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LOCOMOTOR

COLUNA VERTEBRAL
Clara Herédia de Sá - XXIX
MOORE, Anatomia orientada para a clínica, 8ª ed.

EMBRIOLOGIA

● Os ossos e músculos são tecido conjuntivo e se desenvolvem do


mesoderma.
● Ao final da 3ª semana, o mesoderma sob a placa neural começa a se
segmentar enquanto a placa se dobra. Com isso, o mesoderma paraxial é
segmentado em somitos ao lado da notocorda (eixo rostro-caudal),
enquanto a placa neural dobrada forma o sulco neural.
● As células no somito se diferenciam medialmente para formar os
esclerótomos, originando coluna vertebral e costelas, enquanto as células
laterais originam dermomiótomos, que formam músculos e derme.
Clara Herédia de Sá - XXIX

ANATOMIA

● A coluna vertebral no adulto é composta por 33 vértebras, sendo:


➢ 7 vértebras cervicais;
➢ 12 vértebras torácicas;
➢ 5 vértebras lombares;
➢ 5 vértebras sacrais (fundidas nos adultos, formando o sacro);
➢ 4 vértebras coccígeas (fundidas em cóccix após os 30 anos de idade).
● A coluna é o principal componente do esqueleto axial.
● A coluna é flexível por ser formada por vários ossos separados por discos
intervertebrais (25 no total).
● A maior parte do peso corporal está à frente da coluna, portanto ela é
sustentada na parte posterior por vários músculos ligados aos processos
transversos e espinhosos das vértebras.

FUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

● Proteger a medula e nervos espinhais;


● Sustentar o peso do corpo superior ao nível da pelve;
● Garantir um eixo rígido e flexível para o corpo;
● É importante para a postura e locomoção.

DIVISÃO DO ESQUELETO

● Esqueleto axial: possui a função de sustentação do corpo.


➢ Componentes: coluna vertebral, tórax e crânio.
● Esqueleto apendicular: possui a função de movimentação do corpo.
➢ Componentes: membros inferiores e superiores.
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ESTRUTURA DAS VÉRTEBRAS

● Uma vértebra geral consiste em: corpo vertebral, arco vertebral e sete
processos.
● CORPO VERTEBRAL: é a parte cilíndrica anterior do osso, responsável por
conferir resistência e sustentação do peso do corpo.
➢ O corpo é formado por osso trabecular (esponjoso) e vascularizado,
revestido por osso compacto. Os espaços entre as trabéculas são
ocupados por medula óssea vermelha.
➢ As vértebras tornam-se maiores gradualmente à medida que a
coluna vertebral desce até o sacro, e depois afinam até o cóccix. Isso
acontece porque a coluna suporta cada vez mais peso à medida que
desce, e acima do sacro o peso é transferido para os membros
inferiores a partir do cíngulo pélvico.
● ARCO VERTEBRAL: está situado posteriormente ao corpo vertebral,
formando as paredes do forame vertebral.
● PROCESSOS: possuem a função de pontos de fixação de músculos ou
outras vértebras.
➢ Espinhosos (1) e transversos (2): locais de fixação dos músculos.
➢ Articulares (4): estão em aposição aos processos correspondentes
de vértebras adjacentes, formando articulações e ajudando a manter
as vértebras alinhadas. Limitam o movimento.
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VÉRTEBRAS CERVICAIS

● Formam o esqueleto do pescoço.


● São as menores das 24 vértebras móveis, já que sustentam apenas o peso
da cabeça e pescoço.
● CARACTERÍSTICAS (C3 a C7):
➢ Forame transversário oval no processo transverso, por onde
passam as artérias e veias vertebrais.
■ Em C7, o forame pode ser muito pequeno ou estar ausente.
➢ Forames vertebrais grandes e triangulares (para acomodar a
intumescência cervical da medula espinhal).
➢ Processos espinhosos curtos e bífidos (de C3 a C6).
■ C7 tem um processo espinhoso longo.
➢ Movimentos: as placas do processo articular são mais horizontais,
permitindo flexão, extensão, flexão lateral e uma rotação restrita
(exceto áxis e atlas).

● VÉRTEBRA C1 (ATLAS):
➢ Não possui processo espinhoso nem corpo vertebral;
➢ Seus processos estão posicionados lateralmente;
➢ Gira sobre C2, sustentando o crânio.
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● VÉRTEBRA C2 (ÁXIS):
➢ Possui o dente rombo, que se fixa no atlas e permite a rotação, além
de duas faces articulares superiores (faces planas de sustentação);
➢ O dente é mantido em posição pelo ligamento transverso do atlas.

VÉRTEBRAS TORÁCICAS
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● Nelas se fixam as costelas.


● CARACTERÍSTICAS:
➢ Possuem fóveas costais para articulação com as costelas.
➢ O corpo vertebral tem formato de “coração”, com uma ou duas
fóveas costais;
➢ Forame vertebral circular e menor que o das vértebras cervicais;
➢ Processos espinhosos longos e verticalizados;
➢ T1 é atípica, pois possui um processo espinhoso longo, tão saliente
quanto C7.
➢ T1-T4 possuem características em comum com as vértebras cervicais;
➢ T5-T8 são vértebras torácicas típicas;
➢ T9-T12 possuem características lombares.
➢ T12 possui processos mamilares, assim como as lombares.
➢ Movimentos: os processos articulares são verticalizados, permitindo
rotação, mas pouca flexão, extensão e flexão lateral.
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VÉRTEBRAS LOMBARES

● CARACTERÍSTICAS:
➢ Corpos vertebrais grandes, por sustentarem mais peso;
■ L5 sustenta o peso de toda a parte superior do corpo.
➢ Forame vertebral triangular e pequeno;
➢ Processos espinhosos curtos e espessos;
➢ Presença de corpos mamilares na face posterior dos processos
articulares.
➢ Movimentos: processos articulares verticalizados também,
permitindo flexão, extensão, flexão lateral, mas limitando rotação.
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SACRO

● É formado por 5 vértebras fundidas em adultos (após os 20 anos).


● Possui formato triangular, pois sustenta menos peso (o peso é distribuído
para os membros inferiores depois de L5).
● Garante resistência e estabilidade à pelve.
● Possui o canal sacral, por onde passa a cauda equina.
● S5 não possui processo espinhoso.

CÓCCIX

● É um pequeno osso triangular formado pela fusão das quatro vértebras


coccígeas.
● A Co1 pode permanecer separada do grupo fundido em algumas pessoas.
● Os processos transversos das vértebras coccígeas são conectados ao sacro.
● Não participa da sustentação de peso na posição ortostática, apenas
sentada.
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CURVATURAS DA COLUNA

● No adulto, existem quatro curvaturas na coluna, que ocorrem na região


cervical, torácica, lombar e sacral.
● As curvaturas proporcionam flexibilidade e estabilidade adicional.
● Cifoses: curvaturas côncavas anteriormente (em forma de “C”). Surgem
devido aos movimentos de flexão na coluna.
● Lordoses: curvaturas côncavas posteriormente. Surgem devido aos
movimentos de extensão da coluna.
● NORMAIS:
➢ Primárias: são as curvaturas que se desenvolvem durante o período
fetal, devido à posição fetal fletida, sendo elas: cifoses torácica e
sacral.
➢ Secundárias: são as curvaturas que resultam da extensão a partir
da posição fetal fletida, sendo elas: lordoses cervical e lombar.

● ANORMAIS:
➢ Hipercifose e hiperlordose: são acentuações nas curvaturas
normais da coluna, podendo ser causadas por anomalias congênitas,
processos patológicos ou aumento de peso na curvatura.
■ Principal hipercifose: torácica; principal hiperlordose: lombar.
➢ Escoliose: é uma curvatura lateral anormal. A maioria dos casos
possui causa idiopática, sendo mais comum no sexo feminino e
surgindo entre os 10 e 15 anos.
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MOVIMENTOS DA COLUNA

● Resumo de planos e eixos do corpo humano:

● Movimentos da coluna vertebral, seus eixos e planos:


➢ Extensão e flexão: eixo latero-lateral, plano sagital;
➢ Extensão e flexão laterais: eixo ântero-posterior, plano coronal;
➢ Rotação (cabeça e tronco): eixo crânio-caudal/longitudinal, plano
transversal.
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DISCOS INTERVERTEBRAIS

● São sínfises (articulações cartilagíneas).


● FUNÇÕES:
➢ Oferecer fixações entre os corpos vertebrais, unindo-os;
➢ Possibilitar o movimento entre vértebras ;
➢ Absorção de choques;
● ESTRUTURA:
➢ Anel fibroso: consiste em fibrocartilagem que forma a
circunferência do disco intervertebral.
➢ Núcleo pulposo: é o núcleo do disco intervertebral, possuindo
natureza semilíquida. É responsável por grande parte da flexibilidade
e resiliência do disco intervertebral, além de atuar como coxim
absorvendo impactos.
● A espessura dos discos aumenta à medida que a coluna desce.
● Não há disco entre C1 e C2. O último disco está entre L5 e S1.

ARTICULAÇÕES
MOORE, Anatomia orientada para a clínica, 8ª ed.

● Articulações são locais de união entre dois ou mais ossos, podendo


possibilitar movimentos ou não.
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MORFOLOGIA

● ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: os ossos são unidos por uma cápsula articular,


composta por uma cápsula fibrosa e líquido sinovial lubrificante (dentro
da cavidade articular, e secretado pela membrana sinovial). Os ossos dessa
articulação são revestidos por cartilagem hialina. Existem 6 tipos de
articulações sinoviais.

➢ Articulação plana: permite movimentos de deslizamento na


superfície plana dos ossos. É multiaxial.
○ Ex: articulação acromioclavicular.
➢ Articulação em dobradiça/gínglimos: permite apenas flexão e
extensão, sendo uniaxial.
○ Ex: articulação do cotovelo.
➢ Articulação selar: os ossos dessa articulação possuem formato de
sela, por isso o nome. Permite movimentos de abdução e adução,
além de flexão e extensão. Por permitir movimentos em dois planos
(sagital e coronal), é chamada biaxial.
○ Ex: articulação carpometacarpal do 1º polegar.
➢ Articulação elipsóide: permite flexão, extensão, abdução e adução.
Assim, também é biaxial.
○ Ex: articulações metacarpofalângicas.
➢ Articulação esferóide: permitem movimentos de flexão, extensão,
abdução, adução, rotação medial e lateral, além de circundução. Por
isso é considerada multiaxial.
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○ Ex: articulação do quadril.


➢ Articulação tricóidea/ em pivô: permite rotação em torno de um
eixo, sendo uniaxial.
○ Ex: articulação atlantoaxial mediana.

● ARTICULAÇÕES FIBROSAS: os ossos são unidos por tecido fibroso (fibras


colágenas). Podem ser classificadas em:
➢ Suturas: são encontradas principalmente entre os ossos do crânio,
tendo fibras curtas conectando os ossos. São divididas em:
■ Sutura plana: união linear;
■ Sutura escamosa: união em bisel;
■ Sutura serrátil: união em linha denteada.
➢ Sindesmoses: as fibras que conectam os ossos são maiores. Ex:
sindesmose dentoalveolar.
● ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS: os ossos são unidos por cartilagem
hialina ou fibrocartilagem.
➢ Sincondroses (primárias): os ossos são unidos por cartilagem
hialina. Geralmente são temporárias, como as existentes durante o
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desenvolvimento de um osso longo. Permitem o crescimento do


osso.
■ Ex: sincondrose esfeno-occipital.
➢ Sínfises (secundárias): são articulações fortes e ligeiramente
móveis, unidas por fibrocartilagem.
■ Ex: sínfise púbica, discos intervertebrais.

FUNCIONALIDADE

● As articulações podem ser classificadas em relação ao grau de movimento


que permitem.
● SINARTROSE: é uma articulação imóvel, como as articulações fibrosas.
● ANFIARTROSE: é uma articulação discretamente móvel, como as
articulações cartilagíneas.
● DIARTROSE: é uma articulação altamente móvel, e todas elas são
articulações sinoviais.

ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

● Discos intervertebrais: fazem a articulação entre os corpos vertebrais. São


cartilaginosas. Determinam a amplitude do movimento entre as vértebras.
● Articulações dos arcos vertebrais: fazem articulação entre os processos
articulares das vértebras. São sinoviais. Determinam o tipo de movimento.
● Articulações craniovertebrais: conectam o crânio, C1 e C2. São sinoviais e
permitem com que a cabeça gire de um lado para o outro.
➢ Atlantoccipital: conecta os côndilos occipitais do crânio à atlas.
Essa articulação permite acenar com a cabeça e girá-la, por exemplo.
➢ Atlantoaxial lateral: conecta os processos articulares superiores do
áxis aos processos articulares inferiores do atlas.
➢ Atlantoaxial mediana: conecta atlas e áxis através do dente. É uma
articulação sinovial em pivô.
● Articulações costovertebrais: acontecem entre as vértebras torácicas e
costelas.
● Articulações sacroilíacas: ocorrem entre o sacro e osso ílio da pelve.
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LIGAMENTOS
MOORE, Anatomia orientada para a clínica, 8ª ed.

● Ligamentos são cordões fibrosos de tecido conjuntivo que possuem


funções como:
➢ Estabilizar e fortalecer articulações ao unir os ossos, sendo
fundamentais nas articulações!
➢ Manter órgãos internos em determinadas posições.
● Qual a diferença de tendão e ligamento? Ambos são compostos de
tecido conjuntivo rico em colágeno, mas tendões ligam músculos a ossos,
enquanto ligamentos estabilizam articulações ao unir 2 ou mais ossos.

LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL

● Ligamento longitudinal anterior: recobre a face anterolateral dos corpos


vertebrais, impedindo a herniação anterior e hiperextensão da coluna.
➢ É o único ligamento que impede uma hiperextensão da coluna.
● Ligamento longitudinal posterior: é mais fino que o anterior, sendo fixado
principalmente aos discos intervertebrais. Vai do sacro até C2, por dentro
do canal vertebral. Por ser mais fino, não consegue impedir uma hérnia de
disco, mas não deixa com que a hérnia chegue à medula, direcionando-a
para as raízes nervosas e causando dor.
➢ Membrana tectória: é a continuação do ligamento longitudinal
posterior acima de C2.
● Ligamento amarelo: está entre as lâminas de cada vértebra, constituído
por tecido elástico resistente. É mais fino na região cervical, e mais largo na
região lombar. Limita a hiperflexão, preservando a coluna.
● Ligamento interespinhal: está entre os processos espinhosos de cada
vértebra. É mais fraco que o ligamento supraespinhal.
● Ligamento supraespinhal: está presente entre o sacro e C7, e une as
extremidades dos processos espinhosos.
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● Ligamento nucal: se estende desde a protuberância occipital externa até


os processos espinhosos das vértebras cervicais. É como a “continuação
ramificada do ligamento supraespinhal”.
● Ligamento intertransversário: liga os processos transversos das vértebras.
● Ligamento cruciforme: é formado pelo ligamento transverso do atlas e
fascículos longitudinais, formando uma “cruz” que prende o dente do áxis.

MÚSCULOS DO DORSO
MOORE, Anatomia orientada para a clínica, 8ª ed.

● MÚSCULOS EXTRÍNSECOS:
➢ Superficiais: controlam os movimentos dos membros
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■ Trapézio
■ Latíssimo do dorso
■ Levantador da escápula
■ Romboides
➢ Intermediários: controlam os movimentos respiratórios
■ Serrátil posterior superior e inferior

● MÚSCULOS INTRÍNSECOS:
➢ Camada superficial:
■ Esplênio da cabeça
■ Esplênio do pescoço
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➢ Camada média:
■ Eretor da espinha
■ Iliocostal
■ Longuíssimo
■ Espinhal

➢ Camada profunda:
■ Semiespinhal
■ Multífido
■ Rotadores curto e longo
■ Interespinhais
■ Levantadores das costelas
■ Intertransversários
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FRATURAS
MOORE, Anatomia orientada para a clínica, 8ª ed.

● Fraturas são perdas totais ou parciais da continuidade óssea. Ou seja, há


separação em dois ou mais pedaços.
● Quando há uma fratura, os tecidos adjacentes ao osso podem ter sido
lesionados, como vasos sanguíneos, tendões, etc.
● São mais frequentes em mulheres pós-menopausa e idosos.
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CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS

● De acordo com a causa:


➢ Traumáticas: ocasionadas por impactos.
➢ Patológicas: ocorre devido à uma fragilidade do osso por outras
doenças, como osteoporose.
➢ Por estresse: é uma fratura de progressão lenta, causada quando o
ovo é submetido a novas cargas repetitivas (ex: treinamento militar).
● De acordo com a lesão envolvida:
➢ Simples: o osso é separado, mas não afeta outras estruturas.
➢ Exposta: perfura a pele, sendo possível visualizar o osso. Há
comunicação com o meio externo e aumento do risco de infecção. O
tratamento geralmente é cirúrgico e com terapia de antibióticos.
➢ Complicada: a fratura envolve outros órgãos e estruturas.
➢ Incompleta: houve fratura, mas o osso não foi totalmente separado.
● De acordo com o tipo de lesão:

CONSOLIDAÇÃO DE FRATURAS

● Para a consolidação, é necessária a estabilidade do segmento ósseo


(imobilização) e a formação de novos vasos sanguíneos.
● FASE 1: HEMATOMA E INFLAMAÇÃO:
➢ É um estágio que dura poucos dias, geralmente 2 semanas.
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➢ Há formação de hematoma com uma resposta inflamatória típica,


havendo remoção do osso necrótico e fragmentos pelos
osteoclastos.
➢ É uma fase importante para a quimiotaxia das células necessárias
para iniciar a resposta cicatricial.
➢ Se inicia a formação de vasos.
● FASE 2: FORMAÇÃO DE CALO MOLE:
➢ Dura de 2 a 3 semanas.
➢ Se inicia pela formação de um tecido fibrocartilaginoso que “cola”
o osso (instável) e reduz o movimento.
➢ Há proliferação de células mesenquimais, que se diferenciam em
fibroblastos e condrócitos.
➢ As células progenitoras do periósteo + endósteo tornam-se
osteoclastos.
➢ Há os sinais típicos da inflamação: dor, tumor, rubor, limitação de
movimento…
● FASE 3: FORMAÇÃO DE CALO DURO:
➢ A cartilagem do calo sofre ossificação e é convertida em tecido
calcificado rígido (osso reticular), com a produção de osteoblastos e
condroblastos que sintetizam o tecido ósseo.
➢ O processo se inicia na periferia e vai para o centro da fratura.
➢ O processo dura de 1 a 4 meses.
● FASE 4: REMODELAÇÃO ÓSSEA:
➢ Pode durar de meses até anos, dependendo do osso fraturado.
➢ Há erosão do excesso de osso por osteoclastos e outras células.
➢ O osso reticular é convertido em lamelar + organização do tecido.
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● OBS: em caso de estabilidade absoluta (tira completamente o movimento


da fratura), a fase de calo mole é “pulada”. Na estabilidade relativa (com
movimento controlado), a cicatrização passa pelas 4 fases.

EXAMES DE IMAGEM

● RADIOGRAFIA: utiliza raios X para determinar a densidade de estruturas. O


osso é muito denso e impossibilita que o raio X atravesse, assim, estruturas
ósseas aparecem brancas. Permite ver principalmente estruturas ósseas.
● TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: consiste em uma fonte de raios X
que realiza um movimento circular ao redor do paciente. Utiliza uma
quantidade maior de radiação ionizante, mas é possível ver imagens de
vários planos e com alta qualidade. Permite ver ossos e partes moles.
● CINTILOGRAFIA ÓSSEA: neste exame, o paciente recebe uma dose
intravenosa de um fármaco marcado com tecnécio 99. As células captam o
tecnécio, fazendo com que os pontos com maior atividade de células
apareçam mais escuros.
● RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: ao invés de utilizar radiação ionizante, utiliza
um campo magnético para fazer as imagens. As são geradas de vários
ângulos (assim como a tomografia) e de alta resolução. Permite ver ossos e
partes moles.

COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS

● Lesão tecidual;
● Sangramento;
● Infecção;
● Artrite pós-traumática;
● Pseudoartrose (a fratura não se consolida de fato);
● Cicatrização viciosa (no lugar errado);
● Amputação;
● Comprometimento de movimentos;
● Lesões neurológicas;
● Impactos psicossociais, etc.

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