Você está na página 1de 13

ISABELLA PABIS

ACALASIA

O QUE É
É o não relaxamento do esfíncter esofágico inferior, comum dos 15 aos 40 anos,
que obstrui a passagem de bolo alimentar e causa disfagia de condução.
Ocorre uma degeneração progressiva do plexo mioentérico do esôfago, gerando:
1. Déficit de relaxamento fisiológico do EEI;
2. Graus variados de hipertonia do EEI;
3. Substituição total da peristalse por aperistalse ou contrações anormais.
QUADRO CLÍNICO
Sempre que houver disfagia e perda de peso ao longo de meses ou anos,
associados a regurgitação ou tosse crônica.
Menos comuns  dor torácica, bronco aspirações, halitose.

DIAGNÓSTICO
Padrão-ouro: esofagomanometria
Exame obrigatório no pré-operatório de refluxo, permite avaliar a pressão e
aperistalse.

Radiografia de tórax
Ausência de bolha gástrica ou nível hidroaéreo na posição errada.

Esofagograma/ esofagografia baritada


A. Estase de contraste  dilatação do corpo esofágico + afilamento do EEI +
atraso no esvaziamento.
B. Classificação de Rezende: diâmetro esofágico graduado de I a IV.

EDA
Primeiro exame para descartar refluxo devido a sintomatologia, confirma que o
esôfago está torto e dilatada.
Toda suspeita de acalasia deve ser seguida de uma biópsia de esôfago distal e
cárdia, pois a acalasia é lesão pré-maligna do carcinoma escamoso.
ELISA
ISABELLA PABIS

Esofagopatia chagásica.

TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
- Cálcio;
-Nitratos;
-Botox.

CIRÚRGICO
- Dilatação pneumática por balão. (alívio dos sintomas, risco de perfuração e
recidiva).
- Miotomia de Heller (secção das fibras esofagianas) + fundoplicatura.
- POEM miotomia endoscópica. Insere-se um aparelho endoscópico que invade a
submucosa e secciona as fibras.
- Esofagectamia  grau IV, muitos avançados para evitar o surgimento de câncer
(carcinoma escamoso).
ISABELLA PABIS

ESPASMO DIFUSO DO ESÔFAGO


Contrações simultâneas e peristalse normal
>20 deglutições
> 30 mmhg
QUADRO CLÍNICO
Disfagia e dor torácica
DIAGNÓSTICO
Manometria e esofagograma apresentando “esôfago em saca rolhas”

ESÔFAGO EM QUEBRA-NOZES
Quando, além da peristalse, o esôfago apresenta contrações de alta amplitude
>180 mmHg
>6 segundos
QUADRO CLÍNICO
Paciente com DRGE
Dor torácica (dd)
TRATAMENTO
 Nitrato, antagonistas de cálcio, medidas para refluxo, ansiolíticos.

DIVERTÍCULO DE KILLIAN-JAMIESON
Face antero-lateral do esôfago, inferior ao crocofaríngeo e acima dos músculos
longitudinais.
ISABELLA PABIS

DIVERTÍCULOS
Saculações nos receptáculos que projetam camadas da parede esofágica. Se todas
as camadas são herniadas, é verdadeiro; se somente mucosa e submucosa, é falso
e se ficam “submersos” na camada muscular são os intramurais.
Divertículos de tração são originados por retração inflamatória. Divertículos de
pulsão decorrem do aumento da pressão intraluminal esofágica, levando à
herniação da parede.
Divididos em: faringo-esofágicos, torácicos superiores, médios e inferiores.

DIVERTÍCULO DE ZENKER
>Faringo-esofágico
> Herniação da mucosa hipofaríngea através de uma área frágil na parede posterior
da faringe, chamada de área de Killian, mais precisamente acima dos músculos
longitudinais e abaixo do cricofaríngeo (EES).

QUADRO CLÍNICO
> Não costuma causar sintomas, porém, quando sintomáticos:
Sensação de corpo estranho que, conforme o divertículo aumenta, acomoda a
comida e leva a disfagia alta e regurgitação/bronco aspiração.

DIAGNÓSTICO
Endoscopia ou Esofagograma.
! Cuidado ao introduzir sonda nasogástrica pois pode gerar perfuração.

TRATAMENTO
A depender do tamanho: MORTON E BARTLEY
 Até 2cm  diverticulotomia
 2 – 4 cm  diverticulotomia ou diverticulectomia
 Acima de 4cm  diverticulectomia
Diverticulectomia x Diverticulotomia
Ressecção (retirada) e miotomia X Corte do septo do divertículo
ISABELLA PABIS

ESOFAGITE EOSINOFÍLICA
Fisiopatologia
Os eosinófilos são células presentes em todo o TGI saudável, exceto no esôfago.
A exposição de pacientes geneticamente predispostos a alérgenos desencadeia
uma ativação sistêmica de eosinófilos na medula e deposição no esôfago, o que
gera uma inflamação crônica.

QUADRO CLÍNICO
Histórico de Atopia.
Jovem, homem.
Disfagia
Impactação alimentar
Pirose, regurgitação, vômitos  diagnóstico diferencial de refluxo 
farmacologia / biópsia

DIAGNÓSTICO
EDA + BIÓPSIA
Múltiplas biopsias devem ser realizadas, em diferentes níveis do corpo esofágico
distal e proximal, sugere-se 2 a 4 fragmentos.
Para fechar critério devem ser encontrados mais de 15 eosinófilos intraepiteliais
por CGA (campo grande de aumento).
 Além disso, traqueização, perda de vasos, sulcos e exsudatos.
A pHmetria deveria ser negativa para descartar DRGE, no entanto, as duas
doenças podem estar presentes.
No caso de encontro das duas, deve-se realizar IBP por 8 semanas e repetir a
biopsia. Em caso de sintomas persistentes, a eosinofilia é diagnosticada.

TRATAMENTO
3 D’s
1. Dieta  eliminação empírica de 6 alimentos, depois serão restituídos
gradualmente (leite, soja, ovo, trigo, amendoim, crustáceos).
2. Drogas  IBP teste para DRGE, corticoide tópico, anti-leucotrienos.
ISABELLA PABIS

3. Dilatação  dilatação endoscópica caso o paciente tenha estenose por


remodelamento secundário à inflamação crônica.
ISABELLA PABIS

DRGE
ANATOMIA
A. Esfíncter esofágico inferior é o musculo liso que evita refluxo;
B. Crura diafragmática é o local por onde o esôfago passa no diafragma.
C. As estruturas da válvula esôfago-gástricas são (membrana frenoesofágica,
fibras da cárdia e pilares diafragmáticos).
O refluxo é causado por relaxamentos transitórios do EEI não relacionados à
deglutição. Eles são mais demorados que os fisiológicos e não são seguidos de
peristalse. Podem ocorrer por esofagite erosiva, hipotonia verdadeira e
desestruturação anatômica da junção esôfago-gástrica, a hérnia de hiato. O
principal fator é o desbalanço entre protetores e agressores da mucosa.
A hérnia de hiato é o posicionamento do EEI dentro da cavidade torácica, assim,
não há mais a proteção mecânica do diafragma. Pode haver refluxo da cárdia e do
material do saco herniário.

QUADRO CLÍNICO

DIAGNÓSTICO
ISABELLA PABIS

Anamnese  requisitos  prova terapêutica

Caso não haja melhora, parte-se para a EDA. Ela esta indicada para as
complicações do DRGE, presença de sinais de alarme, refratariedade ao
tratamento.
Classificação de LOS ANGELES
A. Erosões restritas à TEG;
B. Erosão de tamanho maior;
C. Confluência de lesões em até 75% da curvatura;
D. Confluência de lesões em mais de 75% da curvatura.

Caso o paciente possua sintomas típicos + EDA negativa + refratário a IBP OU


Pré-cirurgia de refluxo está indicada a Phmetria (PADRÃO OURO)
 Inserção de um cateter dotado de dois sensores que detectam queda de Ph
no esôfago, sendo positivo para DRGE em dois casos:
I. Tempo de exposição ácida (Ph < 4) mais que 6%
II. Índice de Meester > 14,7
Normalmente associada à impedanciometria, exame que detecta presença de
refluxo, independente de sua origem.
Em caso de pré-operatório, a MANOMETRIA também é indispensável. Ela NÃO
POSSUI CARÁTER DIAGNÓSTICO. Serve para:
 Precisar o local do EEI;
 Suspeita de distúrbio motor associado;

TRATAMENTO
Comportamental
Farmacológico: IBPs, bloqueadores de H2 que atuam sobre a secreçao ácida,
prócinéticos, alcalinos e sucralfato.
ISABELLA PABIS

CIRÚRGICO
 Complicações DRGE
 Recidivas
 Impossibilidade de tomar IBPs
 Hérnias de grande volume (risco de volvo).
Hiatoplastia + fundoplicatura de Nissen

ÚLCERA ESOFÁGICA
Lesões mais profundas que alcançam a submucosa e muscular, frequentemente
em epitélio metaplásico.
QUADRO CLÍNICO
 Pirose
 Odinofagia
 Hemorragia digestiva oculta (anemia ferropriva)
Complicações: sangramentos e fístulas.
Tratamento: farmacológico ou cirúrgico.

ESTENOSE ESOFÁGICA
Fibrose secundaria às lesões esofágicas pela DRGE, diagnosticada pela EDA ou
esofagograma.
QUADRO CLÍNICO
Disfagia, odinofagia, impactação alimentar e pouca perda de peso.
TRATAMENTO
Dilatação  com balão ou com velas (Savary).

ANEL DE SCHATZKI
Transição entre o epitélio escamoso do esôfago e o colunar gástrico, muitas vezes
assintomático e tratado juntamente com outras patologias, por dilatação ou secção.

ESÔFAGO DE BARRETT
ISABELLA PABIS

Dano crônico (DRGE)  alterações genéticas  metaplasia  displasia 


adenocarcinoma.

QUADRO CLÍNICO
Muitas vezes oligo ou assintomáticos, isso porque o reajuste de epitélio pode
promover alívio temporário.

DIAGNÓSTICO
1. EDA EVIDENCIANDO EPITÉLIO COLUNAER de: cor vermelho salmão,
extensão > 1cm e acima da junção EG;
2. Biópsia mostrando metaplasia intestinal (presença de células caliciformes).

TRATAMENTO
- Mucosectomia  difícil operar em obesos.
- Ablação por radiofrequência
ISABELLA PABIS

TUMORES GÁSTRICOS
GIST LINFOMA ADENOCARCINOMA ADENOCARCINOMA
GÁSTRICO Apresentação geral.
PRIMÁRIO
Tumor maligno das Tumores do tipo INTESTINAL Perda ponderal e dor
células de Cajal – Não-Hodgkin abdominal importantes
parte do plexo originados do H. Pessoal:
mioentérico da parte tecido linfoide que - Idoso Náusea, anorexia, melena,
mesenquimal do surge - Tabagismo, obesidade edema MMII, plenitude
estômago. anormalmente na (nitritos) gástrica.
mucosa. - H. Pilory
- DRGE Linfonodos  Virchow e
- Hipocloridria Irmã Maria José

Endoscopia:
- Antro e pequena
curvatura
- Lesões precursoras
- Metaplasia e gastrite
Mutações nos genes Dano ou estresse DIFUSO EDA:
KIT e receptor do tipo na mucosa - Borrmann
Alfa para plaquetas - H. Pilory H. pessoal: Tipo I é projetada e os
 Impede a - Jovem outros, deprimidos.
apoptose das - Grupo sanguíneo A
células - Histórico familiar - Sociedade Japonesa
anormais. - Síndromes: Tipo I  polipóide;
I. Não poliposa; Tipo II  superficial
II. Mutação da E- elevado (a), plano (b) e
caderina; deprimido (c)
III.Menetrier Tipo III  Ulcerado

Endoscopia: Mistos  III+IIc ou


- Células em anel de IIC+III
sinete
- Linites Plástica
- Dor abdominal; - Dispepsia; Diagnóstico, além da
- Náuseas; - Hemorragia EDA:
- Plenitude gástrica; digestiva; Radiografia contrastada
- Perda de peso; - Perda ponderal; EED (Intestinal com
contraste irregular entre
antro e corpo. Difuso com
“Garrafa de Couro”).
Tomografia é o método
de escolha

Do estágio IB até o III


ISABELLA PABIS

está indicado fazer


videolaparoscopia antes
de iniciar tratamento para
avaliar comprometimento
peritoneal já que esses
casos não serão
resolvidos só com
Endoscopia.
Ressecção por Erradicação da H. TRATAMENTO
gastrectomia Pilory  RT  Lesão invasora de mucosa
parcial, sem QT imunoterapia ou (II a e b) fazer
- Obrigatória acima QT mucosectomia.
de 2cm ou lesão
susoeita. Cirurgia em caso IA  cirurgia
de falha ou doença IIB – IIIC  cirurgia +
avançada. QT

Qual a cirurgia?
Gastrectomia total +
linfadenectomia D2

D1  Perigástricos com
margem de 3 cm.
D2  acompanham as
artérias gástrica esquerda,
esplênica e tronco celíaco.
D3  D2 + Ligamento
Hepatoduodenal.
ISABELLA PABIS

DIGESTÃO

LIPÍDEOS
ALIMENTO  BOCA  ESTÔMAGO  LIPASE GÁSTRICA  DUODENO 
LIPASE PANCREÁTICA  TRIGLICERÍDEOS EM ÁCIDOS GRAXOS E
METAGLICEROL  BILE ADVINDA DO FÍGADO PELO DUCTO COLÉDOCO 
FRAGMENTOS EM MICELAS HIDROSSOLÚVEIS  ENTERÓCITOS 
QUILOMÍCRONS  LINFÁTICOS MESENTÉRICOS  VEIA CAVA 
CIRCULAÇÃO SANGÍNEA

PROTEÍNAS
ALIMENTO  BOCA  ESTÔMAGO  PEPSINOGÊNIO + HCL = PEPSINA 
QUEBRA INICIAL  DUODENO  TRIPSINA INATIVADA  ENTEROQUINASES
 TRIPSINA ATIVADA (quimiotripsina, proelastase, carboxipeptidase)  PROTEÍNAS
EM AMINOÁCIDOS  BORDA DE ESCOVA  AMINOÁCIDOS EM
OLIGOPEPTÍDEOS

CARBIODRATOS
BOCA  AMILASE SALIVAR  DUODENO  AMILASE PANCREÁTICA 
AMIDO EM DISSACARÍDEOS OU OLIGOSSACARÍDEOS  BORDA EM ESCOVA 
DISSACARIDASES  quebram os dissacarídeos para que todos fiquem oligo; a lactose e
sacarose, que já são di, não sofrem a ação da amilase pancreática, chegam e encostam direto
na borda em escova  MONOSSACARÍDEOS (GLICOSE)

Você também pode gostar