Técnica Cirúrgica – Drª Roberta Higa abdominal, usada em cirurgias de adrenal, rins, fígado e
pâncreas (retrocavidade).
VIAS DE ACESSO
PAREDE ABDOMINAL
Foco em abdome e pescoço. Lembrar de forças de
tensão, elas influenciam diretamente na incisão a ser
feita. Uma das piores incisões para ter uma cicatriz bo-
nita é a mediana, devido às forças da parede abdominal.
Incisões transversas cicatrizam melhor.
CLASSIFICAÇÃO DAS LAPAROTOMIAS
Direção: longitudinal, transversa e oblíqua. Em rela-
ção à cicatriz umbilical: infra ou supraumbilical. Identifi-
car pelo menos quadrante.
INCISÕES LONGITUDINAIS
Exemplos: mediana (xifo-pubiana), paramedianas.
Vantagens das longitudinais: pode ser ampliada, não
necessita secção muscular (sutura mais simples, menos
sangramento, mediana não interfere com inervação),
permite acesso a toda cavidade abdominal, etc.
Desvantagens das longitudinais: lesão nervosa nas
paramedianas e maior incidência de eventrações (medi-
ana), principalmente infraumbilical. As hérnias incisio-
nais acontecem principalmente em incisões próximas
do umbigo, devido à tensão. Ocorrem por causa de pres-
são abdominal aumentada ou erro de técnica. Na even-
tração, a pele rompe, na hérnia não.
INCISÕES TRANSVERSAS
Algumas cirurgias de estômago em adultos, nas ci-
rurgias pediátricas, cirurgias renais e na apendicecto-
mia. Na incisão transversa para colecistectomia, há le-
são muscular, podendo suturar somente a bainha, não
o músculo.
Vantagens: muito utilizada em crianças, possibilida-
des de várias incisões, amplo acesso à cavidade
Desvantagem: hemostasia minuciosa, secção de
músculos, nervos e vasos, grande incidência de hérnias
incisionais, transtornos nervosos sensitivos e motores
da parede abdominal.
Mais famosa: incisão de Pfannenstiel – não é comple-
tamente reta, discretamente arredondada, pois segue a
linha da pele. Feita um dedo acima do púbis. Cuidado
com as laterais: hérnia de Pfannenstiel ocorre mais nas
laterais ou mesmo toda a sua extensão por falha no fe-
chamento da aponeurose.
INCISÕES OBLÍQUAS
Mais famosas: Kosher e McBurney. Lembrar que a
McBurney cruza o ponto de McBurney. Tal qual a Pfan-
nenstiel, é estrelada, não secciona o músculo, abre-o no
meio. Incisão de Davis é usada em apendicites menos
complicada, devido sua restrição de ampliação em com-
paração à de McBurney. Hérnias incisionais em incisura
de Kosher são de difícil correção, em parte, pela muscu-
latura ser menos forte.
INCISÕES CERVICAIS
Seguir a prega de pele e depois abrir as musculaturas
no meio (sentido das fibras), menos platisma, que é sec-
cionado com o subcutâneo por ser muito fino.
ESTOMAS
Comunicação da luz de um órgão com o meio ex-
terno. É uma fístula cirúrgica. Estoma mais comum é a
traqueostomia, que consiste na comunicação da luz da
traqueia com a pele.
• Quanto à localização:
o Digestivos: órgão + ostomia.
o Respiratórios: traqueostomia e cricoti-
reoidostomia.
 o Urinários: nefrostomia, ureterostomia, Bolsa de Karaya: bolsa de estomas.
urostomia de Bricker, cistostomia.
Complicações: sangramentos, infecções, isquemias,
• Quanto ao objetivo:
integridade da pele prejudicada, mal funcionamento
o De alimentação.
(perda do objetivo), estenose, perda de via (cateter), her-
o De eliminação
niações e retrações.
o De via aérea
o De descompressão
• Quanto ao tempo:
o Definitivas
o Temporárias
• Quanto à boca:
o Terminal
o Em alça
o Dupla: “em cano de espingarda”
o Fístula mucosa?

As causas para sua execução são variadas: esteno-

ses, obstruções, incapacidade de deglutição ou mesmo
manter via, respiratória ou alimentar, por tempo prolon-
gada (intubação tem balonete, pode isquemiar).