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Apoio ao estudo: Capítulo 10,pág. 205.

Livro Anamnese & Exame Físico

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO

EXAME FÍSICO
RESPIRATÓRIO
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DA ENFERMAGEM
FSG BENTO 2023/2
PROFª DAIANE ROMERO
NOSSO OBJETIVO

• Buscar indicações de que o sistema respiratório funciona de


acordo com parâmetros de normalidade.

• Diferenciar os achados normais e anormais do Sistema


Respiratório;

• Relacionar sinais e sintomas identificados a patologias.


CONSIDERAÇÕES INICIAIS
LINHAS TORÁCICAS
ANAMNESE

• Queixa (s) principal (is) • Antecedentes Pessoais


História da doença atual Tabagismo
Idade História ocupacional
Sintomas de problemas pulmonares Alérgenos ou poluentes ambientais
Impacto dos sintomas na vida diária Estilo de vida sedentário ou
imobilização forçada
Ansiedade - Problemas
financeiros/Trabalho/Familiares

• Antecedentes Familiares
ANAMNESE

• Dispnéia
Existe o sintoma/ fator de risco?
• Tosse
Como é? (local, duração, intensidade
• Expectoração Desde quando?
O que desencadeia?
• Dor torácica
O que o alivia
• Rouquidão Quando incomoda/
atrapalha na vida diária?
• Hemoptise
SE ATENTE PARA ....

• Preparo do material

• Preparo do ambiente

• Preparo do examinador

• Preparo do paciente a ser examinado

• Interaja com o paciente


EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO
Estática Condições da pele,
Circulação colateral,
• Inspeção
Dinâmica Abaulamentos
Tipo
Retrações
• Palpação Ritmo
Formato do tórax:
Frequência - deformidades,
• Percussão Amplitude - assimetria

Tiragem
• Ausculta
Expansibilidade
INSPEÇÃO ESTÁTICA

• Pele e Mucosas

Cianose Central Cianose Periférica Baqueteamento


(Google Imagens)
INSPEÇÃO ESTÁTICA

• Forma

Chato Barril Infundibiliforme


INSPEÇÃO ESTÁTICA

• Forma

Peito de Sino Cifótico


Pombo

Abaulamentos e Depressões
INSPEÇÃO DINÂMICA

• Tipo Respiratório x Ritmo Respiratório

• Frequência
Variações aceitáveis de Frequência
Respiratória por minuto
Recém-nascido 40-45 rpm

Lactente (6 meses) 25-35 rpm

Pré-escolares 20-35 rpm

Escolares 18-35 rpm

Adulto 12-20 irpm

Costal Superior Toracoabdominal


• Tipo
INSPEÇÃO DINÂMICA
ANORMALIDADES NA FREQUÊNCIA E RITMO
RESPIRATÓRIO
• Dispneia

• Ortopnéia: dif. resp deitado

• Trepopnéia: respira melhor em decubito


lateral (ICC)

• Platipnéia: dif. Resp. ereto, melhor


deitado

• Apnéia

• Cheyne-Stokes: ICC, insuficiencia renal,


hipertensão IC, AVE

• Biot: desorganização total. Meningite

• Kussmaul: cetoacidose diabética.

• Suspirosa: Ansiedade
INSPEÇÃO DINÂMICA
ANORMALIDADES NA FREQUÊNCIA E RITMO
RESPIRATÓRIO

https://www.youtube.com/watch?v=ONJ-I36oRdw

https://www.youtube.com/watch?v=TG0vpKae3Js

https://www.youtube.com/watch?v=eAx4fxy7WbA
INSPEÇÃO DINÂMICA

• Tiragem

• Pescoço

• Expansibilidade dos pulmões


PALPAÇÃO
Estática
• Inspeção
Dinâmica
Além de ter como objetivo identificar
• Palpação a presença de áreas dolorosas e
avaliação de anormalidades, também
permite uma avaliação secundaria da
• Percussão expansibilidade pulmonar do
paciente.

• Ausculta
PALPAÇÃO

• Traqueia

• Estrutura da parede respiratória

• Expansibilidade

• Frêmito Toracovocal (Vibrações palpáveis transmitidas


através do sistema bronco-pulmonar até a parede torácica
quando a pessoa fala)
PALPAÇÃO

• A parede torácica é palpada com a base palmar da mão


PALPAÇÃO

Frêmito Toracovocal
(Vibrações palpáveis transmitidas através do sistema bronco-pulmonar até a parede
torácica quando a pessoa fala)
PERCUSSÃO

Estática
• Inspeção
Dinâmica

• Palpação

• Percussão

• Ausculta

https://www.youtube.com/watch?v=VjHr_22NMfE
PERCUSSÃO
Claro pulmonar Hipersonoro Timpânico Maciço e Submaciço

https://www.youtube.com/watch?v=e1fItuzu5f4

• Som claro pulmonar: som da percussão pulmonar normal, entre a


maciez e o timpanismo.
• Hipersonoro: indicam aumento do ar nos pulmões/espaço pleural, são
mais intensos que o claro pulmonar (pneumotórax e enfisema pulmonar).
• Som timpânico: som característico de estruturas “ocas” com grande
quantidade de ar no parênquima pulmonar ou na cavidade torácica. É
encontrado em casos de enfisema pulmonar e pneumotórax.
• Som submaciço: ocorre quando há líquido interposto entre o parênquima
pulmonar e a parede torácica, como em derrames pleurais (normal
percussão do fígado, bases).
• Som maciço: obtido quando se percute regiões mais “densas”, ou seja,
quando há uma diminuição da quantidade de ar no pulmão, ou em suas
proximidades. Geralmente é característica de tumores e em pneumonias.
AUSCULTA

Estática
• Inspeção
Dinâmica

• Palpação

• Percussão

• Ausculta
AUSCULTA

• Avaliar a condição dos pulmões.

• Determinar o fluxo aéreo através da árvore brônquica.

• Identificar a presença de obstrução.

• Deve ser realizada enquanto a pessoa respira com a boca entreaberta.

• Observar os ruídos respiratórios, presença de ruídos adventícios e


caracteristicas da voz falada ou sussurrada
AUSCULTA
AUSCULTA
RUÍDOS ADVENTÍCIOS

• Crepitantes: tem o ruído interrompido e de tom alto, semelhante ao som


que se produz quando se atrita uma mecha de cabelo próximo ao ouvido,
geralmente associado ao líquido presente em vias de pequeno calibre ou
interalveolar.

• Estertores bolhosos: assemelham-se ao rompimento de pequenas


bolhas e podem ser auscultado na inspiração ou na expiração, são
produzidos na presença de substâncias líquidas na traqueia, nos
brônquios, nos bronquíolos, ou no tecido pulmonar.

• Ronco: estertor contínuo e prolongado, presente na inspiração, mas


também pode ser audíveis na expiração. O som é grave, intenso,
semelhante ao ronco observado durante o sono.
AUSCULTA
RUÍDOS ADVENTÍCIOS

Sibilos: semelhante a um chiado ou assobio, são decorrentes da passagem de ar por


vias aéreas estreitas. Auscultados na inspiração e na expiração. Quando intensos,
podem ser audíveis sem estetoscópio.

Cornagem ou estridor: é a respiração ruidosa devido à obstrução no nível da


laringe ou traqueia, mais percebido na fase inspiratória. Pode ser decorrente de edema
de glote, corpos estranhos e estenose de traqueia.

Atritos pleurais: são ruídos de rangido ou rilhadura, que flutuam com o ciclo
respiratório e se assemelham ao som da pele atritando-se contra um couro molhado.

https://med.estrategia.com/portal/conteudos-gratis/procedimentos/resumo-de-ausculta-pulmonar-tecnica-sons-e-muito-
mais/#:~:text=Ru%C3%ADdos%20Advent%C3%ADcios,-
Os%20ru%C3%ADdos%20advent%C3%ADcios&text=S%C3%A3o%20graves%20e%20de%20baixa,Est%C3%A3o%20presentes%20principalment
e%20na%20bronquite.
AUSCULTA
SONS VOCAIS - AUSCULTA DA VOZ

É examinada enquanto o paciente fala ou sussurra a


frase “trinta e três”.

Em situações normais, essa frase não deve ser claramente


auscultada.
AUSCULTA
SONS VOCAIS - AUSCULTA DA VOZ
Existem várias alterações possíveis, que incluem:

• Broncofonia: indica um aumento na ressonância vocal;


condensações pulmonares, de origem inflamatória, neoplásica ou
capitaria.

• Pectoriloquia: ampliação da clareza da voz falada, conhecida


como pectoriloquia fônica, e da voz sussurrada,
chamada pectoriloquia afônica; pneumonia, fibrose pulmonar,
tecido pulmonar condensado e sem ar.

• Egofonia: representa um tipo específico de broncofonia, em que a


voz adquire uma qualidade nasalada e metálica. Derrames pleurais
pneumonias e atelectasias.

https://www.youtube.com/watch?v=uctuG51iWsk
EXEMPLO DE DESCRIÇÃO DE UM
EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO

Tórax atípico, eupneico, ausência de esforço respiratório.


Expansibilidade preservada bilateralmente.
Frêmito vocal palpável bilateralmente.
Som claro timpânico à percussão.
Murmúrios vesiculares uniformemente distribuídos
(diminuídos/abolidos em LID/base esquerda), ausência de ruídos
adventícios. /Presença de roncos difusos.
ACHADOS CARDIOPULMONARES
QUE SE CORRELACIONAM
• Estertores auscultados sobre as bases pulmonares são característicos da
ICC;

• No edema agudo de pulmão, estertores, roncos, sibilos são auscultados em


ambos os campos pulmonares;

• Alterações na anatomia torácica.

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