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Vértebras
livres:
7 cervicais,
12 dorsais e
5 lombares.
Vértebras
soldadas:
5 sagradas e
4-5 coccígeas.
Dermátomo
Área da pele inervada por um único
nervo raquidiano ou espinhal.
A inervação do tronco está
organizada em anéis que se
prolongam pelos membros
superiores e inferiores. Lembra-nos
que descendemos de anelídeos e de
animais que caminham a quatro
patas (os anéis torácicos e lombares
prolongam-se pelos membros).
Curvaturas da Coluna Vertebral:
Primária (no útero) e Secundárias (formam-se durante o 1º ano).
A coluna numa
única curvatura
primária (o
regresso ao
conforto do útero
materno!).
As curvaturas secundárias surgem em três estadios: quando
o bébé começa a levantar a cabeça, a gatinhar e a andar.
1-2 meses
8 meses
12 meses
Curvaturas Secundárias da Coluna Vertebral
Cifose:
Concavidade anterior
(coluna torácica).
Lordose:
Convexidade anterior
(coluna cervical e lombar).
Curvaturas anormais:
Hipercifose,
Hiperlordose,
Escoliose.
(na linguagem
médica do dia à dia:
muitas vezes usam-se
os termos cifose e
lordose como
significando hipercifose
e hiperlordose).
As Curvaturas da Coluna Vertebral são Devidas ao
Ortostatismo da Espécie Humana
Regresso noturno à
posição uterina:
curvatura cifótica
única da coluna
vertebral
As Curvaturas da Coluna Alteram-se com a Idade:
A hipercifose torácica é normal no envelhecimento.
Escoliose
É o desvio lateral da coluna vertebral.
É sempre uma curvatura anormal.
Tipos de Escolioses:
idiopáticas (= de causa
desconhecida) ou adquiridas.
80% das escolioses são
idiopáticas.
Os membros inferiores
parecem ter comprimento
diferente.
Escoliose:
Tratamento
Escolioses Adquiridas:
Menos graves: corrigidas com
fisioterapia e natação durante a
infância e a adolescência.
Escolioses Idiopáticas:
As congénitas são as mais
graves: requerem coletes
ortopédicos durante o período
de crescimento até à realização
de cirurgia ortopédica corretiva.
Correção Cirúrgica
da Escoliose
Cifoescoliose
A escoliose nunca é pura:
acarreta sempre rotação da
coluna e hipercifose
compensatória.
Conclusão: não há escolioses,
mas sim cifoescolioses
porque a escoliose nunca vem
sozinha.
Classifique estas curvaturas da coluna vertebral
1. Corpo.
2. Arco Vertebral -
- Corpo +
- 2 pedículos (anteriores) +
- 2 lâminas (posteriores).
3. Aparelho Apofisário:
- 4 apófises articulares (ou
zigapófises): 2 superiores e
2 inferiores.
- 2 apófises transversas,
- 1 apófise espinhosa.
(vértebra torácica como exemplo)
Faça a legenda
Buraco de
Conjugação
Orifício (neural
foramen) desenhado
pelos pedículos de
duas vértebras
sucessivas.
É o espaço
intervertebral
clinicamente mais
importante (aí se
formam radiculites
devidas a hérnias
discais).
Diferenças entre as Vértebras dos Vários Grupos
(caraterísticas patognomónicas)
Cervicais: buraco
transversário.
Torácicas: facetas
costais e buraco
vertebral redondo.
Lombares: apófise
costiforme (apófise
transversa
modificada), apófise
espinhosa
quadrilátera,
tubérculo mamilar.
Coluna Cervical
Existem 7 vértebras cervicais em todos os mamíferos !
(os outros grupos vertebrais apresentam número de vértebras que variam
conforme as espécies)
/ vértebras
Todos os mamíferos têm 7 e só 7 vértebras cervicais!
(mas número variável de vértebras dos outros grupos vertebrais)
Coluna Cervical
Buraco transversário
(exceto em C7 [+C6, por vezes]).
Apófises Transversas:
Para além do buraco
transversário, a da face
superior destas
apófises (na área que fica
atrás do buraco
transversário) forma uma
goteira onde assenta
gânglio de nervos
espinhais.
Buracos de Conjugação Cervicais
Para serem
visíveis em toda a
sua extensão (3 na
imagem) pede-se
ao radiologista
um raios-x de
incidência cervical
oblíqua lateral
(neste caso,
esquerda).
5, traqueia,
2, clavícula.
Estreitamento dos Buracos de Conjugação
Cervicais: Radiculite Cervical
Radiculite é a inflamação da raiz de
nervo raquidiano que é causada pela
sua compressão (por exemplo: devido
a estreitamento dos buracos de
conjugação ou devido a hérnia discal).
Manifesta-se por dor ao longo dos
dermátomos cervicais, ou seja, dor que
irradia do pescoço para ombro e para o
membro superior.
Buracos de Conjugação e Radiculite Cervical
Este raios-x revela uma
estenose (=estreitamento)
do buraco de conjugação
entre C6 e C7 devido a
desalinhamento das
apófises articulares
entre as duas vértebras.
4. Buraco de
conjugação.
5. Apófise
uncinada da
face superior do
corpo vertebral.
Coluna Cervical:
Correlação entre anatomia
e radiologia.
4. Apófise
espinhosa de
C7.
5. Corpo vertebral.
6. Apófise
uncinada.
Estenose de Buracos de Conjugação?
Onde ?
Atlas (C1) e Áxis (C2):
são diferentes de todas as outras vértebras cervicais.
Atlas (C1)
1, Apófise
transversa do
atlas.
2, Massa lateral
do atlas.
3, Apófise
odontoideia.
4, Apófise articular
inferior do
atlas.
5, Apófise articular
superior do
áxis.
Caso Clínico: fratura e desalinhamento do áxis
NEJM 2017; 376:1782May 4. É para ler !
A 25-year-old man presented to the emergency department with severe neck pain after he was involved in a
high-speed collision between two vehicles. He had full strength in his arms and legs, normal sensation to light
touch and pinprick, and no sphincter disorders. A lateral radiograph (Panel A) showed disruption of the
intervertebral disk between the C2 and C3 vertebrae, posterior angulation of the C2 vertebra fragment, fracture
of the left pedicle of the axis, and a small inferior anterior fragment (arrow). An axial computed tomographic
scan (Panel B) confirmed that the right and left pedicles of the C2 vertebra were fractured. Traumatic
spondylolisthesis of the axis, also known as a hangman’s fracture, is caused by hyperextension of the neck.
These fractures are classified according to the degree of anteroposterior deviation, presence of disruption of the
posterior longitudinal ligament, position of the fracture line, and presence of a facet-joint dislocation. Stable
fractures with minimal displacement may be managed conservatively with external immobilization, but unstable
fractures, as in this case, require surgical stabilization. The patient underwent anterior fusion of the C2 and C3
vertebrae, and at follow-up 4 years later, he had no neurologic deficits and was free from pain.
C6 e C7
C7 perde a forma bitubercular da sua
apófise espinosa que é aguçada cama nas
vértebras torácicas.
(é a “espinha” mais saliente que se palpa na
base da nuca); pode perder o seu buraco
transversário (fica uma chanfradura).
Rx: apenas as estruturas ósseas são nítidas; a imagem que é a soma do total
de cada vértebra.
TAC: as estruturas ósseas vertebrais apanhadas no plano do corte tomográfico
são visíveis e em excelente detalhe; as estruturas moles visíveis sem
detalhe.
RMN: tanto as estruturas ósseas como as estruturas moles que são
apanhadas no corte tomográfico são bem visíveis e com o máximo detalhe.
Compressão dos nervos raquidianos devido a lesão
de C5-C7: radiculite com dor e parestesia com irradiação para
ombro e membro superior (de C1 a C3 na irradia para o MS)
Causa comum:
movimento de chicote da
cabeça e pescoço em acidente
de viação.
Alterações da Coluna Cervical com a Idade
Apófise espinhosa
quadrangular.
Tubérculo acessório na
face posterior das
apófises costiformes
(apófises transversas
modificadas).
Atenção: a maioria
das dores na região
lombar (lombalgias)
são de etiologia
muscular e não
vertebral.
A fratura mais frequente da coluna lombar (fratura
de esforço, devida a rotação excessiva) reconhece-se
pela presença radiológica (raios x de incidência
oblíqua) de “coleira” no “Scottie Dog” (terrier escocês)
“Scotty Dog”no Perfil Lateral de Rx das Vértebras Lombares:
Olho: pedículo.
“Scotty Dog”
Quando o “Scottie Dog” tem coleira = há
fratura de esforço na junção (pars
interarticularis) entre pedículo e lâmina de
uma vértebra lombar.
Onde está o “Scottie Dog”?
Em particular o seu pescoço?
Fratura Lombar de Esforço
(“Scottie Dog com coleira”)
Causas mais frequentes:
- Levantamento de pesos excessivos
com a coluna em inclinação lateral e
fazendo a sua rotação.
- Rotação excessiva e rápida da coluna
vertebral (golfe !).
Espondilolistese: deslocamento anterior ou posterior de uma vértebra com
potencial compressão da raiz do nervo raquidiano. A espondilolistese é mais frequente
na coluna lombar do que nas outras regiões da coluna.
É causa frequente de dores lombares crónicas em
pessoas de meia idade que passam os dias
sentadas ao computador (conheço alguém assim!).
Os dermátomos do nervo
ciático irradiam para a face
posterior do tronco e ao
longo de todo o membro
inferior.
Alterações Lombares do Envelhecimento:
Diminuição da altura do
corpo vertebral.
Diminuição da altura dos
discos vertebrais.
Osteófitos (pequenos
crescimentos ósseos
anormais).
Fraturas espontâneas dos
corpos vertebrais.
Desalinhamento:
espondilolistese.
Orientação:
Face côncava é anterior;
Porção mais espessa do osso é
superior.
Sacro: Face Anterior
Face côncava e relativamente lisa que se
relaciona para diante com o reto (medialmente:
adiante dos corpos vertebrais sagrados) e o com o
músculo piramidal ou piriforme pélvico
(lateralmente: para fora dos buracos sagrados).
Crista sagrada
abre em cima e em baixo para formar
as aberturas do canal sagrado.
Apófises articulares de S1
para se articularem com L5
(dirigem-se para cima).
Canal Sagrado e Cauda Equina (ou de Cavalo)
A medula espinhal compacta
termina ao nível de L2 formando a
partir daí a cauda equina que
vai atravessar o canal sagrado e
originar os nervos sagrados
(os seus ramos anteriores saem pelos
orifícios anteriores do canal sagrado e fazem
a inervação de vísceras pélvicas e da parede
anterolateral da bacia; os ramos
posteriores inervam a parede glútea da
bacia).
Sacro: Bordos Laterais
Porção espessa
(superior):
Face auricular do sacro para
inserção de ligamento interósseo
e para a articulação com o osso
ilíaco.
Porção fina
(inferior):
Para inserção dos dois
ligamentos ciáticos
(sacrotuberositário ou ciático
maior e sacroespinhoso ou
ciático menor) que definem
os dois buracos ciáticos,
maior e menor.
Sacro: Vértice
Abertura inferior do canal
sagrado (hiato sagrado).
Cornos sagrados.
(Tomografia em
corte sagital por
RMN)
Cóccix (do grego: algo que é parecido a um bico de cuco)
3 a 5 (ou mais) vértebras (número variável).
São as vértebras caudais do ser humano.
Primeira vértebra coccígea: apresenta pares
de cornos superiores e laterais; e superfície
oval superior para articulação com sacro.
O cóccix encontra-se frequentemente
fraturado no adulto (basta uma queda
desamparada sobre um superfície dura caindo de
nádega no chão para o cóccix fraturar).
Coccidinia (dor no cóccix)
Gravura Medieval: a cauda como símbolo diabólico
Gravura Medieval: possessão pelo diabo expressa-se por cóccix comprido
Esterno e Costelas
Parede Torácica:
Esterno e Costelas
Esterno:
Orientação.
Manúbrio: articulação
com clavícula e as duas
primeiras costelas.
Nota alguma
anomalia ?
Anomalias Anatómicas do Esterno:
tórax escavado (pectus excavatum) e
tórax em carina (pectus carinatum).
Esterno: Tórax escavado e em carina
Ambas as anomalias se
devem a crescimento
excessivo das últimas
cartilagens costais, o que
pode levar o esterno a:
Corpo -
Faces: lateral e medial.
Bordos: superior e inferior (este
com a goteira ou sulco
subcostal).
Extremidade Posterior -
Cabeça (para articular, através
de duas facetas com os
corpos vertebrais), colo e
tubérculo (este para se
articular com a face anterior
das apófises transversas
vertebrais).
Costelas e Vértebras
Em geral, a cabeça da
costela articula-se com o
corpos da vértebra do
mesmo número e da
vértebra de número
inferior, e o tubérculo
costal com a apófise
transversa da vértebra
do mesmo número.
As primeiras e últimas
costelas são exceção à
regra (ver aula sobre
vértebras torácicas).
Costelas: as primeiras e as últimas são diferentes
Primeira Costela
É a mais curta das
costelas.
Faces:
Superior e inferior.
Bordos:
Lateral e medial.
Cabeça:
Uma única faceta
articular.
Sem cartilagem
costal.
Sem tubérculo
articular para a
apófise transversa.
A fratura das
costelas é muito
mais frequente do
que a do esterno.
As costelas de
posição intermédia
(da 4ª à 9ª) são as
que mais fraturam.
Fratura Costal e Luxação Condrocostal
Calo Ósseo
Costal
Variação Anatómica: a Costela Cervical
Presença de uma (ou duas)
costela adicional.
Situa(m)-se no pescoço.
Resultado: parestesias
(alteração da sensibilidade,
com dormência e
formigueiros) do membro
superior.
1:400 pessoas.
Costela Cervical
Costela
Cervical.
Onde?
Osso Hioide
Único osso que não
se articula com
nenhum outro osso
do corpo humano.
Situa-se na porção
alta do pescoço, logo
abaixo do pavimento
bucal e acima
da laringe (suspende
a laringe).
Facilmente palpável.
Osso Hioide
Serve de inserção
para vários
músculos e
ligamentos.
O seu movimento
para cima e para
baixo (arrastando
a laringe consigo)
é essencial
na fonação e na
deglutição.
Osso Hioide
Osso em U constituído
por corpo que se
prolonga por duas
apófises longas (cornos
maiores).
Na área de fronteira
entre corpo e cornos
maiores situam-se os
cornos menores.
Osso Hioide
O corpo apresenta duas
faces (anterior e
posterior), crista sagital
e dois bordos (superior
e inferior).