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Consulta de Enfermagem ao Adulto

Heraldo Maia
Metodologia: Aula baseada em caso clínico.

Objetivos
- Recordar aspectos fundamentais da anamnese e exame físico para coleta de dados e
avaliação clínica do paciente.
EXAME DE ENFERMAGEM

Definição: é um exame realizado pelo enfermeiro, com o objetivo de colher dados de identificação,
história de vida do cliente e execução do exame físico. O exame de enfermagem poderá ser feito com
duas finalidades:
1. Preventivo: antes do cliente apresentar qualquer anomalia, geralmente realizado na saúde pública,
correspondendo no adulto a um exame geral anual.
2. Diagnóstico: geralmente ocorre quando o cliente já apresenta um distúrbio e é realizado partindo
como ponto de referência da queixa principal do cliente, porém, ampliando-se para todas as regiões.
Processo de enfermagem
•Este exame não se limita a esfera física, mas pretende avaliar também a sua
esfera emocional, social e espiritual utilizando:
• a interação,
•a anamnese,
•o exame físico,
Tudo proporcionando uma visão total ou holística do ser humano.
Deverá ocorrer uma interação cliente-enfermeiro - desenvolver uma sintonia entre estes elementos.
CARKHUFF, em seu livro O RELACIONAMENTO DE AJUDA, enumera alguns fatores que podem facilitar
esta interação, como:
1. Postura: inclinada na direção do cliente
2. Distância: a mais próxima possível
3. Olhar: direcionado para o ajudado, “olho no olho"
4. Disponibilidade
5. Supressão do próprio pensamento e da fala, concentrando-se nas palavras do cliente, ouvindo-o
6. Observação rigorosa das emoções e maneirismo do cliente, buscando os desequilíbrios internos, não
expressos na comunicação verbal
7. Empatia: “colocar-se no lugar do cliente”, ver o mundo através dos seus olhos, assumir o lugar do
ajudado, penetrar sob sua pele, sentir suas emoções, seus anseios.
Os instrumentos básicos do exame físico são: tato, audição, olfato, visão, que são
ampliados por aparelhos especiais como: estetoscópio, lupa, fita métrica, balança, etc.

Os processos fundamentais são: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Pode-se


também utilizar o olfato e as mensurações.
ETAPAS DO EXAME FÍSICO
A anamnese além de permitir a coleta das
informações ajudará a estabelecer a
interação, pois o cliente percebe o
interesse na manutenção da sua saúde e
passa a confiar no enfermeiro, além de
aprender algo acerca de si mesmo.
Na parte abdominal a sequência é:

Abdome globoso – à custas de Abdome globoso – à custas de Abdome escavado – às custas


tecido adiposo uma ascite de uma perda ponderal
Na parte abdominal a sequência é:

- RHA

5 a 10 por minuto

Em todos quadrantes abdominais


Na parte abdominal a sequência é:

Denominação Timbre Duração Localização típica


Maciço Fechado - abafado Alto e curto Músculos: coxa
Sub-maciço Médio Média Órgãos com líquido: fígado
timpânico Alto- aberto Longo Região repleta de ar: bochecha cheia
de ar
Por ultimo, a Palpação:
SONS RESPIRATÓRIOS:

•Murmúrio vesicular: som suave de timbre relativamente baixo que duram por toda a inspiração e
tornam-se cada vez mais fracos para serem ouvidos já no início da expiração. Localização: Auscultar
parte inferior do pulmão
Sons pulmonares
normais:
•1.Bronquial: auscultar próximo a
traqueia, sobre o manúbrio ou
entre as escápulas, região anterior
do tórax. Ruídos fortes de timbre
alto.
1 1
•2.Brônquio-vesicular: auscultar
2
acima e entre as escápulas na
região posterior do tórax
•3.Vesicular: auscultar na base
pulmonar, abaixo das escápulas. 3

•4. Ressonância vocal: som


percebido pelo estetoscópio
quando cliente fala, também pode
ser sentido pela palpação na
região, caracterizado por
Sons Pulmonares anormais (Ruídos Adventícios):

a.Sibilos: ruído fino, musical, semelhante a


miado de gato decorrente de espasmos,
estenose. Patologias: bronquite, asma,
enfisema
b.Creptor, estertores grossos ou roncos:
som rude, corresponde a obstrução dos
brônquios por acúmulo de secreções nas
vias aéreas, no caso de gripe, pneumonia.
c.Atritos estertores finos: som
semelhante ao atritar o os fios do cabelo,
comum em problemas da pleura
Ausculta Cardíaca
SONS CARDÍACOS:

1. São as bulhas cardíacas – sons do fechamento das válvulas cardíacas:


2. B1 (TUM) início sístole B2 (TAC) final sístole.
1a. 2 a.
(tricúspide + mitral) (aórtica + pulmonar)

BCNF – Bulhas Cardíacas Normofonéticas – BCNF-2T


Terceira bulha
RCI – 3T

Quarta bulha
RCI – 4T

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