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Definições de Lombalgia:
Dor entre a margem costal e a prega glútea inferior, com ou sem irradiação para membros
inferiores (MMII).
● Aguda: persiste por menos de seis semanas;
● Subaguda: perdura de seis a doze semanas;
● Crônica: persiste por doze semanas (três) ou mais.
Epidemiologia:
- Atinge mais de 70% da população, com predominância entre 35 e 55 anos (por ser a
idade de produção, quando o ser humano está mais ativo);
- Lombalgia inespecífica: maior prevalência 85% a 95%;
- 90% dos casos são agudos;
- 2% a 7% se transformarão em lombalgia crônica.
Na lombar, temos:
● Articulações cartilaginosas
Sínfisis (corpos vertebrais e discos
intervertebrais).
O corpo vertebral fica maior, mais robusto, conforme se aproxima do sacro. São estruturas
ricamente inervadas. A coluna lombar permite mobilidade nos três planos: sagital (flexão
e extensão), frontal (flexão lateral / extensão lateral) e transversal (rotação). O movimento
é resultante da soma dos graus articulares. Portanto, quando há algum bloqueio na região,
a mobilidade fica diminuída.
Vértebra Lombar:
Corpo vertebral:
● Ligados por discos intervertebrais;
● L5: menor processo espinhos e maior processo transverso;
● Anel periférico: osso cortical;
● Função:
- Zona de crescimento e fixação das fibras anulares.
- Uma placa de cartilagem hialina está dentro dos limites deste anel epifisário.
- Amortecer cargas.
Forame Intervertebral:
Limites:
Superior e inferior: pedículo;
Anterior: disco intervertebral e corpo
vertebral;
Posterior: articulações facetárias;
Articulações:
Discos Intervertebrais:
O disco normal possui o anel fibroso todo íntegro, mas quando há sobrecarga e ruptura do
anel fibroso, o material mucóide pode migrar e causar um prolapso (uma barriga) no disco:
prolapso discal, o qual pode se invaginar para o forame intervertebral ou neural, pinçando
estruturas nervosas. Quando o anel fibroso perde sua integridade e o material mucóide
escapa, forma-se a hérnia de disco.
Longas cadeias de ácido hialurônico formam ramos hidrofílicos, que hidratam o núcleo
pulposo, causando uma pressão hídrica dentro do anel e agindo como um amortecedor.
Disfunções discais:
Após a 3ª. década de vida, as proteoglicanas e a água do núcleo pulposo diminuem. Ocorre
aumento do colágeno no núcleo e nos quadrantes posteriores do disco. O desequilíbrio
postural, a osteoartrite da articulação facetária e a genética contribuem para a degeneração
do disco intervertebral. Já a degeneração do disco juvenil está fortemente associada ao
excesso de peso.
3 etapas:
Por que o nome plexo braquial? Plexus = trança / Plékein = envolver, enredar.
Braquialis = Brachis, braquial, relativo ao braço = curto, breve, pois o membro superior é
mais curto que o inferior.
Temos 8 nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais.
Existe um forame mais alargado para a passagem da intumescência cervical, assim como
na intumescência lombossacral.
Plexo braquial pré e pós fixado (variação anatômica):
Mecanismos de lesão:
Questão 1:
Como podemos identificar as radiculopatias (lesões na raiz neural)?
Relato de caso 1:
Foi um parto vaginal, demorado, com bebê muito grande. O "Reflexo de Moro" é testado
assim que a criança nasce, com tração das duas mãozinhas ou um som alto para que o
bebê faça movimento dos braços, querendo agarrar e procurar proteção. Um reflexo que
termina por volta dos 3 meses de idade.
Pletora da face por ter ficado muito tempo em trabalho de parto, com membro superior
esquerdo estendido e inativo. Ao tentar realizar a imobilização, há muita dor e o bebê chora.
Uma lesão para toda a vida na qual o membro superior esquerdo fica sem mobilidade e sem
sensibilidade.
Outros tipos de paralisia braquial:
● Paralisia de Klumpke: lesão do tronco envolvendo as raízes nervosas de C8 e T1;
● Paralisia de todas as raízes nervosas de C5 a T1.
Relato de caso 2:
Marcos, 36 anos, masculino, sofreu acidente de moto e chegou ao pronto socorro com
lesão cervical e no ombro direito, não conseguindo movimentar o membro superior direito.
Onde está a Lesão? Na raiz, no tronco, na divisão, nos fascículos ou nos nervos?
Teve uma ruptura, uma avulsão de várias raízes do plexo braquial (ou no tronco superior).
Acima, o paciente, após o reparo cirúrgico do plexo braquial, exibindo sutil recuperação da
função.
Questão 2:
Qual a origem, trajeto e responsabilidade de inervação dos seguintes nervos:
Principais (terminais):
- M. Musculocutâneo
- N. Axilar
- N. Radial
- N. Mediano
- N. Cutâneo medial do braço
- N. Cutâneo medial do antebraço
- N. Ulnar
São ramos infra-claviculares, que se originam dos fascículos do plexo braquial (surgem
abaixo da clavícula).
Relato de caso 3:
Continua como N. Cutâneo lateral superior do braço: pele da metade inferior do m. deltóide.
Nervo Axilar
Outras causas: lesão no colo anatômico, luxação na cabeça do úmero, fratura no colo
cirúrgico, uso de muletas...
O Nervo Axilar inerva estruturas mais profundas, mas também inerva a parte lateral do
braço cutaneamente.
- M. Tríceps Braquial;
- M. Ancôneo;
- M. Braquiorradial;
- Mm. extensores do antebraço.
Josiel, 38 anos, vem apresentando fraqueza nos braços e dificuldade para fletir o cotovelo.
Relato de caso 6:
Joaquim, 46 anos, é advogado e passa o dia inteiro digitando. Iniciou há 1 semana com
dormência e formigamento nas mãos, principalmente no 1º., 2º. e 3º. dedos, que ocorre
mais predominantemente no período noturno.
Avaliação clínica:
Lesão do nervo mediano (passando com a artéria braquial, na imagem à direita) na região
do cotovelo:
Fábio sofreu queda há um mês, na qual apoiou todo o peso do corpo no cotovelo esquerdo.
Iniciou com dor e parestesia na face medial do antebraço, irradiada para os quarto e quinto
dedos, assim como na face volar e dorsal da porção medial da mão esquerda.
● Parestesia na região medial do antebraço (nervo que supre a pele da região medial
do antebraço, irradiando para os quarto e quinto dedos).
Avaliação clínica:
No exame, foi observado atrofia dos espaços interósseos dorsais entre os metacarpianos,
atrofia da região hipotenar, paralisia de abdução do quinto dedo, diminuição ou
ausência de flexão dos quarto e quinto dedos.
Lesões nervosas:
SÍNDROME DO IMPACTO SUBACROMIAL
Objetivos da Aula:
1. Conceito (perdi)
2. Etiologia
3. Fisiopatologia
4. Diagnóstico
5. Tratamento conservador e cirúrgico
Introdução
● Síndrome clínica mais frequente em
pacientes com dor no ombro.
EPIDEMIOLOGIA
7% a 34% dos pacientes com queixa. Cerca de 14,7 novos pacientes a cada mil atendidos.
ANATOMIA
Parte inferior: cabeça do úmero;
Parte superior: ligamento coracoacromial, processo coracoide e superfície inferior do terço
anterior do acrômio. Três estruturas que formam o espaço coracoacromial.
Figura do Netter
Estruturas que passam dentro da região do tubérculo maior do úmero: tendão do músculo
supraespinhal e bursa subacromial.
HISTÓRICO
A primeira descrição foi feita pelo francês Duplay, que descreve uma osteoartrite.
No século XX, Codman fala da bursa e do manguito rotador, mas como algo traumático.
Meyer relacionou a condição ao atrito no tendão da cabeça do úmero: um trauma de baixa
intensidade repetido na região.
PATOGÊNESE
A Teoria da Compressão Extrínseca sugere que a parte lateral do acrômio tem um forte
impacto externo e o tratamento com acromioectomia lateral ou total era desnecessário e
resultava em lesão do deltóide. Hoje realiza-se o polimento do esporão (acromioplastia).
Quando há lesão crônica do manguito rotador, deprime-se a cabeça do úmero e ele fica
ascendido em relação ao ombro.
● Uma vez que a dor se instala >> disfunção da musculatura do manguito rotador >>
ciclo vicioso de dor >> reduz a eficiência do manguito rotador para deprimir a cabeça
do úmero >> reduz a distância entre o manguito rotador e o acrômio.
Zona crítica de Codman: na região antes da inserção do tendão (dois centímetros antes
da inserção do tendão supraespinhal no tubérculo maior do úmero) há uma zona frágil
responsável pela ruptura. Essa área de hipervascularidade degenera com a idade e
alterações fibróticas no tendão reduzem sua força tênsil e sua capacidade de impedir a
migração superior do úmero.
Por conta disso, há um afinamento do tendão e redução do espaço subacromial, que
pode levar ao pinçamento entre o acrômio e a tuberosidade maior do úmero. O úmero
ascende, portanto, pela fragilidade própria do tendão e, com isso, a região
posterior-inferior do labrum (fossa glenoidal) se choca com a parte inferior do manguito.
Diagnóstico - História
● Paciente chega com dor aguda, com ou sem evento traumático. Pode ser uma dor
que apareceu sem causa aparente, geralmente na região ântero-lateral do braço.
● Pode ter fator que exacerba, como deitar sobre o ombro, tipos de alongamentos etc.
Exame clínico:
Radiografia ântero-posterior:
Nas 3 radiografias, a pessoa está saudável. E as três imagens são necessárias para auxiliar no diagnóstico.
Ressonância magnética (600 reais). A ressonância permite ver as mesmas imagens que o
radiologista usa para laudar. Os ortopedistas conseguem ver lesões que o radiologista pode
não encontrar e não descrever. O médico, por ter examinado o paciente e conhecer seu
caso clínico, vai mais especificamente na possível lesão.
Onde há a seta vermelha há algo branco que é um processo inflamatório com ruptura do
tendão supraespinal:
TRATAMENTO
Conservador ou Cirúrgico.
Fisioterapia é fundamental!
Terapias com células tronco e plasma rico em plaquetas são experimentais e não possuem evidências
científicas no tratamento da síndrome do impacto.
Região posterior do
quadril, glúteo e
músculos das
nádegas não serão
discutidos.
Objetivo: inervação
apenas do membro
inferior.
PLEXO LOMBAR
Há nervos importantes nessa região que inervam a pelve, como o nervo genitofemoral, o
qual tem uma parte sensitiva importante no órgão genital masculino, grandes lábios da
mulher e escroto do homem.
Na imagem abaixo, ramos de L2, L3 e L4 são vistos em amarelo. Uma região direcionada
para a coxa.
L2 e L3 formam o nervo cutâneo lateral da coxa.
L2, L3 e L4 se juntam para formar um grande nervo: o nervo femoral, na divisão posterior
do plexo lombar. Na divisão anterior do plexo lombar, formam o nervo obturatório e um
nervo obturatório acessório (em algumas pessoas).
Caso clínico 1
João, 38 anos, após queda de moto com trauma na região inguinal direita, não conseguia
deambular referindo parestesia na região anterior da coxa, dor irradiada para região anterior
da coxa e face medial da perna e do pé. Ao exame físico, foi evidenciado ausência de
reflexo patelar.
Motor:
● Paralisia do quadríceps
femoral;
● Perda de extensão do joelho;
● Fraca flexão do quadril
("fraca", pois o iliopsoas está
intacto).
Sensitivo:
● Perda na face anteromedial da coxa e medial da
perna e do pé.
Nervo safeno:
Trígono femoral:
Lateralmente, tem como limite a borda medial do músculo sartório. Medialmente, vemos a
borda medial do adutor longo. O teto é formado pela fáscia lata da coxa. O assoalho é
formado pelo músculo iliopsoas, pectíneo e adutor.
Sua importância é que é muito superficial, tendo acesso a essas estruturas, o nervo passa
mais lateralmente a artéria femoral e a veia femoral mais medialmente.
Técnica mnemônica para decorar a ordem de fora para dentro (lateral para medial):
N (nervo)
A (artéria)
V (veia)
E
É importante para ter acesso a gasometria, pegar uma veia de maior calibre etc.
Caso clínico 2
Rosa, 52 anos, obesa, adora usar calças bem justas. Há uma semana iniciou com sintomas
de queimação na superfície anterolateral da coxa (frente e lado), desde o quadril até o
joelho. Ao exame, foi observado hipossensibilidade na região afetada.
Nervo cutâneo lateral da coxa (ou cutâneo lateral femoral) que deriva de L2 e L3.
Meralgia parestésica
Formigamento ou diminuição de
sensibilidade na coxa sem história de
trauma, causada justamente pela
compressão do nervo, em decorrência da
calça apertada. Grávidas gemelares podem
ter esse problema.
Os principais fatores de risco são: gravidez, lordose lombar acentuada, aumento de volume
abdominal por excesso de peso e medicação parenteral na região do vasto lateral.
Relato de caso 3
Lia, 26 anos, após uma gestação normal, teve trabalho de parto natural complicado, dando
à luz a um bebe saudável. Uma semana depois procurou seu médico com queixa de dor ao
cruzar as pernas.
Para amamentar o bebe, a maioria das mães cruza as pernas para apoiar o bebê e dar
conforto.
No exame, a rotação externa e a adução da
coxa estão prejudicadas e é difícil cruzar as
pernas. A perda sensitiva é insignificante.
Perda sensorial:
● Mínima, sobre a metade medial superior da coxa.
PLEXO SACRAL
Essas duas divisões formam um único nervo que é o ciático (ou isquiático), o qual é
formado pelo nervo tibial e pelo nervo fibular comum.
Sua relação com o músculo piriforme é importante, pois ele desponta abaixo desse
músculo, onde ocorre seu acesso para que se dirija posteriormente à coxa e à perna,
inervando a parte inferior do dorso, pelve, períneo. O que interessa: face posterior da
coxa e perna, regiões dorsal e plantar do pé. Toda a face posterior do membro inferior é
de competência de inervação desse nervo. A face anterior é dividida até o joelho: acima, é
de competência do nervo femoral e do obturatório medialmente (inerva adutores).
Inferiormente ao joelho, é de competência de inervação do nervo isquiático.
Plexo sacral: (L5 -S4)
Nervo Isquiático (ou Ciático)
Aqui há vários nervos que inervam a região sacral: músculo levantador do ônus e genitais.
O que nos interessa: toda região posterior do membro inferior, toda a perna e o pé.
Caso clínico 4:
Luiz, 47 anos, médico, refere dor crônica na região glútea direita. Fez tratamento para
lombalgia durante sete anos com melhora parcial. Há um ano notou que a dor da região
glútea não melhora, mesmo com tratamentos que antes aliviavam os sintomas. Piora da dor
à abdução e rotação lateral da coxa e ao permanecer em ortostatismo (em pé) por muito
tempo.
Causas:
Motor:
● Paralisia dos músculos abaixo do
joelho;
● Fraca flexão do joelho (sartório e grácil
estão intactos);
● O pé assume a posição de pé caído
(posição de flexão plantar).
Perda sensorial:
● Abaixo do joelho (exceto a área suprida pelo nervo safeno);
● Trófico: úlceras na região plantar;
● O nervo tibial contorna o maléolo medial;
● Há um túnel que pode ser comprimido na eversão do pé, comprometendo a região
plantar do pé.
Caso clínico 5:
Entorses:
O nervo tibial passa rente ao maléolo medial. A saliência óssea (o maléolo medial) fica na
frente do nervo tibial, o qual se divide, nessa região, em dois: o plantar medial e o lateral.
Nervo tibial
Lesão do nervo tibial
Motor:
● Todos os músculos na parte de trás da
perna e da planta do pé ficam
paralisados;
● O pé fica em dorsiflexão e evertido. Uma
atitude referida como calcâneo valgo.
Perda sensorial:
1. Lateral da perna e do pé;
2. Úlceras tróficas na região plantar.
Caso clínico 6
Senhor João Batista, 72 anos, sofreu queda no banheiro, que resultou em fratura no colo da
fíbula direita. Apresenta dificuldade na marcha pois não consegue levantar o pé.
Perda motora:
1. Dorsiflexão (músculos extensores);
2. Eversão (fibulares);
- Pé caído e em inversão.
Perda sensorial:
1. Áreas laterais e mediana da perna;
2. Região dorsal do pé e dos dedos;
3. Lado medial do hálux.
Motor:
- Perda de eversão: músculos
fibulares curto e longo ficam
paralisados;
- O pé fica invertido.
Perda sensorial:
1) Área lateral da perna;
2) Dorsal do pé e dos pés;
3) Lado medial do hálux.
FRATURAS
- Princípios Gerais -
Prof. Gabriel A. G. de Moura MD MsC
Objetivos da aula:
Conceitos
FRATURA
1. Inflamação;
2. Formação do calo mole;
3. Formação do calo duro;
4. Remodelação.
Lesão de partes moles –> degranulação de plaquetas –> resposta inflamatória típica
(vasodilatação + hiperemia + migração e proliferação de PMN - polimorfonucleares - e
macrófagos).
Esse processo dura de 1 a 7 dias até que se inicie a formação de tecido fibroso, cartilagem
ou osso.
Ou seja: Hematoma –> formação do calo mole –> tecido de origem cartilaginosa
(fibroblastos e condrócitos), como um molde de cartilagem a partir do qual será produzido
o novo osso –> o local onde está quebrado precisa ter um movimento muito pequeno
para que ocorra nova ossificação.
É formado entre 2-3 semanas após a fratura. Isso corresponde ao tempo em que os
fragmentos não estão mais se movendo de forma livre –> redução da dor e do edema.
Com a formação óssea intramedular –> tecido mole dentro do traço sofre ossificação
endocondral –> calo é convertido em tecido calcificado rígido (osso reticulado).
O crescimento do calo começa na periferia do local da fratura onde a tensão é mais baixa.
A produção desse osso diminui a tensão central e forma calo.
Quando as extremidades da fratura estiverem unidas por seu calo mole, o estágio de calo
duro se inicia e dura até que os fragmentos estejam firmemente unidos por osso novo (3
a 4 meses). O tempo varia a depender do osso lesionado. Por exemplo, uma falange forma
calo duro em bem menos tempo que o fêmur.
4a fase: Remodelação
Inicia-se uma vez que a fratura esteja solidamente unida com osso reticulado. Este é
então substituído por osso lamelar (maduro ou compacto) por meio de erosão da
superfície e remodelação osteonal.
Dura de meses a anos até que o osso tenha retomado sua morfologia original, incluindo a
restauração do canal medular.
O osso está o tempo inteiro em turnover (osteoclasto corroendo tecido ósseo e osteoblasto
formando tecido ósseo), com reorganização constante do primeiro tecido formado.
● Ao contrário da consolidação
secundária do osso cortical (ossos
longos e densos), no osso esponjoso
(mai curto) ocorre remodelação sem a
formação de calo externo significativo
graças ao ótimo potencial angiogênico
do osso trabecular –> ossificação
intramembranosa.
Calo ósseo
Diagnóstico
● Exceção:
- Mão –> AP + Oblíquo;
- Pé –> AP + Perfil + Oblíquo;
- Ombro –> AP Corrigido + Perfil escapular + Axilar.
Mão e Pé:
Tipos de Estabilidade
Fratura exposta:
A fratura é considerada exposta toda vez em que há contato do hematoma da fratura com o
meio externo, ou seja, toda vez que é observado sangue na região da fratura. O
sangramento da fratura não pára, deixando o curativo sempre molhado, mas ao mesmo
tempo não voa sangue com extrema pressão. Como a região da parte esponjosa do osso
tem medula óssea amarela rica em gordura, é possível ver gotículas de gordura misturadas
sobre o sangue.
● Conceito: contato do hematoma da fratura com o meio externo.
O que fazer?
- Documentar a lesão;
- Curativo estéril;
- Antibiótico (mais importante, pois
evita osteomielite);
- Tétano;
- Imobilização.
Tipo I: baixa energia, exposição menor que 1 cm, baixo grau de contaminação e
multifragmentação;
Tipo II: exposição entre 1 cm e 10 cm, contaminação, lesão de partes moles e
multifragmentação moderadas;
Tipo III: exposição maior do que 10 cm, alto grau de lesão de partes moles e contaminação.
- IIIA - Permite cobertura primária;
- IIIB - Cobertura primária não é possível;
- IIIC - lesão arterial que necessita de reparo.
Retirou a unha, não pediu radiografia antes e ainda receitou antibiótico errado para uma
fratura exposta.
Fatores de risco:
- Idade maior que 60 anos;
- Osteoporose;
- Comorbidades;
- História pregressa de quedas;
- Tabagismo;
- IMC menor que 18,5 kg/m.
● Principais tipos:
- Fratura do colo do fêmur;
- Fratura transtrocanteriana (+ comum).
● Prevenção:
- Quedas;
- Controle das comorbidades;
- Osteoporose.
Fraturas na Criança
Fratura no cotovelo:
Aparelho de densitometria:
Densitometria óssea da coluna lombar (com osteoporose):
O sistema: ligante do receptor para ativação do fator nuclear kappa B (RANKL) / receptor
para ativação do fator nuclear kappa B (RANK) / Osteoprotegerina (OPG) é a via final
comum para a reabsorção óssea.
● A massa óssea atinge seu pico ao redor da 3ª. década de vida e diminui
lentamente depois;
● A incapacidade de atingir a massa óssea ideal é um fator que contribui para a
osteoporose –> isso explica porque algumas mulheres jovens pós-menopáusicas
têm baixa DMO e outras têm osteoporose;
● Nutrição e atividade física são importantes durante o crescimento e
desenvolvimento (a "sobrecarga"nos osso estimula a osteogênese);
● Fatores hereditários desempenham o papel principal na determinação do pico de
resistência óssea:
- A genética responde por até 80% da variação no pico de massa óssea entre
os indivíduos.
Perda óssea pode ser afetada pelo estado hormonal e acelera rapidamente nos primeiros
anos após a menopausa.
Deficiência de estrogênio:
Envelhecimento:
Deficiência de cálcio:
BIOSSÍNTESE DA VITAMINA D
Deficiência de vitamina D:
Fraturas osteoporóticas:
● São o significado clínico desses desarranjos nos ossos;
● Podem resultar de:
- Trauma de baixa energia (quedas da posição sentada ou de pé);
- Trauma de alta energia (pedestre atingido por um veículo em um acidente).
● Fraturas por fragilidade, que ocorrem por trauma de baixa energia, são
características da osteoporose.
● O risco de queda pode ser amplificado pelo comprometimento neuromuscular devido
à deficiência de vitamina D com hiperparatireoidismo secundário ou corticosteróides.
● Os corpos vertebrais são compostos principalmente de osso esponjoso com
trabéculas horizontais e verticais interconectadas. Na osteoporose, há uma redução
da massa óssea nas vértebras e diminuição da interconectividade em seu interior, o
que pode levar a fraturas por compressão vertebral.
Ocorre o rompimento das conexões trabeculares, deixando as mulheres mais em risco para
essas fraturas.
Osteoporose X Osteomalácia
Etiologia da Osteoporose
Osteoporose Primária
Osteoporose Secundária