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TESTES DE FUNÇÃO PULMONAR

Unidade Curricular: Estagio Clinico


Docente: Lukebila Domingos Kiazi
Primeiro 1 Ano /2º Semestre
Aula nº 5.
Espirometria
 Plestimografia
Função respiratória
 Os testes funcionais respiratórios apresentam papel
essencial no manejo de pacientes com doenças pulmonares
e também naqueles sob risco de desenvolver disfunção
respiratória.

 Constitui também um inestimável instrumento na


avaliação da gravidade de determinadas patologias, na
monitorização do seu tratamento, para além da sua
inegável importância no prognóstico.
TESTES DE FUNÇÃO PULMONAR:
Definições e símbolos usados em espirometria
VC – Volume corrente
CV – Capacidade vital
VRI – Volume de reserva inspiratória
CI – Capacidade inspiratória
CRF – Capacidade residual funcional
CPT – Capacidade pulmonar total
CVI – Capacidade vital inspiratória
 Volume residual (VR): representa o volume de ar que
permanece no pulmão após uma expiração máxima.

 Capacidade pulmonar total (CPT): o volume de gás nos


pulmões após a inspiração máxima.

 Capacidade residual funcional (CRF): é o volume de ar que


permanece nos pulmões ao final de uma expiração usual,
em volume corrente.
 Capacidade vital (CV): representa o maior volume de ar
mobilizado, podendo ser medido tanto na inspiração
quanto na expiração.
 Capacidade vital forçada (CVF): representa o volume
máximo de ar exalado com esforço máximo, a partir do
ponto de máxima inspiração.
 Volume expiratório forçado no tempo (VEFt): representa o
volume de ar exalado num tempo especificado durante a
manobra de CVF; por exemplo VEF1 é o volume de ar
exalado no primeiro segundo da manobra de CVF.
 Fluxo expiratório forçado máximo (FEFmáx): representa o
fluxo máximo de ar durante a manobra de capacidade vital
forçada. Esta grandeza também é denominada de pico de
fluxo expiratório (PFE).
Espirometria
Espirometria • Latim spirare = respirar + metrum = medida •
É a medida do ar que entra e sai dos pulmões. • Pode ser
realizada durante respiração lenta ou durante manobras
expiratórias forçadas.
 A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e
permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios
ventilatórios.

 Exige a compreensão e colaboração do paciente,


equipamentos exatos e emprego de técnicas padronizadas
aplicadas por pessoal especialmente treinado.
Princípios importantes na avaliação de
uma espirometria.

Equipamento: exacto, preciso e calibrado


Curvas obtidas: aceitáveis e reprodutíveis
Valores de referência: obtidos da população local ou estudada
Interpretação: com base no quadro clínico.
Tipos de espirómetros

Existem dois tipos de espirómetros:

De circuito fechado: usado quando o indivíduo realiza uma


inspiração máxima fora do sistema, antes de colocar o tubete
na boca e expirar.

De circuito aberto: o indivíduo inspira e expira no


equipamento.
 De circuito fechado: campânula, quase inexistente.
Principais problemas: fugas e higiene. Medem directa/ os
volumes.
 Espirómetro seco. Câmara pneumática. Variações de vol.
Transmitidas a um sistema registador
 De circuito aberto: pneumotacógrafo, mede a diferença de
pressão de ambos os lados de uma resistência. Medida
directa do fluxo ou velocidade da corrente aérea e não do
vol. Transforma corrente turbulenta em laminar.
Materiais necessários para realização
da espirometria
Balança com altímetro
Filtros bacterianos evita as infecções cruzadas.
Bucais – tipo ´´mergulhador´´ (evita fugas)
Pinças nasais
Broncodilatadores de curta acção
 Fita métrica, necessária para doentes com:

 Deformações da caixa torácica (cifo-escoliose)


 Amputação dos membros inferiores Impossibilidade de
deslocação da cadeira de rodas, etc.
 Kit de emergência
Espaço Físico
 Salas de dimensões adequadas e arejadas
 Sem poeiras ou outros alergéneos – higiene
 Mobiliário – adequado e com ergonomia
 Sala de espera climatizada e com ambiente agradável
 Temperatura e humidade adequadas (condições BTPS) e
controlo de qualidade.
Com condições de luminosidade (preferencialmente com luz
natural)
Com certa privacidade para o indivíduo
O laboratório ideal é aquele onde na sala permanece apenas 1
técnico para 1 doente.
Factores que Influenciam as Medições

 Idade: função respiratória diminui ao longo da vida,


decresce todos os anos a partir da idade adulta.
 Altura: indivíduos mais altos têm valores de função
respiratória maiores que os mais baixos.
 Homens têm valores mais altos que as mulheres
 Os valores diferem entre as raças
 Obesidade encontra-se associada ao padrão restritivo por
dificuldade de abaixamento do diafragma.
 O baixo peso pode condicionar os resultados de espirometria.
 Tabagismo
INDICAÇÕES
 Avaliações de sintomas como tosse
 persistente, dispn MM -eia, dor torácica.

 Detecção de doença em indivíduos


 com factores de risco conhecidos,
 como por exemplo tabagismo.

 Avaliação dos efeitos de exposição


 a poeiras ou químicos no ambiente laboral
INDICAÇÕES
 • Estudo da mecânica ventilatória em doentes com:
 DPOC (hiperinsuflação)
 Dispneia e insuficiência respiratória
 Desnutrição
 Doenças neurológicas com envolvimento dos músculos
respiratorios, ex: Esclerose Lateral Amiotrófica, Esclerose
Míltupla, S. Guillain Barré, Acidente Vascular Cerebral com
déficit motor, mistaenia gravis, tetraplegia
 Volumes estáticos/ Resumo
 VC: é o volume de ar inspirado ou expirado em cada
movimento respiratório
 VRI: máxima qtidade de ar que se consegue inspirar a partir
de uma inspiração normal.
 VRE: máxima qtidade de ar que se consegue expirar, a
partir de uma expiração normal.
 VR: é o vol. de ar que permanece nos pulmões após uma
expiração máxima.
INDICAÇÕES....
 Avaliação da resposta ao treino dos músculos respiratórios

 Avaliação da função dos músculos respiratórios em doentes


que necessitam de suporte ventilatório, incluindo a
previsão do sucesso do desmame do ventilador (Pimax)

 Previsão da capacidade do doente tossir e eliminar as


secreções brônquicas (PEmax)
 Doenças sistêmicas com envolvimento dos músculos
respiratórios ex: poliomiositedermatomiosite
 Status pós traumatismo torácico;
 Doenças ou deformações da parede torácica ou da coluna
vertebral;
 Avaliação de reduções inexplicadas da Capacidade Vital ou
da Ventilação Máxima Voluntária
LIMITAÇÕES AO MÉTODO
 Contra-indicações absolutas:

 Angor instável
 Enfarte do miocárdio recente (≤ 4 semanas) ou miocardite

 Hipertensão sistémica não controlada

 Pneumotórax recente • Biópsia pulmonar recente (última


semana
Contra-indicações relativas:
 Pressão arterial diastólica em repouso > 110 mmHg ou
Pressão arterial sistólica em repouso > 200 mmHg

 Traumatismo recente da coluna vertebral

 Cirurgia ocular recente • Doente pouco colaborante ou


incapaz de realizar o teste por astenia, dor febre, dispneia,
falta de coordenação ou psicose
PRECAUÇÕES E OU COMPLICAÇÕES
POSSÍVEIS
 Indicações para suspensão imediata do teste:
 Síndope
 Angor
 Tonturas que não aliviam com o repouso
 Pedido do utente para terminar o exame
Respostas anormais que podem implicar
suspensão do teste:

 Confusão mental ou cefaleia


 Náusea ou vómitos
 Caimbras musculares
Acidentes associados com a medição
das pressões máximas respiratórias
 Rotura do tímpano
 Exacerbação de hemorróidas
 Síncope
 Hemorragia conjuntival
LIMITAÇÕES AO PROCEDIMENTO
 Utilização de manómetros sem registo
 Dificuldade de distinguir entre esforço submáximo e a
doença neuromuscular
 A compressão dos lábios contra o bucal pelo técnico tem
resultado em valores mais elevados da PEmax do que os que
são obtidos pela compressão exercida pelo próprio doent
PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS

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