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ESPIROMETRIA

Exame que mede o ar mobilizado pelos pulmões.


O paciente permanece sentado, usando um clip nasal e com a boca
acoplada ao bocal do espirômetro.
Inicialmente, o paciente realiza inspirações em volume corrente.
O médico pede para que o paciente inspire o máximo que puder e, em
seguida, realiza expiração forçada. Essa manobra deve durar cerca de 6
segundos ou até que o fluxo alcance o platô de 1 segundo.
As principais variáveis que podemos obter em uma espirometria são:

- Pico de fluxo expiratório (PFE): ponto mais alto da curva fluxo-volume,


que reflete o calibre das vias proximais.
- Capacidade Vital Forçada (CVF): Maior volume de ar mobilizado em
uma expiração forçada até o volume residual.
- Volume Expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): volume de
ar expirado no primeiro segundo forçado.
- Relação VEF1/CVF
- Maior que 70% = normal ou distúrbio restritivo
- Menor = distúrbio obstrutivo
O que não conseguimos observar é tudo aquilo que depende do volume
residual (que fica no pulmão após a expiração) pois a espirometria é um
exame de função pulmonar mobilizada voluntariamente.
 Volume residual;
 Capacidade residual funcional  tudo além do volume corrente de
expiração  residual + reserva respiratória;
 Capacidade pulmonar total.
Os pacientes, especialmente durante a hospitalização, muitas vezes não
podem proporcionar o esforço máximo ou cooperar/coordenar bem, e os
resultados nos testes não são ideais.
Testes de função pulmonar (TFP) em um paciente que ainda está em
tratamento para um agravamento de doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC) ou asma, mas que ainda não retornou ao estado de doença anterior,
irão mostrar resultados que refletem o seu estado atual, mas não o seu
estado inicial. 
A reprodutibilidade de várias tentativas do teste (pelo menos 3) é
importante e é um critério para interpretação válida do teste. Os testes em
série são necessários para avaliar a  melhoria, um retorno à linha de base,
ou a necessidade de tratamento intensificado no ambulatório.

Analisando a espirometria, uma relação VEF1/CVF baixa combinada com


Capacidade Pulmonar Total grande indicam doença obstrutiva de grandes
vias aéreas (típico de DPOC).
- Se um VEF1 individual pós broncodilatador é menor que 80% do valor
previsto e a relação VEF1/CVF ainda é menor que 70% significam que a
limitação do fluxo não é totalmente reversível.
Já uma relação VEF1/CVF normal (significando que ambas estão
reduzidas) e capacidade pulmonar total pequena indica distúrbio restritivo.
Fibrose pulmonar (doenças idiopáticas, profissão), espessamento pleural,
astenia dos músculos da parede torácica.

VOLUMES PULMONARES
por pletismografia
A pletismografia de corpo inteiro é uma técnica padronizada de medir
resistência pulmonar. Ela se baseia no princípio de Boyle-Mariotte: em
condições isotérmicas, um volume de gás varia conforme a pressão
P1.v1= P2.v2
Os mais utilizados são pletismógrafos de pressão variável e volume
constante. Busca medir Capacidade residual pulmonar e resistência
pulmonar.
Deve haver equilíbrio térmico no paciente
Um clipe nasal deve ser usado. - Orientar sempre que o obturador será
fechado por segundos durante o teste, para que o paciente saiba o que
esperar.
O paciente é instruído a conectar-se ao bocal e respirar calmamente até que
um nível expiratório final estável seja alcançado. Quando o paciente está
próximo da CRF ou na sua CRF, o obturador é fechado na expiração final
por 2 a 3 segundos, e o paciente é instruído a realizar uma série de
respirações vigorosas (panting), de forma suave, permitindo que o ar no
tórax seja comprimido e descomprimido.
Em qualquer tipo de sistema, o paciente deve iniciar o panting com o
obturador fechado até que se alcance um traçado estável
Doenças que apresentam alta resistência de vias aéreas são asma,
bronquite, neoplasias e estenose.

BRONCOSCOPIA
Trata-se de um tubo, contendo uma câmera, inserido na cavidade nasal.
Indicada para retirada de amostras suspeitas (neoplasias, infecções...),
retirada do obstáculo que causa atelectasia, localização de sangramentos
(queixa hemoptise).
O paciente é sedado para evitar reflexos.

BIÓPSIAS
A biópsia endobrônquica engloba a análise microscópica de lesões ou da
mucosa brônquica. Pode ser alvo qualquer irregularidade da parede, até a
presença de massas.
A biópsia percutânea transtorácica ou transbrônquica guiada por TC avalia
lesões de etiologia indeterminada, não acessíveis por broncoscopia.
Realizada para nódulos solitários ou múltiplos.
A coleta de material é realizada por punçao aspirativa por agulha fina ou
biopsia por agulha grossa.
Tais biópsias buscam evitar a necessidade de uma biópsia cirúrgica.

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