fazer bochecho com solução emoliente (água
Características clínicas: morna), para que consiga fazer a dissolução desse pus que está
• Teste de vitalidade: negativo; contido e não apresenta ponto de flutuação.
• Coroa: rígida, com cárie ou restauração; Abscesso dento alveolar agudo – Fase evoluída
• Percussão: positivo (hipersensível);
• Mobilidade: aumentada; • Ausência de vitalidade pulpar.
• Extrusão súbita: aumentada; • Dor espontânea, pulsátil, contínua, difusa e menos intensa.
• Palpação: mucosa periapical alterada; • Mobilidade dentária.
• Linfonodos regionais: mole, doloroso e móvel; • Extrusão dentária.
• Febre; • Sensibilidade ao toque vertical.
• Sem edema evidente; • Edema localizado com ponto de flutuação extra ou intra-bucal.
• Aumento de volume da área.
Radiograficamente só vai observar um espessamento do ligamento • Cefaleia, febre e prostração.
periodontal.
O tratamento continua sendo o mesmo. Só que agora existe um
ponto de drenagem, ou seja, o pus está querendo sair. Esse pus
vai estar drenando intracanal ou intra cavidade bucal ou extra
cavidade bucal.
Abscesso dento alveolar crônico
Exame
Enucleação x Marsupialização
Biópsia
objetivo
Enucleação: remoção da lesão por inteiro.
Apresentam-se como pequenas pápulas de 2 a 3 mm, O cisto gengival do adulto e o cisto periodontal lateral
esbranquiçadas ou amareladas distribuídas pelo processo alveolar. representam, respectivamente, as contrapartes extra e
Não é raro observá-las em grupos de 6 ou 7 e são mais comuns intraóssea da mesma lesão. Ambas são raras e representam
na maxila do que na mandíbula. Cerca de 50% dos recém- menos de 2% de todos os cistos epiteliais dos maxilares.
nascidos apresentam o cisto gengival do recém-nascido. O cisto
gengival do recém-nascido é autolimitante e raramente são Origina-se dos restos de lâmina dentária. Ocorre ao longo da
observadas algumas semanas após o nascimento, pois, acredita- superfície lateral da raiz de um dente com vitalidade e em geral
se, degenerarem ou romper-se na superfície da mucosa, não são pequenos (inferior a 1 cm). 5ª e 7ª década, mais prevalente
sendo necessário o tratamento. sexo masculino. Lesão assintomática, detectado com exame
radiográfico. Mais comum nas regiões de incisivo lateral, canino e
Embora não sejam de origem odontogênica, outros dois cistos são PM inferior.
frequentemente utilizados como sinônimo do cisto gengival do
recém-nascido, eles apresentam características clínicas e Características radiográficas
comportamento quase idênticos ao do cisto gengival do recém-
nascido variando somente na sua localização. Acredita-se, O cisto gengival do adulto não apresenta sinais radiográficos,
entretanto, que os três cistos tenham origens distintas. O entretanto em alguns casos é possível observar, durante a
primeiro deles são as pérolas de Epstein, localizadas ao longo da cirurgia, uma depressão óssea em forma de taça por conta da
rafe palatina e deriva-se de restos epiteliais aprisionados entre reabsorção causada pela pressão da lesão. Já o cisto periodontal
os processos palatinos e o segundo deles são os nódulos de Bohn lateral geralmente é detectado em exame radiográfico por
localizam-se nas faces vestibular e lingual do rebordo alveolar e outras razões, já que é assintomático e seu crescimento
são derivados de tecidos glandulares. intraósseo lento dificilmente atinge a superfície.
Radiograficamente, apresenta-se como uma área
Atualmente, no entanto, os termos pérolas de Epstein e nódulos radiotransparente bem circunscrita, localizada lateralmente à raiz
de Bohn são incluídos sob a terminologia de cistos palatais do de um dente vital.
recém-nascido.
Tratamento
Localização
Características radiográficas
Sintomas: tumefação da região anterior do palato, drenagem e O dente precisa ter presença de necrose pulpar. Os cistos
dor. periapicais geralmente são assintomáticos e frequentemente
descobertos em exames de rotina, a não ser que exista
Características radiográficas
exacerbação inflamatória aguda. São os cistos mais comuns
Radiograficamente podem variar de pequenas lesões (menores (65%) se origina de processos inflamatórios e dos restos
que 6 cm) a lesões maiores. Alguns têm formato de pêra epiteliais de Malassez.
invertida.
Radiograficamente, o cisto periapical apresenta-se como uma Em cistos nessa localização, cerca de 60% dos pacientes relatam
área radiolúcida arredondada circundando o ápice do dente pelo menos um episódio prévio de pericoronarite e é comum
envolvido. Um halo radiopaco que apresenta continuação com a observar comunicação da parede cística com a bolsa periodontal.
lâmina dura do dente são frequentemente observado, é comum
Características radiográficas
observar reabsorção radicular. O tamanho do cisto radicular pode
variar de alguns milímetros até tomar um quadrante completo, o
Área radiolúcida bem delimitada normalmente localizada
tamanho médio é de 1.5 cm. Um cisto periapical pequeno não pode
lateralmente (mais comum na distal) a um elemento dentário.
ser radiograficamente distinguido do granuloma periapical.
Cisto paradentário
Caractéristicas clínicas
Acima imagens radiolúcidas, uniloculares, arredondadas ou
O cisto paradental se desenvolve próximo da margem cervical da ovaladas, bem circunscritas e localizadas abaixo do canal
face da raiz dentária como consequência de um processo mandibular, entre o primeiro molar inferior e o ângulo da
inflamatório periodontal. Cerca de 61% dos cistos paradentais mandíbula.
ocorre nos terceiros molares inferiores parcialmente irrompidos.
Conceitos Tumor x Neoplasia x Câncer
Neoplasia: é o termo que designa alterações celulares que ▸ Tumor se refere ao efeito de massa. Assim sendo, tumor é
acarretam uma proliferação celular anormal, sem controle, sinônimo de qualquer coisa que acumule e leve ao aumento de um
autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se tecido ou determinada região, que pode ocorrer por uma reação
diferenciar, em consequências de mudanças no GENE que regulam inflamatória, por aumento e/ou por uma proliferação
o crescimento e a diferenciação celulares. Pode ser maligna ou descontrolada de células (hiperplasia x hipertrofia).
benigna. ▸ A neoplasia por sua vez, é especificadamente uma proliferação
descontrolada de células, que pode ser benigna ou maligna.
▸ E por fim, o câncer se refere a doença, sendo só maligno.
Classificação dos tumores odontogênicos É de uma única cavidade, parece muito com o cisto dentígero, pois
ele é muito radiolúcido, unilocular, não causa tanta reabsorção
1) Tumores odontogênicos epiteliais: dentária nem
deslocamento.
▸ Ameloblastoma;
▸ Tumor odontogênico escamoso; É considerado
▸ Tumor odontogênico epitelial calcificante; menos agressivo e
▸ Tumor odontogênico adenomatóide (TOA); com menor risco de
▸ Fibroma ameloblástico. recorrência,
apresentando melhor prognóstico em relação aos outros subtipos.
2) Tumores odontogênicos mistos:
Muitas vezes associado a dentes não irrompidos. Acometem jovens
▸ Tumor odontogênico primordial; (segunda década de vida).
▸ Odontoma composto;
Diagnóstico diferencial: Cisto dentígero
▸ Odontoma complexo;
▸ Tumor dentinogênico de células fantasmas. Obs.: para saber se é um cisto ou um tumor, deve realizar a
punção. Vai no local da lesão, e coloca a agulha e puxa, se vier liquido
3) Tumores odontogênicos mesenquimais /ectomesenquimais: é cisto, se não vier é tumor.
▸ Fibroma odontogênico; ▸
▸ Mixoma odontogênico/Mixofibroma;
▸ Cementoblastoma; É mais raro. Acomete os tecidos
▸ Fibroma cemento-ossificante. moles, sem predileção por idades.
É uma imagem radiopaca com um alo radiolúcido. Os caninos, incisivos centrais superiores e terceiros molares são
os dentes mais frequentemente associados a impacção por
É formado por múltiplas estruturas pequenas, semelhantes a odontomas. Existem casos associados à ausência de dentes,
dentes, assintomático, atinge principalmente a 1ª e 2ª década de podendo ocorrer erupção do odontoma na cavidade bucal, ou
vida. Apresenta predileção por região anterior de maxila. Sua estarem associados a dente decíduo retido no arco. Potencial de
etiologia é desconhecida. crescimento limitado, contudo, alguns odontomas complexos podem
levar a expansão óssea.
Métodos de imagens
Os métodos de imagens que podem ser utilizados na patologia de
glândulas salivares são: ultrassonografia, sialografia (não muito
Glândula parótida: é a maior glândula salivar (20 a 30g), responsável utilizada), tomografia, ressonância e biópsias.
por mais ou menos 30% da produção da saliva. O ducto de cada
glândula desemboca em frente ao segundo molar superior. As Ultrassonografia
secreções são predominantemente serosas.
É um exame não invasivo, de
Glândulas submandibular: tamanho médio (12 a 15g), responsável fácil acesso, baixo custo. Não
por mais ou menos 60% da produção da saliva. As secreções são utiliza radiação e não
mistas. apresenta efeitos colaterais.
Avalia, diagnostica e
Glândula sublingual: são pequenas (2 a 3g), responsável por 5% da
caracteriza as alterações
produção da saliva. As secreções são predominantemente
das glândulas salivares.
mucosas.
Através da ultrassonografia
A saliva apresenta a função de lubrificação, digestão e imunidade.
vai diagnosticar possíveis
Em casos de déficit da função o paciente terá dificuldades para
sialoadenite – inflamações das glândulas salivares.
engolir, falar, para usar próteses e ficará mais suscetível a úlceras
orais e infecções oportunistas. Sialografia
Na anamnese do paciente existem informações muito importantes Exame que estuda as
que são referências a algumas alterações das glândulas salivares. glândulas salivares com um
meio de contraste iodado
• Dor e Edema São informações infundido no ducto. Avalia o
• Xerostomia importantes na grau de destruição do ducto
• Alteração de sabor investigação visando a ou da glândula. É contra
• Acometimento uni obtenção do indicada em processos inflamatórios agudos.
ou bilateral diagnóstico Estes exames permite uma boa avaliação dos lobos superficiais da
parótida e submandibular, e permite também uma boa
Idade do doente: doente mais jovem tem maior chance de ter diferenciação entre massas intra ou extraglandulares.
processos inflamatórios, como uma parotidite viral. Esse exame permite também a diferenciação de lesões malignas
de benignas em cerca de 90% dos casos.
Tempo de evolução: processos neoplásicos geralmente têm
histórias mais longas, ao passo que os não neoclássicos duram Tomografia
É um exame padrão para lesões de Alterações inflamatórias e infecciosas
massas, ou seja, lesões tumorais de
glândulas salivares. Parotidite epidêmica (caxumba)
Exame de eleição na pesquisa de É uma infecção causada por um
patologia inflamatória aguda e nas vírus da família
dilatações profundas. Realiza a Paramyxoviridae, afetando
identificação de cálculos e avaliação principalmente jovens entre os
de massas. 15 anos. Causa um aumento
Ressonância magnética difuso das glândulas. A glândula
parótida é envolvida com mais frequência.
Não é um exame muito utilizado por dentistas. É um excelente
Características clínicas: os sintomas prodrômicos incluem febre
exame para qualquer lesão de tecido mole.
baixa, cefaleia, mal-estar, anorexia e mialgia. O aumento de volume
Produz imagens que permitem determinar o tamanho e a das glândulas e a dor apresentam pico típico dentro de dois a três
localização da patologia das glândulas salivares. dias.
Padrão outro para qualquer lesão de tecido mole. Diagnóstico: é feito com base nas manifestações clínicas ou
comumente usadas são as demonstrações da IgM específica para
caxumba.
Tratamento: natureza paliativa. Repouso, administrando
antipiréticos e analgésicos sem aspirina.
A caxumba atualmente é bem controlada devido a vacinação. Com
12 meses tem a 1ª dose, com 18 meses a 2º dose. Pessoas com
É um exame difícil, pois ele é contrario do que é visto nos demais 18 messes a 49 anos tomam duas doses com intervalo de 30 dias.
exame, ou seja, tudo que é hipertenso ou radiopaco, na ressonância Parotidite aguda supurativa (P.A.S)
aparece ao contrário.
É uma infecção piogênica aguda das
Biópsia
glândulas parótidas, podendo também
É feita a biópsia PAAF (punção aspirativa por agulha fina. Essa acometer as outras glândulas maiores.
biópsia é feita a colheita do material no interior da parótida, e ai Afeta principalmente pacientes idosos
vai diferencia através do exame histopatológico, se é uma lesão debilitados. O Streptococcus aureus e o
maligna ou benigna, e o nome da lesão. Streptococcus Viridans são as bactérias
mais comumente isoladas de pacientes
A biópsia poderá ser associada com a ultrassonografia para com PAS.
punção mais efetiva.
Quando for realizado a ordenha da glândula, vai sair pus.
Patologias das glândulas salivares Características clínicas: aumento de volume da glândula e dos
tecidos adjacentes, acompanhado de dor, podendo acompanhar
As glândulas salivares tanto maiores como menores podem ser
febre e mal estar
acometidas por doenças de etiologia distinta em especial por
alterações infecciosas/inflamatórias, alterações de retenção ou Diagnóstico: é feito com base nas manifestações clínicas. É
de extravasamento de muco e neoplasias (benignas e malignas). realizado cultura e antibiograma, para orientar o tratamento.
Tratamento: antibióticos e bochechos com água morna. Associam-
Não
se outros medicamentos, como analgésicos, antitérmicos e
inflamatórias Crescimento
em volume antinflamatórios.
Inflamatórias Metabólicas celular Parotidite crônica
Agudas ou cônicas Anomalias de
secreção Cistos
Tumores Pode ser a evolução da P.A.S ou atingir indivíduos em melhor estado
Nutrição geral de saúde, consequentemente mais resistentes à infecção.
Mesmas bactérias da P.A.S.
Características clínicas: evolução de curso lento com aumento Características clínica: principalmente guiado pela xerostomia,
progressivo de uma das glândulas parótidas sem outra dificuldade de deglutição, alteração de paladar, podendo apresentar
sintomatologia, com eventual obstrução do ducto parotídeo, por úlceras e queilite angular.
acúmulo de coleção purulenta com restos celulares e bacterianos.
Diagnóstico: a biopsia incisional das glândulas salivares menores do
Diagnóstico: é feito com base nas manifestações clínicas. lábio inferior é utilizada.
Tratamento: antibióticos e bochechos com água morna. Associam- Tratamento: o principal tratamento do paciente com síndrome de
se outros medicamentos, como analgésicos e antitérmicos. Sjögren é o de suporte.
Parotidite recorrente
Surge através de um trauma São mais comuns em crianças e adultos jovens. O tempo de lesão
que acaba necrosando as é variável, uns ficam por poucos dias e outros por muitos.
glândulas menores do palato Apresenta um liquido claro. Muitas vezes é rompida pelo próprio
(anestesia). Muitas vezes paciente.
indolor, é condição auto
limitante de seis a dez semanas. Características clínicas: aumentos de volume mucosos
Na periferia da área necrótica, ocorre inflamação, enquanto os arredondados, flutuante e firme a palpação, de cor azulada ou da
ductos adjacentes sofrem hiperplasia regenerativa e tornam-se mucosa.
sólidos, mostrando metaplasia pavimentosa. Diagnóstico: é feito através da biopsia excisional.
Características clínicas: tumoração ou lesão ulcerada no palato Tratamento: remoção da lesão.
duro, com um ou dois centímetros de diâmetro.
Rânula
Diagnóstico: é feito com base nas características clínicas.
É um termo usado para mucoceles
Tratamento: a lesão se resolve espontaneamente, com tempo
que ocorrem no assoalho de boca.
médio de cicatrização de cinco a seis semanas.
Se localiza lateralmente à linha
Distúrbios auto-agressivos média do assoalho.
Ao contrário da glândula submandibular, a glândula sublingual produz
Síndrome de Sjogren
um fluxo contínuo de muco, mesmo na ausência de estimulação
É uma doença autoimune crônica sistêmica que envolve neural, o que contribui para a sua capacidade de produzir rânula
principalmente as glândulas salivares e lacrimais. Resultando em após a ruptura de um de seus múltiplos ductos.
xerostomia e xeroftalmia (ausência do líquido lacrimal). A causa é Normalmente aparecem em um tamanho muito grande.
desconhecida. Atinge principalmente mulheres em meia idade.
Características clínicas: aumento de volume arredondado flutuante, década de vida. Pode provocar reabsorções do osso palatino ou do
de coloração azulada, no assoalho bucal. rebordo alveolar. Pode causar paralisia do nervo facial.
Diagnóstico: remoção da glândula sublingual e/ou marsupialização. Características clínicas: aumento de volume de crescimento lento.
A dor constante é o achado clínico mais comum e mais importante.
Tratamento: remoção da lesão.
Diagnóstico: através de TC.
Sialolitíase
Tratamento: excisão cirúrgica com margem de segurança.
Formação da estrutura mineralizada no interior dos ductos
salivares excretores. Mais comum na glândula submandibular. É
comum o cálculo ser expelido espontaneamente pela pressão que
a saliva retida exerce, deslocando-o, desobstruindo o ducto,
diminuindo a dor e o volume desta estrutura.
Pode ser expelido naturalmente, pode ser expelido por ordenha,
mas pode atingir tamanhos grandes que não dá para expelir
naturalmente e nem por ordenha. Carcinoma mucoepidermóide
Características clínicas: aumento de volume da glândula afetada,
Neoplasia maligna mais comum. A patogênese é incerta, sendo
usualmente durante a alimentação (maior fluxo salivar), associada
mais comum na parótida. Pode acometer indivíduos de todas as
a desconforto ou discreta sintomatologia dolorosa. Cálculo palpável.
idades, sem predileção de gênero.
Diagnóstico: realizar uma radiografia oclusal total de mandíbula.
Características clínicas: aumento de volume assintomático.
Tratamento: remoção da lesão. Flutuantes e apresentam coloração azulada ou vermelha.
Diagnóstico: através de exame clínico e complementares e biópsia
para confirmação.
Tratamento: determinado pela localização, pelo grau histopatológico
e estágio clínico do tumor. Em estágio avançado é necessário
remoção total da glândula.
Entre os diagnósticos diferenciais podemos citar lesões como o
Tumores de glândulas salivares adenoma pleomórfico, carcinoma adenoide cístico, sialometaplasia
necrosante e outras lesões malignas.
Adenoma pleomórfico
Radiograficamente: aspecto de vidro despolido. Quando possui crescimento lento, geralmente, é assintomática. Já
com crescimento rápido o paciente geralmente relata dor.
Diagnóstico: quase sempre é clínico e radiográfico.
Tratamento: pode ser somente proservar ou em alguns casos em
que tem um aumento muito grande é feito a remodelação cirúrgica.
A remodelação cirúrgica deve ser indicada após o término do
crescimento do paciente, caso realizada antes a recidiva é quase
que certa (peça cirúrgica deve ser enviada para exame
anatomopatológico).
Pacientes com mínimos distúrbios estéticos e funcionais podem não
requerer tratamento cirúrgico. Para pacientes jovens com maiores
alterações devido ao tamanho ou extensão da lesão, o
remodelamento cirúrgico, inclusive os procedimentos cirúrgicos
cosméticos e as cirurgias para redução do volume, são
procedimentos que podem ser realizados. De qualquer forma, o
crescimento subsequente irá requerer uma cirurgia adicional.
Aproximadamente, 20% a 50% dos pacientes apresentam algum
crescimento após a cirurgia para redução do volume, e o risco para
um retorno ao crescimento é maior entre os pacientes jovens do
Tratamento: se o paciente não sente nada e o crescimento é → Focal;
controlado o tratamento é só a proservação. Se a lesão crescer → Periapical;
muito o tratamento realizado é uma remodelação cirúrgica. → Florida;
O recontorno cosmético é o mais indicado do que a remoção Displasia cemento óssea focal
completa da lesão.
É representada por uma lesão solitária na região posterior dos
Displasia fibrosa poliostótica maxilares, geralmente na mandíbula e pode esta associada a região
de extração dentaria ou em região que tenha dentes.
Acomete mais de um osso,
Ocasionalmente, ocorre na região periapical dos molares.
apresenta-se antes dos 10 anos
de idade, está associada a A doença é assintomática, e é detectada incidentalmente em
hiperfunção endócrina e seu exames radiográficos. Muitas lesões são menores do que 1,5 cm
tratamento é médico (endócrino). de diâmetro.
Mais rara e envolve os ossos
longos. Acometem os maxilares Radiograficamente a lesão varia desde radiolúcida a radiopaca de
cerca de 10 a 15% dos casos. Existe uma predileção pelo gênero bordas bem definidas. As lesões tendem a ser bem definidas, mas
feminino. as bordas são normalmente ligeiramente irregulares.
Síndrome de MCCune-Albright
2- Displasia cemento óssea 1. Fase inicial- osteolítico: é bem radiolúcida. Aparecem como
áreas radiolúcidas circunscritas envolvendo a área periapical,
É a lesão fibro-óssea mais comum e caracteriza-se por um acompanhada de destruição óssea (confunde-se com cisto ou
processo de etiologia desconhecido que ocorre na região periapical granuloma).
de áreas dentadas, no qual ocorre a substituição do tecido ósseo 2. Estagio intermediário ou cementoblastico: apresenta áreas
por tecido fibroso. Tem predileção por mulheres negras de meia- mistas.
idade. 3. Estágio de maturação: é bem radiopaca.
Esta lesão está confinada às regiões com estrutura periodontal,
ou seja, o dente tem vitalidade. Tem predileção por mulheres
negras de meia-idade.
Com base nas características clínicas e radiográficas, as displasias
ósseas incluem as seguintes variações:
Displasia cemento óssea florida pré-molares e molares inferiores é o sítio mais afetado. As lesões
maxilares tendem a envolver o seio maxilar.
A displasia óssea florida usualmente afeta os dois lados da
mandíbula e de maneira simétrica embora os 4 quadrantes
também possam estar envolvidos na lesão. Essa forma afeta
predominantemente mulheres, com predileção marcante por
adultos de meia-idade a idosos.
É caracterizada por pequenas lesões que parecem fundir -se em
massas escleróticas lobuladas, quase sempre em áreas edêntulas
dos maxilares. As lesões podem atingir grandes proporções e até
irromper na cavidade bucal. Por conta do osso esclerótico As lesões pequenas são assintomáticas e detectadas apenas ao
apresentar menor celularidade, esta lesão apresenta maior exame radiográfico. Lesões maiores resultam em aumento de
propensão à infecção e é frequente a ocorrência de osteomielite volume indolor do osso. Podem causar assimetria facial. Algumas
crônica. lesões podem se tornar maciças e causar considerável
deformidade. Dor e parestesia são raras. Muitos exemplos são
solitários, de qualquer forma, lesões múltiplas sincrônicas foram
raramente relatadas, sendo um achado isolado ou um componente
da síndrome do hiperpatireoidismo e tumores maxilo-mandibulares.
3- Fibroma ossificante
É uma neoplasia verdadeira com potencial de crescimento. São
relativamente raros.
Fibroma ossificante juvenil
Os fibromas ossificantes ocorrem em uma variada faixa etária,
com o maior número de casos encontrados durante a terceira e a Inclui dois subtipos que apresentam um comportamento mais
quarta década de vida. Existe uma predileção pelo gênero feminino, agressivo apresentando crescimento mais rápido, localmente
com maior envolvimento da mandíbula que o da maxila. A área de infiltrativo e com tendência à recorrência. As características
radiográficas dos FO juvenis são semelhantes às do FO
convencional, porém envolvimento de estruturas anatômicas
adjacentes é relativamente comum.
5- Osteíte condensante
4- Querubismo É uma resposta osséa a um processo inflamatório crônico de baixa
É uma condição rara de intensidade. Consiste em área radiopaca na raiz do dente em
desenvolvimento dos ossos mandíbula, assintomática, sem abaulamento das corticais.
gnáticos que é geralmente É identificado por radiografia de rotina, sendo que o diagnóstico é
herdada como um traço eminentemente clínico/radiográfico, não requerendo tratamento,
autossômico dominante com apenas acompanhamento radiográfico.
expressividade variável
Esta doença normalmente se
torna evidente por volta dos dois
a cinco anos de idade, apesar de os casos leves não serem
diagnosticados antes dos 10 a 12 anos de idade. Geralmente, as
alterações clínicas progridem até a puberdade e então se
estabilizam e regridem lentamente.
5- Síndrome de Eagle
Caracterizada pela calcificação ou fibrose do ligamento
estilohioideo. O achado radiográfico é o alongamento, visível do
processo estilóide. Os sintomas presentes podem ser dor na região
da cabeça e pescoço, o paciente queixa-se de dor durante a
movimentação da cabeça, deglutição ou bocejo.
Prevenção
O câncer passa por três fases:
Prevenção primária
Prevenção secundária
Biópsia incisionais
Visa o diagnóstico precoce da doença em uma fase anterior ao
São feitas as biópsias incisionais quando há suspeita de câncer.
paciente apresentar alguma queixa clínica.
Em biópsia incisional, deve ser removido um fragmento
O câncer bucal pode levar meses antes de apresentar algum expressivo da lesão que contenha, também, margem de tecido
sinal ou sintoma percebido pelo paciente e o diagnóstico precoce clinicamente saudável.
dessa doença faz com que os níveis de cura alcancem mais de
Se a lesão for única deve ser feito uma biópsia em triângulo,
90% dos casos.
removendo parte de tecido saudável e parte de tecido doente.
Prevenção terciária
Sinais e sintomas
Dificuldade de mastigação e de engolir; Se a lesão está muito espalhada recolhe-se a lesão em dois locais
Dificuldade na fala; diferentes.
Sensação de que há algo preso na garganta.
Autoexame
É necessário que o CD (cirurgião-dentista) ensine o
paciente a realizar o autoexame uma vez por ano.
Necessário verificar: lábios, língua (principalmente as
bordas), assoalho (região embaixo da língua, gengivas,
mucosa jugal (bochecha), palato (céu da boca) e tonsila
ou amígdala.
Evolução das lesões cancerizáveis
Possuem uma característica de evolução, por isso é necessário
Exame clínico ter cuidado e cautela com esse tipo de lesão. A evolução segue a
seguinte forma:
1. Mucosa normal;
2. Leucoplasia fina e lisa;
3. Leucoplasia com espessura fissurada;
4. Leucoplasia verrucosa granular;
5. Eritroleucoplasia (lesão vermelha e esbranquiçada).
Leucoplasia
Eritroplasia
CEC em língua
Queilite actínica
O CD (cirurgião-dentista) passa a não enxergar o contorno labial CEC com invasão dos tecidos adjacentes
do paciente, mais frequente em pacientes idosos. É considerada
como uma lesão que possui um potencial de transformação
maligna variando entre 12 e 20%.
Leucoplasia verrucosa
Parametástase à distância
Mx: Metástase à distância não pode ser avaliada;
Mo: Sem evidência de metástase à distância;
M1: Presença de metástase à distância.
Radioterapia
Sequelas da radioterapia
A laser terapia possui um papel essencial e pode-se fazer o Osteorradionecrose (necrose do osso alveolar
tratamento preventivo da mucosite antes de aparecer. É adjacente)
importante marcar com o paciente 3 dias antes da
radioterapia/quimioterapia e realizar uma abordagem cirúrgica na
Principais complicações do tratamento
Radiodermite
Osteorradionecrose
Xerostomia
Mucosite oral
Pigmentação dental
Cárie de radiação
Osteorradionecrose Necrose de tecido mole
Passarelli, Dulce Helena de Rosa Cabelho, Atlas de estomatologia: casos clínicos / Dulce Helena de Rosa Cabelho Passarelli. –1. ed. – Rio de
Janeiro: Elsevier, 2017.
Fundamentos de odontologia: estomatologia / editor Gilberto Marcucci ; coordenador da série Oswaldo Crivello Junior. - 3. ed. - Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan, 2020.
Kignel, Sergio, Estomatologia : bases do diagnóstico para o clínico geral / Sergio Kignel. - 3. ed. - Rio de Janeiro : Santos, 2020.