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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO

COLETE PARA DEFORMIDADE DA COLUNA


(MILWAUKEE)

GRUPO Nº 07

O DOCENTE

_______________________
EDNA GONÇALVES

CAXITO-2021/2022
INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO

COLETE PARA DEFORMIDADE DA COLUNA (MILWAUKEE)

GRUPO Nº 07

12ª CLASSE

SALA: 09

PERÍODO: TARDE

CURSO: FISIOTERAPIA

O DOCENTE

_______________________
EDNA GONÇALVES

CAXITO-2021/2022
INTEGRANTES DO GRUPO Nº 07

N/ NOMES COMPLETO CLASSIFICAÇÃO


O
1. Moises Capanda
2. Moises Emiliano
3. Pedro Sambingo
4. Raquel Garcia
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

2- COLETE PARA DEFORMIDADE DA COLUNA (MILWAUKEE)..................................2

2.1- CONCEITOS GERAIS....................................................................................................2

2.2- COLETE DE MILWAUKEE..........................................................................................3

2.3- OBJECTIVO....................................................................................................................4

2.4- INDICAÇÕES.................................................................................................................4

2.5- MECANISMOS DE ACÇÃO..........................................................................................4

2.6- CARACTERÍSTICAS.....................................................................................................4

2.7- IMPORTÂNCIA..............................................................................................................5

3- CONCLUSÃO........................................................................................................................6

4- BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................7
1- INTRODUÇÃO

O objectivo do trabalho será o de realizar uma revisão da literatura quanto à patologia


e tratamento, e a proposição de um protocolo a para uso de colete de Milwaukee em pacientes
com aumento da cifose fisiológica. O autor, observando a frequência desta patologia,
apresenta este estudo, visando simplificar as indicações para o uso desta órtese. Ao se iniciar
o tratamento com o colete de Milwaukee em casos de aumento da cifose fisiológica,

O Colete de Milwaukee desenvolvido por BLOUNT (1945) foi inicialmente aplicado


como órtese pós-operatória para estabilização da coluna poliomielítica em substituição ao
gesso, pela vantagem de não comprimir o tórax, já com limitação de expansibilidade.
Observou-se que o aparelho provocava uma diminuição da cifose fisiológica na região
torácica, sendo consequentemente indicado para os casos de Dorso Curvo.

Antes do período Hipocrático, o tratamento das deformidades vertebrais já era


reconhecidamente problemático. Foi Hipócrates que descreveu a escoliose e a separou de
maneira clara das infeções e neoplasias da coluna vertebral. Não mencionou a cifose, porém
estabeleceu que as curvas sagitais poderiam variar em amplos limites, dependendo dos hábitos
e profissões.

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2- COLETE PARA DEFORMIDADE DA COLUNA (MILWAUKEE)

2.1- CONCEITOS GERAIS

O colete é uma ferramenta útil para controlar a progressão de uma curva moderada em
esqueleto imaturo e pode evitar a cirurgia em uma parcela significativa de casos de escoliose
idiopática. Tem baixa utilidade na escoliose congênita, e costuma ser útil temporariamente na
etapa inicial do tratamento de escoliose neuromuscular.

Coletes são úteis para tratamento de deformidades da coluna de crianças e adolescentes.


As deformidades podem ser do tipo escoliose (desvio em S) ou hipercifose (corcunda
aumentada). “Coletes para desvios na coluna devem ser utilizados apenas na fase de
crescimento.

A cirurgia das deformidades da coluna compartilha, para as diferentes etiologias, alguns


objectivos em comum, mas apresenta também diversas particularidades que possuem relação
principalmente com os itens a seguir:

• etapa do crescimento da criança,


• magnitude da curva,
• etiologia da deformidade.

A escoliose idiopática é a forma etiológica com a maior incidência e, devido a isso,


também é a deformidade vertebral com maior quantidade de cirurgias. Representa um
excelente exemplo de como as circunstâncias particulares de cada caso resultam em uma
cirurgia muito diferente. Tanto a dimensão da cirurgia como a necessidade de intervenções
cirúrgicas adicionais variam de acordo com o tipo e magnitude das curvas.

Desse modo, alguns pacientes exigem tratamento mediante correção e fixação


posterior isolada de uma região relativamente curta; outros, por sua vez, exigem fixações mais
extensas, e outros precisam, além disso, cirurgia adicional mediante uma abordagem anterior
para seu tratamento apropriado. Na escolha do tratamento de uma deformidade da coluna,
alguns factores cruciais devem ser levados em consideração:

Etiologia: as opções terapêuticas são muito diferentes dependendo da causa primária


da deformidade: frequentemente, uma modalidade terapêutica efetiva para uma forma de
escoliose pode ser inútil em uma deformidade de outra origem. Risco de progressão e

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consequências potenciais sem tratamento (história natural). Efectividade, exigências,
consequências e risco do tratamento.

2.2- COLETE DE MILWAUKEE

O Colete Milwaukee é uma órtese confeccionada sob medida, com objetivo de estabilizar
a coluna vertebral, corrigir e manter as curvas escolióticas. Indicado para correção de
deformidades como escoliose, hipercifose ou hiperlordose em pacientes juvenis. O Colete é
moldado em um material termoplástico resistente a alta temperatura, garantem leveza,
facilidade na higienização e em sua colocação, além de trazer uma melhor distribuição de
cargas e uma sustentação uniforme para a coluna.

• Seu uso está repleto de dificuldades, destacando o baixo nível de adesão ao


tratamento, principalmente em adolescentes.
• O colete não é indicado para todos os casos, e os desconfortos associados não são
poucos, razão pela qual seu uso deve ser justificado.
• O foco deve ser obter um bom ajuste e a aceitação por parte do paciente.
Frequentemente, um colete OTLS se aproxima mais desse objetivo que um
Milwaukee, que possui muita resistência por parte dos adolescentes.

O Colete de Milwaukee desenvolvido por BLOUNT (1945) foi inicialmente aplicado


como órtese pós-operatória para estabilização da coluna poliomielítica em substituição ao
gesso, pela vantagem de não comprimir o tórax, já com limitação de expansibilidade.
Observou-se que o aparelho provocava uma diminuição da cifose fisiológica na região
torácica, sendo consequentemente indicado para os casos de Dorso Curvo. De início, pesado e
desconfortável, o colete foi sendo alvo de constantes evoluções e revisões, até chegar a sua
forma actual por volta de 1975.

O uso de aparelhos, órteses das mais variadas formas, e aparatos de tração, sempre
foram usados sem grande sucesso no decorrer dos séculos, na tentativa de tratamento não
cirúrgico das deformidades vertebrais. Uma nova era se abriu em meados da década de 1940
com BLOUNT, desenvolvendo sua órtese cérvico-tóraco-lombosacra, chamada de colete de
Milwaukee

O colete de Milwaukee clássico consiste de um cesto pélvico que mantém fixa a bacia
reduzindo a lordose lombar e impedindo sua rotação. Duas barras posteriores e uma barra
anterior, que promovem a ligação do anel cervical com o cesto pélvico, e são usadas também
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para a colocação dos apoios e almofadas corretivas. Em relação a deformidade cifótica, estes
apoios deverão ser colocados posteriormente, isto é, no ápice da cifose.

O princípio básico deste colete consiste em se controlar e fixar a lordose lombar,


pressionar o ápice da deformidade e o abdômen, e aplicar uma tração longitudinal através do
anel cervical (principio dos “três pontos”). A cabeça do paciente é posicionada contra os
apoios occipitais, com a ajuda da moldagem anterior do colete. Este posicionamento permite
que se promova uma tração longitudinal sobre a coluna vertebral, que associada a colocação
de apoio sobre a deformidade, resultem em correção destas curvaturas.

Numerosas órteses mais baixas já foram desenvolvidas para melhorar o conforto e a


estética do colete, porém o princípio de correção ativa não se obtém quando se retira o anel
cervical. O colete no decorrer dos anos foi sendo modificado, até chegar a sua forma atual ao
redor de 1973.

2.3- OBJECTIVO

Trata-se de uma órtese corretiva indicada para problemas na coluna, sobretudo em


casos de escoliose em crianças e adolescentes. Seu objectivo é interromper a progressão da
deformidade na coluna que vai se curvando em C ou S pela falta do tratamento. Vale lembrar
que o colete ortopédico é apenas parte do tratamento que será combinado a exercícios
específicos para escoliose.

2.4- INDICAÇÕES

Correção de deformidades como escolioses, hipercifose e lordoses. Má postura dos


ombros. Possuem almofadas axilares, torácicas e lombares.

2.5- MECANISMOS DE ACÇÃO

• Reduzir a gravidade;
• Melhorar a postura ativamente;
• Fortalecer a musculatura;
• Exercer uma pressão póstero-lateral constante com ação de endireitamento e
derrotação.

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2.6- CARACTERÍSTICAS

• Confeccionado em espuma “softform” com suporte mentoniano e occipital em


plástico rígido.
• Proporciona controle de flexão/ extensão e rotação.
• Perfurado para ventilação.
• Fecho aderente.
• Colar cervical com lingueta e 2 apoios occipitais.
• Dos apoios occipitais descem 2 barras para vertebrais que unem-se a parte
posterior do cesto pélvico

2.7- IMPORTÂNCIA

As deformidades da coluna vertebral têm uma importância clínica relevante porque


constituem um dos motivos sérios de perturbação da imagem corporal no adolescente. A
coluna vertebral tem curvaturas fisiológicas, como sejam a lordose cervical, cifose dorsal,
lordose lombar e cifose sacrococcígea, fundamentais para o ortostatismo e marcha humana.
São consideradas curvaturas patológicas com importância clínica a escoliose no plano frontal
e a hipercifose no plano sagital.

A hipercifose dorsal ou dorsolombar é causa de deformidade da coluna, mas também


de dorsolombalgia e patologia respiratória em alguns casos. O seu diagnóstico é clínico,
complementado com exame radiográfico e o seu tratamento é habitualmente direcionado para
reeducação postural, reforço muscular, ortótese em determinados casos e intervenção
cirúrgica apenas em casos excepcionais.

A escoliose é sempre patológica, embora só uma curvatura superior a 10º na avaliação


radiográfica seja considerada escoliose segundo a Scoliosis Research Society.(3) Pode ser
idiopática ou secundária a diversas doenças ou síndromes, embora a escoliose idiopática do
adolescente seja a escoliose mais frequente na população, com uma prevalência de 2 a
4%(4,5,6) e atinge predominantemente o sexo feminino, com uma relação que pode atingir
10/1(7,8) O diagnóstico clínico é fundamental, em especial com o teste de Adams,
complementado com estudo radiográfico em chassis extralongo, só raramente se solicitando
outros.

O seu tratamento varia desde a simples vigilância, estímulo de actividade física, ao uso
de ortóteses e, em casos graves à correcção cirúrgica. Embora no tratamento cirúrgico da
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escoliose se contemplem problemas mecânicos, respiratórios e neurológicos, o principal
motivo de preocupação do adolescente que dela padece é a deformidade estética com
perturbação da sua imagem corporal e sofrimento psicossocial.

3- CONCLUSÃO

Como vimos Colete de Milwaukee desenvolvido por Blount (1945) foi inicialmente
aplicado como órtese pós-operatória para estabilização da coluna poliomielítica em
substituição ao gesso, pela vantagem de não comprimir o tórax, já com limitação de
expansibilidade.

As deformidades da coluna vertebral, sobretudo a escoliose idiopática que afecta de


forma especial o sexo feminino, contribuem para uma preocupante deterioração da imagem
corporal, nesta fase muito especial, que é a adolescência.

Felizmente que o conhecimento médico actual consegue satisfazer os anseios dos


adolescentes que padecem de deformidades da coluna vertebral, resolvendo com segurança e
com bons resultados este problema sério da adolescência.

Enfim Schanz, foi o primeiro a descrever a deformidade vertebral de acentuação da


cifose torácica, que a intitulou "Cifose do Aprendiz" ou "Cifoses Musculares", pois a
considerava como uma deficiência muscular.

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4- BIBLIOGRAFIA

1. Arlet V, Schlenzka D. Scheuermann kyphosis: Surgical Management. Eur Spine J


2005; 14:817 -27.
2. Bunnel WP. The Natural History of Scoliosis. Clin Orthop 1988; 229: 20 -5.
3. Kane WJ. Scoliosis Prevalence: A call for a statement of Terms. Clin Orthop 1977;
126:43 -7.
4. Blount, W.P.; Schmidt A.C.; Bidwell, R.G.: Making the Milwaukee Brace. J. Bone
and Joint Surg. (A): 526-528, 1958.
5. Blount-Moe: “El Corsé de Milwaukee” Editora Medica Panamericana 1976.
6. Lonstein JE. Screening for Spinal Deformities in Minnesota Schools. Clin Orthop
1977;126: 33 -42.
7. Weinstein SL. Adolescent Idiopathic Scoliosis. Prevalence and Natural History. The
Pediatric Spine, New York Raven Press (Ed),1994;463 -78.
8. Dickson JA. Scoliosis in the Community. Br Med J 1983; 286: 615 -8.
9. Blount, W.P.; Schmidt A.C.; Bidwell, R.G.: Making the Milwaukee Brace. J. Bone
and Joint Surg. (p. 526-528, 1958).
10. Wenger DR, Frick SL. Scheuermann Kyphosis. Spine 1999; 24:2630 -9.

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