Você está na página 1de 31

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL


CAMPUS ARAPIRACA
Projeto de Monitoria
Anatomia Humana em Enfermagem

APOSTILA DE ANATOMIA
HUMANA
1° Edição

Arapiraca – AL
2009
2
COLABORADORES

Daniele Bezerra

RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO


DO MATERIAL

Amanda Mirlla

Isabel

Josemar Ferreira

Kleyla Cristiana

Thaysa Karlla

CORREÇÃO E REVISÃO

Amanda Mirlla

3
Projeto Anatomia Humana em Enfermagem

O nosso objetivo e produzir materiais que facilitem o


estudo da Anatomia Humana para estudantes da área da
saúde, em especial, estudantes de Enfermagem, uma vez
que entendemos a importância de entender toda
estrutura corporal e funcional humana, a fim de
proporcionar uma melhor assistência para àqueles que
tanto necessitam de nosso cuidado.

1ª edição – junho de 2009


Associação UFAL (Universidade Federal de Alagoas),
Arapiraca – AL, Brasil, 2009.

4
AGRADECOMENTOS

Gostaríamos de agradecer primeiramente à Professora


Daniele pela iniciativa de nos incentivar a criar materiais os
quais além de ajudar àqueles que se fizerem precisar de
instrumentos para melhorar seu aprendizado no estudo de
Anatomia Humana, ainda durante a construção da Apostila
onde pudemos nos aprofundar mediante o que já sabíamos
sobre o corpo humano como um todo.
Agradecemos a Deus, por nos pela aprovação da
monitoria.
Aos nossos pais pela oportunidade e apoio que nos
deram para conseguirmos fazer um curso superior de
tamanha importância.

5
SUMÁRIO

• INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA....................................7


• SISTEMA ESQUELÉTICO.............................................................8
• SISTEMA ARTICULAR...............................................................11
• SISTEMA CIRCULATÓRIO..........................................................13
• SISTEMA RESPIRATÓRIO..........................................................18
• SISTEMA DIGESTÓRIO.............................................................20
• SISTEMA URINÁRIO.................................................................23

ANEXOS DE IMAGENS

• SISTEMA ESQUELÉTICO............................................................25
• SISTEMA ARTICULAR................................................................27
• SISTEMA CIRCULATÓRIO...........................................................28
• SISTEMA RESPIRATÓRIO...........................................................30

6
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA

A Anatomia pode ser considerada uma ciência que estuda


macroscopicamente a constituição do corpo humano pela dissecação de
peças de cadáveres já fixadas com soluções apropriadas. Anatomia (ana=
em partes; tomein – cortar).
Essa apostila visa de forma sucinta fornecer dados fundamentais para
o reconhecimento de órgão formadores dos sistemas esquelético, articular,
muscular, nervoso, circulatório, respiratório, digestório, urinário e genitais.

7
SISTEMA ESQUELÉTICO
Conceito de Sistema Esquelético:

O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens.

Conceito de Ossos

Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindos-se aos


outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto.
É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal
característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras
colágenas e proteoglicanas).

O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de


tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do
esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa
de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo
e degradando osso velho.

O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo,


cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos
formadores de sangue.

Quanto à irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos


sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). O
tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem
drenagem linfática.
No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que
contêm células ósseas chamadas osteófitos. Cada osteófito possui
prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas
e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede
de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado.

Funções do Sistema Esquelético

Sustentação do organismo (apoio para o corpo)


Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)
Base mecânica para o movimento
Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)
Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas
novas)

Divisão do Esqueleto

Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.

8
Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores.

A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das


cinturas escapular e pélvica.

Classificação dos Ossos

Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:


Ossos Longos
Ossos Curtos
Ossos Laminares (Planos
Ossos Alongados :
Ossos Pneumáticos
Ossos Irregulares
Ossos Sesamóides
Ossos Suturais

TÓRAX

A face ventral é constituída pelo esterno e cartilagens costais. As faces


laterais são compostas pelas costelas e separadas umas das outras pelos
onze espaços intercostais, ocupados pelos músculos e membranas
intercostais.

OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e


constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial.
Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente,
articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ).
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica,
Lombar e Sacro-Coccígea.

São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca


de 4 coccígeas.

Funções da Coluna Vertebral

• Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;


• Suporta o peso do corpo;
• Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô
para a cabeça;
• Exerce um papel importante na postura e locomoção;
• Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os
músculos do dorso;
• Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para
trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior.

9
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro
segmentos:

• Cintura Escapular - Clavícula e Escápula

• Braço - Úmero

• Antebraço - Rádio e Ulna

• Mão - Ossos da Mão

Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:

• Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril)

• Coxa - Fêmur e Patela

• Perna - Tíbia e Fíbula

• Pé - Ossos do Pé

10
SISTEMA ARTICULAR
• Artrologia: Grego: Arthron = juntura + logus = estudo.
• É a parte da Anatomia que estuda as articulações ou junturas.
• Junturas: É o meio de união entre os ossos na para constituir o
esqueleto.

CLASSIFICAÇÃO DAS JUNTURAS

Podem ser classificadas em:

Junturas fibrosas: As articulações fibrosas incluem todas as articulações


nas quais os ossos são mantidos por tecido conjuntivo fibroso, também
conhecido como ligamento sutural.

Junturas Cartilaginosas: São as junturas por continuidade onde os ossos


se unem por um tecido cartilaginoso.

Junturas Sinoviais: São as junturas por contigüidade onde os ossos estão


justapostos separados por uma fenda articular e envolvidos por uma cápsula
fibrosa.

JUNTURAS FIBROSAS

• Suturas: São junturas fibrosas onde os ossos estão próximos. São


encontradas nos ossos do crânio.
• Plana: as margens dos ossos são planas (ossos frontais).
• Denteada ou Serrátil: as margens dos ossos são em forma de dente de
serra (a maioria das junturas dos ossos da cabeça).
• Escamosa: as margens dos ossos são em forma de escama (osso
parietal e osso temporal).
• Sindesmoses: São junturas fibrosas que unem ossos à distância.
Ex: Entre os corpos do radio e ulna / tíbia e fíbula.
Entre os arcos e entre os processos das vértebras.

JUNTURAS CARTILAGÍNEAS

• Sincondroses: Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão


unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações
temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar
do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio).
As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais
são sincondroses permanentes.

11
Intra-ósseas: ocorre dentro de um mesmo osso (metáfise dos ossos
longos) .
Interósseas: ocorre entre ossos diferentes (osso occipital e osso
esfenóide).

• Sínfises: As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão


cobertos por uma camada de fibrocartilagem. Entre os ossos da
articulação há um disco fibrocartilaginoso (é característica distintiva da
sínfise). Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise
absorva impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação
entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. Exemplos: -
manúbioesternal; - intervertebrais; - sacrais; - púbica; - do mento.
Ex: entre os corpos das vértebras / entre os ossos púbis.

JUNTURAS SINOVIAIS

• Elementos de uma juntura sinovial:


Constantes: Superfícies ósseas articulares.
Cartilagens articulares.
Membrana fibrosa.
Membrana sinovial.
Líquido sinovial.
Cavidade articular (espaço).

Cápsula articular: É uma membrana conjuntiva que envolve a juntura


sinovial como um manguito. Duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e
a membrana sinovial (interna). Ligamentos e cápsula articular tem por
finalidade manter a união entre os ossos, mas, além disso, impedem o
movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos
considerados normais.

Discos: estruturas fibrocartilaginosas em forma de disco que permitem que


duas superfícies ósseas discordantes possam articular entre si (articulação
temporal-mandibular).

Meniscos: estruturas fibrocartilaginosas em forma de meia-lua (disco


incompleto). Agem como amortecedores de peso e permitem a estabilização
da articulação do joelho.

12
SISTEMA CARDIOVASCULAR
A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material
nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado,
sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados
vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um
líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular.
O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos
sangüíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar
materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos
vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de
sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sangüíneos.

Circulação Pulmonar e Sistêmica

Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para


os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue
pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono
(CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado
esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica.

Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento


sangüíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e
outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros
resíduos das células.

O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da


cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do
esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões.
Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo.
A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo
exame de suas extremidades, superfícies e limites.

Limites do Coração

A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A


superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa
sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A
borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície
inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica
voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como
limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a
traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente.

13
Configuração Externa: o coração apresenta três faces e quatro margens:

Faces
Face Anterior (Esternocostal) - Formada principalmente pelo ventrículo
direito.
Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo
esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada
principalmente com o tendão central do diafragma.
Face Pulmonar (Esquerda) - Formada principalmente pelo ventrículo
esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.

Margens
Margem Direita - Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias
cavas superior e inferior.
Margem Inferior - Formada principalmente pelo ventrículo direito e,
ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo.
Margem Esquerda - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e,
ligeiramente, pela aurícula esquerda.
Margem Superior - Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda
em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar
emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado
direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava
superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do
pericárdio.

Configuração Interna

O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os


átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras
inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração.
Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de
saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão).
O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo
interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo
interventricular.

Ciclo Cardíaco

Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um


batimento cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem,
enquanto os dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a
fase de contração; a fase de relaxamento é designada como diástole.
Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial),
forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois
ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do
coração.
Para que o coração seja eficiente na sua ação de bombeamento, é

14
necessário mais que a contração rítmica de suas fibras musculares. A
direção do fluxo sangüíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido
por quatro valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e o
ventrículo - atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas
localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam
sangue para fora do coração - semilunares (valva pulmonar e aórtica).

Inervação

A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que


provém de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui
um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior.
A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é,
simpático e parassimpático.
A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão
dos batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e
rítmica, que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas
especializadas, chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por
serem auto-excitáveis.

Vasos sanguíneos

Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em


direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sangüíneos
podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso:
Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração,
vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.
Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos,
vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração.

15
Circulação Arterial

16
Circulação venosa

17
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração é um processo fisiológico pelo qual os organismos vivos
inalam oxigênio do meio circulante e soltam dióxido de carbono. A
respiração (ou troca de substâncias gasosas - O2 e CO2 ), entre o ar e a
corrente sanguínea, é feita pelo sistema respiratório que é constituído
pelos pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar são eles, as fossas
nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos
e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.

Fossas nasais

São cavidades paralelas que tem inicio nas narinas e terminam na


faringe. Elas são separadas uma da outra pelo septo nasal. Em seu interior
há dobras chamadas coanas nasais superiores, medias e inferiores. Possuem
epitélio formado de células produtoras de muco e células ciliadas, que tem a
função de filtrar umedecer e aquecer o ar. Acima das coanas nasais
superiores existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato.

Faringe

É uma via comum aos sistemas digestório e respiratório, por onde


passa tanto o ar quanto o alimento. Pode ser dividida em nasofaringe,
orofaringe e laringofaringe.

Laringe

É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na


parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão,
saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas
da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma
espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como
válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada
pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias
respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas
vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.

Traquéia

É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12


centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis
cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios,
que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere
partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que
são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e
engolidas ou expelidas.

18
Pulmões

Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente


25 cm de comprimento, sendo envolvidos por duas membranas serosas
denominadas pleuras, a pleura interna está aderida a superfície pulmonar
enquanto a pleura externa está aderida a caixa torácica, há ainda entre elas
um líquido que permite que ocorra o a união e o deslizamento. Nos pulmões
os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez
mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos
é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em
pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial
pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos
pulmonares.

Diafragma

A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-


membranoso que separa o tórax do abdome, presente apenas em
mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os
movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo
frênico controla os movimentos do diafragma.

19
Sistema Digestivo

O sistema digestivo tem a função de preensão, mastigação,


deglutição, digestão, absorção e expulsão de resíduos (fezes).
Formado por um canal alimentar e órgão anexos.

Canal alimentar

Boca:
- vestíbulo da boca: espaço limitado pelos lábios e bochechas
(externamente) e pela gengiva e dentes (internamente);
- cavidade bucal propriamente dita: limitada pela rima bucal
(exterior), pela orofaringe através do istmo das fauces (posterior),
pelas bochechas (lateral), pelo palato (superior) e pelos músculos do
assoalho da boca (inferior). Nela está presente gengivas, dentes e
língua.
- palato: é formado pelo palato duro (ósseo) e mole (muscular). No
plano mediano projeta-se a úvula. Existem dois pares de pregas que
se ligam ao palato mole, denominadas arco palatoglosso
(anteriormente) e arco palatofaríngeo (posteriormente). O espaço
entre os arcos é chamado de fossa tonsilar, onde encontra-se a tonsila
palatina.
- língua: órgão com funções na mastigação, deglutição, gustação e
articulação de palavras. Na junção dos dois terços anteriores com o
terço posterior encontra-se o sulco terminal, o qual divide-a em corpo
e raiz. A língua possui papilas filiformes, fungiformes e valadas
(maiores e em forma de V).
- Dentes: são estruturas implantadas através dos alvéolos dentários
na maxila e mandíbula. Os dentes divide-se em raiz, coroa e colo. São
classificados como incisivos, caninos, pré-molares e molares.

Faringe: dividida em três partes, a nasofaringe, orofaringe e


laringofaringe. Essa última parte comunica-se com o ádito da laringe
(anteriormente) e posteriormente com o esôfago. Sua musculatura é
estriada.

Esôfago: possui três porcões, cervical, torácica e abdominal. A segunda


parte é a maior, passando posteriormente à traquéia e anteriormente aos
corpos vertebrais e à porção torácica da aorta descendente. Atravessa o
diafragma no hiato esofágico para continuar-se no estômago.

Estômago: situado a baixo do diafragma e lateralizado para esquerda.


Possui dois orifícios, um que se comunica com o esôfago (óstio-cárdico) e
outra com o duodeno (óstio-pilórico). Possui uma face anterior e uma
posterior, uma abertura superior onde se localiza a válvula cárdia e uma
inferior onde se localiza o esfincter piloro, uma margem convexa
esquerda ou curvatura maior e uma margem côncava direita ou curvatura
menor. O estômago divide-se em região cárdica, fúndica, corpo e piloro.
20
Intestino delgado: Inicia-se no piloro e vai até a junção ileocólica.
Divide-se em três partes: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno é fixo à
parede abdominal, enquanto o jejuno e o íleo estão ligados a ela através
do mesentério. O duodeno possui uma concavidade para a esquerda na
qual se insere a cabeça do pâncreas. Também nessa porção do intestino
delgado desembocam os ductos colédoco (traz a bile) e pancreático (traz
secreção pancreática).

Intestino grosso: possui haustros, tênias e apêndice epiplóico como


características. Inicia-se na junção ileocólica. Divide-se em ceco, apêndice
vermiforme, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente,
sigmóide, reto e canal anal. O ceco é uma dilatação que tem como
principal função a absorção de líquido. O apêndice vermiforme
caracteriza-se por apresentar tecido linfático. O cólon ascendente termina
na flexura cólica direita onde continua o cólon transverso. O cólon
transverso termina na flexura cólica esquerda onde continua o cólon
descendente. O cólon descendente é continuado pelo cólon sigmóide, pelo
reto e pelo canal anal. A fáscia de coalescência é formada por peritôneo
parietal e visceral que serve para fixar os cólons ascendente e
descendente à parede posterior do abdome. O intestino grosso é irrigado
pelas artérias mesentérica superior e inferior.

Órgão anexos

Glândulas salivares: glândula parótida (localizada lateral e


anteriormente ao pavilhão auricular e o ducto parotídeo desemboca ao
nível do 2° molar superior), submandibular (protegida pelo corpo da
mandíbula e o ducto submandibular abre-se no assoalho da boca) e
sublingual (situa-se lateral e inferiormente à língua e desemboca em
vários orifícios no assoalho da boca).

Fígado: possui uma face superior ou diafragmática, lisa e convexa, e


uma face inferior ou visceral, tendendo a ser plana. A face superior do
fígado liga-se ao diafragma através do ligamento falciforme. Possui os
lobos direito, esquerdo, quadrado e caudado. Secreta a bile, que é
armazenada na vesícula biliar. A vesícula biliar encontra-se na face
inferior do fígado, entre o lobo direito e o lobo quadrado. A veia cava
inferior passa por entre os lobos direito e caudado.
O hilo hepático está localizado entre os lobos quadrado e caudado.
No hilo hepático encontram-se as estruturas que constituem o pedículo
hepático: as artérias hepáticas direita e esquerda, a veia porta e o ducto
hepático comum. O ducto hepático comum é formado pela união do ducto
hepático direito com o ducto hepático esquerdo. O ducto hepático comum
se une ao ducto cístico, proveniente da vesícula biliar, para formar o
ducto colédoco. Este desemboca na papila maior do duodeno juntamente
com o ducto pancreático.

21
Pâncreas: dividido em cabeça, corpo e cauda. A cabeça e o corpo são
separados pelo colo. A cabeça do pâncreas está inserida na concavidade
formada pelo duodeno. O pâncreas possui um ducto pancreático principal,
que desemboca juntamente com o ducto colédoco na papila maior do
duodeno passando pela ampola de Váter, na qual se encontra o esfíncter
de Oddi, podendo também apresentar o ducto pancreático acessório, o
qual desemboca na papila menor do duodeno. Essa glândula libera
secreção endócrina (insulina) e exócrina (suco pancreático).

Informações auxiliares

Peritônio: O peritôneo é a estrutura que reveste a cavidade abdominal.


Divide-se em peritôneo parietal, que está aderido à parede do abdome, e
peritôneo visceral, envolvendo os órgãos abdominais. Alguns órgãos
situam-se atrás da cavidade peritoneal, tendo anteriormente a eles o
peritôneo parietal. São os órgãos retroperitoneais. Quando o peritôneo
liga um órgão à parede do abdome, esse ligamento é denominado meso.
Quando liga um órgão a outro ou se reflete livremente sobre outros
órgãos, é denominado omento ou epíplon.

Diafragma: divide tórax do abdome. Se prende ás seis últimas costelas,


extremidade caudal do esterno e á coluna vertebral. Por ele passa a veia
aorta (pelo hiato aórtico), veia cava inferior (pelo forame da veia cava e o
esôfago (pelo hiato esofágico).

22
Sistema Urinário

O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e


uretra.
O rim é um órgão par, retroperitoneal e está relacionado com funções
como a eliminação de substâncias ou excretas através da urina, o controle
da concentração de diversos íons nos líquidos corporais, o equilíbrio ácido-
básico e o controle da pressão arterial sistêmica. Possui um hilo,
medialmente, por onde passam a artéria e a veia renal, a pelve renal e
fibras nervosas. Sobre os pólos superiores de ambos os rins estão
localizadas as supra-renais. A artéria renal origina-se diretamente da aorta,
abaixo da artéria mesentérica superior.
No pedículo renal, as veias renais localizam-se anteriormente, o ureter
está posterior e volta-se inferiormente e as artérias renais estão localizadas
de forma difusa, porém geralmente entre as veias e o ureter.
Seccionado por um plano coronal, o rim apresenta uma região externa,
o córtex, e uma região interna, a medula renal. A medula possui as
pirâmides e, entre uma pirâmide e outra, as colunas renais. A base de
cada pirâmide está voltada para o córtex e o ápice segue em direção aos
cálices menores, aos cálices maiores e à pelve renal, respectivamente.
A pelve continua-se no ureter, que segue aderido à parede posterior do
abdome até atingir a bexiga (pelo óstio ureteral), onde a urina é
armazenada. A bexiga por sua vez, comunica-se com a uretra através do
óstio interno na uretra. E a eliminação da urina para o meio externo é feita
pelo óstio externo de uretra.

23
ANEXOS DE IMAGENS

24
SISTEMA ESQUELÉTICO

Cor: Estrutura:
Cor: Estrutura: Frontal
Vértebras Temporal
Costelas Zigomatico
Esterno Occiptal
Escápula Esfenoide
Processo estilóide
Etmoide
Ducto da tuba auditiva
Osso nasal Pariental
Forame mentual Mandíbula
Maxila

25
SISTEMA ESQUELÉTICO

Cor: Estrutura:
Tarso
Metatarso
Cor: Estrutura:
Fêmur
Clavícula
Fíbula
Escápula
Tíbia
Úmero
Sacro
Carpo
Iliaco
Metacarpo
Falanges
Rádio
Ísquio
Ulna
Ílio
Falanges
Púbis

26
SISTEMA ARTICULAR

Cor: Estrutura: Cor: Estrutura:


Sutura sagital Membrana sinovial
Discos intervertebrais Recesso axilar
Cartilagens articular Ligamento capsular
Articulação temporal-mandibular Sutura frontozigomática
Cavidade sinovial Sutura nasomaxilar
Superfície articular do fêmur Sutura coronal
Ligamento cruzado posterior Sutura frontoesfenoidal
Ligamento colateral fibular Ligamento radiado
Ligamento cruzado anterior Ligamento longitudinal anterior
SISTEMA CIRCULATÓRIO

27
Cor: Estrutura:
Arco da aorta
Veias cava ( inferior e superior)
Veias pulmonares( inferiores,superiores, direita e esquerdas).
Artérias pulmonares( direita e esquerda).
Seio coronário

SISTEMA CIRCULATÓRIO
Cor: Estrutura:
Tronco braquiocefálico arterial
Artéria subclávia direita Cor: Estrutura:
Artéria carótida comum direita Átrio direito
Artéria subclávia esquerda Átrio esquerdo
Artéria carótida comum Ventrículo direito
esquerda Ventrículo esquerdo
Músculos papilares
Cordas tendíneas
28
Cor: Estrutura: Cor: Estrutura:
Artéria axilar Veia axilar direita
Artéria ulnar Veia basílica direita

Artéria radial Veia cefálica direita


Veia cubital mediana direita
Artéria braquial
Veia mediana do antebraço direito
Arco palmar
Veias radiais direitas
Veias ulnares direitas

SISTEMA RESPIRATÓRIO

29
Cor: Estrutura: Cor: Estrutura:
Cartilagem cridotireóidea Fissura horizontal
Lobo pulmonar inferior Cartilagem epiglótica
Vestíbulo nasal Cartilagem aritenóide
Concha nasal média Cartilagem cricóide
Seio frontal e esfenoidal Osso hióide
Porção da nasofaringe Cartilagem tireóide
Hilo pulmonar Brônquio principal esquerdo
Palato mole Brônquio lobar superior direito
Palato duro traquéia

Referências

• Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar-Dângelo e Fattini-1988


• Resumo de Anatomia; Gray, Gardner, O’ Rahilly.
• Guilherme S. C. Junqueira; ANATOMIA HUMANA; 2001.
30
• West, John B. Fisioterapia Pulmonar Moderna. 4°ed, São Paulo Editora
Manole, 1996.
• NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
• www.unifesp.br/.../roteirodeanatomiadescritivaetopografica.pdf

31

Você também pode gostar