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SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................... 3
2. Anatomia Do Aparelho Respiratório................... 4
3. Ventilação Pulmonar................................................12
4. Princípios Físicos Das Trocas Gasosas............21
5. Transporte De Oxigênio E Dióxido De Carbono
No Sangue E Nos Líquidos Teciduais....................29
6. Regulação Da Respiração.....................................38
Referências Bibliograficas..........................................45
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 3
ELIMINAÇÃO DO CO2
OXIGENÇÃO DO
FONAÇÃO/FALA
SANGUE/TECIDOS
FISIOLOGIA
RESPIRATÓRIA
REGULAÇÃO DA
VENTILAÇÃO PULMONAR
RESPIRAÇÃO
NA PRÁTICA!
Como o brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical do que o brô-
nquio principal esquerdo, é mais provável que corpos estranhos aspirados ou alimentos
entrem e se alojem nele ou em um de seus ramos.
Figura 5. Vista anterior dos pulmões. Fonte: MOORE, Keith L. Dalley, Arthur F. Agur, Anne M R. Anatomia orientada
para a clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
CAVIDADES
NASAIS
FARINGE
LARINGE
TRAQUEIA
ALVÉOLOS
BRÔNQUIO BRÔNQUIO
PRINCIPAL PRINCIPAL SACOS
ESQUERDO DIREITO ALVEOLARES
2 BRÔNQUIOS 3 BRÔNQUIOS
LOBARES LOBARES DUCTO
SECUNDÁRIOS SECUNDÁRIOS ALVEOLAR
SEGMENTOS BRONQUÍOLOS
BRÔNQUIOS BRONQUÍOLOS BRONQUÍOLOS
BRONCOPUL- CONDUTORES
TERCIÁRIOS TERMINAIS RESPIRATÓRIOS
MONARES RAMIFICADOS
CADA
BRÔNQUIO
PRINCIPAL
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 12
Expiração
no volume
Inspiração
Mudança no
Mudança
alongam e até mesmo sua força elás- alveolares tipo II, que constituem cer-
tica é maior. ca de 10% da área de superfície al-
Já as forças elásticas causadas pela veolar. Essas células são granulares,
tensão superficial são muito mais contêm inclusões lipídicas que são
complexas. A superfície da água que secretadas no surfactante dentro dos
reveste os alvéolos tenta contrair-se à alvéolos.
medida que as moléculas de água se O surfactante é mistura complexa de
atraem. Essa força tenta mover o ar vários fosfolipídeos, proteínas e íons.
para fora dos alvéolos, fazendo com Seu componente mais importante é o
que eles tentem colapsar. O efeito fi- fosfolipídio dipalmitoilfosfatidilcolina.
nal é causar uma força contrátil elás- A presença de surfactante na super-
tica do pulmão inteiro, denominada fície alveolar reduz a tensão superfi-
força elástica de tensão superficial. cial para um doze avos a um meio da
tensão superficial de uma superfície
SE LIGA! Quando a água forma uma
de água pura.
superfície de contato com o ar, as mo- Até agora, discutimos apenas a ex-
léculas da água na superfície têm atra-
pansibilidade dos pulmões, sem con-
ção especialmente forte umas pelas
outras. Como resultado, a superfície da siderar a caixa torácica. A caixa torá-
água está sempre tentando se contrair. cica tem suas próprias características
Isto é o que mantém as gotas de chuva elásticas e viscosas, semelhantes às
unidas — isto é, existe firme membra-
na contrátil, constituí
da por moléculas
dos pulmões; até mesmo se os pul-
de água, por toda a superfície da gota. mões não estivessem presentes no
Agora, vamos reverter esses princípios e tórax, esforço muscular seria neces-
ver o que acontece nas superfícies inter- sário para expandir a caixa torácica.
nas do alvéolo. Aí, a superfície da água
também está tentando se contrair, o que A complacência de todo o sistema
tende a forçar o ar para fora do alvéolo, pulmonar (dos pulmões e da caixa
pelo brônquio, e, ao fazer isso, induz o
colapso do alvéolo. O efeito global é o de torácica juntos) é medida durante a
causar força contrátil elástica de todo o expansão dos pulmões de pessoa to-
pulmão que é referida como força elásti- talmente relaxada ou paralisada. Para
ca da tensão superficial. medir a complacência, o ar é forçado
para o interior dos pulmões durante
O surfactante é um agente ativo da curto intervalo de tempo, enquanto
superfície da água, significando que se registram as pressões e volumes
ele reduz bastante a tensão superfi- pulmonares. Para insuflar esse siste-
cial da água. É secretado por células ma pulmonar total, é requerida qua-
epiteliais especiais secretoras de sur- se duas vezes a mesma quantidade
factante chamadas células epiteliais de pressão necessária para insuflar
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 16
Figura 8. Diagrama das excursões respiratórias durante respiração normal e durante inspiração e expiração máximas.
Fonte: HALL, Jhon E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 12ªed. Rio de Janeiro. Elsevier. 2011
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 18
SAIBA MAIS!
DPOC é gerada por um quadro persistente de bronquite ou enfisema pulmonar, normalmente
provocados pelo tabagismo crônico, causando fibrose nos pulmões, com consequente dis-
função pulmonar, principalmente por conta da deficiência da retração elástica desse tecido.
Assim, a DPOC é caracterizada pela obstrução do fluxo de ar para aos pulmões, com conse-
quente redução dos volumes e capacidades pulmonares.
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 20
VENTILAÇÃO
PULMONAR
INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO
DIAFRAGMA
DIAFRAGMA RELAXA
CONTRAI
CAPACIDADE
TENSÃO VOLUME
ESPAÇO MORTO RESIDUAL
SUPERFICIAL CORRENTE
FUNCIONAL
VOLUME DE
TECIDO CAPACIDADE
RESERVA
PULMONAR INSPIRATÓRIA
EXPIRATÓRIO
VOLUME DE
FIBRAS DE CAPACIDADE
RESERVA
COLÁGENO VITAL
INSPIRATÓRIO
4. PRINCÍPIOS FÍSICOS
DAS TROCAS GASOSAS SE LIGA! O ar possui uma composição
aproximada de 79% de nitrogênio e
Física da difusão gasosa e das cerca de 21% de oxigênio. Em média, a
pressões parciais dos gases pressão total ao nível do mar (pressão at-
mosférica) atinge 760 mmHg; portanto,
Com a ventilação pulmonar, a próxi- 79% dos 760 mmHg são causados pelo
ma etapa do processo respiratório é a nitrogênio (cerca de 600 mmHg) e 21%
pelo oxigênio (cerca de 160 mmHg). A
difusão do O2 e CO2, que ocorre em PN2 na mistura é de 600 mmHg, a PO2
direções opostas, ou seja, o O2 passa é de 160 mmHg; a pressão total é de
dos alvéolos para o sangue, enquan- 760 mmHg, a qual é a soma das pres-
to o CO2 para do sangue para os al- sões parciais individuais.
Figura 9. Difusão de oxigênio de extremidade de uma câmara para a outra. A diferença entre os comprimentos das
setas representa a difusão efetiva. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2017.
Figura 11. Expiração de gás de alvéolo, com sucessivas respirações. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de
Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 25
Figura 12. Intensidade de remoção do excesso de gás dos alvéolos. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de
Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
O2
ALVÉOLO SANGUE
Figura 14. Captação de oxigênio pelo sangue capilar pulmonar. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisio-
logia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
Figura 15. Difusão do oxigênio do capilar tecidual para as células. (Po2 no líquido intersticial = 40 mmHg e nas células
dos tecidos = 23 mmHg.) Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2017.
Figura 16. Captação de dióxido de carbono pelo sangue nos capilares teciduais. (Pco2 nas células teciduais = 46
mmHg e no líquido intersticial = 45 mmHg.) Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
Figura 17. Difusão do dióxido de carbono do sangue pulmonar para o alvéolo. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall:
Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 33
SAIBA MAIS!
O Ferro, na sua forma férrica (Fe3+) é incapaz de se ligar ao oxigênio, devido à sua confor-
mação geométrica na qual a 6ª posição de ligação é ocupada por H2O. Assim, hemoglobinas
com Fe3+ não carreiam o O2, e são chamadas de metahemoglobinas. Esta condição con-
figura a metaglobinemia (metHb), quando há um aumento da concentração de metHb nas
hemácias, e os indivíduos com essa condição são geralmente cianóticos, devido à falta de
oxigenação do sangue arterial.
Figura 19. Curva de dissociação oxigênio-hemoglobina. Fonte: HALL, John E. Guyton, Arthur C. Guyton & Hall: Fun-
damentos da Fisiologia. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 35
Figura 20. Transporte de dióxido de carbono no sangue. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia
Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
DIFUNDE DO ALVÉOLO
PARA O SANGUE
PRESENTE NO SANGUE
OXIGÊNIO QUASE TOTALMENTE
LIGADO À HB (97%)
70% É TRANSPORTADO
NO SANGUE NA FORMA
DIÓXIDO DE CARBONO
DE HCO3-, 23% LIGADO À
PROTEÍNAS E 7% DISSOLVIDO
DIFUNDE DO SANGUE
PARA O ALVÉOLO
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 38
Figura 21. Organização do centro respiratório. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13ª
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 39
dessas áreas seja diretamente in- superfície ventral do bulbo. Essa área
fluenciada pelas variações da con- é muito sensível às alterações san-
centração sanguínea de CO2 ou de guíneas da PCO2 ou da concentra-
íons hidrogênio. Em vez disso, existe ção dos íons hidrogênio. Tal área, por
outra área neural, a área quimiossen- sua vez, estimula outras porções do
sível, situada bilateralmente, que se centro respiratório.
encontra a apenas 0,2 milímetro da
Figura 22. Estimulação da área inspiratória do tronco cerebral por sinais provenientes da área quimiossensível loca-
lizada bilateralmente no bulbo, que se encontra a, apenas, fração de milímetro da superfície bulbar ventral. Observe
também que os íons hidrogênio estimulam a área quimiossensível, mas o dióxido de carbono, no líquido, dá origem
à grande parte dos íons hidrogênio. Fonte: HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2017.
Figura 23. Controle respiratório promovido pelos quimiorreceptores periféricos nos corpos carotídeo e aórtico. Fonte:
HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
O2 H+
QUIMIORRECEPTORES QUIMIORRECEPTORES
PERIFÉRICOS CENTRAIS
MECANORRECEPTORES MECANORRECEPTORES
DOS PULMÕES DOS MÚSCULOS E
(ESTIRAMENTO) ARTICULAÇÕES
CENTRO CENTRO
CENTRO APNÊUSTICO
INSPIRATÓRIO PNEUMOTÁXICO
DIAFRAGMA
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 44
VOLUMES PULMONARES
CENTRO RESPIRATÓRIO
INSPIRAÇÃO DORSAL
• DIFUNDE DO ALVÉOLO
PARA O SANGUE
CENTRO RESPIRATÓRIO
• 97% É LIGADO EXPIRAÇÃO VENTRAL
HB NO SANGUE
• LIBERADO NOS
CAPILARES CAPACIDADES CENTRO PNEUMOTÁXICO
PARAS CÉLULAS PULMONARES
O2
BARORRECEPTORES
FISIOLOGIA REGULAÇÃO
TRANSPORTE DE GASES
RESPIRATÓRIA DA RESPIRAÇÃO
CO2
TROCAS GASOSAS
• PRODUZIDO NAS
CÉLULAS E LIBERADO ALTA BAIXA
PARA OS CAPILARES PRESSÃO PRESSÃO
• MAIORIA É
TRANSPORTADO
NO SANGUE NA
FORMA HCO3-
• DIFUNDE DO SANGUE
PARA O ALVÉOLO
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 45
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
HALL, Jhon E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro. Elsevier.
2011.
HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2017.
HALL, John E. Guyton, Arthur C. Guyton & Hall: Fundamentos da Fisiologia. 13. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2017.
COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 6ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2015.
MOORE, L. Keith, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.
MOORE, Keith L. Dalley, Arthur F. Agur, Anne M R. Anatomia orientada para a clínica. 8ª ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
TORTORA, Gerard J. Corpo Humano. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6.ed.
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