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GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

GABRIELA POLI

8056000

FISIOTERAPIA PNEUMOCARDIOLÓGICA
CLÍNICA

Atividade apresentada ao Curso de Graduação em Fisioterapia Bacharelado,


para a disciplina Fisioterapia Pneumocardiologica clinica , sob orientação da
Prof º Jacqueline Rodrigues de Freitas Vianna.

BATATAIS
2023

Exame da função pulmonar Muscular – manovacuometria e exame manual


A avaliação da função pulmonar e realizada através dos exames físicos, e feito
também pela prova de função pulmonar, ou seja, a espirometria que
complementa os testes. A espirometria e utilizada para medida do ar que entra
e sai dos pulmões, e os fluxos respiratórios, realizada através de uma repetição
lenta ou expiração forçada. O objetivo e avaliar os volumes e as capacidades
pulmonares sendo elas:
Os diversos volumes medidos pelos testes de função pulmonar podem ser
observados, sendo descritos a seguir. –
 Volume Residual (VR) – volume retido nos pulmões após uma expiração
máxima e que, portanto, não pode ser medido pela espirometria simples.
 Volume de Reserva Expiratória (VRE) – volume máximo que pode ser
expirado após o final de uma expiração normal.
 Volume Corrente (VC) Volume expirado ou inspirado durante cada
movimento respiratório, em repouso. Seu valor é muito variável, uma vez
que depende de total repouso do paciente.
 Volume de Reserva Inspiratória (VRI) – volume máximo que pode ser
inspirado a partir do final de uma inspiração em repouso.
 Capacidade Inspiratória (CI) – volume máximo que pode ser inspirado a
partir do final de uma expiração normal: CI = VRI + VC.
 Capacidade Vital (CV) – volume máximo que pode ser expirado após a
inspiração máxima: CV = VRE + VC + VRI.
 Capacidade Residual Funcional (CRF) – volume de ar nos pulmões após
uma expiração normal: CRF = VR + VRE.
 Capacidade Pulmonar Total (CPT) – volume de ar nos pulmões após
uma inspiração máxima: CPT = CV + VR.
 Capacidade Vital Forçada (CVF) – volume expirado com esforço máximo
e o mais rapidamente possível, a partir de uma inspiração máxima.
Durante sua realização, são medidos os fluxos instantâneos (FEF, FEF
e FEF) e o FEF25.
 Capacidade Vital Lenta (CVL) – volume máximo que pode ser eliminado
após inspiração máxima, no entanto, sem exigência de esforço rápido e
intenso. A CVL costuma ser igual à CVF, salvo nos pacientes que
apresentem obstrução severa, quando a CVF pode tornar-se inferior à
CVL, devido ao alçaponamento de ar que pode ocorrer na expiração
forçada.
Atualmente, utilizam-se equipamentos computadorizados, que fornecem, além
dos valores numéricos das variáveis mensuradas, gráficos das curvas volume-
tempo e fluxo-volume. A curva volume-tempo auxilia, principalmente, na
interpretação de que o tempo de expiração foi adequado. A curva fluxo-volume,
além de também auxiliar na verificação da boa técnica do exame, é útil na sua
interpretação: tipo de distúrbio – obstrutivo, restritivo, ou misto, e presença ou
não de obstrução fixa ou variável das vias aéreas.
Durante o exame, o paciente permanece sentado, em posição confortável, sem
que se sujeite a qualquer tipo de esforço. Um clipe nasal é posicionado sobre o
nariz, de modo a impedir a passagem do ar por suas narinas. Há um tubo com
bocal descartável, conectado ao espirômetro (aparelho que recebe e analisa os
resultados). Esse tubo é posicionado junto à boca do paciente e é por ali que
ele sopra.
De início, ele deve respirar normalmente. Depois, deve encher o pulmão e
soprar com força e rapidez – tão rápido e forte quanto for possível para ele.
Esse movimento deve ser realizado por pelo menos seis segundos, até que
esvazie por completo os pulmões. São obtidos pelo menos 3 gráficos
aceitáveis e reprodutíveis.
O processo, que pode acontecer três vezes; após esse procedimento, que
encerra a primeira parte do exame, o profissional deve pedir ao paciente que
use um medicamento chamado broncodilatador para melhorar e facilitar a
respiração; alguns minutos depois, o paciente deve soprar o aparelho
novamente, para verificar se, após o uso do medicamento, há algum aumento
na quantidade de ar que inspira;
Os dados obtidos durante o exame são registrados por um computador e o
médico faz uma análise dos resultados ao final do procedimento.
A resposta ao broncodilatador é avaliada pela variação do VEF1, antes e após
10 minutos do uso de BD (inalação de 400 mcg de fenoterol ou salbutamol ou
terbutalina). Em alguns casos, a resposta ao BD pode ser expressa pela
variação da CVF ou do FEF25-75%. Em asmáticos, esse período de tempo
pode ser reduzido para até 5 minutos (24). Considera-se que existe resposta
ao broncodilatador quando ocorre:
Variação do VEF1 > 200 ml e > 7% em relação ao valor previsto (VEF1pósBD
– VEF1préBD / VEF1 previsto) em espirometria obstrutiva e > 10% em relação
ao valor previsto em espirometria normal;
Variação da CVF > 350 ml, ou da CVL > 400 ml, ou da CI > 300 ml em doenças
obstrutivas
A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a
quantificação dos distúrbios ventilatórios sendo eles:
 Distúrbio Ventilatório Obstrutivo (DVO) - VEF1/CVF e VEF1 reduzidos. O
VEF1 e a razão VEF1/ CVF% são os índices mais usados e melhor
padronizados para caracterizar a presença de distúrbio obstrutivo.
Redução do VEF1 na presença da razão VEF1/CVF% reduzida, define
um distúrbio obstrutivo.
 Distúrbio Ventilatório Restritivo (DVR) - Um distúrbio restritivo é
caracterizado fisiologicamente por redução na CPT (50). Quando a CV e
a CVF são reduzidas na presença de relação VEF1/CVF% e FEF25-
75/CVF normais ou elevados distúrbio restritivo é inferido. Na falta de
informações sobre o diagnóstico, o laudo poderá registrar possível
distúrbio ventilatório restritivo.
 Distúrbio Ventilatório Inespecífico Um distúrbio em que a CVF está
reduzida na ausência de obstrução ao fluxo aéreo, com CPT normal
(medida pelo método da pletismografia de corpo inteiro), pode ser
denominado de inespecífico.
Além dos valores numéricos, o documento apresenta o desempenho do
paciente no exame na forma de gráficos de volume-tempo e de fluxo-volume.
Você verá nele a morfologia de curvas expiratórias e inspiratórias, que é o que
qualifica a interpretação dos resultados. A partir delas, é elaborado um laudo
que verifica a presença e o tipo de distúrbio ventilatório, detalhes sobre os
fluxos expiratório e inspiratório, além da possível resposta ao broncodilatador.

Para determinar a força muscular respiratória é necessário que faça teste de


medição da PEmáx (é feita por manovacuômetro, geralmente com o paciente
sentado e com clipe nasal) e da PImáx (pode ser medida a partir do VR –
volume residual, pode ser feita com manovacuômetro analógico ou digital),
esse equipamento utilizado deve medir as pressões positivas e negativas. Os
testes de força muscular devem ser realizados quando existe um diagnóstico
ou percebesse uma disfunção muscular respiratória em doenças
neuromusculares ou diagnóstico diferencial de dispneia ou tosse ineficaz ou
espirometria com distúrbio ventilatório restritivo sem causa aparente ou
avaliação de resposta à fisioterapia e à reabilitação pulmonar ou avaliação pré-
operatória da função dos músculos ventilatórios e da possibilidade de
desmame da ventilação mecânica e em casos de avaliação do risco de
mortalidade e hospitalizações em pacientes com DPOC ou com insuficiência
cardíaca. Os testes de força muscular inspiratória e expiratória são
contraindicados em casos de pacientes com: Infarto agudo do miocárdio;
angina instável recente; hipertensão arterial sistêmica grave sem controle;
pneumotórax; aneurisma da aorta; fissura pulmonares; contraindicação
relativas pouca colaboração do paciente; traqueostomia; paralisia facial história
de sincope tussigena. Ao realizar os testes de força muscular respiratória o
paciente deve estar posicionado em uma cadeira sentado, com o tronco em
ângulo de 90 graus com as pernas, como a postura pode influenciar os valores
de PEmáx e PImáx a recomendação é que as medidas sejam sempre feitas na
mesma posição, ainda para a realização do teste (PEmax) o nariz deve ser
ocluído por um clipe nasal, será realizado a média 5 repetições onde 3
manobras serão aceitáveis sendo reprodutíveis a pressão deverá ser mantida
por 1 a 2 com Intervalos de 30 segundos a 1 minuto sendo anotado os valores
mais elevados. O paciente é instruído a realizar uma inspiração máxima até o
nível da capacidade pulmonar total, em seguida, deve efetuar um esforço
expiratório máximo contra a via aérea ocluída. Para a realização do teste de
PImax pede-se ao paciente que ele sele os lábios firmemente ao redor do
bocal, quando é usado um tubo com extremidade distal fechada, pede-se para
que o paciente realize uma expiração máxima, ou seja, até o volume residual
(VR). Nesse momento o técnico oclui o orifício do dispositivo. Em seguida, o
paciente realiza um esforço inspiratório máximo contra a via aérea ocluída. O
paciente deve manter a pressão inspiratória por no mínimo 1,5 segundos e a
maior pressão negativa sustentada por no mínimo um segundo deve ser
registrado. As manobras são repetidas por cinco vezes com 1 min de
descanso.
Será considerado fraqueza muscular quando a capacidade de o músculo
desenvolver força está diminuída, e não é revertida pelo repouso. Pimáx < -70
cm H2O PImáx. Fadiga muscular quando a perda na capacidade de
desenvolver força e/ou velocidade de contração, quando submetido a uma
certa carga, a qual é reversível pelo descanso. Pimáx < -40 cm H2O e Falência
muscular e considerada incapacidade muscular respiratória de manter
respiração espontânea. Pimáx < -20 cm H2O.

Conclui-se que tanto os exames físicos citados no ciclo 3, quanto os exames


de prova de função pulmonar é de suma importância para diagnósticos
precoces e precisos de alterações da função respiratória, direcionando os
médicos e toda a equipe multidisciplinar a um tratamento eficaz e rápido.
Através da realização do estudo também foi possível aprender como avaliar as
forças musculares respiratórias, já que dentro de nossa vivência terapêutica
como futuro profissional de fisioterapia poderei me deparar com diversas
patologias, que poderão estar associadas a fraqueza muscular respiratória.
Onde só poderei realizar um bom plano terapêutico encontrando quais
músculos poderão estar associados a patologia do meu paciente tendo
conhecimento dos testes e equipamentos acima citados.

Referência Bibliográfica
 Espirometria na prática médica. Revista AMRIGS, Porto Alegre, 49 (3):
183-194, jul.-set. 2005
 Vídeo Institucional da Prof Jacqueline R F Vianna Fisioterapia - Aula 1
(PARTE FINAL DO VÍDEO) Link: https://youtu.be/KoRFQoVYXzY
 Bessa EJC, Lopes AJ, Rufino R A importância da medida da força
muscular respiratória na prática da pneumologia. Pulmão RJ
2015;24(1):37-41.
 CARUSO, Pedro; ALBUQUERQUE, André Luis Pereira de; SANTANA,
Pauliane Vieira; CARDENAS, Leticia Zumpano; FERREIRA, Jeferson
George; PRINA, Elena; TREVIZAN, Patrícia Fernandes; PEREIRA,
Mayra Caleffi; IAMONTI, Vinicius; PLETSCH, Renata. Diagnostic
methods to assess inspiratory and expiratory muscle strength. Jornal
Brasileiro de Pneumologia, [S.L.], v. 41, n. 2, p. 110-123, abr. 2015.
FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1806-
37132015000004474.
 Vídeo Institucional da Prof Jacqueline R F Vianna Fisioterapia - Aula 1
(PARTE FINAL DO VÍDEO) Link: https://youtu.be/KoRFQoVYXzY

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