Você está na página 1de 6

Fisiologia Humana I

Espirometria
A espirometria é usada para medir volumes e capacidades pulmonares.
Estas medidas são úteis, do ponto de vista clínico, para o diagnóstico de doenças obstrutivas e
restritivas do aparelho respiratório.
Através da espirometria muitos aspetos da função pulmonar podem ser visualizados e medidos.

4 volumes:
 Volume corrente – volume de ar inspirado e expirado durante um ciclo ventilatório normal.

 Volume de reserva inspiratório – volume máximo de ar que pode ser inalado após uma
inspiração normal.

 Volume de reserva expiratório – volume máximo de ar que pode ser exalado após uma
expiração normal.

 Volume residual – volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração máxima
(forçada).
Fisiologia Humana I
4 capacidades:
 Capacidade vital – volume de ar que pode ser exalado após uma
inspiração máxima (forçada).

 Capacidade inspiratória – volume de ar que pode ser inalado após uma expiração normal.

 Capacidade residual funcional – volume de ar que permanece nos pulmões após uma
expiração normal.

 Capacidade pulmonar total – volume de ar nos pulmões após uma inspiração máxima
(forçada).

Volume Expiratório Forçado

Outro aspeto de grande importância no diagnóstico


da função pulmonar é a capacidade de ventilação
dos pulmões durante um determinado tempo.
Uma medição que leva em consideração intervalos
de tempo é o designado volume expiratório
forçado.
No teste do volume expiratório forçado regista-se o
volume de ar exalado durante o primeiro
segundo o FEV 1.0

Desordens Pulmonares
Duas grandes categorias:
 desordens obstrutivas
 desordens restritivas.
Os testes realizados em espirometria ajudam a discernir o tipo de desordem em causa.
Fisiologia Humana I
Doenças Obstrutivas

As doenças obstrutivas caracterizam-se por uma


resistência aumentada por parte da árvore
respiratória ao fluxo de ar, como por exemplo
quando há um aumento das secreções bronquiolares
ou aparecimento de estados inflamatórios ou a
presença de um edema pulmonar.
O enfisema pulmonar, a bronquite e a asma são
exemplos de doenças obstrutivas.

O problema não está relacionado com a baixa


complacência - não há nenhuma dificuldade relacionada ao aumento de volume da caixa torácica.
O problema básico dos indivíduos portadores de doenças obstrutivas é o aumento da resistência
das vias aéreas.
Indivíduos com doenças obstrutivas têm uma resistência maior nas vias aéreas.
Na espirometria de um indivíduo com doença obstrutiva, vai ser observada a diminuição dos
fluxos expiratórios. Neste indivíduo serão observadas as seguintes características:
 Capacidade vital, ou seja, a quantidade de ar medida da máxima inspiração até a máxima
expiração, vai estar normal.
O problema deste indivíduo não é mobilizar volumes, mas gerar fluxos muito rápidos. Sendo
assim, o problema, nestes quadros, é a velocidade na qual a capacidade vital é mobilizada.
Para se realizar a medida deste padrão, é necessário avaliar o fator tempo, pois o foco está no
fluxo, e não no volume, logo, o que interessa é a medida da velocidade do fluxo.
Para se efetuar esta medida, no momento inicial da expiração, faz-se a medida do volume expirado
forçado no primeiro segundo, ou seja, o FEV1.0
Um FEV1 diminuído vai evidenciar uma dificuldade de gerar fluxo expiratório, demonstrando
um padrão obstrutivo.
Como o problema está na geração de fluxo, o importante é medir o volume no tempo, ou seja, deve
ser medido o volume expirado em uma manobra forçada no primeiro segundo.

Doenças Restritivas
Fisiologia Humana I

Nas doenças restritivas o tecido pulmonar é afetado, dando origem a


capacidades vitais alteradas.
A fibrose pulmonar é um exemplo de uma doença puramente restritiva, na qual as vias aéreas
estão a permitir um normal fluxo de ar.
Neste caso o teste do volume expiratório forçado será normal.
O enfisema pulmonar é o exemplo de uma doença ao mesmo tempo obstrutiva e restritiva, pois
implica lesão do tecido pulmonar.
Uma doença restritiva é uma doença respiratória associada ao parênquima respiratório ou não,
que faz com que o sistema tenha a complacência diminuída.
Portanto, o achado da espirometria destes indivíduos é de volumes e capacidades diminuídas,
como por exemplo, quando a capacidade vital é 85% daquela esperada para um indivíduo
saudável e com a mesma massa corpórea, indicando um padrão restritivo à espirometria.
O padrão respiratório de indivíduos com doenças restritivas é de uma maior frequência
respiratória e menor volume corrente.

Parâmetros medidos
 FVC – Capacidade Vital Forçada
 FEV1 -Volume Expiratório Forçado 1ºsegundo
- quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada.
- É a medida de função pulmonar mais útil clinicamente.

 FEV1% - Volume Expiratório Forçado

 PEF – Pico Expiratório Forçado

 FEF - Fluxo Expiratório Forçado o Representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de


capacidade vital forçada.

 FEF2575
-Fluxo expiratório forçado médio (FEFx-y%)
-representa o fluxo expiratório forçado médio de um segmento obtido durante a manobra de FVC;
-por exemplo FEF25-75% é o fluxo expiratório forçado médio na faixa intermediária da FVC, isto
é, entre 25 e 75% da curva de FVC.

 VC – Capacidade Vital
Fisiologia Humana I
 ERV – Volume de Reserva Expiratório

 TV – Volume Corrente

 MVV – Ventilação Voluntária Máxima o depende muito da musculatura.


-representa o volume máximo de ar ventilado em um período de tempo por repetidas
manobras respiratórias forçadas.

Diferenças
 Masculino ou Feminino
 Altura
 Peso
 Etnia
 Idade

Um indivíduo que seja muito obeso, apresenta como característica uma baixa complacência, ou
seja, um padrão restritivo mecânico.
Neste indivíduo, a capacidade residual funcional é baixa, pois o tórax encontra-se comprimido
pelo peso corpóreo.
Quando este indivíduo fizer uma inspiração, ele irá chegar a um menor volume inspiratório
- diminuição da capacidade pulmonar, pois existe uma baixa complacência impedindo o aumento
do volume.

3 Testes:
1º) Capacidade Vital - VC
Fisiologia Humana I
 Inspirar e expirar normalmente,
 Inspirar e expirar profundamente quando apita.

2º) Capacidade Vital Forçada - FVC


 Inspirar e expirar forçadamente.
 Medição do Volume Expiratório Forçado – FEV.

3º) VENTILAÇÃO MÁXIMA VOLUNTÁRIA - MVV


 Respiração esforçada.

Você também pode gostar