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FACULDADE EDUVALE DE AVARÉ

CURSO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA ANIMAL

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

NOME DO ACADÊMICO:
JOÃO PEDRO BARRIOS
PATRICK MORGATO

PERÍODO: 6º TERMO - NOTURNO

2023/2
AVARÉ - SP
1. IDENTIFICAÇÃO
Curso: Engenharia Agronômica
Período: 6º noturno
Disciplina: Anatomia e Fisiologia Animal
Professor: Alessandra Regina Dhom Pimentel de Moraes
Data: 11/09/2023
Local de realização: Faculdade Eduvale Avare
Av. Pref. Misael Eufrásio Leal - Centro, Avaré - SP, 18705-050

2. INTRODUÇÃO
Em 11 de setembro de 2023, os estudantes do sexto período do curso de
Agronomia, da Faculdade Eduvale, executaram uma atividade prática no Laboratório
de Anatomia. A referida atividade teve início às 19:15 e encerrou-se às 21:30, nas
instalações da Faculdade Eduvale, situada em Avaré, São Paulo.
A sessão prática foi conduzida pela Professora Doutora Alessandra Regina
Dhom Pimentel de Moraes e abordou os conceitos essenciais relacionados à
descrição e comparação das estruturas anatômicas dos sistemas circulatório,
digestório e respiratório de animais domésticos. A atividade envolveu a identificação,
análise e comparação das partes anatômicas de diversas espécies, incluindo aves,
equinos, felinos, ovinos, caprinos e suínos.
Durante a aula, a professora apresentou detalhadamente as estruturas internas
e externas de um cadáver de gato fornecido pela instituição, que havia falecido devido
a um atropelamento por veículo. As estruturas examinadas incluíram o coração, os
pulmões, o fígado, o estômago, os intestinos, entre outros. Além disso, a professora
explicou as características, funções e diferenças entre essas estruturas em diferentes
espécies.

3. OBJETIVOS
As aulas práticas desempenham um papel crucial como recurso facilitador no
processo de ensino e aprendizagem da disciplina de anatomia. Elas proporcionam
aos estudantes a oportunidade de integrar a teoria com a prática, contribuindo para o
desenvolvimento de habilidades, reforço conceitual e consolidação do conhecimento,
ao mesmo tempo em que estimulam um maior interesse no tema.
O objetivo da aula prática foi a análise da anatomia dos esqueletos de diversos
animais, incluindo cães, suínos, aves, felinos, equinos, ovinos e caprinos. A
professora apresentou estruturas como a coluna vertebral, cabeça, dentição, costelas,
esterno, membros torácicos, pélvicos e outras.
Além disso, a professora demonstrou a dissecação de um gato, começando
pela exposição das partes externas e, posteriormente, orientou os alunos sobre como
realizar a dissecação do animal de forma a preservar os órgãos internos. Com a
supervisão da professora, alguns estudantes conduziram a dissecação para uma
observação mais detalhada e identificação dos órgãos.
As aulas práticas de laboratório desempenham um papel fundamental no
fortalecimento dos conceitos teóricos apresentados em sala de aula, proporcionando
uma complementação essencial ao processo de ensino e aprendizagem das matérias.

4. MATERIAL E MÉTODOS
Inicialmente, a professora conduziu uma explicação abordando os esqueletos
dos animais disponíveis no laboratório. Ela discutiu o esqueleto axial, que engloba os
ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e esterno, o esqueleto apendicular,
composto pelos ossos dos membros pélvicos e torácicos, e o esqueleto visceral, que
se desenvolve no parênquima de certas vísceras, como o osso peniano em cães e o
osso cardíaco em bovinos.
O primeiro exemplar apresentado foi o esqueleto de um ovino, constituído por
cerca de 215 ossos, abrangendo estruturas cranianas, vertebrais, esterno, tórax,
membros superiores e inferiores, pélvis e outras partes. Este exemplar representa um
pequeno ruminante (Figura 1).
Figura 1 – ovino (ovelha)

O próximo esqueleto apresentado é de um suíno, comumente conhecido como


porco. O esqueleto axial deste animal é composto por estruturas que incluem o crânio,
sete vértebras cervicais, 14 a 15 vértebras torácicas, seis a sete vértebras lombares,
quatro vértebras sacrais fundidas e um número variável de vértebras caudais, que
pode variar entre 20 e 26 (Figura 2).

Figura 2 – suíno (porco)

O terceiro exemplar corresponde ao esqueleto de um felino, neste caso, um


gato. O esqueleto felino é composto por aproximadamente 244 ossos e é subdividido
em esqueleto axial e apendicular. O esqueleto axial inclui estruturas como o crânio,
mandíbula, esterno, 13 costelas e a coluna vertebral, que se divide em 7 vértebras
cervicais, 13 torácicas, 7 lombares, 3 sacrais e 20 a 24 caudais. Já o esqueleto
apendicular engloba, em cada membro torácico, a escápula, o úmero, o rádio, a ulna,
8 ossos carpais, 5 metacarpais e 3 falanges em cada dedo. No caso dos membros
pelvinos, o osso pélvico suporta estruturas como o fêmur, a patela, a tíbia, o perônio,
a fíbula, 7 ossos tarsais, 4 metatarsais e as falanges. É importante notar que uma
característica peculiar desses animais é a ausência do dedo polegar nos pés, que
pode ser ausente ou rudimentar (Figura 3).

Figura 3 – felino (gato)

O quarto exemplar corresponde ao esqueleto de uma ave, neste caso, um galo.


O esqueleto das aves é notável por seus ossos porosos, que possuem diversas
cavidades para armazenamento de ar nos sacos aéreos. Estes ossos, conhecidos
como pneumáticos, e os sacos aéreos desempenham um papel essencial na redução
do peso das aves, tornando-as mais leves e facilitando o voo. O esqueleto das aves
pode ser subdividido em duas partes principais: o esqueleto axial, que engloba o
crânio (incluindo o aparelho hioide), a coluna vertebral, as costelas e o esterno, e o
esqueleto apendicular, que abrange os ossos dos membros, bem como as cintas
peitoral e pélvica (Figura 4).
Figura 4 – ave (galo)

O quinto exemplar corresponde ao esqueleto de um canino, ou seja, um


cachorro. Apesar da sua pelagem macia, os cães possuem um sistema esquelético
notavelmente complexo e robusto, composto por muito mais ossos do que os seres
humanos.
A anatomia canina divide o corpo desses animais em cinco partes principais:
cabeça, pescoço, tronco, membros e cauda. O esqueleto articulado de um cão inclui
aproximadamente 280 ossos, que abrangem as vértebras cervicais com discos
intervertebrais, as vértebras torácicas com discos intervertebrais, as vértebras
lombares com discos intervertebrais, as costelas e os ossos do sacro (Figura 5).
Figura 5 – canino (cachorro)
O sexto exemplar corresponde ao esqueleto de um caprino, ou seja, um cabrito.
Os caprinos são pequenos ruminantes domesticados, e na maioria das raças, tanto
machos quanto fêmeas possuem chifres e barba. Os chifres podem variar em forma,
podendo ser curvos ou em espiral, e muitas vezes apresentam uma ponta afiada na
parte interna.
O esqueleto do caprino exibe uma variação no número de vértebras, sendo
composto por 7 cervicais, 13 torácicas, 6 lombares, 5 sacrais e de 7 a 12 ossos
coccígeos, dependendo do indivíduo. Algumas características notáveis incluem
costelas cilíndricas e a presença da tuberosidade isquiática nos ossos coxais, entre
outras (Figura 6).

Figura 6 – caprino (cabrito)

O sétimo exemplar corresponde ao esqueleto de um equino, ou seja, de um


cavalo. Os cavalos possuem aproximadamente 205 ossos em sua anatomia. Destes,
46 são vértebras, distribuídas em 7 cervicais (localizadas no pescoço), 18 torácicas
(na região do tórax), 6 lombares e 15 caudais. A primeira vértebra cervical é conhecida
como atlas, e ela se articula com o crânio, formando a nuca do cavalo.
O esqueleto do cavalo está dividido em quatro partes principais: cabeça, tronco,
membros anteriores e membros posteriores. Na região da cabeça, encontramos ossos
como o crânio, que desempenha o papel de proteger o cérebro do animal, bem como
os dentes, que desempenham um papel fundamental na alimentação (Figura 7).
Figura 7 – equino (cavalo)

O oitavo exemplar corresponde ao esqueleto de uma ave, mais


especificamente, uma avestruz. A avestruz é reconhecida como a maior entre as aves,
atingindo uma altura de até 2,4 metros e um peso de aproximadamente 150 kg. Sua
morfologia é caracterizada por um corpo desengonçado, com pernas e pescoço
longos, uma cabeça pequena e a presença de dois grandes dedos em cada pata.

O esqueleto da avestruz pode ser dividido em um esqueleto axial, que inclui um


crânio delicado e uma série de vértebras cervicais, torácicas, lombares, sinsacro,
caudais e pigóstilo. Além disso, a avestruz apresenta costelas esternais e vertebrais
com processos uncinados. O esterno é um osso em formato elipsoidal que não possui
quilha (Figura 8).
Figura 8 – ave (avestruz)

Também realizamos uma aula prática durante a qual estudamos as estruturas


internas e externas de um felino, no caso, um gato. A professora nos conduziu
detalhadamente, orientando-nos sobre como realizar a dissecação do animal de forma
a preservar os órgãos internos. Com a assistência da professora, alguns alunos
procederam com a dissecação para uma observação mais detalhada e a identificação
precisa dos órgãos.
Durante essa atividade prática, utilizamos paramentação específica, que inclui:
• Luvas de látex
• Jaleco
• Sapato fechado
• Máscara e touca.
Materiais:
• Faca
• Tesoura
• Pinça
• Balde com água
• Esponja
• Mesa
Conforme a imagem abaixo (figura 9).

Figura 9 – materiais

A professora conduziu o procedimento desarticulando os membros posteriores


na articulação coxofemoral e afastando os membros anteriores lateralmente, a fim de
expor completamente a pelve e o tórax (Figura 10).

Figura 10 – desarticulação do cadáver

Com o uso de uma faca, procedemos à realização de uma incisão em forma de


V nas proximidades dos ramos laterais da mandíbula. Utilizando o dedo indicador,
retiramos a língua e desarticulamos o osso hioide em qualquer um de seus ramos,
isolando-o lateralmente. Na sequência, liberamos a traqueia e o esôfago entre as
fáscias musculares cervicais até a entrada da cavidade torácica.
Com cuidado, tracionamos o bloco anatômico para separá-lo completamente
ao longo da extensão torácica até o diafragma. Posteriormente, separamos o
diafragma na porção dorsal em forma de semicírculo, efetuamos uma pequena incisão
no rim direito e continuamos a separar o conjunto abdominal de forma paralela à
coluna vertebral até a cavidade pélvica. Delimitamos a cavidade pélvica junto com as
estruturas genitais externas e o ânus, assegurando a completa liberação do
monobloco do cadáver (Figura 11).

Figura 11 – retirada do monobloco

Também observamos os sistemas essenciais no felino, como o sistema


respiratório, compreendendo a boca, o nariz, a traqueia, os pulmões e as vias
respiratórias menores.
O sistema digestório, conhecido como o canal alimentar ou trato
gastrointestinal, estende-se da cavidade bucal ao ânus e abrange estruturas como a
boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
Os componentes do sistema circulatório incluem o sangue, o coração e os
vasos sanguíneos.
O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. Enquanto os
rins e ureteres fazem parte do trato urinário superior, a bexiga e a uretra constituem o
trato urinário.
Os gatos possuem duas estruturas conhecidas como sacos anais, que contêm
glândulas chamadas glândulas adanais, glândulas do saco anal ou simplesmente
glândulas anais.
O baço é um órgão do sistema imunológico localizado no lado esquerdo do
abdômen do gato. Vale mencionar que este órgão não estava presente no cadáver. A
remoção do baço pode ser indicada em casos de doenças como anemias, leucemia,
outros tipos de câncer, bem como no surgimento de cistos ou lesões causadas por
traumas, como contusões ou ferimentos abdominais (Figura 12).

Figura 11 – órgãos internos com ausência do baço

5. CONCLUSÃO
Por meio desta atividade prática de laboratório, obtivemos a capacidade de
identificar e examinar os esqueletos de diversas espécies animais, bem como as
estruturas internas e externas de um cadáver de um felino. Durante a atividade,
adquirimos compreensão acerca da localização e das funções primárias dessas
estruturas, e o conhecimento sobre o conjunto de materiais utilizados para a execução
da aula prática desempenhou um papel fundamental para auxiliar na análise e na
compreensão do funcionamento desses sistemas.
Essa experiência prática permitiu uma integração valiosa entre os conceitos
teóricos e a aplicação prática, enriquecendo assim nossa compreensão global do
assunto.

6. REFERÊNCIAS

• COSTA, Nadyne Lorrayne Farias Cardoso Rocha et al. MÉTODOS DE


AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ANATOMIA DESCRITIVA DOS ANIMAIS
DOMÉSTICOS PERTINENTE AO SISTEMA ESQUELÉTICO-EQUINOS.
• FERNANDES¹, Orrana Targino Galamba et al. ESTRATÉGIAS DE
AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA ANATOMIA DESCRITIVA DOS ANIMAIS
DOMÉSTICOS PERTINENTE AO SISTEMA ESQUELÉTICO EM Canis
familiaris.
• DA SILVA, Luana Thamires Rapôso et al. ATLAS VIRTUAL DE ANATOMIA DO
GATO (AVAG).
• MOYES, Christopher D.; SCHULTE, Patricia M. Princípios de fisiologia animal.
Artmed Editora, 2009.
• ESCOLAR, DIRETORIA DE REGISTRO. Programa Analítico de Disciplina
VET107 Anatomia e Fisiologia Animal.

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