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Mafalda Cardoso (10210805)

Epidemiologia
A taxa de incidência da Síndrome de Guillain-Barré é de 0,8 a 1,9 casos por 100.000 pessoas
por ano, sendo que esta taxa aumenta com a idade: 0,6 por 100.000 por ano em crianças e 2,7
por 100.000 por ano em idosos com 80 anos ou mais (taxa maior em pessoas de 50 a 74 anos de
idade). É ligeiramente mais frequente em homens do que em mulheres.

Com base na taxa de incidência e na expectativa de vida, o risco estimado de desenvolver a


síndrome de Guillain-Barré para qualquer indivíduo é inferior a 1 em 1.000.

A taxa de incidência pode ser maior em algumas áreas, o que está possivelmente relacionado a
taxas mais altas de exposição a organismos infecciosos. Campylobacter jejuni é a infeção
antecedente identificável mais frequente, encontrada em 25-50% dos pacientes adultos, com
maior frequência em países asiáticos. Outros eventos antecedentes comuns ou doenças
associadas incluem exantemas virais em crianças e outras doenças virais em adultos e crianças,
particularmente os grandes vírus da família do herpes (citomegalovírus [CMV], vírus Epstein-
Barr [EBV], HIV) e menos frequentemente, infeções bacterianas diferentes de Campylobacter
(Mycoplasma pneumoniae, doença de Lyme).

Uma associação da Síndrome de Guillain-Barré com hepatite E foi identificada em pacientes da


Holanda e de Bangladesh e também poderá haver uma relação entre a Síndrome de Guillain-
Barré e a infecção aguda por arbovírus, incluindo zika e chikungunya. Também forma relatados
casos de Síndrome de Guillain-Barré logo após a vacinação com vacina contra o vírus da
influenza A. Numa vacinação em 2009, estudos mostraram 1,6 casos de Síndrome de Guillain-
Barré por 1.000.000 pessoas vacinadas, uma frequência semelhante a todas as vacinações contra
a gripe.

A vacinação pode, de facto, reduzir a hipótese de um indivíduo desenvolver Síndrome de


Guillain Barré após infeção natural com influenza A, que é um possível candidato a precipitar a
doença. Geralmente, não parece haver contraindicações para a vacinação de pacientes que já
tiveram a Síndrome de Guillain-Barré, exceto para pacientes que tiveram a doença nos últimos 3
meses ou tiveram Síndrome de Guillain-Barré relacionada à vacinação.

Bibliografia

Ropper, A. H., & Samuels, M. A. (2009). Principles of Neurology. McGraw-Hill.

Willison, H. J., Jacobs, B. C., & Doorn, P. A. Van. (2016). Guillain-Barré syndrome. 717–727.

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