Universidade de Taubaté- Medicina
Ana Julia Gatti
Formada por 33 vértebras distribuídas em
cinco regiões: região cervical- a primeira
vértebra se une ao crânio (7), região
torácica- se articulam com as costelas (12),
região lombar (5), região sacral (5) e região
coccígea (4). (de cima para baixo)
As noves últimas vértebras se fundem, no
adulto, formando dois ossos independentes.
As vértebras da região sacral se fundem
(desaparece a cartilagem entre elas) para
formar o osso sacro, enquanto as quatro
coccígeas formam o osso cóccix. Desse
modo, a coluna vertebral apresenta 26
ossos no adulto (as outras 24 vértebras, das
regiões cervicais, toráxicas e lombar são
consideradas ossos individuais).
As vértebras são nomeadas de acordo com
a inicial da região na qual elas estão
localizadas (exemplo: na região cervical:
C1, C2, ..., C7; na região coccígea: C1 até
C4).
A coluna vertebral aloja e protege a medula
espinhal, que se localiza nos forames
vertebrais, formando o canal vertebral
(lesão: sequelas motoras ou sensitivas).
O disco intervertebral é uma fibrocartilagem,
apresenta tecido cartilaginoso (forma o
núcleo pumposo, de estrutura mais
gelatinosa) e friboso (esse na porção mais
externa, formando o anel fibroso) e são eles
que recebem a carga da movimentação das
vértebras (dependendo de como o
movimento é feito, podem ocorrer lesões no
disco. Em casos de lesões mais graves, há
o rompimento do tecido fibroso, o que pode
causar o extravasamento do núcleo
pumposo, se exteriorizando, herniando, e
pode comprimir o nervo que parte da coluna,
ou até mesmo a medula espinhal, o que
pode causar danos sérios). Os nervos, que
partem da medula, saem pelos forames
intervertebrais, que é formado pela
sobreposição de duas vértebras.
Movimento das vértebras e a direção do dico intervertebral
Hérnia de disco, extravasamento do núcleo pumposo.
No caso da hérnia de disco, há tratamentos
paliativos (enquanto ainda não há
extravasamento), como medicamentos e
cirurgias, (caso o anel tenha se rompido por
completo) mas é um quadro irreversível. É
causado por movimentos errados, assim
como a má postura (o sobrepeso também
agrava). Com o passar dos anos, o líquido
pumposo (que tem inclusive ácido
hialurônico) fica um pouco mais
desidratado, mais inflexível, o que pode
causar algumas deformidades e lesões na
coluna.
Quando observamos a coluna vertebral sob
a visão anterior e posterior, ela deve ser
retilínea, ou próxima disso. Quando
olhamos de perfil, devemos notar 4
curvaturas (cervical e lombar convexas →
lordose, uma curvatura secundária; tórax e
a região sacrococcígea são côncavos →
cifose, uma curvatura primária, pela primeira
curvatura do feto). Dependendo da etnia,
pode ser normal uma lordose lombar mais
ou menos acentuada (maior → hiper), como
pessoas corcundas apresentam hipercifose,
que pode inclusive trazer dificuldades para a
expansão pulmonar.
 Universidade de Taubaté- Medicina
Ana Julia Gatti
Há também a possibilidade de curvaturas
laterais (na vista anterior e posterior)
(pequenos desvios são considerados
normais), mas caso seja acentuado, o
indivíduo tem escoliose. A escoliose é
percebida pelo raio-X tortuoso e pode haver
uma gibosidade (giba) na região torácica
(justamente pelas costelas estarem
associadas às vértebras → elevação de um
dos lados). A escoliose pode ser uma curva
em “S” ou em “C” (primeiro o C, depois o S
por um mecanismo de compensação. Essa
rotação das vértebras pode favorecer a
incidência da herniação).
Essas curvaturas, quando acentuadas,
podem alterar a função de órgãos (pela
compressão, por exemplo). Pode ser de
forma congênita (má formação) ou adquirida
pelos maus hábitos ou pelos traumas. Na
escoliose, para descobrir o ângulo de
curvatura, é necessário traçar retas
perpendiculares nas linhas superiores e
inferiores. O encontro dessas retas
perpendiculares forma o ângulo de Cobb
(até 10º é normal).
Vértebras atípicas
A forma das vértebras muda conforme a
região na qual ela está localizada, mas
todas apresentam os mesmos elementos
básicos, como o corpo vertebral (o da
lombar é maior que o toráxico e o cervical
por que sustenta mais peso), o arco
vertebral (que delimita uma abertura, o
forame vertebral, grudada ao corpo pelo
pedículo; além do pedículo, há nas laterais
as lâminas do arco), há também os
processos espinhosos na parte posterior
das vértebras (o que conseguimos sentir
apalpando), esses processos espinhosos
são formados a partir das lâminas (na
mielomeningocele, no feto o arco não se
fecha com as lâminas, o processo
espinhoso não é formado, assim a medula
espinhal sofre uma lesão). Dos lados há os
processos transversos, além dos processos
articulares (que tem pedaços de cartilagem,
na face articular, para ligar uma vértebra à
outra), superiores e inferiores. Os processos
se ligam (fixação) aos músculos, às
articulações e aos ligamentos.
Vértebras típicas cervicais, torácicas e lombares.
Vértebras atípicas: A C1, atlas (não possui
corpo vertebral nem processo espinhoso,
tem um arco posterior e outro anterior) e a
C2, áxis (tem uma elevação, o dente do áxis,
na parte superior da vértebra, além do
processo espinhoso bifurcado). A C7,
proeminente, tem um processo espinhoso
maior, o que pode ser considerado atípico
(caroço da nuca).
 Universidade de Taubaté- Medicina
Ana Julia Gatti

produção e de reabsorção de tecido ósseo

se desequilibre. Essas espículas nas
vértebras podem unir uma aos outras,
calcificando-as, o que torna a coluna
vertebral mais rígida, podendo limitar a
movimentação.

Processo espinhoso fino, comprido,

C1 olhando por baixo (face articular inferior mais arredondada,
para se articular com a face articular superior da áxis- a face
articular superior é alongada, já que se articula com o osso
occipital do neurocrânio), e C2 sob a visão posterior. A
radiografia é feita com a boca aberta.
pontiagudo e voltado para baixo. Há regiões
que se relacionam com as costelas, as
fóveas costais (as costelas tocam no corpo
vertebral, onde estão as fóveas, e no
processo transverso).

• As vértebras cervicais apresentam

duas elevações laterais na parte
superior do corpo vertebral, essas →Articulações costovertebrais: junção das
elevações são chamadas de ‘unco’- vértebras torácicas com as costelas.
forma um bloqueio mecânico (dividida em: articulação da cabeça da
(movimento mais especializado de costela, que se liga ao corpo, e articulação
rotação, processos articulares bem costotransversária, pois se liga aos
encima). processos transversais).
• Somente elas possuem os forames
transversários, pelos quais passam
umas artérias vertebrais (também
protegida) que entra na cavidade
craniano pelo forame magno (leva
sangue para o encéfalo).

Caracterizada pelo corpo vertebral robusto,

grande, com o processo espinhoso curto e
quadricular, se assemelha à uma gota.

Bico de papagaio/ osteófito- crescimento

anormal de tecido ósseo: espículas ósseas
que crescem a mais nos ossos. É comum
com o envelhecimento que a taxa de
 Universidade de Taubaté- Medicina
Ana Julia Gatti
Sacro- formato de triângulo invertido,
portanto com uma base (voltada para cima)
e o ápice. As duas grandes massas vizinhas
à base são chamadas de “asas do sacro”.
Quando as vértebras se unem umas as
outras, acaba que os processo espinhosos
se fundem também, formando a crista sacral
mediana. Ao lado da crista, há os forames
sacrais intervertebrais (por onde saem os
nervos). O sacro, próximo à base, apresenta
uma margem chamada de promontório
(borda), é um ponto ginecológico.
A sobreposição das vértebras (cada uma
com o seu forame vertebral) forma o canal
sacral (uma continuação do canal vertebral).
A abertura inferior do canal sacral é
chamada de hiato sacral.
De cada lado da asa do sacro essa região,
há a área auricular do sacro, se articula com
o osso da bacia, para formar a nossa pelve.
Há 12 pares de costelas, cada uma de um
par situada de um lado do corpo.
Posteriormente, as costelas se articulam às
vértebras e anteriormente elas se articulam
ao osso externo, com exceção das duas
últimas (baixo).
As sete primeiras costelas são classificadas
como “costelas verdadeiras”, já que segue
uma ordem → a costela se une ao osso
externo diretamente por uma e exclusiva
cartilagem costal (costela – cartilagem- osso
externo). Por sua vez, da 8ª a 10ª costela,
elas são chamadas de “costelas falsas”,
uma vez que a cartilagem de cada costela
se une à cartilagem da costela de cima. As
duas últimas, por sua vez, são classificadas
como costelas flutuantes, pois as suas
cartilagens não chegam a lugar nenhum.
As articulações entre as costelas e o osso
externo são chamadas de esternocostais, e
graças a elas temos uma super elasticidade
e expansividade torácica. Em pessoas mais
velhas, essas cartilagens podem se
calcificar, fazendo com o que tórax seja mais
rígido, o que também limita a capacidade
respiratória. (a massagem cardíaca, por
exemplo, só é possível por essa flexibilidade
do tórax, o que permite comprimir o
coração).
As costelas também possuem estruturas
típicas e atípicas (1, 2, 10, 11 e 12ª).
 Universidade de Taubaté- Medicina
Ana Julia Gatti

(pequena depressão), onde há a segunda

cartilagem costal. O osso externo é
achatado, com osso compacto por fora e
esponjoso por dentro. Como ele é
superficial, é possível fazer biópsia de
medula óssea nele.

Estrutura típicas (terceira costela da

imagem): cabeça (se articula com o corpo
vertebral da toráxica), colo (aérea estreita),
tubérculo (elevação- se articula com os
processos transversos das vértebras),
ângulo da costela (mudança de direção) e
corpo da costela. Uma depressão que
No feto, o externo é todo repartido em
acompanha a porção inferior da costela é
placas e aos poucos vão se fundindo e, por
chamada de sulco.
uma falha, pode haver um forame external.

"Peito escavado", ou "tórax escavado", é

Mecânica respiratória
Na inspiração, movimento de braço de
bomba, o osso externo sobe e é empurrado
para frente. Há também o movimento de
alça de balde, as costelas também sobem
lateralmente.
uma deformidade por depressão do esterno
e das cartilagens costais inferiores.
Pectus carinatum- Também conhecido
como peito de pombo, é um defeito da
parede do tórax ao nível do esterno, que se
caracteriza por uma saliência do esterno e
costelas.

Há intervenções cirúrgicas.

Osso externo
Formado pelo manúbrio, corpo e processo
xifoide (de cima pra baixo). Nele se
articulam as cartilagens costais. Entre o
manúbrio e o corpo há o ângulo do externo