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A coluna vertebral é composta por diversas vértebras unidas entre si por discos
intervertebrais, e por outros tipos de estruturas (ligamentos; medula espinal; vasos;
nervos; etc.).
A coluna vertebral é dividida em cinco regiões: cervical com sete vértebras (C1 a C7);
torácica com doze vértebras (T1 a T12); lombar com cinco vértebras (L1 a L5); sacral
com cinco vértebras (S1 a S5) e por fim cóccix com três ou quatro vértebras, nas duas
últimas zonas as vértebras encontram-se totalmente fundidas. Esta estrutura tem como
principais funções a proteção da medula espinal e nervos; sustentação do peso do corpo
superior ao nível pélvico; oferecer um eixo rígido e flexível para o corpo e uma base
estendida para a cabeça, podendo esta efetuar rotações; manutenção da postura e
capacidade de movimento.
• Lâminas (2): placa de osso plana e larga que juntamente com o pedículo forma o
arco vertebral.
• Pedículo (2): projetam-se posteriormente do corpo vertebral e são compostos por
osso sólido e curto, unem-se as lâminas.
• O Atlas não tem corpo nem apófise espinhosa, possui um par de massas laterais
que ocupam o lugar do corpo e sustenta o peso do crânio. É a vértebra mais
larga, proporcionando uma maior alavanca para a musculatura. Na sua lâmina,
superiormente, possui o sulco da artéria vertebral e nervo C1;
• O Áxis é a vértebra cervical mais forte e sobre ela gira C1, possui uma apófise
odontoíde (dente do áxis) que a liga a C1, através do ligamento transverso do
atlas. C2 possui uma grande apófise espinhosa bífida. (Moore & Dalley, 2007)
• De C3 a C7 as vértebras possuem grandes forames vertebrais de modo a ajustar
o aumento da espinal medula. Estas vértebras permitem movimentos de flexão,
extensão, alguma flexão lateral e reduzida rotação.
• T9-T12 possuem por sua vez algumas características das vértebras lombares.
(Moore & Dalley, 2007)
• Possuem corpos grandes, que são responsáveis pela maior parte da espessura da
coluna vertebral;
• Face dorsal do sacro possui cinco cristas proeminentes: crista sacral mediana
(apófises espinhosas), cristas sacrais mediais (apófises articulares); cristas
laterais (apófises transversais);
• O hiato sacral (em forma de U, existe devido à ausência das lâminas e da apófise
espinhosa de S5) e os cornos sacrais (apófises articulares inferiores de S5)
constituem a face dorsal do sacro;
• Na superfície lateral do sacro existe uma área denominada face auricular, local
da parte sinovial da articulação sacroilíaca entre o sacro e o ílio (que se vai
cobrindo com cartilagem hialina ao longo da vida);
• Possuem forames sacrais para a saída dos ramos anteriores e posteriores dos
nervos espinais;
• S1 forma com a sua superfície superior a base do sacro. A sua margem projetada
anteriormente é um ponto de referência obstétrico. (Moore & Dalley, 2007)
• Cóccix não sustenta o peso corpo em pé, mas sim na posição sentada, quando
sobre uma flexão anterior;
Articulações nos corpos vertebrais – são compostas pelos discos intervertebrais (sustentam
o peso, dão estabilidade e permitem movimento) e por ligamentos (controlam o
movimento), sendo estes últimos:
Articulações nos arcos vertebrais – localizam-se nas apófises articulares (sup. e inf.) e
são circundadas por uma cápsula articular (frouxa), permitem movimentos de
deslizamento entre as apófises articulares. Estas possuem ligamentos acessórios:
• Ligamentos amarelos que unem as lâminas e estendem-se verticalmente;
Articulação costovertebral
Articulação sacroilíaca
Musculatura
Músculo Origem Inserção Inervação Função
Músculos dosais – Trapézio Linha nucal superior, Terço lateral da Motora – nervo Auxilia a rotação da escápula durante a
Grupo Superficial perturberância occipital clavícula, acrómio, acessório (XI); abdução do úmero acima do plano
externa, ligamento nucal, espinha da escápula proprioceção – C3 e horizontal; eleva (fibras superiores), aduz
processos espinhosos de C4 (fibras médias) e deprime (fibras
C7 a T12 inferiores) a escápula
Latíssimo do Processos espinhosos de Assoalho do sulco Nervo toracodorsal Extensão, adução e rotação lateral do
dorso T6 a L4 e sacro, crista intertubercular do (C6 a C8) úmero
ilíaca, costelas X a XII úmero
Romboide maior Processos espinhosos de Margem medial da Nervo escapular Retração (adução) e elevação da escápula
T2 a T4 escápula entre a dorsal (C4, C5)
espinha e o ângulo
inferior
Romboide menor Parte inferior do ligamento Margem medial da Nervo escapular Retração (adução) e elevação da escápula
nucal, processos escápula na espinha dorsal (C4, C5)
espinhosos de C7 a T1 da escápula
Grupo médio Serrátil posterior Parte inferior do ligamento Margem superior Ramos anteriores dos Eleva as costelas II a V
(respiratório) dos superior nucal, processo espinhoso das costelas II a V nervos torácicos
músculos do dorso de C7 a T3 e ligamentos em posição superiores (T2 aT5)
supra-espinhais imediatamente
lateral aos seus
ângulos
Serrátil posterior Processos espinhosos de Margem inferior Ramos anteriores dos Deprime as costelas IX a XII e pode
inferior T11 a L3 e ligamentos das costelas IX a nervos torácicos impedir que as costelas inferiores se
supra-espinhais XII em posição inferiores (T2 aT5) elevem quando o diafragma se contrai
imediatamente
lateral aos seus
ângulos
Músculos Esplénio da Metade inferior do Processo mastoide, Ramos posteriores Em conjunto - puxam a cabeça para trás,
espinotransversais cabeça ligamento nucal, processos crânio abaixo do dos nervos cervicais estendendo o pescoço;
espinhosos de C7 a T4 terço lateral da médios
Individualmente – puxam e rodam a
linha nucal superior
cabeça para um lado
Músculos eretores Iliocostal lombar Sacro, processos Ângulos das 6 ou 7 Ramos posteriores Agem bilateralmente, fazem a extensão da
da espinha espinhosos das vertebras costelas inferiores dos nervos espinais coluna e da cabeça quando o dorso está em
lombares, duas ultimas flexão; Agem unilateralmente ao fazerem
vertebras torácicas e os a inclinação lateral da coluna vertebral.
seus últimos ligamentos
supra-espinhais e a crista
ilíaca
Multífidus Sacro, origem dos eretores Base dos processos Estabiliza as vértebras e faz os
da espinha, espinha ilíaca espinhosos de todas movimentos rotatórios da coluna vertebral
póstero-superior, a vertebras de L5 a
processos mamilares das C2
vertebras lombares,
processos transversos das
vertebras torácicas e
processos articulares das 4
vertebras cervicais
inferiores
Músculos Levantadores das Músculos curtos pares, que A costela abaixo da Ramos posteriores Contração eleva a costela
segmentares do costelas se originam dos processos vertebra de origem dos nervos espinais
dorso transversos de C7 a T11 perto do tubérculo (C8-C11)
Interespinais Músculos curtos pares, Face inferior dos Ramos posteriores Auxiliam a extensão e a rotação da coluna
fixados aos processos processos dos nervos espinais vertebral
espinhosos das vertebras espinhosos da
contiguas, um a cada lado vértebra superior à
do ligamento interespinal vértebra de origem
Intertransversários Pequenos músculos entre Processos Ramos posteriores e Auxiliam na inclinação lateral da coluna
os processos transversos transversais de anteriores dos nervos vertebral e estabilizam-na bilateralmente
de vertebras contiguas vértebras espinais
adjacentes
Músculos do Reto posterior Processo espinhoso do áxis Parte lateral do osso Ramo posterior de C1 Extensão da cabeça; rotação da face para
grupo maior da cabeça (C2) occipital abaixo da o mesmo lado que o músculo
suboccipital do linha nucal inferior
dorso
Reto posterior Processo espinhoso do Parte medial do Ramo posterior de C1 Extensão da cabeça
menor da cabeça atlas (C1) osso occipital
abaixo da linha
nucal inferior
Oblíquo superior Processo transverso do Osso occipital entre Ramo posterior de C1 Extensão da cabeça e flexão lateral para o
da cabeça atlas (C1) as linhas nucais mesmo lado
superior e inferior
Obliquo inferior Processo espinhoso do áxis Processo transverso Ramo posterior de C1 Rotação da face para o mesmo lado
da cabeça (C2) do atlas (C1)
Moore, L., & Dalley, A. (2007). Anatomia orientada para a clínica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.
Netter, F. H. (2008). Netter - Atlas da Anatomia Humana. Elsevier.