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AVALIAÇÃO

PNEUMOFUNCIONAL

Prof. Ianara Barros Albuquerque


O que é, para que serve
• Avaliação respiratória é um conjunto de procedimentos realizados
para verificar a condição do aparelho respiratório, revelar anomalias
e desordens.
• Esse processo combina dados históricos, queixa atual, exame físico e métodos
diagnósticos complementares para verificar anormalidades e identificar sua
origem.
• A quantidade e tipos de procedimentos inclusos vão depender de fatores como
idade, suspeita clínica, presença de doenças crônicas e intensidade dos
sintomas.
• Por meio de entrevista, exame físico e complementares, é possível detectar
problemas anatômicos, sinais de dificuldade respiratória, ruídos e padrões
respiratórios anormais.
Como é feita
• A avaliação respiratória completa é composta por anamnese, exame
físico e exames complementares, quando necessário.
1. Histórico do paciente é um conjunto de documentos e relatos
sobre o seu estado de saúde em diferentes etapas da vida. Ele
reúne informações históricas sobre doenças atuais, anteriores, males
que afetam familiares e atendimentos de saúde prestados, colhidas
durante anamnese, avaliação física, exames e tratamentos.
2. Avaliação física, que oferece diversos sinais relevantes para o
diagnóstico.
Avaliação Física
• Inspeção: coloração da pele, circulação colateral, abaulamentos, retrações, formato do tórax (deformidades,
assimetria), frequência respiratória, presença de ritmos anormais ou esforço, retração dos espaços intercostais, uso
de musculatura acessória
• Palpação da traqueia e parede torácica: verificar se há massas, lesões, fístulas, trechos doloridos ou com alta
sensibilidade, frêmito tátil ou vocal
• Percussão: indispensável na identificação de líquidos ou partes sólidas nos pulmões. Órgãos saudáveis emitem o
som claro pulmonar, que é claro, com timbre grave e oco. Ruído hipersonoro, surdo e seco, ou suave e de alta
frequência indicam condições como pneumotórax, pneumonia e derrame pleural
• Ausculta: ruídos adventícios, a exemplo dos estertores ou crepitantes e subcrepitantes. Ou mesmo sons anormais
como roncos, sibilos e atrito pleural.
• Há casos em que são necessários exames complementares como:
• Espirometria ou prova de função pulmonar
• Raio X de tórax
• Oximetria
• Capnografia
• Testes de pico de fluxo de tosse.
Inspeção e Palpação
• Ectoscopia: Observar a coloração das mucosas, baqueteamento, forma do tórax

Padrão respiratório: Observar o tipo, ritmo e amplitude da respiração

Sinais de esforço e utilização de musculatura acessória: batimento de aletas nasais, musculatura cervical, tiragem intercostal,
musculatura abdominal.

Posições: Em decúbitos dorsal, laterais, sentado e ortostatismo

Observar:
• Abaulamentos;
• Impulsões de borda esternal;
• Retrações;
• Malformações torácicas;
• Batimentos ou Movimentos;
• Frêmitos;
• pontos dolorosos;
• enfisema subcutâneo
Anamnese
• Identificação do paciente: nome completo, idade, sexo, raça, telefone e
endereço, registro HC, profissão atual e anterior, naturalidade e
procedência
• Anamnese
• História da Moléstia Atual (HMA): tempo do problema e da queixa
principal, freqüência, internações prévias e quando foi a última?, condições
de melhora e piora, cuidados que toma com a doença diagnóstico, doenças
associadas
• História Pregressa: Antecedentes Pessoais, Antecedentes Respiratórios,
Hábitos e Vícios
• História Familiar
Sintomas Respiratórios
• tosse = seca/produtiva ineficaz/eficaz deglutida/expectorada
quantidade de secreção fluída/espessa coloração
• dispnéia = repouso ou pequenos/médios/grandes esforços
• dor torácica = tipo, local e intensidade
• IVAS = repetição/congestão nasal
• Sistêmicos = inapetência/dor muscular /insônia
• Dor torácica: Dor pleural, , mediastínica, Dor de parede torácica Dor
retroesternal
Inspeção do Tórax
• Conformação de caixa torácica
• Tipo de Respiração
• Padrão de Respiração
• Uso de musculatura acessória/tiragem
• Presença de cianose
• Baqueteamento digital
Conformação CT
• Angulo de Charpy: ângulo formado pelas últimas costelas, sendo
utilizado para caracterização da morfologia do tórax e do biotipo do
paciente.
Conformação de CT
• Tórax em tonel = DPOC e asma: aumento do diâmetro antero-
posterior, costelas horizontalizadas, aumento espaço intercostal,
hipercifose torácica
• Pectus escavatum/carinatum: congênito, pouco associado a doença
pulmonar, tratamento cirúrgico = estético
• Tórax em peito de pombo: protusão do osso esterno, crianças com
broncoespasmos constantes
Tipos de Respiração
• apical ou torácica alta
• mista
• Mulheres = predominância apical
Homens = mista
• Pneumopatas = padrão apical, com uso importante de musculatura
acessória
• Paradoxal = movimento invertido
Padrão/ Ritmo
• Eupneico
• Taquipneico
• Taquidispneico
• Bradipneico
Cianose
• coloração azulada da pele
• mucosa bucal ou extremidade digital(unha)
• hipo oxigenação do sangue arterial
• baqueteamento digital C
Tosse/ Escarro
Ausculta Pulmonar
• Critérios: respiração oral e profunda, tórax desnudo, ambiente silencioso,
posição adequada do paciente, posição adequada do estetoscópio

Sons pulmonares:
• MV+/MV reduzido/MV abolido
• EC= EAP, DP, secreção, fibrose, pneumonia
• roncos = aumento da secreção
• sibilos= secreção, broncoespasmo
• soprosa= seqüela de Tb, atelectasia, pneumonia
Palpação
• Palpar o tórax ântero-lateral, latero-lateral e nas articulações costo-condral.
• Verificar a expansibilidade do tórax.
• A palpação do tórax permite verificar e complementar os achados da
inspeção, além de ter como objetivo identificar a presença de áreas
dolorosas e avaliação de anormalidades, também permite uma avaliação
secundaria da expansibilidade do paciente.
• A palpação pode ser feita: com a mão espalmada, usando-se toda a palma de
uma ou de ambas as mãos; com uma das mãos sobrepondo-se à outra; com
as mãos espalmadas, usando apenas as polpas digitais e a parte ventral dos
dedos e usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça.
Expansibilidade e Mobilidade Torácica
• alteração nas doenças obstrutivas e restritiva
• assimetrica= seqüelas unilaterais, Tb, pneumotórax, tumor

• A expansibilidade torácica é avaliada através dos polegares do examinador, que deve margear as
costelas, pedindo para o paciente realizar movimentos inspiratórios e expiratórios profundos. Com
esta técnica podemos comprovar se ambos os lados têm expansibilidade simétrica (movimentos
respiratórios)

• Mobilidade Torácica: essa condição refere-se à capacidade desta parte da coluna vertebral de se
mover livremente e sem dor. Quando alguma região da coluna está rígida, isso pode acabar afetando
as vértebras tanto em cima como em baixo, impedindo a total movimentação e causando dor.
• A cirtometria é a técnica mais utilizada pelos fisioterapeutas para avaliação da mobilidade torácica,
da qual se obtêm pela diferença entre a inspiração e a expiração máximas mensurada por meio de
uma fita métrica não distensível ao redor do tórax.
Inspeção Física
• edema de membros
• cicatrizes cirúrgicas
• trofismo
• alteração temperatura
• presença de drenos e cateteres
• escaras
• pele
• alteração postural
Percussão
Determina se os tecidos subjacentes estão cheio de
líquidos, ar ou material sólido

• Normal: timpanismo
• Som maciço/abafado: massa, pneumonia local
• Hipertimpanismo: hiperinsuflação,pneumotórax
Exames gerais: Prova de função pulmonar
• classifica a doença pulmonar em restritiva e obstrutiva
• grau leve, moderada e severa
• resposta ao broncodilatador

CVF VEF1 VEF1/CVF


leve 60 60 60
moderada 51-59 41-49 41-49
grave <50 <40 <40

• Radiografia e Tomografia de tórax


Exames Gerais
Exames Laboratoriais:
• Hemograma (Hb, Ht e plaquetas)
• Leucograma (leucocitose ou leucopenia)
• Função Renal (U, Cr)
• Albumina e Proteínas totais
• BAAR-PPD: pesquisa de escarro
• Gasometria arterial
Avaliação Funcional Respiratória
• Manovacuometria: um teste simples, rápido e não invasivo por
meio do qual a pressão inspiratória máxima (PImáx) e a
pressão expiratória máxima (PEmáx) são obtidas, a fim de
auxiliar na avaliação muscular respiratória.

Pimax: -90 a -120 cm H2O


Pemax: + 100 a + 150 cmH2O

• Variável conforme idade


Avaliação Funcional Respiratória

Pico de Fluxo Expiratorio: Peak Flow


• Permite avaliar a variabilidade da
obstrução; auxilia a monitorização clínica
e detecção precoce de crises. Sua
utilização é condicionada conforme
disponibilidade e pactuações locais.
Exames Laboratoriais
• Gasometria
• Culturas
• Exames de escarro
Avaliação Diagnostica
Exames de Imagem: Rx, Tomografia computadorizada, Ressonância
magnética
• Broncoscopia
• Toracoscopia
• Toracocentese
• Biopsia

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