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APLICADA A
FISIOTERAPIA
Introdução
O esqueleto axial consiste nos ossos que formam o eixo do corpo, susten-
tam e protegem os órgãos da cabeça, do pescoço e do tronco. Um dos
componentes do esqueleto axial é a coluna vertebral, que apresenta uma
estrutura de 33 vértebras dispostas em cinco regiões, a saber: cervical,
torácica, lombar, sacral e coccígea. Essas regiões, além das características
em comum, apresentam curvaturas, elementos anatômicos e funções
específicas. O conhecimento da anatomia da coluna vertebral é elemento
inicial para a compreensão da biomecânica e da cinesiologia, tão impor-
tantes para a atuação profissional do fisioterapeuta.
Neste capítulo, você vai estudar as estruturas ósseas e articulares da
coluna vertebral por regiões. Além disso, vai ver as funções e caracterís-
ticas da coluna vertebral.
2 Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral
(Continua)
Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral 5
(Continuação)
(Continua)
6 Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral
(Continuação)
(Continua)
Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral 7
(Continuação)
Fonte: Adaptado de Gould (2010), Moore, Agur e Dalley (2013) e Martini, Timmons e Tallitsch (2009).
DALLEY, 2013). Essa união das vértebras adjacentes pelos discos vertebrais
são reforçadas pelos ligamentos longitudinais anterior e posterior (BEHNKE,
2014), o que confere à coluna vertebral estabilidade e limitações aos movi-
mentos de flexo-extensão, respectivamente (GOULD, 2010).
A articulação dos arcos vertebrais são as articulações dos processos articu-
lares e assumem a classificação de articulações sinoviais, que estão situadas
entre os processos articulares superior e inferior das vértebras adjacentes.
Cada estrutura articular desta está envolvida por uma cápsula articular fina
e frouxa fixada às margens das faces articulares dos processos articulares
das vértebras adjacentes. Essas articulações são reforçadas por ligamentos
acessórios que conectam as lâminas, os processos transversos e os processos
espinhosos, auxiliando a estabilização da articulação. As articulações dos
processos articulares propiciam movimentos de deslizamento entre os processos
articulares (MOORE; AGUR; DALLEY, 2013; GOULD, 2010).
As articulações craniovertebrais são formadas pelas articulações atlanto-
-occipitais, entre o CI e o osso occipital do crânio, e se apresenta reforçada
pelas membranas atlanto-occipital anterior e posterior, e as articulações
atlantoaxiais, entre as vértebras CI e CII, que são reforçadas e mantidas pelo
ligamento cruciforme do atlas (formado pelos fascículos longitudinais e pelo
ligamento transverso do atlas), ligamento alar que impede a rotação excessiva,
e pela membrana tectória (continuação do ligamento longitudinal posterior
que recobre os ligamentos alares e transversos).
Essas articulações craniovertebrais são classificadas como articulações
sinoviais que não apresentam discos intervertebrais e, em decorrência de seu
formato, permitem uma amplitude de movimento maior que no resto da coluna
vertebral (MOORE; AGUR; DALLEY, 2013; GOULD, 2010).
As articulações costovertebrais são classificadas como articulações sino-
viais e permitem que a cabeça de cada costela se articule com a fóvea costal
superior do corpo da vértebra correspondente e a fóvea costal inferior do
corpo vertebral superior a ela.
É importante salientar que as cabeças da 1a, da 11a e da 12a costelas
articulam-se apenas com o corpo vertebral correspondente. Essas articulações
costovertebrais apresentam como ligamento o intra-articular e radiado da
cabeça da costela.
Em relação às articulações sacroilíacas, estão classificadas, em sua parte
anterior, como sinovial e, na parte posterior, como fibrosa. Nessa articulação, o
sacro está suspenso entre os ossos ilíacos, nos quais os ligamentos sacroilíacos
anterior, posterior e interósseo e os ligamentos sacrotuberais e sacroespinais
fornecem suporte (GOULD, 2010).
Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral 9
Figura 2. Movimentos da coluna vertebral. (a) Flexão e extensão, ambas no plano ante-
roposterior. (b) Flexão lateral, para a direita ou esquerda no plano frontal. (c) Rotação em
torno de um eixo longitudinal no plano horizontal.
Fonte: Moore, Dalley e Agur (2014).
alteração morfológica, mas queixam-se dos mesmos tipos de dor que aquelas que
não têm alteração evidente. Em vista disso, e da ocorrência comum desses achados,
sugere-se que essas alterações relacionadas com a idade não devem ser consideradas
patológicas, mas sim como a anatomia normal do envelhecimento (BOGDUK, 2012
apud MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
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12 Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral
Leituras recomendadas
FAGUNDES, D. (Org.). Quiropraxia: diagnóstico e tratamento da coluna vertebral. São
Paulo: Roca, 2013.
STRIANO, P. Coluna saudável: anatomia ilustrada — guia completo para alongamento,
fortalecimento e estabilização. Barueri, SP: Manole, 2015.
TANK, P. W.; GEST, T. R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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