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CIRURGIA ONCOLÓGICA – ESÔFAGO

CÂNCER DE ESÔFAGO
 Histologicamente falando, o esôfago, em um corte transversal,
apresenta as seguintes camadas (da mais interna para a mais externa):
(1) mucosa; (2) submucosa; e (3) adventícia.
o (1) Mucosa: mais interna, revestindo a luz esofágica. Composta
por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado
(células escamosas) sobre a lâmina própria, que é formada por
tecido conjuntivo rico em vasos. É separada da (2) submucosa
pela camada muscular da mucosa, composta por células
musculares lisas.
o (2) Submucosa: constituída por tecido conjuntivo que contém
as glds. esofágicas com ácinos mucosos (que secretam muco),
vasos sanguíneos e nervos. A camada muscular é composta por
musculatura estriada esquelética (motilidade) e a medida que se
alonga, é substituída por uma camada circular interna e por
outra longitudinal externa de células musculares lisas. Apenas a
parte do esôfago que está na cavidade peritoneal é recoberta por
uma membrana serosa.
o (3) Adventícia: camada mais externa, composta por tecido
conjuntivo.
 O tumor se inicia, normalmente, nas células de alto turn-over, que
nesse caso é a (1) mucosa.

Geórgia Verona Cruz | 1


CIRURGIA ONCOLÓGICA – ESÔFAGO
FATORES DE RISCO DIAGNÓSTICO
1. ESCAMOSO  EDA (endoscopia digestiva alta) + biópsia.
 Câncer de esôfago não possui marcador tumoral importante.
 Fatores externos.
 Tabagismo. ESTADIAMENTO
 Etilismo.
 USG endoscópica.
 HPV.
 Radiografias seriadas com contraste via oral.
 Acalásia chagásica – distúrbio de motilidade esofágica (reduzida ou
o Sinal da maça mordida ou sinal do degrau.
ausente), não relaxamento do esfíncter esofágico inferior.
 Tilose – hiperceratose palmo-plantar (pele é revestida por célula  Passagem filiforme do contraste por espessamento
escamosa). acentuado das paredes.
 Chimarrão/água quente.

2. ADENOCARCINOMA.
 Fatores internos.
 DRGE – contato recorrente com ácido estomacal  esôfago de
Barrett.

FISIOPATOLOGIA
1. ESCAMOSO
 Hiperproliferação de células escamosas.
 Acometimento proximal.
 TNM.
2. ADENOCARCINOMA o T: avaliar tamanho do tumor, sua capacidade de invadir
 Metaplasia: o revestimento do epitélio escamoso é substituído pelo estrutras.
epitélio cilíndrico glandular (células do revestimento intestinal). o N: nódulos e linfonodos acometidos.
 Acometimento distal. o M: metástase.

T 1 A Mucosa
CLÍNICA
 Disfagia. B Submucosa
 ↓ peso.
2 - Muscular
 Clínica oncológica típica.
3 - Adventícia
Geórgia Verona Cruz | 2
CIRURGIA ONCOLÓGICA – ESÔFAGO

4 A Adjacentes
ressecáveis
(pleura,
pericárdio,
gordura)
B Adjacentes
irressecáveis

TRATAMENTO
T 1 A - Mucosectomia
via EDA.
O resto - - Neoadjuvância
+ esofagectomia.
4 B - Paliação.
M 1 - - Paliação.

Geórgia Verona Cruz | 3

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