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BASES

MORFOFISIOLÓGICAS DO
MOVIMENTO HUMANO

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EMENTA
• Abordagem topográfica da morfologia das estruturas esqueléticas,
articulares, musculares e neurais, componentes do aparelho Do
movimento humano.

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OBJETIVOS

• Propiciar o conhecimento morfológico das estruturas constituintes do


aparelho do movimento humano para possibilitar ao aluno o
desenvolvimento das habilidades e competências relativas a avaliação,
ao diagnóstico e ao tratamento dos distúrbios cinético-funcionais.

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JUSTIFICATIVA

• A Fisioterapia tem em sua essência o uso do movimento para a


prevenção, promoção e reabilitação da saúde.
• Assim, o conhecimento detalhado das estruturas relacionadas com o
movimento é fundamental para a avaliação, o diagnóstico, a aplicação
dos recursos fisioterapêuticos nos distúrbios cinético-funcionais.

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METODOLOGIA

• Aulas expositivo- dialogadas;


• Estudos dirigidos;
• Estudos de casos;
• Trabalhos em grupos;
• Aprendizagem baseada em equipes
• Aulas práticas

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PROGRAMA

• Estudo do corpo humano: divisão do corpo humano, posição anatômica , planos e eixos.
• Nomenclatura dos movimentos
• Considerações esqueléticas sobre o movimento do esqueleto axial e apendicular:
funções do esqueleto, tipos de ossos, tecido ósseo, estrutura dos ossos.
• Formação óssea. Remodelagem. Vascularização e inervação.
• Elementos descritivos. Divisão do esqueleto.
• Anatomia funcional e descritiva dos ossos dos membros superior e inferior
• Introdução ao estudo das Articulações: funções e classificações
• As articulações sinoviais. Estruturas. Movimentos
• Fatores que afetam o contato e a amplitude do movimento nas articulações sinoviais.
• Considerações sobre o tecido muscular: tipos; funções e propriedades musculares;
• Anatomia funcional dos músculos esqueléticos;
• Funções dos músculos, tipos de músculos, pontos de origem e inserção, sistemas de
alavancas;
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PROGRAMA

• Introdução ao sistema de controle do corpo humano; Anatomia da medula


espinal
• Nervos espinais; Plexos; Dermátomos
• Fisiologia da medula espinal; Tratos sensoriais e motores
• Reflexos e arco reflexos;
• Considerações sobre o encéfalo; Organização, proteção e suprimento
sanguíneo
• O tronco encefálico e suas divisões; Lesões da medula oblonga
• O cerebelo e suas conexões;
• Considerações sobre o cérebro e os aspectos funcionais do córtex cerebral;
• O cérebro e suas subdivisões;
• Aspecto geral dos hemisférios cerebrais; Estrutura e localização funcional do
córtex cerebral
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• AVALIAÇÃO
• 1º BIMESTRE: PROVA TEÓRICA:5,0; PROVA PRÁTICA (com participação):
3,0; AEP: 1,0; PROVA INTEGRADA: 1,0.

• 2º BIMESTRE: PROVA TEÓRICA:5,0; PROVA PRÁTICA (com participação):


3,0; AEP: 1,0; PROVA INTEGRADA: 1,0.

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•Características Biomecânicas
do Osso

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REFERENCIAS

• FAGUNDES, Diego Santos.. Cinesiologia e fisiologia do exercício / 2019,


Porto Alegre SAGAH 2019

• OKUNO, Emico.. Desvendando a física do corpo humano biomecânica -


2 / 2017, São Paulo Manole 2017

• HALL, Susan J.. Biomecânica básica - 7 / 2016, Rio de Janeiro Guanabara


Koogan 2016

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BIOMECÂNICA DO
SISTEMA ÓSSEO
ASPECTOS BIOMECÂNICOS DO SISTEMA
ÓSSEO

Cerca de 206 ossos no corpo adulto


• ~ 20 % da massa corporal:12k
FUNÇÕES MECÂNICAS E FISIOLÓGICAS
DOS OSSOS
MECÂNICAS
• Suporte para o corpo contra forças externas;
• Alavanca e sustentação para os movimentos humanos;
• Age como um sistema de alavanca para transferir força
• Proteção para os órgãos internos e tecidos moles;

FISIOLÓGICAS:
• Formar células sanguíneas através da medula vermelha(hematopoiese);
• Absorve toxinas;
• Armazenar sais minerais: cálcio, fosfato e magnésio.
OSSO: TECIDO VIVO

• Os ossos se renovam a cada 2 anos;


• O osso é um tecido dinâmico que crescem até a idade adulta;
• Após a idade adulta, está sob constante remodelamento;
• Sofrem modelamento dado um estímulo apropriado.
ARQUITETURA DO OSSO

• É formado por 3 componentes principais: agua, matriz óssea orgânica


e matriz óssea inorgânica:
• Agua: maior no recém nascido e criança; 25%
• matriz óssea orgânica: rica em proteínas e colágeno- proteoglicanos:
dá resistência e maleabilidade ao osso(tensão e tração) . 25%
• matriz óssea inorgânica: constituída de minerais, como: fosfato de
cálcio e carbonato de cálcio que dão resistência à compressão.
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CÉLULAS ÓSSEAS

• Osteoblastos;
• Osteoclastos;
• Osteócitos
OSTEOBLASTOS
• G. osteon, osso; G. blastos, germe
• São células responsáveis em iniciar o desenvolvimento do osso, sua
modelação e reformulação após a sua formação.
• Responsável em unir os íons de Fósforo e Cálcio, formando o Fosfato de
Cálcio (CaHPO4), dando ao osso a característica de dureza.
• A deposição é regulada pela pressão parcial exercida sobre o osso.
• Quanto maior a pressão, maior a deposição.

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OSTEÓCITOS

• São células maduras derivadas dos Osteoblastos, residentes em


lacunas da matriz óssea.
• Adaptam-se à forma da lacuna e irradiam canalículos que entram em
contato com outros canalículos de osteócitos vizinhos tornando em
junções comunicantes que a partir deste vão compartilhar íons,
nutrientes e fluido extracelular.
• Desta forma, participam do processo de reabsorção óssea.

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OSTEOCLASTOS

• G. osteon, osso; G. clastos, reabsorção)


• São células grandes presentes em quase todas as cavidades ósseas e
funcionam para promover a reabsorção do osso.
• São responsáveis em quebrar os sais e digerir a porção proteica do osso,
sendo absorvidos pelo líquido extracelular circundante nos canalículos
ósseos.
• A ação dos osteoclastos permite ao osso não ficar denso e pesado
demais.

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TIPOS DE TECIDO ÓSSEO

• Osso Compacto e Esponjoso


OSSO COMPACTO

• O osso compacto tem uma textura densa como marfim, sem solução de
continuidade.
• Sua localização é sempre periférica envolvendo o osso esponjoso
(trabecular ou areolar) que se dispõe em trabéculas entrelaçadas que
deixam espaços ou aréolas entre si que lembram uma esponja.
• Esta disposição das variedades de tecido ósseo é facilmente
comprovada quando se examina um osso serrado ou uma radiografia
óssea.
• O osso compacto da periferia é o que recebe o primeiro impacto dos
esforços mecânicos da ação muscular e dos traumatismos.

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OSSO ESPONJOSO
• As trabéculas do osso esponjoso dispõem-se de tal maneira que
formam traves ósseas (traves de direção) que funcionam como vigas de
suporte para distribuir convenientemente os esforços pelas paredes do
osso e conferir maior leveza ao mesmo.
• A espessura do osso compacto e a arquitetura do osso esponjoso
variam nos diferentes tipos de ossos dependendo da carga mecânica
que tem que suportar.

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ORGANIZAÇÃO DO OSSO LAMELAR
• Nas diáfises dos ossos longos os sistemas de Havers se arranjam uns
sobre os outros formando milhares de colunas de alguns centímetros de
comprimento.
• Podem ser observados quatro sistemas de Havers ou ósteons,
ressaltados cada um em um tom de azul.
• O canal central de cada sistema, denominado canal de Havers, é
percorrido por vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.

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• Vasos sanguíneos percorrem a diáfise transversalmente no interior de
túneis ósseos denominados canais de Volkmann.
• Esses vasos são ramos de vasos situados no canal medular ou, em
menor frequência, do periósteo.
• Os canais de Volkmann comunicam canais de Havers adjacentes.
• Os vasos situados no interior do canal de Havers permitem que a
circulação sanguínea e linfática percorra em comprimento cada sistema
de Havers e são responsáveis pela nutrição dos osteócitos de cada
ósteon.

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AS PRINCIPAIS PARTES DE UM OSSO LONGO
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CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

• OSSOS LONGOS
• Nestes ossos o comprimento predomina sobre a largura e espessura.
• Estes ossos encontram-se nos membros e apresentam uma barra
central chamada diáfise ou corpo e duas extremidades chamadas
epífises sendo uma distal e outra proximal.
• A região de transição entre a diáfise e a epífises é chamada metáfise.
• O corpo é um tubo de osso compacto recoberto externamente pelo
periósteo e internamente pelo endósteo.
• A cavidade central é chamada de cavidade medular, pois contém a
medula óssea.

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• Osso alongado: é uma miniatura de osso longo. Estes ossos estão
representados pelas clavículas, pelos metacarpianos e metatarsianos
que podem apresentar cavidade medular e pelas falanges que
geralmente têm arquitetura de osso curto.

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• Ossos curtos: nestes casos nenhuma das suas dimensões sobressai
sobre as outras.
• A forma geral é cubóide, sendo algumas faces recobertas pôr periósteo
pôr onde penetram os vasos e nervos e onde inserem os tendões dos
músculos.
• As outras faces são recobertas pôr cartilagem articular, pois em geral, os
ossos curtos articulam-se pelas suas faces.
• A arquitetura dos ossos curtos é semelhante à da epífise dos ossos
longos, ou seja, osso esponjoso cercado pôr uma fina camada de osso
compacto. Estes ossos encontram-se no tarso e no carpo.

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• OSSOS PLANOS OU CHATOS: Nestes ossos a espessura é sensivelmente
menor que as outras dimensões.
• A arquitetura é bem típica, constando de duas lâminas ou tábuas de
osso compacto com osso esponjoso entre elas.
• Quase todos apresentam uma certa curvatura e são representados
pelos ossos da abóbada craniana, costelas, esterno, escápula e ilíaco.
• A expressão diploe define este tipo de arquitetura óssea, mas é, em
geral, usada apenas para os ossos do crânio.
• Neste tipo de osso a medula óssea persiste até a idade adulta.
• Os ossos planos do crânio e o esterno se articulam pelas suas margens e
as costelas pelas suas extremidades.

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CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

• Ossos Irregulares: São ossos que apresentam uma forma típica como as
vértebras, que possuem um corpo com arquitetura de osso curto de
onde se projetam expansões (processos) com arquitetura variável.
• Ossos Arqueados: Apresentam forma de ferradura como a mandíbula e
o hióide.
• Osso Papiráceo: Sua estrutura é representada pôr uma delgada lâmina
de osso compacto. O osso lacrimal e boa parte da escápula apresentam
este tipo de estrutura.
• Ossos Pneumáticos: São ossos que apresentam cavidades ou seios
preenchidos por ar. Estes ossos estão na cabeça e entre eles estão o
esfenóide, o frontal, o maxilar, o etmóide e o temporal.
• Ossos Sesamóides: (semelhante à semente de sésamo ou gergelim).
São ossos que se desenvolvem no interior dos tendões de músculos e
apresentam arquitetura de osso curto. A patela, no tendão do músculo
quadríceps femoral, é um osso sesamóide constante. O osso pisiforme,
no tendão do músculo flexor ulnar do carpo é também considerado
como osso sesamóide constante. Os outros ossos sesamóides são
pequenos, inconstantes e mais freqüentemente localizados nas mãos e
nos pés.

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NUTRIÇÃO E IRRIGAÇÃO

• Os ossos são muito irrigados e vascularizados, por este motivo sangram


e doem bastante em caso de fratura.
• Os ossos são profusamente irrigados, recebendo artérias de diferentes
origens e cada tipo de osso apresenta uma particularidade na sua
irrigação.
• Os ossos longos possuem sempre uma ou duas artérias nutrícias, que
são ramos de artérias vizinhas, além várias artérias periostais.
• As artérias nutrícias penetram sempre obliquamente, em um ponto
mais ou menos constante da diáfise do osso perfuram o osso compacto

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MEDULA ÓSSEA

• Medula Óssea Vermelha


• Medula Óssea Amarela
MEDULA ÓSSEA
• Medula Óssea Vermelha: É encontrada nos espaços existentes no osso
esponjoso das costelas, vértebras, esterno e pelve em adultos normais.
• É suprida ricamente com sangue, contendo células sanguíneas e suas
precursoras.
• Sua principal função é a hematopoiese - formação de glóbulos
vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e megacariócitos,
cujos fragmentos formam as plaquetas (trombócitos).

• Medula amarela: É um tecido conjuntivo que consiste principalmente


de células adiposas( rica em gordura) e é encontrada principalmente
nas diáfises dos ossos longos, na cavidade medular.

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Membranas do Osso

• Periósteo;

• Endósteo.
MEMBRANAS DO OSSO

• Periósteo G. peri, em volta; G. osteon, osso


• É uma bainha de tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do
osso, exceto das superfícies articulares (que são revestidos por
cartilagem hialina).
• O Periósteo é ligado ao osso por fibras colágenas (fibras de Sharpey)
que penetram na matriz adjacente. As células do periósteo respondem
pelo crescimento ósseo em largura e espessura e pelo reparo ósseo nas
fraturas. No períosteo é que dá inserção aos músculos.
• Endósteo: É uma membrana fina e delicada que reveste todas as
camadas ósseas, incluindo a cavidade medular do osso longo, os
espaços medulares do osso esponjoso e os canais haversianos.
• Possui capacidade hematopoiética e osteogênica.

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ADAPTAÇÕES DO TECIDO ÓSSEO
• Crescimento: em comprimento (~20 anos) e em diâmetro em função de
fatores genéticos, biomecânicos, fisiológicos e ambientais;
• Equilíbrio entre produção e reabsorção até 40 anos (mulher), até 60
anos (homem);
• Modelamento e Remodelamento: aumento e diminuição da massa
óssea (ocorre na idade adulta);
• Reparo ósseo: processo pelo qual o osso é reparado após uma lesão.
MODIFICAÇÃO ETÁRIA DO OSSO
• Os ossos longos da criança, além de apresentarem a cartilagem de
crescimento, são menores e menos acidentados que os ossos do
adulto; possuem mais água (capas de hidratação) que chega a 60% de
seu peso e mais tecido colágeno que lhes confere mais elasticidade;
• Os ossos do adulto apresentam uma superfície mais acidentada sendo,
em geral, mais acentuada no sexo masculino, têm menos água (30% de
seu peso).
• Na velhice os ossos apresentam menos água (10% de seu peso) e
menos tecido ósseo (rarefação ou osteoporose) e, pôr isto, tornam-se
menos elásticos e mais quebradiços, devido a rarefação óssea.

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Tipologia de Cargas a qual o sistema
esquelético está sujeito
CRIANÇA X ANDADOR
• Aplicação de cargas ⇒ produção de potenciais elétricos ⇒ estimula a
formação óssea.

• Compressão = carga negativa = construção


• Tração = carga positiva = reabsorção
Pressões iguais em áreas diferentes
provocam pressões diferentes
LEI DE WOLFF

• Cada mudança na função é seguida por certas mudanças na


arquitetura interna e conformação externa do osso.

• COLLETTI et al. (1989) - levantadores de peso aumentam a


densidade mineral óssea em locais que sustentam mais peso:
lombar, trocânteres, colo femoral comparado com as outras
estruturas que suportam menor quantidade de carga.
• Diferentes modalidades diferente densidade óssea:
• Fêmur - levantador de peso > arremessador > corredor
> futebol > nadadores
• Estímulo efetivo mínimo que aciona formação óssea.
• Se este estímulo for < não altera;
• se for > e raramente aplicados gera danos.
• Corredores apresentam mais massa óssea quando
comparados à sedentários de mesma idade e peso
(Dalin & Olsson, 1974).
• Atletas (mulheres) de nível universitário, apresentam
maior densidade óssea vertebral que o grupo controle
(sedentárias). Na pós-menopausa esta diferença se
acentua.
• Mulheres no período de pós-menopausa, praticantes de
atividade física (1 hora / 3x semanais / 1 ano)
aumentaram sua densidade óssea.
• Inativas diminuíram sua densidade no mesmo período
(Aloia et al., 1978
• Dança X Caminhada: Dança preservou melhor a integridade
óssea de mulheres (pós-menopausa) do que a caminhada.
Ambas as atividades condicionaram adaptações biopositivas
(Zetterberg et al., 1990)

• Soldados: Observa-se grande aumento (5 - 10 %) da


massa óssea de recrutas, após 16 semanas de treinamento.
Grupo apresenta alto índice de lesões ósseas.

• Astronautas apresentam grande excreção de cálcio através da


urina. Após 1 ano de permanência no espaço podem ocorrer
perdas de massa óssea da ordem de 25 % (Raumbaut et al.,
1979).
FATORES DE INFLUÊNCIA NA RESISTÊNCIA
ÓSSEA
• Tipo de osso
• Geometria de Aplicação das Forças
• Idade
• Tipo de atividade física
• Sexo
TECIDO ÓSSEO DE CRIANÇAS
• >> proporção de colágeno
• << resistência à
compressão
• Alto potencial de
remodelagem
• Aumento da flexibilidade
óssea
• >> tolerância à
deformação plástica
DOENÇAS DO TECIDO ÓSSEO
• 80% mulheres
• 1,5 milhões de fraturas anuais,
incluem:
- 300.000 quadril
- 700.000 vértebras
- 250.000 punho
- 300.000 outros
ARTICULAÇÃO
• Articulações ou junturas são definições como conjunto de estruturas
anatômicas que conectam duas ou mais peças do esqueleto.
• Se a articulação ocorrer entre apenas dois ossos, ela é chamada de
simples, esse acontecer entre mais de dois ossos ela é chamada
composta.

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FUNÇÃO
• A função da maioria das articulações é possibilitar os movimentos, uma
vez que os ossos se movem tracionados pelos músculos ao redor dos
pontos de juntura entre eles.
• Todavia algumas articulações estão mais relacionadas a postura e ao
equilíbrio.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU E O TIPO DE
MOVIMENTO
• 1-Sinartrose quando a articulação é fixa sem movimento;
• 2-anfiartrose a articulação permite pouco movimento; ou
• 3- diartrose articulação muito móvel.

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CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL
• Se baseia nas características anatômicas da articulação:
• 1- Articulação fibrosa permite pequenos deslocamentos e movimentos
vibratórios, não tem cavidade articular entre os ossos e alguns destes
são unidos por tecido conjuntivo.
• Articulação fibrosa pode ser do tipo:
- SUTURA= são funcionalmente classificadas como sinartroses existem
entre os ossos do crânio e podem ser planas.
-SINDESMOSE=é classificada funcionalmente como anfiartrose , que
apresenta uma distância maior entre os ossos, os quais são unidos por
mais tecido conjuntivo fibroso interposto entre eles, é o caso da
sindesmose tibiofibular e radioulnar .
- GONFOSE ocorre na junção das raízes dos dentes com os processos
alveolares da maxila e da mandíbula.
• 2- Articulação cartilagínia tem ossos unidos por cartilagem hialina ou
fibrocartilagem também permite apenas pequenos deslocamentos e
movimentos vibratórios e também não tem cavidade articular entre os
ossos.
• Articulações cartilagíneas podem ser do tipo:
- SINCONDROSE: é classificada funcionalmente como sinartrose e tem
cartilagem hialina entre os ossos.
- SÍNFESE é classificada funcionalmente como anfiartrose. É uma
articulação onde os ossos são unidos por um disco de fibra ou cartilagem
como ocorre na síntese pública e intervertebral

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SINCONDROSE SÍNFISE

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• 3-ARTICULAÇÃO SINOVIAL- permite vários tipos de movimentos, tem
cavidade articular os seus ossos são unidos por tecido conjuntivo em
forma de cápsula articular e apresenta elementos características e outros
especiais.
• As articulações sinoviais tem elementos características como:
superfície articular, cartilagem articular, cápsula articular e líquido sinovial e
elementos especiais como lábios, discos articulares, menisco, ligamentos
acessórios, bolsas e bainhas.

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- A superfície é articular é a porção óssea que faz parte da articulação e é
coberta por uma fina cartilagem articular do tipo avascular.

- A cápsula articular tem uma dupla membrana de tecido conjuntivo


muito vascularizada e inervada que reveste a articulação.
A sua camada interna é chamada sinovial pois faz o a síntese do líquido
sinovial.

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- O líquido sinovial é constituído por ácido hialurônico prosteoglicanos e
glicosaminas cuja função é reduzir o atrito por meio da lubrificação da
articulação, absorver os impactos mantendo os ossos levemente
afastados e eliminar o calor produzido nas articulações durante os
movimentos ponto além disso nutre e oxigênio a cartilagem articular e
dela remove o CO2 e resíduos metabólicos.
- Os lábios são estruturas de fibrocartilagem que ampliam a cavidade e
conferem maior estabilidade e articulação.
- Os discos e os meniscos também são fibrocartilagem e estão presentes
em articulações muito requisitadas como o tempo mandibular e joelho.
Os discos e meniscos dão estabilidade melhoram a decoptação articular
diminui o atrito e os danos por impacto e distribuem o líquido sinovial.
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- Os ligamentos acessórios podem ser extracapsulares quando presentes
fora da cavidade articular ou intracapsulares quando dentro da cápsula
mas fora da cavidade articular.
- As bolsas se localizam entre a pele e o osso entre o tendão e o osso,
entre o músculo e o osso ou entre o ligamento e o osso. Elas reduzem o
atrito em articulações muito requisitadas e quando inflamadas causam a
bursite.

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ARTICULAÇÕES
• O potencial motor de um segmento é determinado pela estrutura e
função da articulação do tipo Diartrose ou Sinovial. Este tipo de
articulação produz uma baixa fricção, capaz de suportar desgaste e
rupturas significativas.
• A forma do osso determina qual o movimento articulação realizará e
como as articulações serão nomeadas :

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CARACTERÍSTICAS DA ARTICULAÇÃO DO TIPO
DIARTROSE:
• Possui uma fina camada de osso compacto sobre o tecido esponjoso –
essa cartilagem oferece transmissão de cargas e estabilidade adicionais,
melhor congruência das superfícies, proteção das margens articulares e
lubrificação;
• Possui uma cápsula articular – tecido conjuntivo fibroso, branco
composto principalmente por colágeno, protegendo a articulação.
• Membrana Sinovial – localizado na superfície interna da cápsula,
composta por um tecido conjuntivo frouxo e vascularizado.
• Líquido Sinovial – secretado pela membrana sinovial, tem o objetivo de
lubrificar a articulação, bem como prove-la de nutrientes.

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• Plana ou Deslizante: O movimento desse tipo de articulação é chamado
de não-axial, pois consiste em duas superfícies planas que deslizam uma
em relação a outra e não em torno de um eixo. São encontradas entre
os Tarsos dos pés e os Carpos das mãos, articulação sacro ilíaca,
acrômio clavicular externo clavicular e vértebra costal

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• Gínglimo ou Dobradiça: apresentam face cilíndricas com depressão
em carretel em um osso e saliência correspondente no outro.
Também permite o movimento em um plano (flexão e extensão) e é
uniaxial. São encontradas nas articulações interfalângicas no pé e na
mão e na articulação umeroulnar no cotovelo e joelho.

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• Elipsodéia: uma das superfícies ósseas é oval e convexa, e a outra é
oval e concava. Permite o movimento em dois planos(flexão e extensão;
abdução e adução), sendo assim biaxial. São exemplos as articulações
radiocarpal no punho e a metacarpofalângicas nas falanges.

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• Sela: tem superfície côncava em uma direção e convexa em outra, com
encaixe e recíproco em outra superfície óssea.Permite o movimento em
dois planos (flexão e extensão; abdução e adução), permitindo também
uma pequena quantidade de rotação, sendo assim também biaxial.
Encontrada apenas na articulação carpometacarpal do polegar.

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• Esferoidal: articulações esferoides tem uma superfície esférica
articulando-se em uma cavidade correspondente. É conhecida também
por “bola” ou “soquete”, permitindo o movimento em três planos
(flexão e extensão; abdução e adução; rotação). É a mais móvel das
diartroses. As articulações do quadril e do ombro são bons exemplos
desse tipo de articulação.

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• Pivô ou trocóide: Permite a movimentação em um plano (rotação,
pronação e supinação) e é uniaxial. Encontramos na articulação
radioulnar superior e inferior e na articulação atlantoaxial na base do
crânio.

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• Condilar: Permite o movimento primário em um plano (flexão e
extensão) com pequenas quantidades de movimentos em um outro
plano (rotação). São encontradas no Joelho e na articulação
temporomandibular.

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VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO

• Articulações são muito inervadas e vascularizadas recebem sangue dos


Ramos das artérias que passam ao redor da cápsula articulares são
drenados por veias que acompanham as artérias a maioria dos nervos
articulares deriva de nervos que suprem os músculos ao redor das
articulações.

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