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Este tipo de pacientes deve ser avaliados a cada 6 meses. As ortóteses são usadas
continuamente até que seja concluído o pico de crescimento: sinal de Risser 4 ou 2 anos
após a menarca das meninas e sinal de Risser 5 para os meninos. *
A ortótese de Boston é a mais usada e bem tolerada, pois é facilmente camuflado pela
roupa. A cinta de Milwaukee é difícil de esconder, menos tolerável e normalmente
reservado para pacientes com curvas torácicas com o ápice acima de T7 ou duplas curvas
torácicas. Os suspensórios são normalmente usados durante 16-23 horas por dia, podendo
ser retirado em algumas atividades, se necessário. Os aparelhos noturnos, fornecem uma
força de correção máxima de flexão lateral durante cerca de 8-10 horas por noite em
pacientes com curvas de 25º a 35º num ápice abaixo de T8. A terapia em ortótese
permanece controversa, os defensores acham benéfico e outros não indicam qualquer tipo
de diferença. O paciente desempenha um papel importante na eficácia do uso de ortóteses.
Assim, as ortóteses:
Também foi observado num estudo em adolescentes com escoliose não estrutural, que a
técnica RPG foi extremamente eficaz para a redução da curva escoliótica e do nível de
dor, promovendo uma melhoria funcional do aspeto corporal. (Agulhon et al., 2013)
➢ Eletroterapia
➢ Klapp
Para fazer a seleção dos exercícios é, então, necessário avaliar o tipo de curva, onde se
localiza e qual a concavidade, com o objetivo de desfazer, ou corrigir a curvatura. Desta
maneira, é fácil perceber que se trata de uma correção dinâmica. A correção é executada
sempre do lado da convexidade. Esta técnica permite que o paciente tenha consciência
dos novos posicionamentos, de modo a corrigir a sua postura nas suas AVD’s.
Este tipo de abordagem no tratamento, não é suportada por evidências científicas nos
casos em que o ângulo de Cobb seja menor que 20º. (Berdishevsky et al., 2016).
O método de Lyon baseia-se em: não fazer extensão da coluna durante o exercício,
melhorar a cifose torácica com lordose da coluna lombar, corrigir o plano frontal,
estabilização da core (região abdominal), propriocepção, mobilização segmentar e
equilíbrio/ estabilização.
Este método dá grande enfase a exercícios com a ortótese (colete), para encorajar o
equilíbrio, a força muscular e resistência aquando do seu uso.
➢ Método de Schroth
Este método inclui mobilização passiva para mobilidade e flexibilidade, quer da costela,
quer da coluna torácica para mobilidade e flexibilidade antes dos exercícios propriamente
ditos. A ativação muscular é feita em músculos que melhorem a correção angular, tais
como iliopsoas, o quadrado lombar e o eretor da espinha. (Quintelo et al., 2013)
Este método não tem um exercício principal estabelecido, mas sim um aumento na
dificuldade, na qual o utente será desafiado a manter a estabilidade da coluna, com
objetivo de melhorar e fazer uma autocorreção da sua postura. (Quintelo et al., 2013)
Sendo assim, não existe exercícios especificados do método, mas sim uma escolha
focada no utente.
➢ Pilates
• Concentração;
• Controlo (melhor coordenação de movimentos);
• Ativação da musculatura profunda da coluna e abdômen;
• Controlo da respiração;
• Alinhamento corporal;
• Leveza (movimentos lentos e com fluidez);
• Precisão dos movimentos;
• Força;
• Relaxamento (Pilates FisioMed).
Os exercícios utilizados pelo pilates são uma amálgama dos mencionados previamente
nesta síntese, pelo que junta os mesmos e compila-os num plano determinado e fluido.
➢ Propriocepção
No que toca à propriocepção fizeram-se testes com vários indivíduos saudáveis e que
eram afetados por escoliose. Avaliou-se este parâmetro relativamente aos membros
superiores e inferiores.
Não se verificou erros na deteção de movimento, mas foi observada uma ligeira assimetria
nos ensaios de reprodução angular, no entanto os resultados foram inferiores à metade
obtida pelos indivíduos escolióticos. (Negrini et al., 2018) O desempenho dos membros
bilaterais foi designado bom e mau para ambos os grupos, sendo o membro bom o que
obteve melhor resultado. Por fim, houve uma diferença elevada entre o resultado dos
membros bons e maus dos indivíduos afetados e controlo tal como mencionado
anteriormente.
Berdishevsky, H., Lebel, V. A., Bettany-Saltikov, J., Rigo, M., Lebel, A., Hennes, A.,
Romano, M., Białek, M., M’hango, A., Betts, T., de Mauroy, J. C., & Durmala, J.
(2016). Physiotherapy scoliosis-specific exercises - a comprehensive review of seven
major schools. Scoliosis and Spinal Disorders, 11(1), 1–52.
https://doi.org/10.1186/s13013- 016-0076-9
Dupuis, S., Fortin, C., Caouette, C., Leclair, I., & Aubin, C. É. (2018). Global postural
re-education in pediatric idiopathic scoliosis: a biomechanical modeling and analysis
of curve reduction during active and assisted self-correction. BMC musculoskeletal
disorders, 19(1), 1-9.
Negrini, S., Donzelli, S., Aulisa, A. G., Czaprowski, D., Schreiber, S., de Mauroy, J.
C., ... & Zaina, F. (2018). 2016 SOSORT guidelines: orthopaedic and rehabilitation
treatment of idiopathic scoliosis during growth. Scoliosis and spinal disorders, 13(1),
1-48.