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O PAPEL DO

FISIOTERAPEUTA NA UTI

CLASSIFICAÇÃO DA UTI

ESTABELECE CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO PARA AS


UNIDADES DE TRATAMENTO INTENSIVO

• UTI tipo I
• UTI tipo II : fisioterapeuta para cada dez
leitos ou fração no turno da manhã e da
tarde

• UTI tipo III: fisioterapeuta exclusivo da


UTI

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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

• UTI geral (cardíaca, neuro, pneumo, trauma)

• Unidade pós – operatória

• Unidade coronariana

• Unidade de transplantes

• Pediátrica

• Neonatal

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Concentram 3 componentes:

•Pacientes graves

•Equipamentos de alta tecnologia

•Equipe multidisciplinar com conhecimento e

experiência

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MONITORIZAÇÃO

• Eletrocardiográfica

• Pressão arterial sistêmica (PAM)

• Oximetria de pulso

• Capnografia

• Pressão venosa central

• Cateter de artéria pulmonar (Swan–Ganz)

ROTINAS FISIOTERAPÊUTICAS NA UTI

• Preparação do box para admissão do


paciente

• Admissão do paciente com e


sem prótese ventilatória

• Avaliação fisioterapêutica

•Oxigênioterapia

•Ventilação mecânica invasiva e não invasiva

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ROTINAS FISIOTERAPÊUTICAS NA UTI

• Desmame da ventilação mecânica

• Intubação e extubação

• Higiene brônquica

• Reexpansão pulmonar

• Treinamento muscular

ROTINAS FISIOTERAPÊUTICAS NA UTI

•Fisioterapia motora

• Recrutamento alveolar

• Transportes de pacientes (inter e intra hospitalar)

• Parada cardiorespiratória

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PREPARAÇÃO DO BOX

• Buscar e instalar o respirador no box

• Conectar o respirador as fontes de O2

e ar comprimido

• Verificar quanto ao funcionamento da


máquina

• Ajustar os parâmetros de admissão

• Verificar aspirador

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ADMISSÃO DO PACIENTE
• Conhecimento prévio do quadro
clinico do paciente

• fisioterapeuta presente no momento da admissão

• Adaptar ao respirador

• Verificar a simetria da ventilação (ausculta)

• Verificar a posição do tubo e a pressão do cuff

• Adaptar o paciente as demais monitorizações

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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

• Identificação do paciente

• Diagnósticos

• Histórico do paciente

• Exame físico

• Exames complementares (gasometria, RX, CT)

OXIGÊNIOTERAPIA
• Avaliar a oxigenação do paciente

• Adaptar melhor dispositivo (mascara, cateter)

• Otimizar a administração de oxigênio

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VENTILAÇÃO MECÂNICA

• Adaptar o paciente na melhor modalidade

• Alterar os parâmetros quando necessário

• Reabastecer o copo nebulizador

• Assegurar a temperatura do ar inspirado

• Desprezar a água acumulada no circuito

DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA

• Verificar a possibilidade de início do desmane

• Avaliar os critérios de desmame

• Conduzir o desmame

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INTUBAÇÃO E EXTUBAÇÃO

• Verificar se o respirador está em condições de uso

• Preparar material de aspiração

•Auxiliar o médico na intubação

• Realizar a extubação após finalizado o desmame

HIGIENE BRÔNQUICA

• Realizar manobras de higiene

vibrocompressão, drenagem postural

• Aspiração traqueobrônquica

• Oscilação oral de alta freqüência (flutter, acapela)

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REEXPANSÃO PULMONAR

• Manobra de pressão negativa

• Recrutamento alveolar

• Uso do peep ideal

• Posicionamento no leito

TREINAMENTO MUSCULAR

• Avaliar a força da musculatura

respiratória manovacuômetro (Pimax e

Pemax)

• Prescrever o exercício adequado

(treinamento de resistência e força)

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manovacuômetro

ventilômetro

FISIOTERAPIA MOTORA

• Mobilizações passivas, ativas e ativo assistida

• Mudanças de decúbito

• Retirar paciente do leito

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TRANSPORTE DE PACIENTES

• Transporte inter – hospitalar

• Transporte intra – hospitalar

• Transporte aeromédico

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PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

• Identificação dos ritmos de parada (FV,

TV/SP, AESP e assistolia)

• Acionar a equipe multidisciplinar

• Atendimento inicial em SBV

• Atendimento da urgência junto a equipe

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AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA

ANAMNESE

Origem:

aná = trazer de volta

mnese = memória

Significa trazer de volta à mente todos os fatos

relacionados com a doença e com a pessoa doente

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ANAMNESE
Identificação

Queixa principal
Antecedentes pessoais e familiares

Interrogatório sintomatológico

Hábitos de vida e condições sócio-econômicas


e culturais

História da moléstia atual

ANAMNESE

• Antecedentes familiares (história familiar – asma, tuberculose,


rinite alérgica, fibrose cística/ mucoviscidose).
• Antecedentes pessoais: Agressões pulmonares prévias
(sarampo/coqueluche/tuberculose).
 Passado alérgico (rinite/asma).
 Uso de drogas imunosupressoras/Corticóide.

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ANAMNESE

• Hábitos vida: tabagismo


(ASMA/DPOC/carcinoma brônquico); Alcoolismo
(Pneumonia aspirativa - Anaeróbicos /Klebsiella).
• História epidemiológica – visita a caverna,
minas, galinheiros → histoplasmose.
– Limpeza de fossas, pós enchente → Leptospirose.

ANAMNESE

• HMA
• “Ouça o que o paciente diz e ele lhe dirá o diagnóstico”
•Curta/clara e concisa (deixar o paciente falar) •
Padrão cronológico (anos, meses, dias...) •
Sintomatologia pulmonar:

¾ Tosse ¾ Dor
¾ Expectoração ¾ Dispnéia
¾ Hemoptise ¾ Cianose
¾ Chiados

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EXAME DOS PULMÕES

Inspeção – estática e dinâmica

Palpação

Percussão

Ausculta

Exames complementares

INSPEÇÃO
Inspeção estática:

Simetria do tórax, forma do tórax, abaulamentos


e depressões

Cor paciente (cianose/palidez) cianose= sinal tardio de


insuficiência respiratória (unha, lábios, e mucosa oral).

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BIOTIPO DO TÓRAX

Normolíneo: ângulo de Charpy = 90°

Brevelíneo: ângulo de Charpy > 90°

Longelíneo: ângulo de Charpy < 90°

INSPEÇÃO DO TORAX - Divisão anatômica


•Tórax anterior: duas linhas verticais (esternal/hemiclaviculares)
•Tórax posterior: duas linhas verticais (vertebral/linha escapular)
•Região axilar: três linhas verticais (anterior, média, posterior –
respeitando as pregas axilares anterior/posterior.

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1. Supraclavicular Tórax 1. Axilar
2. clavicular Lateral 2. Infraaxilar
3. Infraclavicular (2 regiões)
Tórax
4. Mamária 1. Supraescapular
anterior
5. Inframamária Tórax 2. Supraespinhosa
(8 regiões)
6. Supraesternal posterior 3. Infraespinhosa
7. Esternal superior (5 regiões) 4. Interescalpulovertebral
8. Esternal inferior 5. Infraescapular

FORMA DO TÓRAX
Chato (longilíneos)
Tonel ou barril (enfisema, idosos)

Infundibiliforme (raquitismo)

Cariniforme ou peito de pombo (raquitismo)


Sino ou piriforme (hepatoesplenomegalia,ascite)

Cifótico

Cifoescoliótico

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1 2 3 4 5

1. Normal

2. Tonel ou barril (enfisema, idosos)

3. Infundibiliforme (raquitismo)

4. Cariniforme ou peito de pombo (raquitismo)

5. Cifótico

CARINIFORME OU PEITO DE POMBO

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INFUNDIBILIFORME OU PECTUS SCARVATUM

ESCOLIÓTICO

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INSPEÇÃO
Inspeção dinâmica:

Tipo respiratório, ritmo e freqüência


respiratória, amplitude e expansibilidade

Verificar o uso da musculatura acessória

Tiragem intercostal: depressão dos mm intercostais

TIPO RESPIRATÓRIO

Costal superior: sexo feminino (escaleno e


estercleidomatoídeo)

Toracoabdominal: sexo masculino (diafragma)

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RITMO RESPIRATÓRIO
Respiração dispnéica

Dispnéia: Sensação de desconforto respiratório

Platipnéia: dificuldade de respirar na posição ereta

Ortopnéia: dificuldade na posição deitada

Trepopnéia: dispnéia em decúbito lateral

RITMO RESPIRATÓRIO

Cheyne-Stokes: ICC, AVC, TCE, Intoxicações por

morfina e barbitúricos

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RITMO RESPIRATÓRIO

Biot: meningite, neoplasias, hematoma extradural,

lesão no centro respiratório – mau prognóstico

RITMO RESPIRATÓRIO

Kussmaul: rápida e profunda - cetoacidose diabética,

IRC, outras acidoses

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RITMO RESPIRATÓRIO

Suspirosa: emocional e ansiedade

AMPLITUDE

Respiração superficial

Respiração profunda

Normal

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TIRAGEM
Melhor visualizada em indivíduos magros

Regiões axilares e infra axilares

Obstrução da via aérea, enfisema pulmonar, asma

EXPANSIBILIDADEFREQUENCIARESPIRATÓRIATORÁCICA

Idade FR
Recém-nascidos 40 a 45 rpm
Lactentes 25 a 35 rpm
Pré-escolares 20 a 35 rpm
Escolares 18 a 35 rpm
Adultos 12 a 20 rpm

Bradipnéia: Diminuição da FR

Taquipnéia: Aumento da FR

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PALPAÇÃO

Estrutura da parede torácica

Expansibilidade torácica

Frêmito toracovocal

ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA

Realiza-se a palpação da pele , músculos, ossos,


cartilagens e tecido subcutâneo.

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EXPANSIBILIDADE TORÁCICA
Diminuição da expansibilidade:

• Unilateral:

Apical – processo infeccioso ou cicatricial

Basal – derrame pleural, PTX, atelectasias

• Bilateral

Apical – processo infeccioso ou cicatricial

Basal–gravidez, ascite,derrame pleural,enfisema pulmonar

EXPANSIBILIDADE TORÁCICA - técnica


Aplicação das mãos na região superior e inferior do tórax
bilateralmente

Tórax anterior

Mãos em região infraclavicular, com polegares no manúbrio

Mãos em região inframamilar, com polegares no processo xifóide

Tórax posterior

Mãos nas regiões supraclaviculares, com polegares na 7° vértebra


cervical, para medir a inspiração do paciente

Mãos nas bases pulmonares, altura da 10° costela com os polegares


simétricos na região da coluna, solicitar a inspiração ao paciente

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FRÊMITO TORACOVOCAL

Vibrações percebidas na parede torácica pela mão

do examinador, quando o paciente emite algum som.

Aumento: consolidação de área pulmonar


(PNM, infarto pulmonar)

Diminuição: derrame pleural, atelectasias, PTX

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ALTERAÇÕES NA PERCUSSÃO DO TÓRAX
Hipersonoridade: aumento de ar nos alvéolos

– enfisema pulmonar

Submacicez e macicez: redução ou inexistência de ar

nos alvéolos – derrame pleural, condensação

pulmonar (PNM, neoplasia)

Som timpânico: ar aprisionado no espaço pleural

ou em cavidade intrapulmonar – PTX e tuberculose

AUSCULTA

Melhor método de avaliação do tórax

Usar semiotécnica correta

Nunca realizar a ausculta sobre a roupa do paciente

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SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS

Intensidade
Som Local Insp Exp

Som traqueal Áreas de projeção da traquéia +++ ++++


Respiração Áreas de projeção dos
+++ +++
brônquica brônquios principais
Respiração Esternal superior e
brocovesicular interescapulo vertebral direita ++ ++
Murmúrio
Periferia dos pulmões +++ ++
vesicular

Murmúrio vesicular normal

SONS ANORMAIS DESCONTÍNUOS

Tipos Fase do ciclo Efeito da Posição do Áreas


respiratório tosse paciente
Estertores Modificam
Final da Não se
finos ou são Bases
inspiração alteram
Crepitantes abolidos

Estertores Início da
inspiração e Não se
grossos
toda Alteram-se modificam Todas
subcrepitantes expiração

Estertores grossos ou subcrepitantes


SONS ANORMAIS CONTÍNUOS
Tipos Fase do ciclo Origem Patologia
respiratório
Roncos Inspiração e Vibrações das Asma
expiração (+) paredes bronquite
brônquicas
Sibilos Inspiração Vibrações das Asma
secreção paredes bronquite
Expiração broquioalveolares obstrução
broncoespasmo neoplasia
Estridor Inspiração e Obstrução da Estenose de
expiração laringe ou traquéia
traquéia

Sibilos

SONS ANORMAIS DE ORIGEM PLEURAL

Atrito pleural: comparado ao ranger de couro atritado

som de duração maior e freqüência baixa

local: regiões axilares inferiores

causa: pleurite seca

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EXAMES COMPLEMENTARES
Gasometria arterial

Radiografia de tórax

Tomografia computadorizada

Broncoscopia

Cintilografia

GASOMETRIA ARTERIAL

PH: 7,35 a 7,45

PaO2: 80 a 100 ⇒109 – (0,43 * idade)

PaCO2: 35 a 45

HCO -: 18 a 23
3

BE: 2 a -2

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