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Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude

Modelo de Introdução a Cardiopneumologia


Aula 3

Conteúdo de Estudo:

• Indicações e contra-indicações das PFR


• Valores de referência – determinações
• Tipos de espirómetros
• Cálculo da carga tabágica

Ano Académico
-2023-
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Meio de Avaliação:
– De um grande número de doenças pulmonares;
– De deteção de doenças em indivíduos com fatores de risco;
– conhecido (Tabagismo);
– Progressão das doenças pulmonares;
– Avaliação pré-operatória e do risco cirúrgico;
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Métodos para Estudo do Sistema Respiratório


– Espirometria
– Pletismografia
– Capacidade de Difusão pelo CO
– Compliance – Gasometria arterial
– Pressões respiratórias Máximas
– Provas de Broncomotricidade:
a. Provas de Provocação Inalatória
b. Broncodilatação
– Oscilometria de impulso
– Ergometria cardio-respiratória, etc
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Indicações:

– Detecção de doença em indivíduos com factores de risco conhecidos


– Avaliação de sintomas como tosse persistente, ocorrência de dispneia
– Avaliação da eficácia terapêutica broncodilatadora
– Avaliação de efeitos de exposição a químicos ou poeiras
– Avaliação do risco pré-operatório
– Avaliação do grau de incapacidade
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Contra-indicações para PFR


– Não existem contra-indicações “absolutas” para a realização de PFR na
generalidade;
– Existem contra-indicações em relação a cada um dos métodos

Recusa Expressa do Doente em


realizar o exame
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Material Necessário
– Balança com Craveira
– Fita métrica (amplitude dos membros superiores ou arm span)
– Deformações caixa torácica (cifoescoliose),
– Amputação dos membros inferiores – Impossibilidade de deslocação da
cadeira de rodas, etc.

÷2.5
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Tabelas calculadas por métodos estatísticos


– Dados biométricos (peso, altura, idade, género e raça)
– Valores comparados pela relação entre o valor medido e o valor previsto
– Tabelas próprias para crianças

Problemática das Tabelas de


Referencia
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Dados antropométricos
– Relação com os valores de referência
– Idade: Função respiratória diminui ao longo da vida – aumenta desde o
nascimento até à idade adulta, decrescendo todos os anos a partir dessa idade
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Dados antropométricos
– Altura: indivíduos mais altos, têm valores de função respiratória maiores que
os mais baixos – geralmente em centímetros
– Género – homens > mulheres

Os dados antropométricos que mais


influenciam os valores de referência
são: idade, altura e género
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Dados antropométricos
 Peso – geralmente em quilos (Kg)
 Obesidade – restrições por dificuldade de abaixamento do diafragma
 Baixo peso – se associado a debilidade física, pode condicionar os resultados
das PFR
 Raça - ≠ inter-raciais – factores de correcção introduzidos
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Fatores que influenciam as determinações

 Tabagismo – valores de DLCO e de gasometria arterial alterados –


carga tabágica
 Posição corporal – valores de PFR > se medidos de pé, em relação a
sentado ou em decúbito
 Altitude

 Treino – instrumentistas de sopro; atletas (de alta competição) –


valores medidos aumentados
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Cálculo da carga tabágica

nº de anos que fuma x média de cigarros diário


20

Em Unidades Maço Ano – UMA Cada


maço de cigarros contem 20 cigarros
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Respiração

– Processo mediante o qual se transporta O2 a todas as células do


organismo, que o utilizam para produzir energia

– Respiração faz-se com sucesso se:

ventilação Difusão

Ventilação
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Avaliação da função respiratória


Consiste essencialmente no estudo da Tríade Vital:

Ventilação
a. Volumes e débitos (espirometria,pneumotacografia),
b. Distribuição ventilatória (gases inertes, radioisótopos)
c. Mecânica Ventilatória (forças e resistências implicadas
nas variações de débitos e volumes)
Difusão
a. Transferência alvéolo-capilar, oxi-ergometria
Perfusão
a. Cateterismo direito, radioisótopos
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Estudo da mecânica ventilatória


Inicia-se pelo estudo da variação de Volumes e Débitos, por
espirometria.

Espirometria – Spiro (Respirar) + Metir (medir)

Parâmetros expiratórios e inspiratórios


Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Espirometro
Equipamento que mede o volume de ar inspirado e expirado
(ou só expirado) .
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Evolução dos espirómetros

• Campânula • Pneuomotacografo
• Ventolograma • Termicos
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Volumes Pulmonares

– Estáticos – medidos “per si”, sem ter em linha de conta o factor tempo

– Dinâmicos – em função do tempo – Débitos

– Mobilizáveis – medidos directamente em cada ciclo respiratório

– Não mobilizáveis – medidos por métodos indiretos


Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Volumes Pulmonares

– Volume Corrente (VC ou TV)


Capacidade Vital
– Volume de Reserva Inspiratória (VRI ou IRV) (CV ou VC)
– Volume de Reserva Expiratória (VRE ou ERV)

– Capacidade Vital (CV ou VC) Capacidade Pulmonar Total


– Volume Residual (VR ou VR) (CPT ou TLC)

– Volumede Gás Intratorácico (VGIT ou TGV)


– Capicidade Residual Funcional (CRF ou FRC)
– Capacidade Pulmonar Total (CPT ou TLC)
Volumes Pulmonares

• Volumes dinâmicos

– Volume Expiratório Máximo no 1º Segundo (VEMS ou FEV1)

– Relação FEV1/FVC = FEV1/FVC x 100 – Índice de Tiffeneau

– FEV1/SVC x 100 – Débitos Expiratórios Máximos a 25, 50 e 75% da CV


(DEM ou FEF 25, 50, e 75%)
– Ventilação Máxima por Minuto (VMM, MVV)
Volumes Pulmonares

• Definições

– Volume Corrente (VC ou VT)quantidade de ar mobilizado durante um


ciclo respiratório normal
– Volume de Reserva Inspiratória (VRI ou IRV) Volume de ar mobilizado
durante uma inspiração máxima, a partir do volume corrente
– Volume de Reserva Expiratória (VRE ou ERV) Volume de ar mobilizado
durante uma expiração máxima, a partir do volume corrente
Volumes Pulmonares

• Definições

– Capacidade Vital (CV ou VC) Volume de ar que pode ser mobilizado


entre uma inspiração e uma expiração máximas
– Capacidade Vital Inspiratória (CI ou IC) Volume de ar que pode ser
mobilizado durante uma inspiração máxima, a partir do volume
residual
– Capacidade Vital Expiratória (CE ou EC) Volume de ar mobilizado
durante uma expiração máxima, a partir da Capacidade pulmonar tota
Volumes Pulmonares

• Definições

– Capacidade Residual Funcional (CRF ou FRC) também chamada VGIT –


Volume de ar contido no pulmão em posição de repouso, no final de
uma expiração normal
– Volume Residual (VR ou RV) Volume de ar que permanece no pulmão
após uma expiração máxima
– Capacidade Pulmonar Total (CPT ou TLC) Volume de ar contido no
pulmão após uma inspiração máxim
Volumes Pulmonares

• Definições

– Volume Expiratório Máximo no 1º segundo (VEMS ou FEV1) Volume de


ar expulso no 1º segundo de uma expiração forçada, tão rápida quanto
possível, após uma inspiração máxima
– Relação VEMS/CVF ou FEV1/FVC - % da capacidade vital que se
consegue expirar no 1º segundo que se segue a uma inspiração máxima
– (Relação FEV1/SVC) Índice de Tiffeneau - definição igual à anterior mas
adquirida por manobra lenta
Provas Funcionais Respiratórias (PFR)

• Definições

– Débito Expiratório Máximo Instantâneo (DEMI ou PEF Peak Flow) –


Velocidade máxima alcançada pelo ar expirado, durante uma
expiração máxima forçada – colaboração
– Débitos Expiratórios Máximos a 75, 50 e 25% da CV –

(DEM 75 ou FEF 25) – DEM 25 ou FEF 75


Volumes Pulmonares

• Definições

– Ventilação Máxima Minuto (VMM ou MVV) Volume de ar respirado,


realizando uma respiração rápida e de máxima amplitude durante 10
seg.
– Multiplica-se por 6 e dá o valor no minuto

– Pode ser medida em 12 seg. e multiplicado por 5


Volumes Pulmonares

• Determinação dos Volumes


Mobilizáveis
Espirometria – Curva Volume/tempo

Pneumotacografia – Curva Débito/volume

Peakflow Metter

Não Mobilizáveis
Método de diluição de gases (Hélio, Azoto)

Pletismografia Corporal Total

Métodos radiológicos
Volumes Pulmonares

• Valores Normais

FEV1/FVC :
FVC 70% pós BD - GOLD
> 80 %
FEV1
 88% (homens)
 89% (mulheres)
(FEV1/FVC medido/FEV1/FVC previsto)
Volumes Pulmonares

• Valores Normais

80% < VR ou RV < 140% Valores acima dos anteriores


80% < CPT ou TLC < 120% significam presença de air trapping
ou insuflação pulmonar
80% < CRF ou FRC < 130%
Volumes Pulmonares

• Soma de 2 ou mais Volumes:

• Capacidade Vital (VC)


VC = TV + ERV + IRV
• Capacidade Inspiratória (IC)
IC = TV + IRV
• Capacidade Expiratória (EC) - (não muito utilizada)
EC = TV + ERV
• Capacidade Residual Funcional (FRC)
FRC = ERV + RV
• Capacidade Pulmonar Total (TLC)
TLC = VC + RV
Função Respiratória

Duvidas

Docente: CPL Iracelma dos Santos

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