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AVALIAÇÃO

F I S I O TE R A P Ê U T I C A U T I

PROFESSORA: MABELLE CAVALCANTI


DISCIPLINA: Fisioterapia em UTI
8º Período
INTRODUÇÃO
• A avaliação - plano de tratamento, evita que técnicas desnecessárias e
inadequadas sejam administradas pelo profissional, diminuído possíveis agravos
ao paciente;

• Exige do fisioterapeuta uma visão sistêmica do paciente, com algumas


peculiaridades, uma delas é falta de tempo para avaliar, pois nem sempre
estará disponível para realizar uma avaliação por completa, devido alguns
pacientes serem admitidos na uti com um quadro agudo precisando de
intervenção fisioterapeutica imediata;
• (AVALIAÇÃO MOTORA+RESPIRATÓRIA)
• Pacientes que chegam estáveis podem realizar uma avaliação mais
completa (SARMENTO,2005).
INTRODUÇÃO
• Pacientes críticos apresentam alterações funcionais respiratória e motoras;

• Alterações do nível de consciência, à força muscular e do controle motore


mecânica respiratória.

• Profissional precisa ser um generalista e conhecer assuntos sobre ventilação


mecânica,sistema respiratório, interpretação de exames laboratoriais, e de imagens
para que se possa elabora um plano de tratamento

• Avaliação deve conter inicialmente identificação do paciente, logo sinais vitais,


exame físico, exames complementares e laboratoriais que irão contribuir na
conduta a ser realizada

(SARMENTO,2005).
ANAMNESE
Aná = trazer de novo

Mnenis = memória

Anamnese= “trazer de volta a mente todos os fatos relacionados à doença e ao


paciente”
• Identificação
• Queixas principais (sintomatologia)
• História da doença atual (HDA)
• História da doença pregressa (HDP)
• Hábitos de vida e vícios (fatores de risco)
• Histórico medicamentoso
• Antecedentes pessoais e familiares
• Condições socioambientais e nutricionais
• Aspectos psicológicos

(SARMENTO,G.J.V,2009)
AVALIAÇÃO DO NÍVEL CONSCIÊNCIA E SEDAÇÃO
• Consciência é uma função mental básica e sua
avaliação suma importância UTI;
• Refere-se à resposta aos estímulos e capacidade
de despertar;
• Alterações incluem:
• Coma: ausência ou redução da capacidade de despertar
• Letárgico – Lento ao falar, responde aos estímulos tátil e verbal, podendo
apresentar confusão mental;
• Torpor: Não ocorre resposta verbal ao estímulo doloroso profundo, podendo apresentar
movimentos inespecíficos;
• Confusão: perda da atenção e do diálogo coerente
• Delirium: quadro confusional associado à oscilação entre agitação psicomotora e
quietude
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA
Escala de Coma de Glasgow (ECG)

Avalia o
aspecto
“mental” do
Sistema
Nervoso
Central

Score máximo:15 Score mínimo:3 Grave: 3 a 8


Moderado: 9 a 12 Leve: 13 a 15
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA
SEDAÇÃO E ANALGESIA

• Erradicar dor
• Facilitar intubação traqueal
• Otimizar a sincronia paciente-ventilador na AVMI
• Principais drogas:
 Midazolam ( Dormonid ):indutor do sono que atua através da
depressão do sistema nervoso central
 Fentanil ( Opióide): um analgésico opióide que se caracteriza pelas seguintes
propriedades:rápida ação,curta duração e elevada potência
 Precedex: Promove sedação e analgesia sem depressãorespiratória,
 Propofol:agente anestésico geral e sedativo adequado para indução e manutenção de anestesia
 geral em procedimentos cirúrgicos em adultos e crianças a partir dos 3 anos de idade
ESCALA DE RAMSEY X RASS
AVALIAÇÃO FORÇA MUSCULAR UTI
• Várias patologias nesses pacientes críticos podem ocasionar
perda força muscular, incluindo: AVE,TRM,TCE , DNMetc;
• ALÉM DO IMOBILISMO
• Déficit motor pode surgir em decorrência do tempo de
permanência na UTI

• Força muscular periférica pode ser avaliada pelo MRC:


sedação deve estar suspensa e paciente
colaborativo
AVALIAÇÃO FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA PELO MRC

Pontuação inferior 48( Polineuromiopatia do doente


crítico) em duas avaliações sugestiva de déficit motor
grave
Varia de 0-60 ( força normal)
Avaliação simétrica e bilateral
DINAMOMETRO DE PREENSÃO PALMAR UTI
Com a total imobilidade, a massa muscular pode reduzir pela
metade em menos de duas semanas, e associada à sepse,
declinar até 1,5 kg ao dia, prejudicando assim a
funcionalidade e consequentemente a qualidade de vida
destes pacientes de um a sete anos após a internação

Um valor menor que 11 kg-força para homens e 7 kg-força


para mulheres
AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR

• Hipertonia : aumento da resistência ao movimento passivo das articulações.Espasticidade


• Hipotonia: Diminuição da resistência ao movimento passivo de uma articulação
FUNCIONALIDADE
• ICU Mobility Scale (IMS),2014;
• Ensaio clinico controlado  Protocolo de mobilização
Sistemático
• Níveis Funcionais:
SINAIS VITAIS
Frequência cardíaca (FC)
Valores de referência:

Lactentes: 120-160bpm
Pré-escolar: 80-110 bpm
Idade escolar: 75-100 bpm
Adolescente: 60-90bpm Frequência
Adulto: 60-100 bpm respiratória (FR)
Valores acima do de referência=Taquicardia
e abaixo= Bradicardia
MONITORIZAÇÃO DA OXIGENAÇÃO
ARTERIAL
AVALIAÇÃO DA OXIGENAÇÃO
• Valores normais da SpO2 = 95% e 100% (ar ambiente) PaO2 em torno de 80 a
100mmHg;

• A SpO2 entre 91% e 92% PaO2 está em torno de 60mmHg;

• PaO2 tem decréscimo linear com a idade;


20 anos  100mmHg
25 anos  98mmHg PaO2i= 109-(0,43 x Idade anos)
30 anos  96mmHg
40 anos  91mmHg
PaO2/FIO2 ≥ 300 a 400
50 anos  87mmHg
Egan - Fundamentos Da Terapia Respiratória. 9ªEdição
EXAME FÍSICO
Classificação daTOSSE

QUANTO AS
QUANTO A DURAÇÃO CAR ACT E R Í S T I CAS CL Í NI C AS
• Improdutiva (seca)
• Aguda: até 3 semanas • Produtiva
• Ineficaz- TOT
• Subaguda: de 3 a 8 semanas • Eficaz

• Crônica:> 8 semanas

(TARANTINO,A.B,2007)
RESPIRATÓRIA
 Pacientes em Respiração espontânea ouVVAA
• Ausculta Pulmonar
• Eficácia da tosse
• Padrão ventilatório
• Quantidade de secreção e aspecto

 Pacientes em Respiração espontânea eVAA


• Avaliar Capacidade vital ( CV )
• Valores Maiores que 15 ml/kg  Negativação de pressão Pleural
• Valores Menores que 15ml/kg  Positivação de pressão Alveolar

• Pimax  Avalia Força de capacidade inspiratória


• Pemax Avalia Força de capacidade expiratória
AVALIAÇÃO CINESIOFUNCIONAL RESPIRATÓRIA
FADIGA
MANOVACUOMETRIA FRAQUEZA
Pimáx -70 a -45 cmH2O Pimáx -40 a -25 cmH2O
Pressão Inspiratória e Expiratória Máximas

Posição sentada utilizando um clipe nasal ;

O paciente inspira e expira com o máximode força


contra um circuito ocluído conectado ao
manovacuômetro;

Os maiores valores de pressão obtidos representam os


valores de PImáx e PEmáx a serem considerados

São feitas 3 medidas, considerando-se o maior valor


obtido daqueles que apresentarem variação menor que
20 %.

FALÊNCIA
Pimáx < -20 cmH2O SOUZA, Pressões respiratórias estáticas máximas , 2002
PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO
•É o maior fluxo obtido em uma expiração forçada a
partir de uma inspiração completa (ao nível da CPT);

 Resposta do paciente ao tratamento;


 Para detectar pioras assintomáticas da função pulmonar;
 Fornecer ao paciente uma medida objetiva da gravidade da sua doença.
MANOBRA
• paciente deve ficar em pé ou sentado;
• ereto, sem dobrar a região cervical;
• segurar o aparelho horizontalmente para manter as saídas desobstruídas.
• A seguir, inspirar profundamente;
• colocar o aparelho na boca (entre os dentes e fechar os lábios em torno do
bocal);
• Expirar forte e rapidamente;
• Anotar a medida;
PFE ≥ 160 lpm para extubação
• Repetir três vezes.
VENTILOMETRIA

Ventilômetro equipamento portátil que avalia


volumes e capacidades pulmonares

Volume Minuto (VM):Associado à ventilação


alveolar e representa a resposta muscular à
demanda ventilatória

Volume que você respira durante 1 minuto

Valores normais:5 ou 6 a 8 L\min

Valores superiores a 10 L\min indicam demanda


aumentada
VENTILOMETRIA

Acopla aparelho TOT ou TQT ou boca

Ponteiro maior litros e menor ml

Fisioterapeuta registra a FR.

Como achar a variávelVC?

Pegar oVM achado e dividir FR: VC=VM\FR

VC normal maior que 6 ml\Kg,(predito)


valores baixos prejuízos nas trocas gasosas
VENTILOMETRIA

Como achar a Peso predito? (Altura- 152,4 x


0.91 + 45,5 ( mulher) e + 50 (homem)

Como achar CV: Inspirar ate CPT e exalar


lentamente até CRF( registra-se valor e divide
pelo peso predito) MULHER

Valor normal CV: 65-75ml\Kg

Ex:CVL 2300ml /peso ideal 58= CV:39 ML/KG

165 CM= PESO: 58 KG

Capacidade inspiratória (CI)(mL/Kg)(>35ml/kg) EX:


1100/58= 19 ml/Kg

Importante na função pulmonar pós-operatória


PROPOSTA TERAPÊUTICA

Controle de tronco

Estimular Deambulação

Poltrona
PROPOSTA TERAPÊUTICA

• Posicionamento terapêutico – evitar úlceras de pressão


PROPOSTA TERAPÊUTICA
 Terapia desobstrutiva:
 Shaker
 Flutter
 EPAP artesanal
PROPOSTA TERAPÊUTICA

 Terapia de expansão pulmonar:


 Respiron
 Padrões ventilatórios
 EPAPsArtesanais
 VNI – BIPAP PEEP
 VMI -PEEP
PROPOSTA TERAPÊUTICA

 Ventilação não invasiva


• Acidose Respiratória
• Dispnéia
• DPOC
• EAP
• Facilitar desmame
 Acidose Respiratória persistente após 2hrs de terapia –TOT
 RNC
 Pacientes com ânsia de vômitos
 Lesões Faciais
PROPOSTA TERAPÊUTICA

• Treinamento muscular respiratório –Threshold


OBRIGADA!!!!!!!!
ESTUDAR
https://youtu.be/F0PLbxRiK1k

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