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ANATOMIA E FISIOLOGIA I

ANATOMIA E FISIOLOGIA I – Inês Marques Batista 198921002 Turma 16


ANATOMIA E FISIOLOGIA I
A COLUNA VERTEBRAL

Universidade Católica Portuguesa – Anatomia e Fisiologia I


Inês Marques Batista Turma 16 198921002
A coluna vertebral

A coluna vertebral trata-se de um órgão estático, uma vez que suporta o peso da cabeça e do

tronco; cinético, visto que permite a mobilidade e protetor e produtor hematopoiético, porque

protege a medula espinhal. Para além disso, a coluna vertebral permite aos nervos raquidianos

abandonar a medula espinhal.

Osteologia da coluna vertebral

A coluna vertebral é constituída por 26 ossos e 33 a 34 vértebras, que se dividem em 5 regiões:

o Região cervical: 7 vértebras cervicais (C1 a C7); o Região torácica: 12 vértebras

torácicas (T1 a T12); o Região lombar: 5 vértebras lombares (L1 a L5); o Região

sagrada: fusão das 5 vértebras sagradas (S1 a S5); o Região cóccigea: fusão das 5

vértebras coccígeas (Co1 a Co4/Co5).

As cinco regiões da coluna vertebral do adulto apresentam 4 curvaturas: o Curvatura cervical:

lordose (convexa anterior e concava posterior); o Curvatura torácica: cifose (concava

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anterior e convexa posterior); o Curvatura lombar: lordose (convexa anterior e concava

posterior); o Curvatura sagrada e cóccigea: cifose (concava anterior e convexa posterior).

A escoliose é um exemplo de curvatura anormal.

A coluna vertebral na sua porção anterior tem corpos das vértebras e na sua porção posterior

tem processos espinhosos.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS VÉRTEBRAS

As vértebras são constituídas pelo corpo vertebral e por um arco vertebral (concavidade

anterior), que circunscreve o forame vertebral. A parte da vértebra que suporta o peso é o corpo

(forma cilíndrica).

O arco vertebral projeta-se posteriormente a partir do corpo, estando ligados através dos

pedículos do arco vertebral. Este é constituído pelo processo espinhoso (mediano e posterior);

pelos processos transversos (horizontais); pelos processos articulares (dois superiores e dois

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inferiores); pelas lâminas que ligam o processo espinhoso ao processo transverso. A

sobreposição de todos os forames vertebrais dá origem ao canal vertebral (por onde passa a

medula espinhal).

1 – Pedículo do arco vertebral: duas porções ósseas estreitas e finas que ligam o corpo

vertebral à base do processo transverso, lâmina do arco vertebral e processos articulares.

2 – Processos articulares: existem dois superiores e dois inferiores e a sua estrutura permite

a ligação de umas vértebras às outras.

3 – Lâminas: existem duas (direita e esquerda).

4 – Forame vertebral: localiza-se entre o corpo vertebral e o arco vertebral.

5 – Processo espinhoso: ímpar e mediano.

6 – Corpo vertebral: forma de um segmento cilíndrico, tendo uma face superior, inferior e

circunferencial.

7 – Processos transversos: existem dois (direito e esquerdo), dirigindo-se lateralmente.


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CLASSIFICAÇÃO DAS VÉRTEBRAS

Vértebras:

o Típicas ou verdadeiras: vértebras independentes:

• Isólogas: assemelham-se às vértebras esquemáticas.

§ Comuns: sem características especiais (C3-C5, T2-T9, L1-L4).

§ Especiais: apresentam características especiais (C6-C7, T1, T10, T11, T12,

L5).

• Heterólogas: diferem das vértebras esquemáticas (C1 - Atlas, C2 - Áxis).

o Atípicas ou soldadas: vértebras em que houve alteração da forma ou do

desenvolvimento, afastando-se das vértebras esquemáticas:

• Alomórficas: apresentam alterações na forma (sacro e cóccix).

• Alotróficas: apresentam alterações no desenvolvimento

(occipital, esfeno-parietal, esfeno-frontal, etmóido-nasal).

VÉRTEBRAS CERVICAIS

As vértebras cervicais são sete (C1 a C7).

Têm corpo vertebral pequeno.

Os processos espinhosos são bífidos, isto é, bifurcam-se ao nível do seu ápice para constituir

dois tubérculos – tubérculos do processo espinhoso.

Os processos transversos terminam em duas saliências – tubérculo anterior e posterior, onde

existe o sulco do nervo espinhal. Em cada processo transverso, existe um forame transversário

pelo qual as artérias vertebrais se dirigem para a cabeça. Apenas este tipo de vértebras tem

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forames transversários. A vértebra C7 tem características particulares – forame no processo

transverso que muitas vezes não aparece, processo espinhoso mais desenvolvido.

ATLAS (C1)

O atlas não tem corpo nem processo espinhoso, mas tem grandes processos articulares

superiores onde reúne com os côndilos occipitais na base do crânio. Esta articulação permite

mover a cabeça no movimento de afirmação e no movimento lateral.

O arco anterior sai junto ao processo anterior e o arco posterior sai junto ao processo posterior.

O processo articular superior tem uma forma de palmilha, articulando-se com os processos

articulares do occipital (osso mais inferior do crânio).

A massa lateral do atlas origina o processo transverso.

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ÁXIS (C2)

O áxis ocupa o interior do atlas e o dente do áxis serve de corpo para o atlas. O dente trata-se

de um processo que se prolonga verticalmente. Apresenta arco vertebral, dois processos

superiores e dois inferiores, uma crista e um processo espinhoso bifurcado.

Os formatos do atlas e do áxis permitem uma grande mobilidade a nível cervical.

VÉRTEBRAS TORÁCICAS

As vértebras torácicas são doze (T1 a T12).

O corpo vertebral apresenta na sua porção lateral duas hemifóveas articulares (superior e

inferior), que se articulam com a cabeça das costelas.

O processo espinhoso encontra-se dirigido para trás e para baixo.

Os processos articulares estão voltados para trás.

Os processos transversos apresentam na sua face anterior a face articular da cabeça da costela,

que se articula com o tubérculo da costela.

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VÉRTEBRAS LOMBARES

As vértebras lombares são cinco (L1 a L5).

O corpo vertebral é volumoso, sendo as vértebras mais robustas por se encontrarem mais

abaixo na coluna vertebral (mais peso).

Não possuem faces para articulações com vértebras.

O canal é mais pequeno.

O processo espinhoso é espesso e retangular.

Os processos transversos são pouco desenvolvidos.

Os processos articulares estão virados para a linha mediana e os processos articulares

inferiores olham para fora.

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VÉRTEBRAS SAGRADAS

Existem cinco vértebras sagradas, estas são altamente modificadas em comparação com as

outras, sendo que se encontram fundidas num osso único designado por sacro.

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O ápice encontra-se disposto inferiormente.

Parte superior anterior côncava e parte superior posterior convexa.

O sacro articula-se com a L5 e abaixo com o cóccix.

Na face anterior do sacro existem corpos vertebrais separados por linhas transversas que

terminam lateralmente em forames sagrados anteriores. Ao lado destes, encontram-se sulcos

transversos.

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Na face posterior do sacro, existe uma linha mediana onde se encontra a crista sagrada

mediana. Existe ainda uma crista medial, lateralmente a esta encontram-se os forames

sagrados posteriores, ao lado destes encontram-se as cristas laterais.

VÉRTEBRAS CÓCCIGEAS

O cóccix é um osso triangular pequeno e é a parte mais inferior da coluna vertebral, sendo que

se articula com a extremidade inferior do sacro.

Existem quatro a cinco vértebras coccígeas (Co1 a Co4/ Co5) e encontram-se soldadas entre si.

Não possuem buracos vertebrais nem apófises bem desenvolvidas.

ARTROLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL

Articulações entre corpos vertebrais:

o Discos intervertrebais: têm uma forma de lente biconvexa. A porção central é formada

por uma substância gelatinosa. Apresenta um núcleo polposo. A região periférica é

constituída por um anel fibroso. Servem para absorver energia.

o Ligamentos periféricos:

• Ligamento longitudinal anterior: encontra-se na face anterior da coluna. Vai

desde a parte basilar do occipital até à face anterior da segunda vértebra

sagrada. Altera a sua largura.

• Ligamento longitudinal posterior: vai desde o clivo do occipital até à primeira

vértebra cóccigea. É bastante longo ao nível dos discos e mais estreito ao nível

dos corpos vertebrais.

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Articulações dos processos articulares:

o As superfícies articulares apresentam uma cápsula articular cuja espessura varia,

existindo nas partes torácica e lombar um ligamento posterior – meio de união.

União das lâminas dos arcos vertebrais:

o São unidas de dois ligamentos amarelos (passa entre as lâminas das vértebras). São

finos e consistem num tecido elástico. O comprimento vai diminuindo de superior para

inferior e a sua altura aumenta no mesmo sentido.

União dos processos espinhosos:

o Unidos por dois ligamentos – interespinhal e supraespinhal - que ocupam o espaço

entre os processos. O ligamento insere-se superiormente no processo espinhoso da

vértebra suprajacente e inferiormente no processo espinhoso da vértebra subjacente.

o O ligamento supraespinhal estende-se de uma extremidade à outra da coluna vertebral

e adere ao ápice de cada um dos processos espinhosos. Este forma o ligamento nucal,

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sendo que o seu ápice se insere no processo espinhoso de C7 e a sua base na

pretuberância occipital externa e na crista externa.

União dos processos transversos:

o Encontram-se unidos por intermédio dos ligamentos intratransversais.

Articulações próprias de algumas vértebras:

1 – Articulações sacrococcígeas e intercóccigeas o A articulação sacrococcígea é a articulação

entre o sacro e o cóccix, sendo que se encontram unidos por vários ligamentos (ligamento

sacrococcígeo anterior, posterior e laterais).

2 – Articulações lombo-sagrada o A articulação lombo-sagrada é a articulação entre a lombar

e o sacro. O ligamento iliolombar faz a ligação entre o ílio e a lombar. A articulação lombo-

sagrada possui meios de união como o disco intervertebral. Os ligamentos de reforço

(ligamento longitudinal anterior, ligamento longitudinal posterior, ligamentos amarelos, um

ligamento interespinhal, um ligamento supraespinhal e um ligamento sacrovertebral).

3 – Articulações entre o atlas, o áxis e a cabeça o O atlas articula-se com o áxis através das

articulações atlanto-occipital, lateral e medial.

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o A articulação atlanto-axial lateral é entre os processos articulares do atlas e do áxis.

Possuindo como meios de união quatro ligamentos: atlanto-axial anterior, atlanto-

axial posterior, atlanto-axial laterais

o A articulação atlanto-axial mediana é a articulação entre o atlas e o dente do áxis.

o As superfícies articulares são constituídas pelo dente do áxis e por um anel

osteofibroso, sendo este constituído posteriormente pelo ligamento transverso. Da

margem inferior do ligamento transverso, destaca-se o ligamento transverso-axial. Da

margem superior do ligamento transverso, destaca-se o ligamento transverso-

occipital. O conjunto dos três ligamentos possui a forma de uma cruz – ligamento

cruciforme do atlas.

OSTEOLOGIA DO TÓRAX

Caixa torácica:

o protege os órgãos vitais; o forma uma câmara semirrígida que pode aumentar e

diminuir de volume durante a respiração.

Tórax:

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o constituído pelas vértebras torácicas, costelas e as suas cartilagens costais e o

esterno.

A face anterior do esterno relaciona-se diretamente com os tegumentos (pele) e a sua face

posterior com os órgãos da cavidade torácica. As suas margens laterais apresentam a

forma de “s” e têm várias incisuras.

CLASSIFICAÇÃO DAS COSTELAS

Costelas:

o esternais/ verdadeiras (I a VII); o

asternais/ falsas:

• aderentes (VIII a X);

• flutuantes (XI a XII).

Nota: as aderentes não se articulam no esterno. As flutuantes têm a sua extremidade anterior

livre.

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O colo da costela separa a cabeça do tubérculo. Este apresenta uma face articular, que se

relaciona com a fóvea costal do processo transverso das vértebras e uma face não articular.

Nota: o sulco costal é onde se encontra de superior para inferior, a veia, a artéria e o nervo

intercostais.

Costelas em particular:

o primeira costela: o sulco anterior relaciona-se com a veia subclávia, pelo que se

denomina de sulco da veia subclávia. O sulco posterior relacionase com a artéria

subclávia, pelo que se denomina de sulco da artéria subclávia. Estes sulcos encontram-

se separados pelo tubérculo do músculo escaleno anterior (lisfranc).

o Segunda costela: não tem sulco costal, apresenta tuberosidade do músculo serrátil

anterior, onde se inserem os músculos escaleno posterior e serrátil anterior.

o Décima costela: liga-se à sua própria vértebra, ou seja, apenas a T10, apresenta apenas

uma face articular na cabeça da costela.

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o Décima primeira e segunda: apresentam uma face única na cabeça da costela. Não

possuem tubérculo da costela. A décima segunda é mais pequena e não apresenta

ângulo da costela.

Cartilagens costais:

o Da primeira à sétima inserem-se diretamente no esterno; o Da oitava à décima não se

inserem no esterno, mas sim na cartilagem costal suprajacente;

o As décimas primeira/segunda têm a extremidade anterior livre.

ARTROLOGIA DO TÓRAX

1 – Articulações costo-vertebral e costo-transversária o Ligamento radial o

Cartilagem costo-transversária

• Ligamento costo-transversário lateral

• Ligamento costo-transversário superior

2 – articulação costo-condral (planas) e esterno-condral (gonfosas)

DINÂMICA RESPIRATÓRIA

Movimento de inspiração: contração do diafragma. As costelas elevam-se, deslocando-se da

extremidade anterior para a antro-lateral.

Movimento de expiração: dilatação do diafragma. As costelas baixam, havendo uma diminuição

do diâmetro antro-posterior e transversal.

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Pele e Sistema Osteo-Articular

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PELE

A pele é o maior órgão do corpo.

É constituído por:

o Pele;

o Derivados epidérmicos:

• Pelos;

• Unhas;

• Glândulas (sudoríparas – suor, sebáceas – sebo, uma camada

gordurosa que protege a pele e mamárias).

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Funções:

o Proteção – protege contra a abrasão e a luz UV, impede a entrada de

microorganismos e previne a desidratação;

o Barreira impermeáveal – apenas deixa penetrar a luz solar

(seletivamente);

o Regulação da temperatura corporal – regulada pelo fluxo de sangue e

atividade das glândulas sudoríparas;

o Defesa imunológica inata – não é seletiva, defende todos os

microorganismos da mesma maneira;

o Excreções de iões – através do suor;

o Síntese de vitamina D – produz-se a partir do colesterol e os raios UV

vão transformar o colesterol em 7-Dihidrocolesterol, no fígado e no ri

dará origem à forma ativa de Vitamina D (responsável pelo depósito de

cálcio);

o Órgão sensorial – recetor sensorial a detetar o frio, calor, tato, pressão

e dor.

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É constituída por três camadas:

o Epiderme;

o Derme;

o Hipoderme.

Epiderme

A epiderme é a camada mais superficial, sendo uma camada de tecido epitelial

que assenta na derme. O epitélio é pavimentoso estratificado, separado da

derme por uma membrana basal. Não contém vasos sanguíneos. Tem muitos

queratinócitos.

Os queranócitos são células diferenciadas do tecido epitelial que produzem

queratina - fazendo da epiderme uma camada protetora. Estes mudam de

forma, sendo produzidos mais profundamente e vão ascendendo.

Os melanócitos são células produtoras de melanina – células pigmentares, têm

um pigmento castanho responsável pela coloração da pele (quanto mais

melanócitos, mais escura é a pele). A sua produção é determinada/

influenciada por hormonas, exposição à luz e fatores genéticos. Protege contra

a radiação UV.

As células de Langerhans são macrófagos especializados (produzidos na

medula óssea) que aprisionam e destroem microorganismos e que conferem

imunidade. São produzidos na medula óssea. São a primeira linha de defesa

contra os microorganismos.

As células de Merkel localizam-se na camada basal da epiderme, estando

ligadas a terminações nervosas pelo que podem ser designadas de célula

nervosa.

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Está organizada em cinco camadas:

o Estrato basal – camada mais profunda da epiderme, possui uma camada

de células cúbicas ou cilíndricas que se dividem continuamente para a

renovação celular. Contém melanócitos e células de Merkel que ajudam

na deteção do toque suave. Aqui não se produz queratina.

o Estrato espinhoso – oito a dez camadas de células poligonais. Síntese

de queratinacomeça.

o Estrato granuloso – duas a cinco camadas de células aplanadas. Possui

grânulos proteicos não associados à membrana de queratina.

o Estrato lúcido – as células começam a morrer e contêm queratina

dispersa. Esta camada está presente apenas em algumas zonas do

corpo.

o Estrato córneo – células mortas preenchidas com queratina. Células

rodeadas por lípidos que ajuda na prevenção da desidratação,

descamação das células que ajuda à resistência à abrasão. Células sem

núcleo, apenas com esqueleto.

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Derme

É responsável pela maior parte da resistência estrutural, sendo uma rede densa

de tecido conjuntivo com fibroblastos (um tipo de fibras elásticas e reticulares

com colagénio), células adiposas e macrófagos. Possui terminações nervosas

e folículos pilosos, músculos lisos, glândulas e vasos linfáticos.

É constituída por duas camadas:

o Camada papilar – é tecido conjuntivo laxo. Possui mais células e menos

fibras. Prolongamentos que se estendem em direção à epiderme, que

são as papilas. Inúmeros vasos sanguíneos que ajudam no transporte de

O2 e nutrientes, regulação da temperatura e remoção de produtos de

excreção.

o Camada reticular – é tecido conjuntivo denso e irregular. Principal

camada da derme. Tapete de fibras dispostas irregularmente.

Recetores sensoriais superficiais:

o Mecanorecetores – tato;

o Termorecetores – temperatura;

o Nociceptores – dor.

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Hipoderme

É constituída por:

o Tecido conjuntivo;

o Células adiposas.

Funções:

o Isolamento térmico - gordura;

o Proteção mecânica – contra o choque;

o Armazenamento de energia metabólica.

Também pode ser designada por tecido celular subcutâneo.

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SISTEMA OSTEO-ARTICULAR

O sistema osteo-articular é constituído por:

o Osso;

o Cartilagem – superfície gelatinosa;

o Tendões – inserção muscular ao nível do osso;

o Ligamentos – inserção entre dois ossos.

Nota: o tecido conjuntivo e as fibras dos tendões e ligamentos organizam-se

da mesma forma – forma linear.

Funções:

o Suporte – condicionada pelos ossos, cartilagem e ligamentos;

o Proteção – por exemplo os ossos do crânio protegem o encéfalo;

o Movimento – ossos e músculos;

o Armazenamento – é no osso que se encontra uma grande percentagem

de cálcio e fósforo e ao nível da medula a gordura;

o Produção hematopoiética – é através da medula óssea que há

formação de elementos sanguíneos.

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Osso

O osso trata-se de um tecido conjuntivo rígido, no qual a matriz foi impregnada

com sais de cálcio e fosfato num processo denominado mineralização.

O osso é constituído por matriz óssea sendo que a sua composição é

responsável pelas características do osso, e por células ósseas que produzem

a matriz óssea. Sendo que as mesmas ficam aprisionadas e destroem a matriz

óssea, de modo que haja uma constante renovação da mesma, o que o torna

um processo dinâmico de produção e destruição de matriz óssea.

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Matriz óssea constituída por:

o Material orgânico - colagénio que confere resistência flexível à matriz

(função estrutural) e proteoglicanos que conferem resistência à

compressão (suporte do peso).

o Material inorgânico – hidroxipatite que preenche a rede de colagénio.

Cálcio e fósforo, permitindo a regulação das concentrações dos iões no

meio sanguíneo de forma dinâmica.

Componentes celulares:

o Células osteoprogenitoras – originam novas células muito ativas.

Diferenciam-se em osteoblastos;

o Osteoblastos - produzem colagénio e proteoglicanos e libertam iões de

cálcio e iões fosfato que ajuda na formação de matriz óssea

mineralizada. Formam osso (ossificação/ osteogénese);

o Osteócitos – quando um osteoblasto fica rodeado de matriz óssea. Tem

menor percentagem de osteogénese. Após a formação dos osteoblastos

são estes que aprisionam a matriz extracelular. Encontram-se inativos

em relação aos osteoblastos, têm a capacidade de produzir os

componentes necessários para manter a matriz óssea.

o Osteoclastos – principais responsáveis pela reabsorção ou destruição

de osso.

Nota: osteoblastos = ossificação/ osteogénese; osteoclastos = reabsorção/

destruição. Há formação de fora para dentro.

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Periósteo

É uma camada de tecido conjuntivo especializado que recobre a superfície

externa dos ossos, exceto as superfícies articulares e o local de inserção de

tendões ou ligamentos.

É uma camada interna ou osteogénica que contém células osteoprogenitoras

e osteoblastos.

É ainda uma camada externa ou camada vascular que contém vasos

sanguíneos.

Endósteo

É formado por células pavimentosas e tecido conjuntivo. Reveste o osso

esponjoso internamente.

Quanto à relação entre a quantidade de matriz óssea e a quantidade de

espaços contidos no osso, podemos classificar os ossos em dois tipos:

o Osso compacto: + matriz óssea, - espaço;

o Osso esponjoso: - matriz óssea, + espaço. Matriz óssea interligada por

tubérculos. Preenchimento por vasos sanguíneos e medula óssea.

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DESENVOLVIMENTO DO OSSO

Ossificação Membranas de
Intramembranosa tecido conjuntivo
Desenvolvimento
ósseo
Ossificação
Cartilagem hialina
endocondral

A ossificação intramembranosa

O mesenquima organiza-se e condensa em torno do encéfalo em

desenvolvimento originando membranas de tecido conjuntivo. A sua

ossificação inicia na oitava semana embrionária e completa-se aos dois anos

de idade. Sendo que se inicia nos centros de ossificação, estes são o ponto

central com vários pontos do osso através da qual o tecido conjuntivo inicia a

sua ossificação por ação dos osteoblastos.

Orientação e organização da matriz óssea em feixes paralelas lamelares em

três camadas:

o Duas camadas exteriores de osso compacto;

o Uma camada interna de osso esponjoso.

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A ossificação endocondral

Os moldes cartilaginosos do esqueleto são substituídos por tecido ósseo.

As células do mesenquima agregam-se e transformam-se em condroblastos.

Os condroblastos produzem um modelo de cartilagem hialina e transformam-

se em condrócitos. As células osteoprogenitoras dão origem a osteoblastos,

onde se dá o início da produção de osso compacto. Há a formação da

cartilagem calcificada. Formam-se trabéculas ósseas e, por fim, forma-se o

centro de ossificação primário (sempre na diáfise).

Classificação dos ossos:

o Longos: + compridos do que largos (exemplo: fémur);

o Largo: + comprido + largo (exemplo: osso parietal da calote craniana);

o Curto: 3 medidas semelhantes (exemplo: osso carpo e do punho);

o Pneumático apresenta cavidades;

o Alongados: osso longo, mas com menor comprimento;

o Radiários: de onde partem prolongamentos (raios).

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ARTICULAÇÕES

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ANATOMIA E FISIOLOGIA I
OSTEOARTROLOGIA DO MEMBRO SUPERIOR

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É dividida:

• Cíngulo: escápula e clavícula

• Porção livre: braço, antebraço e mão

A clavícula é um osso par e longo em forma de “s” itálico. Apresenta duas

curvaturas, uma medial com concavidade posterior e uma lateral com

concavidade anterior. Tem uma ligeira inclinação com obliqualidade antro-

infro-medial. A clavícula articula-se com o esterno, a primeira cartilagem costal

e a escápula. Apresenta um corpo e duas extremidades. O corpo apresenta duas

faces e duas margens. Face superior: é superficial e relaciona-se com o tecido

celular subcutâneo, o músculo platisma e a pele. Face inferior: divide-se em 3

porções: medial – tem a impressão do ligamento costo-clavicular, média – sulco

do músculo subclávio, lateral – linha trapezoide e o tubérculo coronoide.

Margem anterior: insere-se um músculo peitoral maior e um deltoide. Margem

posterior: medialmente é o músculo esternocleidomastóideo, lateralmente é o

músculo trapézio. Extremidade acromial é a face articular para o acrómio da

escápula. Extremidade esternal: situa-se medialmente, face articular que se

articula com o esterno e com a primeira cartilagem costal.

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Escápula: osso largo, par e triangular. Situa-se na porção posto-superior do

tórax. A face concava é anterior. A face posterior apresenta uma saliência óssea

que se dirige de dentro para fora (espinha da escápula) e depois de trás para

diante (acrómio). A escápula articula-se com a clavícula e com o ombro. Face

posterior: encontra-se dividida em duas porções pela espinha da escápula. A

espinha da escápula termina por um processo – acrómio. As duas porções são

a fossa supraespinhal que se situa superiormente e onde se insere o músculo

supraespinhal. A fossa infraespinhal situa-se inferiormente e onde se insere o

músculo infraespinhal. As duas porções comunicam entre si através do sulco

espinho-glenoidal. Este sulco situa-se entre a espinha da escápula e o colo da

cavidade glenoidal. A face anterior apresenta a fossa subescapular onde se

insere o músculo subescapular. A margem medial dá inserção a vários

músculos (músculo levantador da escápula, músculo romboide menor, músculo

romboide maior). A margem superior apresenta a incisura escapular

(transforma-se num forame. A margem lateral apresenta o tubérculo infra-

glenoidal para a inserção da porção longa do músculo tríceps braquial. Ângulo

superior dá inserção ao músculo levantador da escápula. Ângulo inferior:

resulta da reunião das margens lateral e medial. Projeta-se ao longo do sétimo

espaço intercostal. Ângulo lateral: apresenta a cavidade glenoidal,

superiormente à cavidade existe tubérculo supraglenoidal onde se insere a

porção longa do músculo bíceps braquial. No espaço entre a cavidade glenoidal

e a incisura da escapula encontra-se o processo coracoide (no ápice insere-se

um tendão comum à porção curta do músculo bíceps braquial e ao músculo

coracobraquial e cuja margem medial se insere no músculo peitoral menor).

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista Turma 16 198921002
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ARTROLOGIA DO CÍNGULO DO MS

ARTICULAÇÃO ACRÓMIO-CLAVICULAR

Disco articular

1. Ligamento acrómio-clavicular.

LIGAMENTOS INTRÍNSECOS DA ESCÁPULA

1. Ligamento córaco-acromial;

2. Ligamento transverso superior da escápula;

3. Ligamento transverso inferior da escápula.

ARTICULAÇÃO CÓRACO-CLAVICULAR

1. Ligamento trapezóide;

2. Ligamento conóide;

3. Ligamento córaco-clavicular medial;

4. Ligamento córaco-clavicular lateral.

ARTICULAÇÃO ESTERNO-CLAVICULAR

1. Ligamento esterno-clavicular anterior;

2. Ligamento esterno-clavicular posterior;

3. Ligamento esterno-clavicular superior; (interclavicular)

4. Ligamento costo-clavicular.

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COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO

Três articulações:

• Gleno-umeral;

• Esterno-clavicular;

• Acrómio-clavicular.

Dois espaços de deslizamento funcionais:

• Escapulo-torácico;

• Toraco-serrático.

MOBILIDADE ARTICULAR DO OMBRO:

• Circundação;

• Flexão;

• Hiperextensão;

• Rotação medial/ lateral;

• Adução/ abdução.

ARTICULAÇÃO ACRÓMIO-CLAVICULAR

• Classificação. Plana ou discartrose.

• Meios de união: cápsula articular.

• Possui um disco articular (facilita a coaptação das superfícies

articulares).

• A articulação acrómio-clavicular executa movimentos de deslizamento

em todos os sentidos.

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• Ligamento acrómio-clavicular: encontra-se na porção superior da

cápsula articular, sendo constituído por um plano superficial e um

profundo.

LIGAMENTOS INTRÍNSECOS DA ESCÁPULA

São ligamentos que se inserem apenas na escápula.

Ligamento córaco-acromial: estende-se desde o ápice do acrómio à margem

lateral do processo coracoide.

Ligamento transverso superior da escápula: estende-se de uma extremidade à

outra da incisura da escápula.

Ligamento transverso inferior da escápula: estende-se da margem lateral da

espinha da escápula. Superiormente à sua implantação até à margem posterior

da cavidade glenoidal.

ARTICULAÇÃO CÓRACO-CLAVICULAR: ENTRE O PROCESSO CORACOIDE E A

CLAVÍCULA.

Ligamento trapezoide: estende-se desde a metade posterior da margem medial

do processo coracoide até à face inferior da clavícula.

Ligamento conoide: situa-se posteriormente ao ligamento ao ligamento

trapezoide, estendendo-se também do processo coracoide à margem posterior

da clavícula.

Ligamento córaco-clavicular medial: vai desde a margem medial do processo

coracoide, anteriormente à inserção do ligamento trapezoide, até ao lado

anterior do sulco subclávio.

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Ligamento córaco-clavicular lateral: insere-se no processo coracoide

lateralmente ao ligamento córaco-clavicular medial até ao lado anterior do

sulco do músculo subclávio.

ARTICULAÇÃO ESTERNO-CLAVICULAR

Classifica-se como meniscartrose porque possui um menisco interclavicular

Esta articulação une a extremidade acromial da clavícula com o esterno e com

a primeira cartilagem costal.

Ligamento esterno-clavicular anterior: estende-se da face anterior da

extremidade esternal da clavícula até à face anterior do manúbrio do esterno.

Ligamento esterno-clavicular posterior: situa-se na face posterior da

articulação, estendendo-se da face posterior da extremidade esternal da

clavícula até à face posterior do manúbrio do esterno.

Ligamento esterno-clavicular superior (interclavicular/ transversal): estende-se

da extremidade esternal da clavícula à incisura jugular do esterno.

Ligamento costo-clavicular: estende-se da porção mais lateral da primeira

cartilagem costal até à face inferior da clavícula.

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ÚMERO

• Classificação: par, longo, com um corpo e duas extremidades.

• Articula-se com a escápula, o rádio e a ulna.

• O corpo do úmero apresenta o sulco do nervo radial.

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Extremidades:

• Superior: apresenta uma superfície articular – a cabeça do úmero - que

se encontra limitada lateralmente pelo colo do úmero. Lateralmente à

cabeça do úmero observa-se uma saliência – tubérculo maior – e

anteriormente o tubérculo menor. Entre os dois tubérculos existe o sulco

intertubercular.

• Inferior: tem o capítulo do úmero, a tróclea do úmero, fossa coronoideia,

fossa radial, sulco do nervo ulnar. O que separa o capítulo do úmero da

tróclea do úmero é o sulco capítulo-troclear.

ARTROLOGIA DO OMBRO

• Constituída pela articulação do ombro ou escápula-umeral.

• Classificação esferoideia – possui uma cápsula articular.

• As superfícies articulares compreendem a cabeça do úmero e a cavidade

glenoidal da escápula que é aumentada pelo lábio glenoidal.

• Meios de união: cápsula articular, sendo esta reforçada por três ligamentos

passivos:

§ Córaco-umeral: insere-se na margem lateral do processo coracoide.

§ Córaco-glenoidal: insere-se na porção posterior da margem lateral do

processo coracoide e na face externa do lábio glenoidal.

§ Gleno-umerais: três fitas fibrosas que se localizam na face anterior da

cápsula articular.

o Superior: insere-se na porção superior do lábio glenoidal e no colo

da escápula.

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o Médio: insere-se no lábio glenoidal ao nível do ligamento gleno-

umeral superior e lateralmente na porção inferior do tubérculo

menor

o Inferior: principal estabilizador estático, insere-se no lábio

glenoidal e na porção superior do corpo do úmero.

OMBRO – BOLSAS SINUVIAIS

Bursa subdeltoideia. Uma bursa é uma bolsa com líquido sinovial que permite

um deslizamento e movimentação das estruturas reduzindo desta forma o

atrito.

ULNA

• Osso par e longo.

• Encontra-se situado na parte medial do antebraço.

• Articula-se com o úmero, o rádio e o piramidal.

• Corpo da ulna - forma de prisma triangular, três faces e três margens. Face

anterior: apresenta um forame nutrício. Face posterior: encontra-se dividida

pela crista longitudinal. Face medial: dá inserção a fascículos do músculo

flexor profundo dos dedos. Extremidade superior: incisura troclear, incisura

radial, processo coronoide. Extremidade inferior: cabeça da ulna, processo

estiloide da ulna.

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RÁDIO

Osso par e longo. Situa-se na porção lateral do antebraço. Articula-se com a

ulna, o úmero, o escafoide e o semilunar. Corpo do rádio: prisma triangular.

Face anterior: forame nutrício do rádio e na margem anterior inicia-se a

tuberosidade do rádio. Extremidade superior tuberosidade do rádio.

Extremidade inferior: processo estiloide do radio e incisura ulnar no rádio.

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ARTROLOGIA DO COTOVELO

A articulação do cotovelo pode subdividir-se em três articulações

• Úmero-ulna (glínglimo ou trocleartrose)

• Úmero-rádio (condiloartrose)

• Rádio-ulnar superior (trocartrose)

Classificação: gínglimo-elipsóido-trocloideia

Meios de união: as superfícies articulares do cotovelo são mantidas graças à

existência de uma cápsula articular e cinco ligamentos de reforço. Ligamento

anterior: insere-se entre o epicôndilo medial e o epicôndilo lateral. Salientam-

se dois fascículos: oblíquo-lateral e oblíquo-medial. Ligamento posterior:

diversos fascículos: fascículos úmero-olecranianos oblíquos, fascículos-

olecranianos verticais, fascículos úmero-umerais.

Ligamento colateral ulnar: é o mais desenvolvido e pode distinguir-se em

quatro fascículos: fascículo anterior, fascículo médio, fascículo posterior,

fascículo arciformes.

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Ligamento colateral radial: é em forma de leque, constituído por três fascículos

– anterior, médio e posterior.

Ligamento quadrado (Denucé) é uma lâmina quadrilátera que se estende desde

a margem inferior da incisura radial ao colo do rádio.

Mecanismo articular:

Flexão, extensão, lateralidade, supinação e pronação.

A mão é constituída por 27 ossos divididos em três grupos: carpo (8 ossos),

metacarpo (5 ossos), dedos constituídos por falanges.

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Metacarpo – 5 ossos longos denominados primeiro, segundo, terceiro, quarto e

quinto. Falanges: no polegar são proximais e distais. Nos restantes temos

proximais médias e distais.

Túnel cárpico – por onde passam os nervos para as mãos e dedos

ARTICULAÇÃO DO PUNHO (RÁDIO-CARPAL)

Classificação – elipsóideia composta

Superfícies articulares – a cavidade glenoideantebraquial é constituída pela

extremidade inferior do rádio e pelo disco articular da articulação rádio ulnar

inferior.

O condilo carpal é constituído pelas faces articulares superiores do escafoide

do semilunar e do piramidal. Sendo estes unidos por vários ligamentos

interósseos. Ligamento rádio carpal palmar – reforça a porção anterior da

cápsula articular sendo formada por dois fascículos: fascículo rádio-carpal e

fascículo ulno-carpal. Ligamento rádio carpal dorsal: insere-se no rádio e na

face posterior do semilunar e do piramidal. O ligamento colateral radial insere-

se no processo estiloide do radio e no tubérculo escafoide. Ligamento colateral

ulnar insere-se no processo estiloide da ulna e no pisiforme e piramidal.

MECANISMO ARTICULAR

Flexão, extensão, abdução, circundação e rotação

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MIOLOGIA DO MEMBRO SUPERIOR

MÚSCULOS DA CINTURA ESCPULAR ANTERIORES

1. Músculo peitoral maior;

2. Músculo peitoral menor;

3. Músculo subclávio.

MEDIAL

1. Músculo serrátil anterior.

POSTERIORES

1. Músculo subescapular;

2. Músculo supraespinhal;

3. Músculo infraespinhal;

4. Músculo redondo menor;

5. Músculo redondo maior.

LATERAL

1. Músculo deltóide.

MÚSCULOS DO BRAÇO

ANTERIORES

1. Músculo bicípete braquial;

2. Músculo córaco-braquial;

3. Músculo braquial.

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POSTERIORES

1. Músculo tricípete braquial.

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO

ANTERIORES

1. Músculo pronador redondo;

2. Músculo flexor radial do carpo;

3. Músculo palmar longo;

4. Músculo flexor ulnar do carpo;

5. Músculo flexor superficial dos dedos;

6. Músculo flexor profundo dos dedos;

7. Músculo flexor longo do polegar;

8. Músculo pronador quadrado.

MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO

LATERAIS

1. Músculo bráquio-radial

2. Músculo extensor radial longo do carpo

3. Músculo extensor radial curto do carpo

4. Músculo supinador

POSTERIORES

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1. Músculo extensor dos dedos;

2. Músculo extensor do dedo mínimo;

3. Músculo extensor ulnar do carpo.

4. Músculo ancónio

5. Músculo abdutor longo do polegar

6. Músculo extensor longo do polegar

7. Músculo extensor curto do polegar

8. Músculo extensor do dedo indicador

MÚSCULOS DA MÃO*

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MÚSCULOS ANTERIORES DO ANTEBRAÇO

PRIMEIRO PLANO

1. Músculo pronador redondo;

2. Músculo flexor radial do carpo;

3. Músculo palmar longo;

4. Músculo flexor ulnar do carpo;

SEGUNDO PLANO

1. Músculo flexor superficial dos dedos;

TERCEIRO PLANO

1. Músculo flexor profundo dos dedos;

2. Músculo flexor longo do polegar;

QUARTO PLANO

1. Músculo pronador quadrado.

MÚSCULO LATERAIS DO ANTEBRAÇO

1. Músculo bráquio-radial

2. Músculo extensor radial longo do carpo

3. Músculo extensor radial curto do carpo

4. Músculo supinador

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MÚSCULOS POSTERIORES DO ANTEBRAÇO

PLANO SUPERFICIAL

1. Músculo extensor dos dedos;

2. Músculo extensor do dedo mínimo;

3. Músculo extensor ulnar do carpo.

4. Músculo ancónio

PLANO PROFUNDO

1. Músculo abdutor longo do polegar

2. Músculo extensor longo do polegar

3. Músculo extensor curto do polegar

4. Músculo extensor do dedo indicador

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ANATOMIA E FISIOLOGIA I

Osteoartrologia da Cintura Pélvica

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INTRODUÇÃO

O cíngulo do membro inferior ou pelve é constituída pela parte sacro-cóccigea

da coluna vertebral, pelos ossos coxais e pelas articulações e ligamentos que

unem estes ossos.

A pelve esquelética sustenta e protege as vísceras, assim como permite uma

grande fixação para as pernas e os músculos do tronco.

Constitui o maior mecanismo para transmissão de peso da cabeça, tronco e

membros superiores para os membros inferiores.

A sua conformação apresenta diferenças entre sexos e raças.

A hormona Relaxina produzida na gestação provoca alterações ao nível das

articulações e ligamentos pélvicos.

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OSTEOLOGIA DO CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR OU PELVE

O osso coxal é um osso largo, sendo constituído por três porções: o ílio, o ísquio

e o púbis.

A porção central e espessa apresenta uma cavidade articular – acetábulo. O ílio

é achatado e largo, encontrando-se superiormente ao acetábulo e sendo

constituído pelo corpo e pela asa. Inferiormente ao acetábulo encontra-se o

forame obturado, anteriormente a este encontra-se o púbis e posteriormente

encontra-se o ísquio.

O púbis é formado pelo corpo do púbis, pelo ramo superior do púbis, que liga

o corpo do púbis à porção anterior do acetábulo e pelo ramo inferior do púbis,

que liga o corpo do púbis ao ramo do ísquio.

O ísquio é formado pelo corpo do ísquio e pelo ramo do ísquio. O ramo ísquio-

púbico resulta da união do ramo do ísquio com o ramo inferior do púbis.

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ORIENTAÇÃO

A cavidade articular é lateral, a maior incisura existente no rebordo desta

cavidade é inferior e o maior ressalto que limita esta incisura é posterior.

CONEXÕES

O coxal articula-se com o sacro, com o coxal do lado oposto e com o fémur.

DESCRIÇÃO

O coxal apresenta um contorno quadrilátero e irregular, apresentando assim

duas faces, quatro margens e quatro ângulos.

FACE LATERAL

Esta face apresenta o acetábulo na sua porção média. Superiormente a esta

cavidade encontra-se a face glútea e inferiormente o forame obturado. O

acetábulo articula-se com a cabeça do fémur e é circunscrita por um rebordo,

o limbo do acetábulo, que apresenta três incisuras. Estas correspondem aos

pontos de junção das três partes ósseas que constituem o coxal (ílio, ísquio,

púbis).

A incisura ílio-púbica (situada anteriormente) é formada pela união do púbis

com o ílio; a incisura ílio-isquiática (situada posteriormente) é constituída pela

junção do ílio com o ísquio. A incisura do acetábulo é a mais larga e mais

profunda e situa-se inferiormente entre o ísquio e o púbis.

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O acetábulo é constituído por uma porção não articular – a fossa do acetábulo,

tem forma quadrilátera e constitui o fundo do acetábulo e uma porção articular

– a face semilunar, sendo periférica e em forma de crescente.

A face glútea encontra-se situada superiormente ao acetábulo. Aqui encontra-

se a linha glútea anterior e a linha glútea posterior. Estas duas linhas dividem

a face glútea em três zonas:

• Zona anterior: dá inserção ao músculo glúteo mínimo. Pode ser limitada

anteriormente pela linha glútea inferior.

• Zona média: dá inserção ao músculo glúteo médio.

• Zona posterior: dá inserção ao músculo glúteo máximo.

Próximo da linha glútea anterior encontra-se o forame nutritivo principal coxal.

Inferiormente ao acetábulo encontra-se o forame obturado. Este forame

encontra-se circunscrito superiormente pelo acetábulo, anteriormente pelo

púbis e posteriormente pelo ísquio.

O forame obturado apresenta duas margens, que se unem inferiormente,

afastando-se superiormente. Deste afastamento resulta o sulco obturador

(aqui passam o nervo e vasos obturadores). Relacionados com este sulco

encontram-se o tubérculo obturador anterior e o tubérculo obturador posterior.

O forame obturado encontra-se preenchido pela membrana obturadora.

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FACE MEDIAL

Encontra-se dividida em duas partes por uma crista dirigida com obliqualidade

antero-inferior, a linha inominada, que limita a pelve maior da pelve menor.

Súpero-lateralmente a esta linha encontra-se uma escavação, a fossa ilíaca

onde se insere o músculo ilíaco.

Póstero-inferiormente à linha inominada encontram-se, indo de superior para

inferior: a tuberosidade ilíaca, onde se inserem ligamentos que unem o sacro

ao coxal; a face auricular, que se articula com uma face semelhante existente

no sacro; uma superfície plana e quadrilátera, que corresponde ao acetábulo,

onde se insere o músculo obturador interno e, finalmente, o forame obturado.

MARGEM ANTERIOR

Esta margem, muito acidentada, apresenta, indo de superior para inferior a

espinha ilíaco ântero-superior, onde se inserem os músculos sartório e o tensor

da fáscia lata; a incisura inominada por onde passa o nervo cutâneo femoral

lateral; a espinha ilíaca ântero-inferior, onde se insere o tendão direto do

músculo reto anterior; a superfície pectínea, onde se insere o músculo

pectíneo, a qual é limitada posteriormente pela linha pectínea; o tubérculo do

púbis, que se encontra na extremidade medial da superfície pectínea e,

medialmente a esta espinha encontra-se uma superfície rugosa que dá

inserção aos músculos piriforme e reto do abdómen.

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MARGEM POSTERIOR

Apresenta indo de superior para inferior: a espinha ilíaca póstero-superior,

onde se inserem músculos e ligamentos; uma incisura inominada; a espinha

ilíaca póstero-inferior, onde se inserem músculos e ligamentos; a incisura

isquiática maior, onde passam o músculo piriforme, vasos e nervos; a espinha

isquiática, onde se insere o ligamento sacro-espinhal; a incisura isquiática

menor, cuja é atravessada pelo músculo obturador interno, vasos e nervos.

MARGEM SUPERIOR

Apresenta a crista ilíaca, forma de “s” itálico, onde se inserem os músculos

largos do abdómen. Apresenta o lábio externo e o interno, entre eles encontra-

se a linha intermédia.

MARGEM INFERIOR

Dirige-se com obliqualidade póstero-inferior. É constituída pelo ramo inferior

do púbis e pelo ramo do ísquio.

ÂNGULOS

Apresenta quatro ângulos. O ângulo ântero-inferior apresenta uma saliência

conhecida por ângulo do púbis e o póstero-inferior constitui a tuberosidade

isquiática, onde se inserem vários músculos.

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ARTROLOGIA DA PELVE

Os dois coxais articulam-se entre si, formando a sínfise púbica (por intermédio

do púbis) e com o sacro, constituindo as articulações sacro-íliacas. Existem

ainda o ligamento sacro-tuberal, sacro-espinhal, sendo o forame obturado

coberto pela membrana obturadora.

ARTICULAÇÃO SACRO-ILÍACA

Ocorre entre o sacro e o coxal.

Classifica-se como sínfise.

Superfícies articulares: do lado do sacro encontra-se a face auricular do sacro

e do lado do coxal encontra-se a face auricular do coxal. Estas superfícies

articulares são revestidas por uma camada profunda de cartilagem hialina e

por outra mais superficial de fibro-cartilagem.

Meios de união: as duas superfícies articulares são mantidas em posição por

intermédio de uma cápsula articular e por ligamentos intrínsecos – ligamentos

sacro-ilíacos anterior, posterior e interósseo, encontrando-se ainda um

ligamento extrínseco – ligamento ílio-lombar.

A cápsula articular insere-se no contorno das faces auriculares do sacro e do

coxal.

O ligamento sacro-ilíaco anterior insere-se medialmente na base e na face

anterior do sacro, lateralmente aos dois primeiros forâmenes sagrados

anteriores, dirigindo-se lateralmente para a fossa ilíaca.

O ligamento sacro-ilíaco posterior é constituído por quatro feixes que se

inserem na porção posterior da crista ilíaca e na crista sagrada lateral, situada

lateralmente aos forames sagrados posteriores.

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O ligamento ilío-tranverso sacral insere-se na porção posterior da crista ilíaca

e no processo transverso do sacro.

O ligamento ílio-lombar insere-se no ápice do processo transverso da 5ª

vértebra lombar e na crista ilíaca e tuberosidade ilíaca.

Membrana sinovial: reveste a superfície interna da cápsula articular.

SÍNFISE PÚBICA

Articulação entre os dois púbis.

Classificação: sínfise.

Superfícies articulares: constituídas pelas faces sinfisiais existentes no púbis,

sendo revestidas por cartilagem hialina.

Meios de união: o disco interpúbico é uma fibro-cartilagem que ocupa o espaço

entre as superfícies articulares.

Os ligamentos periféricos são quatro, sendo um anterior, um posterior, um

superior e um inferior.

O ligamento anterior encontra-se situado anteriormente à sínfise púbica,

inserindo-se nos dois púbis.

O ligamento posterior situa-se posteriormente à sínfise púbica, inserindo-se

também nos dois púbis.

O ligamento superior estende-se de um púbis ao outro, situando-se na porção

superior da sínfise púbica.

O ligamento inferior

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ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Introdução à Fisiologia

Anatomia e Fisiologia I
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Fisiologia

Estuda a forma como o organismo funciona, focando-se nas várias dimensões

do organismo.

Átomos – moléculas - célula – tecidos – órgão – sistemas de órgãos – organismo.

Homeostasia - equilíbrio entre sistemas de órgãos.

É impossível um equilíbrio em Fisiologia, estamos constantemente a receber

estímulos que vão cotra a homeostasia, alteram-na. O organismo responde no

sentido de reequilibrar o sistema.

Estímulo – alteração do equilíbrio – resposta – homeostasia.

Mecanismos de retroalimentação - feedback

Retroalimentação negativa - mais comum, reduz o estímulo

Exemplo: ar condicionado frio, organismo deteta o frio (sensores), enviam essa

resposta ao sistema nervoso central, vasoconstrição (menos sangue junto à

pele – menos perda de calor junto à pele)

Retroalimentação positiva – menos comum, aumenta/potencia o estímulo. Não

conduzem à homeostasia. Não homeoestático, mas fisiológico.

Exemplo: parto – pressão no colo do útero, produção de hormonas (ocitocina).

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Célula

Membrana celular – veículo de substância entre o meio intracelular e

extracelular.

Formação: camada de moléculas – fosfolípidos – organizada em bicamada. Uma

extremidade é hidrofílica (meio extracelular), a parte central é formada por

moléculas hidrofóbicas – lípidos – que repelem a água. Esta camada designada

Bicamada Fosfolípidica.

Forma-se uma barreira que apenas permite a passagem de algumas

substâncias.

Substância que permitem a passagem: canais com proteínas com poros.

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Difusão simples

Uma determinada substância num determinado meio vai ter sempre

movimentos aleatórios – mais rápidos ou menos.

Maior concentração ® menor concentração (até se atingir um equilíbrio). A

favor do gradiente de concentração.

Fluxo depende:

o Gradiente de concentração (quanto maior a diferença de concentração

entre os dois compartimentos, mais rápido o fluxo);

o Distância (quanto maior for, menor o fluxo)

o Área de superfície (quanto maior a área da membrana para as trocas, maior

fluxo);

o Polaridade da molécula (depende da composição);

o Massa da molécula (quanto maior for, mais difícil é o movimento);

o Meio (meio gasoso é mais rápido);

o Temperatura (maior temperatura maior energia cinética.

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Transporte mediado

Transportadores que permitem passagem.

Exemplo: iões têm carga elétrica – passam por canais iónicos

Depende:

o Número de transportadores (maior num maior fluxo)

o Saturação de transportadores

o Velocidade de alteração de conformação dos transportadores

Existem dois tipos de transporte mediado:

o Difusão facilitada: sem consumo de energia. Maior concentração ® menor

concentração. A favor do gradiente de concentração.

Exemplo: GLUT.

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o Transporte ativo: consumo de energia. Primário ATP. Secundário: diferença

de concentração de outro soluto (exemplo glucose). Menor concentração ®

maior concentração.

ATPases: Na/K, H/K, Ca, H.

Exemplo: Bomba sódio-potássio: retira sódio da célula e coloca potássio na

célula. Tira 3 Na quando entram 2 K (primário).

Transportador sódio-glucose (secundário) – o sódio entra a favor do

gradiente e arrasta a glucose contra o gradiente.

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Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Osmose

Implica apenas a passagem de água através de uma membrana semipermeável

Diferenças de osmoralidade. A osmoralidade tem de ser mantida num

determinado intervalo para a célula funcionar -> 300 mOsm. A água vai querer

diluir o soluto, passando de onde há mais água para onde há menos, isto é,

onde há menos soluto para onde há mais.

Tonicidade: soluções hipertónicas, isotónicas, hipotónico.

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Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Endocitose e exocitose

Através de vesículas. O soluto não atravessa a membrana – é capsulado.

Potencial de membrana

O meio intracelular é mais negativo do que o extracelular, entram dois K+ e

saem três Na+. O gradiente de concentração e elétrico fazem o sódio entrar.

Por gradiente elétrico começa a sair, mas continua a entrar por gradiente de

concentração. Potencial elétrico: potencial de cargas de sinais opostos

aproximam-se (Volt). A água é um condutor. A membrana plasmática, rica em

lípidos, não condutores, funciona como um isolante, separando dois

componentes condutores.

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Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Diferença de potencial elétrico – diferença de cargas elétricas. Potencial de

membrana (mVolts).

Canais dependentes de voltagem - abrem e fecham dependendo do potencial:

o Sódio:

• Repouso, negativo, porta ativação fechada, não passa sódio

• Começa a ficar menos negativo potencial de membrana, porta de

ativação abre, passa sódio, entram cargas positivas para a célula,

potencial de membrana menos negativo

• Potencial de membrana mais positivo, porta de inativação fecha, não

entra sódio, volta ao início.

o Potássio

• Canal de potássio aberto – potássio sai, potencial de membrana fica

mais negativo.

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Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Potencial de ação

Potencial de repouso é a diferença de potencial entre o espaço extracelular e

o espaço intracelular, depende das concentrações iónicas e da permeabilidade

da membrana. Permanece estável até ocorrerem estímulos, uma alteração

transitória no potencial de membrana produz sinais elétricos.

• Despolarização

• Repolarização

• Hiperpolarização

O potencial da membrana (repouso) em -70 mVolts é polarizado. A

despolarização ocorre quando o potencial de membrana se torna menos

negativo. A passagem de 0 a positivo refere-se a uma reversão da polaridade

do potencial de membrana. Quando o potencial da membrana é despolarizado,

retornam ao seu valor de repouso, ou seja, ocorre a repolarização. Por fim,

ocorre a hiperpolarização que é quando o potencial de ação é mais negativo

do que a nível de repouso.

Anatomia e Fisiologia I
Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Despolarização:

• Canais de Na+ abertos;

• Canais de K+ fechados.

Repolarização:

• Canais de Na+ inativados;

• Canais de K+ abertos.

Hiperpolarização:

• Canais de Na+ fechados;

• Canais de K+ abertos.

Regresso ao potencial de repouso:

• Canais de Na+ fechados;

• Canais de K+ fechados.

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Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Período refratário

o Absoluto: um segundo estímulo, independentemente da magnitude, não

produz um segundo potencial de ação. Canais de Na+ ainda abertos ou

inativados. A porta de inativação que bloqueou os canais tem de ser

removida mediante a repolarização da membrana e o encerramento deve

ocorrer antes que os canais possam ser reabertos.

o Relativo: um segundo estímulo de amplitude suficiente para atingir o limiar

de ação produz um segundo potencial de ação. Alguns canais Na+ abertos

e K+ abertos. Este período coincide com período pós-hiperpolarização. A

partir do período refratário relativo, é possível que um novo estímulo

polarize a membrana acima do potencial limiar.

Anatomia e Fisiologia I
Inês Marques Batista Turma 16 198921002
ANATOMIA E FISIOLOGIA I

Cabeça Óssea I e II

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista Turma 16 198921002
A cabeça óssea pode ser subdividida em parte superior (calvária e base do

crânio) e parte inferior (esqueleto da face). A calvária e a base do crânio

envolvem a cavidade do crânio contendo o encéfalo. A base do crânio está

dividida em três andares:

• andar anterior – limitado anteriormente pelo limite anterior do osso

frontal e limitado posteriormente pelo sulco pré-quiasmático; é

constituído pelo frontal, pelo etmóide e pelo esfenóide;

• andar médio – limitado anteriormente pelo limite posterior do andar

anterior e limitado posteriormente pelo corpo do esfenóide (dorso da

sela); é constituído pelo esfenóide, parietal e temporal;

• andar posterior – limitado anteriormente pelo limite porterior do andar

médio e limitado posteriormente pelo limite posterior do occipital; é

constituído apenas pelo occipital.

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Descrição anatómica de um osso

1. nome;

2. tipo de osso (longo, largo, curto);

3. número (par/ímpar);

4. localização;

5. conexões (articula-se com...);

6. orientação;

7. descrição (principais acidentes anatómicos).

Nervos cranianos

Formam-se no tronco cerebral e saem do crânio através de pequenos buracos

para cumprirem as suas funções.

• Olfativo;

• Ótico;

• Oculomotor – movimento do olho;

• Troclear – movimento do olho;

• Trigémeo – vai-se trifurcar e dar origem a três nervos deferentes

(oftálmico, maxilar e mandibular);

• Abducente – movimento do olho;

• Facial – mímica facial;

• Vestibulo-coclear – audição;

• Glosso-faríngeo – “engolir”;

• Vago – enerva todo o corpo;

• Acessório – ao nível do pescoço;

• Hipoglosso – ao nível da língua.

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Ossos do crânio

Osso frontal

É o osso mais anterior do crânio. Articula-se com os nasais, a maxila, as asas

maiores do esfenóide, o zigomático, o temporal, o lacrimal, o etmóide e o

parietal. Tem uma:

• face anterior – é uma superfície convexa, apresenta umas pequenas

iminências frontais (uma de cada lado), dois arcos superciliares (limitam

superiormente a cavidade orbitária e são limitados lateralmente por

uma pequena lâmina (processo zigomático), medialmente apresenta a

espinha nasal (onde o osso frontal se articula com os ossos nasais);

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Inês Marques Batista Turma 16 198921002
• face posterior – superfície côncava, tem duas grandes escavações, o

forame cego (buraco onde não entra, nem sai nada do crânio),

superiormente a este forame existe a crista frontal, que limita

inferiormente a grande escavação do sulco do seio sagital superior:

o local onde o sangue venoso flui;

o o sistema nervoso central não tem veias para drenar grandes

quantidades de sangue

o o cérebro é protegido por três membranas:

§ pia-máter: é a mais internamente ligada ao cérebro.

§ Aracnoide-máter: constituída por pequenas vénulas.

§ Dura-máter: camada muito grossa; principal camada que

protege o cérebro; membrana altamente resistente.

• Inferior – apresenta uma incisura onde se encaixa o osso etmóide.

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Osso Parietal

Situa-se na face lateral do crânio. Osso par e largo.

Articula-se com o frontal, o occipital, o temporal e o esfenóide.

Tem duas faces:

• Face exocraniana ou externa – apresenta duas pequenas saliências

(linha temporal superior e linha temporal inferior - onde se insere o

músculo temporal (responsável pela mastigação)); apresenta o forame

parietal.

• Face endocraniana ou interna – apresenta na porção média a fossa

parietal, encontra-se nesta face vários sulcos da artéria meníngea

média.

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Osso Etmóide

Osso ímpar, de pequenas dimensões.

Situa-se na linha média do crânio, mais anterior.

Articula-se com o frontal, o esfenóide, a cartilagem septo-nasal, os nasais, o

vómer, a concha nasal inferior, o palatino e com os lacrimais.

É constituído por duas lâminas:

• Horizontal: saem duas grandes massas que são os labirintos

(equivalente à concha nasal superior e média). O nervo olfativo

atravessa a lâmina cribriforme para chegar ao nariz. Os labirintos têm

quatro faces:

o face anterior,

o face medial – destaca-se uma concha nasal superior e uma concha

nasal média. NOTA: a concha nasal superior é a concha

responsável pelo olfato, uma vez que esta se encontra mais

próxima do nervo olfativo

o face lateral – possui uma grande lâmina (lâmina

orbitária/papirácia) que pertence à parede medial da cavidade

orbitária.

o face posterior.

• Vertical: é dividida em duas porções pela lâmina horizontal. A interseção

das duas lâminas define a porção da lâmina vertical fica dentro do

crânio em contacto com o cérebro e que a porção da lâmina horizontal

fica fora do crânio e no septo nasal. A porção superior da lâmina vertical

chama-se apófise crista-galli. Nesta crista insere-se uma derivação da

dura-máter que se denomina foice do cérebro. A porção inferior da

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lâmina vertical designa-se lâmina perpendicular e faz parte do septo

nasal.

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Osso Esfenóide

Osso ímpar.

Situa-se na base do crânio.

Articula-se com todos os ossos do crânio e com o zigomático, o vómer, e os

palatinos.

É constituído por

• um corpo – tem uma forma cuboide, distinguindo-se seis faces:

o face superior: dentro do crânio. Na porção mais anterior do

corpo é onde se implantam as asas menores. Possui dois

canais óticos, onde os nervos óticos atravessam o esfenóide e

a artéria oftálmica. Atrás do canal ótico existe uma escavação,

a sela turca (limitada atrás pelo dorso da sela e à frente pelo

tubérculo da sela) onde se encontra a hipófise;

o face inferior;

o face anterior: apresenta na linha mediana a porção inferior da

crista esfenoidal anterior;

o face posterior: apresenta uma superfície rugosa que une o

esfenoide ao occipital;

o face lateral.

• duas asas menores: duas faces, a face superior relaciona-se

diretamente com o cérebro e a face inferior pertence à cavidade

orbitária.

• dois processos pterigoides

• duas asas maiores

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
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O pequeno espaço que se delimita entre as asas maiores e menores do

esfenoide formam a fenda orbital superior. Esta é dividida em dois espaços

pelo anel de zinn. Dentro do anel de zinn só passam nervos – nervo

oculomotor (terceiro par craniano), nervo abducente (sexto par craniano) e

nervo nasociliar (ramificação do nervo trigémeo – quinto par). Fora do anel

de zinn passam nervos, veias e uma pequena artéria - ramo meníngeo

recorrente (artéria inconstante); veia olftálmica; nervo frontal; nervo

lacrimal; nervo troclear.

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Osso Occipital

Ímpar.

Osso mais posterior da cavidade craniana.

Articula-se com os parietais, os temporais, o esfenóide, o atlas.

Forame magno - grande buraco central de forma ovalar. Dá passagem à

medula espinhal do cérebro para a coluna vertebral e às artérias vertebrais.

Apresenta quatro estruturas situadas à volta do forame magno:

• anterior: parte basilar (tem uma escamação na sua linha média que

se denomina clivo, onde passa a artéria basilar).

• duas laterais

• posterior: escama do occipital (tem quatro fossas, duas inferiores –

fossas cerebelosas, estando em contacto com o cerebelo e duas

superiores – são as fossas cerebrais, estando em contacto com o

cérebro; entre os dois pares de fossas, existe o sulco do seio sagital

superior)

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o NOTA: o seio transverso separa as fossas cerebelosas das

fossas cerebrais. Na articulação do occipital com o temporal é

formado o forame jugular.

Osso Temporal

Osso par.

Encontra-se na face lateral do crânio.

Articula-se com o parietal, o occipital, o esfenóide, a mandíbula e o

zigomático.

Face exocraniana: apófise zigomática.

Face endocraniana: sulcos vasculares.

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Ossos da face

Maxila

Osso mais anterior.

Articula-se com o osso frontal, nasais, etmóide, lacrimal, zigomático,

palatino.

Seio maxilar: maior seio que existe (cavidade pneumática – possui orifícios

que permitem a passagem de ar).

Face superior: consitui parte do pavimento da órbita.

Face inferior: arcada superior da boca – tem um processo frontal, processo

zigomático, processo lâmino-maxilar e processo palatino.

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Zigomático

Osso par.

Articula-se com o frontal, maxilar, temporal e esfenóide.

Localiza-se na parte superior e lateral da face.

Serve como ponto de inserção do músculo masseter (músculo da

mastigação).

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Palatino

Osso par.

Articula-se com a maxila, o esfenóide, o etmóide, o vómer.

Porção mastoide – porção do palatino (cavidade pneumática).

Porção petrosa – porção do palatino, forma de pirâmide quadrangular com

• uma base – orifício do canal auditivo externo,

• um vértice – orifício superior da carótida

• quatro faces.

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Mandíbula

Osso ímpar e mediano.

Articula-se com os dois temporais.

Constituído pelo corpo e por dois ramos.

O corpo é a arcada dentária inferior.

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Inês Marques Batista Turma 16 198921002
Vómer

Osso par.

Localiza-se na linha mediana da fossa nasal. Faz parte do septo nasal.

Articula-se com o esfenóide, etmóide, palatino, maxila e septo nasal.

Nasal, lacrimal, concha nasal inferior

• nasal – osso par, localiza-se na linha mediana e parte superior da

face. Articula-se com o frontal, o etmóide, o lacrimal,

• lacrimal – osso par e localiza-se na parede interna da cavidade

orbitária. Articula-se com o frontal, etmóide, maxila.

• Concha nasal inferior – osso par. Articula-se com o etmoide, maxila,

lacrimal e palatino. Pequeno. Constitui os seios nasais.

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
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ANATOMIA E FISIOLOGIA I

O SANGUE E OS SEUS CONSTITUINTES


O SANGUE

O sangue encontra-se num componente intravascular, isto é, dentro dos vasos, quer sejam

capilares, artérias ou veias. Ocupando um volume médio de 5 litros.

O sangue tem várias funções:

o Transporte: gases (dióxido de carbono, oxigénio), nutrientes, hormonas, enzimas,

proteínas e produtos de degradação;

o Regulação do pH através de buffers (substâncias tampão) em níveis de 7,35-7,45 e da

osmose;

o Manutenção da temperatura, porque o sangue quente é transportado do interior do

corpo para a superfície, onde este é libertado;

o Resposta imunitária (série branca dos leucócitos) contra microorganismos e toxinas;

o Hemostase (cascata da coagulação e plaquetas) – conjunto de processos/reações a

partir de fatores de coagulação e plaquetas, que permitem que, quando há a laceração

de um vaso, essa hemorragia seja contida, não havendo perda excessiva de sangue e,

por outro lado, não haja formação de trombos de uma forma despropositada.

Através do processo de centrifugação, podemos dividir os constituintes do sangue em dois

grandes componentes, decantando-se o Plasma, composto por água, proteínas, iões,

nutrientes, produtos de degradação, gases e substâncias reguladoras.

o Água: atua como solvente e meio de suspensão dos componentes do sangue;

o Proteínas:

o Albumina: responsável pela viscosidade e pressão osmótica, atua como

tampão;

o Globulina: transporte

o Fibrinogénio: coagulação

o Iões como sódio, potássio, cálcio que estão envolvidos na osmose

o Nutrientes como a glicose, aminoácidos, colesterol e vitaminas, que são fontes de

energia, componentes básicos de moléculas mais complexas

o Produtos de degradação como a ureia e a bilirrubina

o Gases como o oxigénio, o dióxido de carbono e o azoto necessário para a respiração

aeróbia
o Substâncias reguladoras como as enzimas

E ainda em Elementos Figurados, constituídos por uma camada branca (plaquetas e leucócitos)

e uma série vermelha (células eritrocitárias).

ELEMENTOS FIGURADOS

Todos os elementos figurados do sangue têm uma origem comum, as células estaminais,

localizadas na medula óssea vermelha.

A hematopoiese, ocorre ao nível da medula óssea e é o conjunto de fases pelos quais os vários

elementos figurados do sangue vão passar até atingirem a sua forma madura em que têm uma

forma e função muito específica.

A partir de uma célula estaminal com pouco grau de diferenciação há um processo de

maturação e de diferenciação nas várias linhagens que vão constituir os elementos figurados.

Existem essencialmente duas linhagens: linfoide e mieloide. As células indiferenciadas

hematopoiéticas são células precursoras capazes de se dividirem, produzindo células filha que

se podem diferenciar em: proeritroblastos, a partir dos quais se desenvolvem os eritrócitos;

os mieloblastos, que dão origem aos basófilos, eosinófilos e neutrófilos; os linfoblastos, que

originam os linfócitos; os monoblastos que produzem os monócitos e os megacarioblastos que

originam as plaquetas.

ERITRÓCITOS

Os glóbulos vermelhos provêm dos proeritroblastos e dos eritroblastos. Sendo que nos

indivíduos do sexo masculino existem cerca de 5,4 milhões de hemácias por milímetro cúbico

e os indivíduos do sexo feminino têm cerca de 4,8.

MORFOLOGIA: Têm a forma de lente bicôncava, relacionada com a sua função, permitindo que

a entrada e saída dos gases da célula seja mais rápida. Na sua forma matura não têm núcleo,

porque extrusão do núcleo na sua maturação, sendo que o seu principal componente a

hemoglobina, responsável pela sua cor vermelha. Os eritrócitos são ainda constituídos por

lípidos, ATP e enzima anidrase carbónica (catalização). Tempo de circulação 4 meses.

FUNÇÃO: a sua principal função é o transporte de oxigénio dos pulmões para os vários tecidos

do corpo e do dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões.


A hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigénio e dióxido de carbono, é compostas

por quatro cadeias de polipeptídeos, as globinas e quatro grupos heme (átomos de ferro),

associado à afinidade com o oxigénio (ferro).

A sua síntese é estimulada por uma baixa de oxigénio, aumento da síntese de eritropoitina

(hormona). Assim, todos os estímulos para que haja uma maior necessidade de transporte e

transmissão de maior quantidade de oxigénio aos tecidos serão também um estímulo para a

produção de eritrócitos. Quando temos a hemoglobina baixa e o número de eritrócitos também,

havendo anemia. Abaixo de 12 nos homens, abaixo de 10 mulheres.

GLÓBULOS BRANCOS

Granulócitos:

Neutrófilo tem um núcleo com dois ou quatro lobos. A sua função é fagocitar microorganismos.

Basófilo tem núcleo com dois lobos. A sua função é libertar histamina.

Eosinófilo tem núcleo bilobado. A sua função é libertar mediadores químicos que reduzem a

inflamação.

Agranulócitos:

Linfócitos tem núcleo redondo. A sua função é produzir anticorpos para a destruição de

microrganismos. Contribui para reações alérgicas, rejeição de enxertos, controlo de tumores e

regulação do sistema imunitário.

Monócitos têm núcleo em forma de ferradura/rim. A sua função é a fagocitose, quando sai do

sangue transforma-se em macrófago.

PLAQUETAS

São fragmentos de células. A sua função é formar agregados plaquetários, permitindo a

coagulação do sangue.

SORO E PLASMA

O plasma trata-se da parte líquida do sangue colhida em meio anticoagulante (como EDTA

ácido etilenodiamino tetra-acético). Por outro lado, o soro trata-se da parte líquida do sangue

após a coagulação, tirando os fatores de coagulação.


GRUPOS SANGUÍNEOS
SISTEMA AB0

Chama-se dador a quem doa sangue e recetor a quem o recebe. Um dador pode dar sangue

desde que ambos sejam compatíveis, caso contrário, ocorrerá uma reação transfusional.

Os eritrócitos possuem à sua superfície, na sua membrana plasmática, antigénios, definidos

pela genética, hereditários e definem o grupo sanguíneo que possuímos.

SANGUE TIPO A: Hemácias com antigénios A, anticorpos anti-B

SANGUE TIPO B: antigénio B, anticorpos anti-A

SANGUE TIPO AB: dois tipos de antigénios. Sem anticorpos

SANGUE TIPO 0: sem antigénios, dois tipos de anticorpos.

Assim, considera-se o sangue tipo 0 como dador universal e o tipo AB como recetor universal.

AGLUTINAÇÃO

Sangue tipo A + anticorpos anti-A -> aglutinação

COMPATIBILIDADE SANGUÍNEA E TIPAGEM

Para prevenir reações às transfusões, o sangue é classificado e sujeito a provas de

compatibilidade sanguínea. A tipagem determina os grupos AB0 e Rh da amostra de sangue.

As células são separadas do soro e são testadas com anticorpos conhecidos para determinar

o tipo de antigénio existente à superfície da célula. Da mesma forma, o soro é misturado com

antigénios conhecidos para determinar o tipo de anticorpos existentes no soro.

INCOMPATIBILIDADE MATERNO-FETAL

Outra classificação sanguínea é o Sistema rhezus, caracteriza-se por proteína Rh à superfície

das hemácias e é hereditário, tendo elevada importância clínica na doença (anemia) hemolítica

do recém-nascido. Os sistemas AB0 e Rh são normalmente designados em conjunto.

As pessoas são consideradas Rh positivas se tiverem a proteína Rh e não têm anticorpos ou

antigénio D, e são consideradas Rh negativas se não tiverem essa proteína e têm anticorpos.

Relevante salientar que estes anticorpos contra o antigénio Rh não se desenvolvem a menos

que seja administrado sangue Rh positivo a alguém que tenha sangue Rh negativo. Isto pode

ocorrer numa transfusão de sangue ou na transferência de sangue entre a mãe e o feto através

da placenta.
A incompatibilidade Rh pode causar um problema em algumas gravidezes em que a mãe é Rh

negativa e o feto é Rh positivo. Quando a mãe tem um primeiro contacto com os antigénios

Rh há um desenvolvimento dos anticorpos anti-Rh, e fica sensibilizada, produzindo anticorpos

anti-Rh que atravessam a placenta e causam aglutinação e hemólise dos glóbulos vermelhos

fetais. Numa segunda gravidez, a partir do periparto/antes do parto, os anticorpos da mãe

aglutinam com os Rh+ do feto e destroem as hemácias do feto, tendo uma anemia hemolítica,

em que há lise das hemácias. Num segundo filho em que há discordância do sistema Rhezus

faz-se um anti D, uma imunoglobina que impede que esses anticorpos interajam com os

antigénios do feto.

HEMOGRAMA E LEUCOGRAMA

O Hemograma trata-se de uma análise ao sangue que fornece diversas informações. Assim,

consiste na contagem dos glóbulos vermelhos, medições de hemoglobina e hematócrito,

contagem dos glóbulos brancos e fórmula leucocitária. Podendo através disto, detetar-se

doenças como a eritrocitose e a anemia. No hematócrito, é medida a percentagem do volume

total de sangue que é composto por eritrócitos, de forma a perceber quão diluído está o

sangue.

Um leucograma avalia o número total de glóbulos brancos existentes no sangue, sendo

importante para a deteção de doenças como a leucopenia, a leucocitose e a anemia.


HEMOSTASE E SISTEMA FRIBINOLÍTICO
HEMOSTASE

Estado fisiológico em que existe equilíbrio entre os fatores pró-coagulantes e anticoagulantes.

Conjunto de mecanismos, com vários intervenientes (proteínas, parede dos vasos, células), que

permite não haja hemorragia desmedida, e impede a formação de coágulos de forma

inapropriada.

Fatores pró-coagulantes: formação de trombo ® trombose, pode acontecer ao nível das

artérias coronárias do coração, levando a um infarte agudo do miocárdio, ao nível dos vasos

do SNC, levando a AVC. Formação de trombo que tapa o vaso, impedindo que a circulação passe.

Fatores anticoagulantes: inibidores da coagulação; fribinólise.

Vasoconstrição: para diminuir a quantidade de sangue que se perde.

Hemostase primária: tampão plaquetário. Plaquetas agregam-se à região para fazer o tampão

na zona da lesão.

Hemostase secundária: coágulo de fibrina (rede que une as plaquetas e o tampão e forma o

trombo para cessar a hemorragia), feito pela cascata de coagulação.

Fibrinólise: Posteriormente à formação do trombo há regeneração da parede vascular e o

trombo acaba por se dissolver, através do sistema fibrinolítico.


HEMOSTASE PRIMÁRIA

Formação de um tampão plaquetário na zona da lesão. Numa primeira instância ocorre a

adesão das plaquetas feita através do fator de von Willebrand, fazendo com que a plaqueta

adira à região. As plaquetas são fragmentos de megacariócitos, não têm núcleo, têm grânulos

com substância (com ADP e tromboxano) que quando ativadas são libertados e participam na

vasoconstrição, na perpetuação local da cascata e estão associados a outras plaquetas e sua

agregação. Em conjunto com o fribinogénio ficam agregadas entre si, formando o tampão

plaquetário.

Em suma, existem três fases:

1. Adesão: à zona lesada do endotélio através do fator von Willebrand;

2. Ativação: da plaqueta através da libertação dos grânulos, para “chamar outras” e

formar o tampão plaquetário;

3. Agregação: através de pontes de fibrinogénio para formar o tampão.

HEMOSTASE SECUNDÁRIA

Associada ao coágulo de fibrina.

Cascata de coagulação.

Fatores de coagulação: sintetizados a nível hepático (fígado).

Cascata de coagulação: lesão do endotélio ® exposição de tecido subendotelial ® ativação

da proteína plasmática ® ativa outras até à trombina ® fibrinogénio ® fibrina ® coágulo.

A cascata pode ser ativada por duas vias, culminando ambas na via comum:

Extrínseca:

Intrínseca:
ANATOMIA E FISIOLOGIA I

MIOLOGIA DO MEMBRO INFERIOR

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista 198921002 Turma 16
INTRODUÇÃO

As principais funções dos músculos dos membros inferiores são: a locomoção

e manutenção da postura.

Podem ser divididos em 5 grupos:

o Músculos da região ilíaca;

o Músculos da região glútea;

o Músculos da coxa;

o Músculos da perna;

o Músculos do pé.

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista 198921002 Turma 16
REGIÃO ILÍACA

1. Músculo Psoas Maior

2. Músculo Ilíaco

3. Músculo Psoas Menor

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista 198921002 Turma 16
REGIÃO GLÚTEA

Músculo Tensor da Fáscia Lata: insere-se superiormente no lábio externo da

crista ilíaca, na espinha ilíaca ântero-superior e na incisura inominada. As suas

fibras dirigem-se com obliquidade póstero-inferior, terminando do quarto

superior da coxa. Continua depois com uma lâmina fibrosa, o trato ílio-tibial

que se insere na tuberosidade lateral da tíbia.

ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista 198921002 Turma 16
ANATOMIA E FISIOLOGIA I
Inês Marques Batista 198921002 Turma 16
Músculo Glúteo Máximo: é o mais superficial dos músculos glúteos. Insere-

se, superiormente, na porção posterior do lábio externo da crista ilíaca, na face

glútea, posteriormente à linha glútea posterior na crista sagrada mediana, na

crista sagrada lateral, nas margens laterais do sacro e do cóccix e na face

posterior do ligamento sacro-tuberal. As fibras dirigem-se com obliquidade

ínfero-lateral, inserindo-se em dois planos: superficial, que se confunde com o

músculo tensor da fáscia lata e profundo, que se insere no ramo lateral da

trifurcação superior da linha áspera do fémur e no seu lábio lateral.

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Músculo Glúteo Médio: situa-se anteriormente ao músculo glúteo máximo.

Superiormente, insere-se nos três quartos anteriores do lábio externo da crista

ilíaca, na espinha ilíaca ântero-superior e na face glútea, entre as duas linhas

glúteas. As fibras dirigem-se com obliquidade ântero-inferior.

Músculo Glúteo Mínimo: situa-se anteriormente ao músculo glúteo médio.

Insere-se na porção anterior da crista ilíaca e na face glútea, anteriormente à

linha glútea anterior. As fibras convergem inferiormente, inserindo-se na

margem anterior do trocânter maior.

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Músculo Piriforme: insere-se na face anterior da 2ª, 3ª, 4ª vértebras sagradas.

As fibras dirigem-se para lateral, saem da pelve pela incisura isquiática maior,

fixando-se na porção média da margem superior do trocânter maior.

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Músculo Obturador Interno: insere-se na face interna da membrana

obturadora e no rebordo do forame obturado. As fibras convergem para a

incisura isquiática menor, mudam de direção, inserindo-se na face medial do

trocânter maior, superiormente à fossa trocantérica.

Músculo Obturador Externo: insere-se em toda a margem externa do forame

obturado e no ligamento arquedo da pelve. As suas fibras convergem

lateralmente e inserem-se na fossa trocantérica do trocânter maior.

Músculo Gémeo Superior: insere-se na face externa da espinha isquiática.

Insere-se na fossa trocantérica do trocânter maior.

Músculo Gémeo Inferior: insere-se na tuberosidade isquiáticaa e no

ligamento sacro-tuberal. Insere-se na fossa trocantérica do trocânter maior.

Músculo Quadrado Femoral: encontra-se na porção posterior da articulação

da anca. Insere-se na face lateral da tuberosidade isquiática, as suas fibras

dirigem-se para lateral, inserindo-se na linha intertrocantérica.

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REGIÃO DA COXA

COMPARTIMENTO ANTERIOR

Músculo Sartório: insere-se superiormente na espinha ilíaca ântero-superior

e na incisura inominada. As suas fibras dirigem-se com obliquidade póstero-

medial, inserindo-se na extremidade superior da tíbia. Esta inserção é feita por

intermédio de um tendão comum aos músculos semitendinoso e grácil,

formando a pata de ganso.

Músculo Quadricípite Femoral: músculo volumoso, constituído por quatro

porções (que se reúnem num tendão comum na patela):

1. Reto Femoral: mais superficial, inserindo-se por um tendão

comum, na espinha ilíaca ântero-inferior e por um tendão reflexo,

na porção superior da margem do acetábulo.

2. Vasto Medial: insere-se no ramo medial da trifurcação superior da

linha áspera e no lábio medial da linha áspera do fémur.

3. Vasto Lateral: insere-se na face lateral do trocânter maior e no

lábio lateral da linha áspera do fémur.

4. Vasto Intermédio: situa-se posteriormente ao músculos vasto

medial e lateral, inserindo-se no lábio lateral da espinha áspera

e nos três quartos superiores das faces anterior e póstero-lateral

do corpo do fémur.

A terminação destes quatro músculos forma o tendão do músculo quadricípite

femoral, constituído por três planos:

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1. Plano superficial: constituído pelo tendão inferior do músculo

reto femoral, que se insere na porção anterior da base da patela

e na metade inferior da tuberosidade da tíbia.

2. Plano médio: resulta da união dos músculos vastos lateral e

medial, inserindo-se na base e margens laterais da patela.

3. Plano profundo: constituído pelo tendão do músculo vasto

intermédio, que se insere na base da patela, posteriormente às

inserções dos músculos vastos lateral e medial.

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COMPARTIMENTO ADUTOR

Músculo Grácil: encontra-se situado na porção medial da coxa. Insere-se,

superiormente, ao nível do corpo do púbis e do seu ramo inferior. As suas fibras

dirigem-se verticalmente para inferior, até à extremidade superior da tíbia,

inserindo-se anteriormente ao côndilo medial da tíbia, por intermédio de um

tendão comum aos músculos sartório e semitendinoso, formando a pata de

ganso.

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Músculo Adutor Longo: é o mais superficial dos adutores, estende-se do púbis

até à linha áspera do fémur. Insere-se no corpo do púbis, entre o tubérculo

púbico e a espinha e a sínfise púbica. As suas fibras dirigem-se com

obliquidade póstero-ínfero-lateral para se inserir na porção média do lábio

interno da linha áspera do fémur. Faz parte do trígono femoral, sendo este

formado pelo músculo sartório, pelo adutor longo e pelo ligamento inguinal. O

plano profundo é constituído pelos músculos ílio-psoas e pectíneo.

Músculo Pectíneo: situa-se superiormente ao adutor longo e anteriormente

ao adutor curto. Insere-se, superiormente, na linha pectínea do púbis, desde o

tubérculo púbico até à eminência ílio-púbica, e no ligamento pectíneo. As suas

fibras têm obliquidade póstero-ínfero-lateral.

Músculo Adutor Curto: situa-se posteriormente ao músculo adutor longo.

Insere-se na face anterior do corpo do púbis, sendo que as suas fibras têm

obliquidade ínfero-lateral e originam dois fascículos um inferior e um superior.

Músculo Adutor Magno: é o mais desenvolvido dos três, situa-se

posteriormente aos músculos adutores longo e curto. Insere-se superiormente

na tuberosidade isquiática e no ramo ísquio-púbico. As suas fibras têm

obliquidade ínfero-lateral, para se inserirem por intermédio de três fascículos:

superior – insere-se na porção superior do lábio lateral da linha áspera e na

tuberosidade glútea; médio – insere-se nos três quartos interiores do lábio

lateral da linha áspera; inferior – constitui o tendão adutor magno, que se

insere no tubérculo do adutor magno. Este músculo insere-se no fémur por

intermédio de um fascículo tendinoso, condicionando forames como o forame

do músculo adutor magno, onde passam a artéria e a veia femorais.

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COMPARTIMENTO POSTERIOR

Músculo Semitendinoso: encontra-se na porção póstero-medial da coxa, é

mais superficial que o músculo semimembranoso. Insere-se superiormente na

face posterior da tuberosidade isquiática, por intermédio de um tendão comum

com a longa porção do músculo bícipete femoral. Inferiormente insere-se na

extremidade superior da tíbia, por intermédio de um tendão comum – pata de

ganso.

Músculo Semimembranoso: está situado na porção póstero-medial da coxa,

é o mais profundo da região, fica anteriormente ao músculo semitendinoso.

Superiormente, insere-se na face lateral da tuberosidade isquiática. Sendo que

as suas fibras se dirigem para ínfero-lateral, originando três tendões: direto,

reflexo e recorrente (ligamento poplíteo oblíquo do joelho).

Músculo Bicípete Femoral: ocupa a porção póstero-lateral da coxa. Tem uma

porção longa (origem isquiática) e uma porção curta (origem femoral). A longa

porção insere-se na porção posterior da tuberosidade isquiática e a curta

porção insere-se na porção inferior do interstício da linha áspera. Estas duas

porções formam um tendão comum que se insere no ápice da cabeça da fíbula

e no côndilo lateral da tíbia.

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PATA DE GANSO

1. Músculo Sartório

2. Músculo Grácil

3. Músculo Semitendinoso

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TRÍGONO DE SCARPA

Limites:

o Ligamento Inguinal;

o Músculo Sartório;

o Músculo Adutor Longo.

Estruturas:

o Artéria Femoral;

o Veia Femoral, Veias Safena Magna, Veia Femoral Profunda;

o Nervo Femoral.

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PERNA

COMPARTIMENTO ANTERIOR

Músculo Tibial Anterior: é o músculo mais medial da loca anterior da perna.

Insere-se, superiormente, no tubérculo da tíbia, nos dois terços superiores da

face lateral da tíbia e na porção súpero-medial da membrana interóssea da

perna. As fibras originam um fascículo que passa inferiormente aos retináculos

dos músculos extensores e insere-se no cuneiforme medial e na extremidade

posterior do 1º metatarsal.

Músculo Extensor Longo do Hálux: situa-se lateralmente ao músculo tibial

anterior, tornando-se superficial no terço inferior da perna. Inseree-se

superiormente no terço médio da face medial da fíbula e na metade lateral da

face anterior da membrana interóssea da perna. Passa inferiormente aos

retináculos superior e inferior dos músculos extensores e insere-se na

extremidade posterior da falange distal do hálux.

Músculo Extensor Longo dos Dedos: situa-se lateralmente ao músculo

extensor longo do hálux. Insere-se superiormente no côndilo lateral da tíbia,

nos dois terços superiores da face medial da fíbula e na porção lateral da

membrana interóssea da perna. As fibras originam um tendão que se divide

em quatro tendões secundários para os quatro últimos dedos do pé.

Músculo Fibular Terceiro: situa-se lateralmente ao músculo extensor longo

dos dedos e ocupa a porção ínfero-lateral da região anterior da perna. Insere-

se no terço inferior da face medial da fíbula e na membrana interóssea da

perna.

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COMPARTIMENTO LATERAL

Músculo Fibular Longo: é mais superficial que o músculo fibular curto. Insere-

se, superiormente, na porção ântero-lateral da cabeça da fíbula e no terço

superior da face lateral do mesmo. As suas fibras originam um tendão que

passa posteriormente ao maléolo lateral. Atravessa a planta do pé e insere-se

na extremidade posterior do 1.º metatarsal.

Músculo Fibular Curto: situa-se inferiormente ao músculo fibular longo e

ocupa dois terços inferiores da loca lateral da perna. Insere-se superiormente

nos dois terços da face lateral da fíbula. As suas fibras originam um tendão

que se insere na extremidade posterior do 5.º metatarsal.

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COMPARTIMENTO POSTERIOR

GRUPO FLEXOR SUPERFICIAL

Músculo Grastrocnémio

Músculo Solhar

Músculo Plantar

GRUPO FLEXOR PROFUNDO

Músculo Poplíteo

Músculo Flexor Longo dos Dedos

Músculo Flexor Longo do Hálux

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MÚSCULOS EXTRÍNSECOS

COMPARTIMENTO ANTERIOR

1. Músculo Tibial Anterior

2. Músculo Extensor Longo Do Hálux

3. Músculo Extensor Longo Dos Dedos

4. Músculo Fibular Terceiro

COMPARTIMENTO LATERAL

1. Músculo Fibular Longo

2. Músculo Fibular Curto

COMPARTIMENTO POSTERIOR

GRUPO FLEXOR SUPERFICIAL

1. Músculo Gastrocnémio

2. Músculo Solhar

GRUPO FLEXOR PROFUNDO

1. Músculo Flexor Longo Dos Dedos

2. Músculo Tibial Posterior

3. Músculo Flexor Longo Do Hálux

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MÚSCULOS INTRÍNSECOS

COMPARTIMENTO PLANTAR

PRIMEIRA CAMADA:

1. Músculo Abdutor Do Hálux

2. Músculo Abdutor De Dedo Mínimo

3. Músculo Flexor Curto Dos Dedos

SEGUNDA CAMADA:

1. Músculo Quadrado Plantar

2. 4 Músculos Lumbricais

TERCEIRA CAMADA:

1. Músculo Flexor Curto Do Hálux

2. Músculo Adutor Do Hálux

3. Músculo Flexor Curto Do Dedo Mínimo

QUARTA CAMADA:

Músculos Interósseos Plantares

COMPARTIMENTO DORSAL

1. MÚSCULO EXTENSOR CURTO DOS DEDOS

2. MÚSCULO EXTENSOR CURTO DO HÁLUX

3. MÚSCULOS INTERÓSSEOS DORSAIS

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ANATOMIA E FISIOLOGIA I

MIOLOGIA DO DORSO

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MÚSCULOS DOS CANAIS VERTEBRAIS

1. Massa Comum aos Eretores da Coluna


2. Músculo Ílio-costal; SUPERFÍCIE

3. Músculo Longuíssimo do Toráx;


4. Músculos Espinhais;
5. Músculos Interespinhosos;
PROFUNDIDADE
6. Músculos Transverso Espinhais;
7. Músculos Intertransversários.

MÚSCULOS DORSAIS SUPERFICIAIS

1. Músculo Trapézio;
2. Músculo Latíssimo Do Dorso; SUPERFÍCIE

3. Músculo Rombóide Maior;


4. Músuclo Romboide Menor;
5. Músculo Levantador da Escápula;
PROFUNDIDADE
6. Músculo Serrátil Posterior e Superior;
7. Músculo Serrátil Posterior e Inferior.

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MÚSCULOS DOS CANAIS VERTEBRAIS

Dispõem-se, na sua maioria, entre o processo espinhoso das vértebras e o ângulo da


costela.

MÚSCULOS INTERTRANSVERSÁRIOS

Muito desenvolvidos na região cervical e lombar e pouco desenvolvidos na região


torácica.

Encontram-se entre os processos transversos das vértebras.

Na região lombar dispõem-se lateralmente um ao outro e na cervical um posterior e um


anterior.

MÚSCULOS INTERSPINHOSOS

Dispõem-se entre os processos espinhosos das vértebras, desde as cervicais às


lombares.

MÚSCULOS TRANSVERSOS ESPINHAIS

Semi-espinhal

Inserem-se no processo mamilar da vértebra inferior e inserem-se na quarta vértebra


acima.

Multífido

Inserem-se no processo mamilar da vértebra inferior e inserem-se na terceira vértebra


acima.

Rotadores

Curtos: inserem-se no processo mamilar da vértebra inferior e inserem-se no processo


espinhoso da vértebra suprajacente.

Longos: inserem-se no processo mamilar da vértebra inferior e inserem-se no processo


espinhoso de duas vértebras acima.

NOTA: Na região torácica inserem-se no processo transverso.

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MÚSCULOS ESPINHAIS

Músculo Espinhal do Tórax: insere-se nas últimas vértebras torácicas e superiormente


nas primeiras vértebras torácicas.

Músculo Espinhal do Pescoço: inserem-se inferiormente na região das três últimas


cervicais e superiormente nas duas primeiras cervicais.

Músculo Espinhal da Cabeça: inserem-se em C7 e T1/T2 e dirige-se para superior para a


linha nucal.

MASSA COMUM DOS ERETORES DA COLUNA VERTEBRAL

A inserção inferior é a mesma, inserindo-se nos processos espinhosos das vértebras


lombares e na linha sagrada mediada, dirige-se para lateral para se inserir no ligamento
sacro-tuberal e na região tuberosa do ilíaco.

Músculo Ilio-Costal (lateral): inserção em todas as costelas desde a 12.ª à 1.ª. e por fim
nos processos transversos das três últimas vértebras cervicais (C5, C6, C7)

1. Lombar
2. Dorsal
3. Cervical

Músculo Longuíssimo do Tórax (medial): três inserções de medial para lateral – processo
espinhoso da vértebra, no processo transverso e na costela.

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MÚSCULOS DORSAIS SUPERFICIAIS

Grande poderio muscular.

MÚSCULO SERRÁTIL POSTERIOR E SUPERIOR

Inserções no processo transverso de C7 e na 1ª, 2ª e 3ª vértebras torácicas (processo


espinhoso). As suas fibras dirigem-se para lateral e para inferior para se inserirem na
face externa das quatro primeiras costelas. Levantador das costelas. Inspirador
acessório.

MÚSCULO SERRÁTIL POSTERIOR E INFERIOR

Inserções nas duas últimas vértebras torácicas e três primeiras vértebras lombares
(processo espinhoso). As suas fibras dirigem-se para superior e para lateral para se
inserirem na face externa das quatro últimas costelas. Abaixador das costelas. Expirador
acessório.

Músculo serrátil
posterior e superior

Músculo serrátil
posterior e inferior

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MÚSCULO ROMBÓIDE MAIOR

Inserções na C7 e nas cinco primeiras vértebras torácicas ao nível do seu processo


espinhoso, dirige-se para inferior e para lateral, inserindo-se na margem medial da
escápula. Da espinha da escápula para baixo. Inferior.

MÚSCULO ROMBÓIDE MENOR

Inserções na C7 e nas cinco primeiras vértebras torácicas ao nível do seu processo


espinhoso, dirige-se para inferior e para lateral, inserindo-se na margem medial da
escápula. Superior termina na espinha da escápula.

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MÚSCULO LEVANTADOR DA ESCÁPULA

Função de levantar/elevar a escápula. Insere-se ao nível do ângulo da escápula, dirige-


se para superior e medial, inserindo-se no processo transverso das quatro primeiras
vértebras cervicais.

MÚSCULO LATÍSSIMO DO DORSO

Insere-se superiormente no processo espinhoso de T7 e insere-se no processo


espinhoso de todas as vértebras até ao fim espinha sagrada mediana. Dirige-se para
lateral e superior, tem inserções nas três últimas costelas, continua dirigindo-se para
lateral, superior e anterior inserindo-se na face medial e anterior do úmero. Função:
rotação interna e adução.

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MÚSCULO TRAPÉZIO

Inserção na linha nucal superior e na eminência occipital externa. Insere-se em todos os


processos espinhosos desde C1 até T10. Divide-se em três fascículos:

1. Superior: dirige-se para inferior e lateral, insere-se na margem posterior e lateral


da clavícula.
2. Médios: dirige-se para lateral e insere-se na margem superior do acrómio.
3. Inferiores: dirigem-se pata lateral e inserem-se na margem posterior da espinha
da escápula.

Função: aproxima a escápula.

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