Você está na página 1de 6

FACULDADE UniFTC

CAMPUS JUAZEIRO-BA
FISIOTERAPIA

ANNE SOPHIA DE ALMEIDA OLIVEIRA


DANIELA RODRIGUES ALVES
LARISSA NUNES DA SILVA
TAÍLA BARTILOTTI DOS SANTOS NASCIMENTO

CORPO VERTEBRAL E LESÃO ÓSSEA

JUAZEIRO-BA
2021
ANNE SOPHIA DE ALMEIDA OLIVEIRA
DANIELA RODRIGUES ALVES
LARISSA NUNES DA SILVA
TAÍLA BARTILOTTI DOS SANTOS NASCIMENTO

CORPO VERTEBRAL E LESÃO ÓSSEA TIPO EXPLOSÃO

Trabalho da Disciplina
Anatomocinesiologia do Centro
Universitário UNIFTC de
Juazeiro-BA. Tem como
requisito parcial de nota do
Semestre 2021.2, solicitado
pela Prof Kelly de Melo
Bomfim.

JUAZEIRO-BA
2021
CORPO VERTEBRAL:

O tronco e o pescoço são sustentados pela coluna vertebral, que é constituída


pelas vértebras e atravessa o tronco em sua extensão nisso o sistema
esquelético origina-se de células do mesoderma e da crista neural. Com isso, o
tubo neural dorsal forma-se no 25 o dia de gestação. Lateralmente ao tubo
neural e à notocorda, o mesoderma intraembrionário forma duas colunas de
mesoderma paraxial que, ao final da terceira semana de gestação, torna-se
segmentado em blocos de tecido mesodérmico, originando os somitos, que são
precursores das vértebras . Cada somito se diferencia em duas porções:

Ventromedial – esclerótomo: futuras vértebras e costelas.


• Dorsolateral – dermomiótomo: formarão mioblastos- células musculares
primitivas.

A coluna vertebral compõe a principal parte do esqueleto axial, permitindo um


eixo parcialmente rígido e ao mesmo tempo flexível para o corpo e um pivô
para a cabeça. Logo, exerce importante papel na postura, sustentação do peso
do corpo, locomoção e proteção da medula espinhal e das raízes nervosas.
A coluna é composta por 33 vértebras (variando de 32 a 35 vértebras),
definidas em cinco regiões, sendo apenas 24 delas móveis, seu segmento mais
caudal, o cóccix, é composto por um numero variável (4 a 7) de rudimentos
vertebrais. Sua extremidade aponta em direção à parede posterior do reto. Na
pelve, cinco grandes vértebras formam sinostoses para constituir o sacro, e
nesse local a coluna vertebral é rígida. Por sua vez, as cinco vértebras
lombares possibilitam a flexão, a extensão e a inclinação lateral da coluna. Os
doses espôndilos torácicas, que se articulam com os doses pares de costela,
mostram, em relação às demais vértebras, nitidamente menor amplitude dos
movimentos. Em síntese, a espinha dorsal é composta por 5 cervical, 12
torácica, 5 lombares, 5 sacro e 4 coccígea.

Para que as vértebras realizem seus papéis, a solução encontrada no decorrer


da evolução dos seres humanos foi dividir a coluna em três segmentos
especializados para as adequadas funções, sendo eles: anterior, médio e
posterior.
O segmento anterior (coluna anterior) é responsável por suportar peso e
absorver impactos; o segmento posterior mantém o alinhamento, limitando a
movimentação entre as vértebras; e o intermediário (coluna média) faz a
ligação entre as colunas anterior e posterior, apresentando poucas funções
mecânicas, mas sendo o segmento que abriga e protege a medula.
A coluna anterior é formada pelos corpos vertebrais e pelos discos
intervertebrais, que ligam dois corpos adjacentes. O corpo é a parte da vértebra
feita para suportar peso, já os discos são colocados entre dois corpos
vertebrais, absorvendo impactos. Os corpos vertebrais e os discos absorvem
80% do peso e das cargas colocadas sobre a coluna, deixando apenas 20%
para serem divididos entre as outras estruturas.
A coluna posterior é formada pela parte posterior das vértebras (arco
vertebral) e pelas articulações facetarias (ou interapofisárias), junto com seus
ligamentos. A principal função dessas articulações é manter a coluna alinhada
durante o movimento.
A coluna média interliga as duas colunas anteriormente mencionadas,
promovendo união entre elas por meio de duas pontes ósseas, os pedículos,
um de cada lado. Entre os pedículos encontra-se o canal vertebral, que contém
a medula espinhal e as raízes neurais, limitado anteriormente pela face
posterior dos corpos vertebrais e posteriormente pelos elementos do arco
posterior.
Os corpos vertebrais gradualmente tornam-se maiores à medida que se
aproximam do sacro, passando a seguir a diminuir progressivamente de
tamanho até o cóccix. Os corpos vertebrais são conectados entre si pelos
discos intervertebrais e pelas articulações interapofisárias e fixados anterior e
posteriormente pelos ligamentos longitudinais. Posterolateralmente, os dois
pedículos formam os pilares sobre os quais se apóia o teto do forame
intervertebral. As facetas articulares, os ligamentos interespinhosos e a
musculatura paravertebral contribuem para dar estabilidade à coluna.
O corpo vertebral é formado por osso trabecular (esponjoso) vascularizado
revestido por uma fina camada externa de osso compacto. O interstício das
trabéculas é ocupado por medula óssea vermelha, um dos tecidos com maior
atividade hematopoiética do esqueleto maduro. Um ou mais forames na
superfície posterior do corpo acomodam as veias basivertebrais que drenam a
medula óssea. No que foi abordado anteriormente decidimos focar no Corpo
Vertebral , nisso iremos detalhar de forma mais especifica a grande parte
cilíndrica localizada anteriormente que dá força à coluna. Estão envolvidos na
sustentação de peso, seu tamanho aumenta à medida que se desce na coluna
vertebral. Os corpos vertebrais adjacentes são separados por discos
intervertebrais, cada corpo vertebral se origina pela fusão da porção caudal de
um esclerótomo com a porção cranial de um esclerótomo subsequente. O nervo
espinhal pertencente ao miótomo fica encarcerado entre as porções cranial e
caudal do esclerótomo devido à sua fusão e emerge do forame intervertebral.
Entre os primórdios dos corpos vertebrais se desenvolvem os discos
intervertebrais.

LESÃO TIPO EXPLOSÃO:


Através de estudos realizados a respeito do corpo vertebral, vamos falar
sobre a lesão tipo explosão A, fratura tipo explosão da coluna toracolombar. Ela
foi descrita pela primeira vez por Sir Frank Holdsworth, em 1963, sendo
identificada como uma lesão ocorrida mais em indivíduos jovens, passada
principalmente por impactos de alta energia, como: após queda de grandes
alturas e acidentes automobilísticos. Causando assim uma carga axial
significativa na coluna vertebral e resultando em falha por compressão das
colunas anterior, média e posterior da vértebra.
A maioria das fraturas tipo explosão ocorrem na junção toracolombar,
sendo a vulnerabilidade dessa região parcialmente explicada pela anatomia e
biomecânica local. Esta explicação é devido ao formato radiado da caixa
torácica e da estabilidade dada pelos ligamentos costotransversais na coluna
torácica que promovem maior resistência a cargas nos planos coronal, sagital e
a rotações axiais. Esse grau de proteção e o formato relativamente rígido
contrastam com a subjacente coluna lombar, mais flexível e menos protegida
que a coluna torácica, gerando assim um segmento fragilizado chamado de
transição toracolombar (T11-L2)(3). Segundo Avanzi et al.(2), durante estudo
específico, 83% das lesões ocorreram entre T12 e L2, sendo que a primeira
vértebra lombar foi a mais acometida, assim como observado por
outros autores(4-7).
As fraturas do tipo A são radiologicamente caracterizadas pela diminuição
da altura da parte anterior do corpo vertebral e pela fenda da lâmina vertebral
acompanhada de aumento da distância interpedicular. A distância entre os
processos espinhosos é normal ou discretamente aumentada. O aumento
significativo da distância entre os processos espinhosos pode indicar a
presença de uma lesão posterior por distração, que é característica das fraturas
do tipo B, enquanto não ocorre translação ou desvio no plano horizontal nas
fraturas do tipo A. O subtipo A1 engloba as fraturas com impactação de osso
esponjoso sem fragmentação, o A2 inclui fraturas com cisalhamento sagital ou
coronal e no subtipo A3 há uma cominuição parcial ou total com ou
sem retropulsão de fragmentos para o canal vertebral. O subtipo A3 ainda pode
ser estratificado como A3.1 que inclui fraturas explosão incompletas, A3.2
explosão com cisalhamento e o A3.3, explosão completa. O tipo B inclui fratura
por flexodistração e o tipo C, qualquer fratura mencionada anteriormente
superposta com algum componente rotacional(1,5).

Alguns pacientes que apresentam fratura do tipo explosão desenvolvem


instabilidade mecânica progressiva, caracterizada pelo aumento da cifose, dor
nas costas e sequela neurológica(7,8). As fraturas instáveis com cifose 30º,
perda de altura 50%, compressão do canal vertebral 50% e associada a déficit
neurológico, em geral, apresentam indicação de tratamento cirúrgico pela
maioria dos autores (9). Entretanto, nas fraturas toracolombares do tipo
explosão sem sinais de instabilidade e com exame neurológico normal, o
tratamento é controverso. Os que defendem o procedimento cirúrgico referem
que este proporciona melhor correção da cifose, diminuindo a dor e futuras
alterações degenerativas, previne deterioração neurológica e recorrência da
deformidade, reduz os períodos de imobilização, repouso e internação(10-13).
A recorrência da cifose após o tratamento cirúrgico nesse tipo de fratura já foi
relatada na literatura. Sua frequência está correlacionada ao tipo de cirurgia
realizada, a cifose inicial e a redução da altura do corpo vertebral. Ademais,
acontece com maior frequência naqueles que forem submetidos à retirada do
material de síntese .
REFERENCIAS :
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582715994/epubcfi/
6/26[%3Bvnd.vst.idref%3DC6.xhtml]!/4[DEFINO_Completo-9]/2/4/2/2%4051:40

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595153936/epubcfi/
6/50[%3Bvnd.vst.idref%3DB978853528709700014X]!/4/2/6/4[s0130]/8[s0190]/2
[s0195]/4[s0205]/12/2[f0065]/2%4051:43

https://www.scielo.br/j/rbort/a/MjzCZd66VtVFH6HtdSFYgTM/?lang=pt

https://www.scielo.br/j/rb/a/KR4BWT3gtmqk8r8x7BTWwPt/?lang=pt

WHITE, Timothy O; MACKENZIE, Samuel P; GRAY, Alasdair J. Trauma


Ortopédico: Gerenciando Fraturas de Emergência. 3. ed. Elsevier Brasil, 2017

DEFINO, Helton L. A.; PUDLES, Edson; ROCHA, Luiz E. M. Coluna Vertebral:


Lesões Traumáticas. Porto Alegre: Simone de Fraga, 2020

FERNANDES, João Luiz; JUNIOR, Francisco Maciel; AMARAL, Lázaro Luís


Faria do. Coluna Vertebral. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018

Você também pode gostar