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Plano de Tratamento

Fisioterapêutico Paciente
Acamado

Bruna Oliveira
Imobilismo
• A experiência clínica mostra que, quanto maior a frequência
de intervenção, menores são as complicações musculares
decorrentes. Se a intervenção diária pelo fisioterapeuta não
for possível, o profissional deve orientar o cuidador, que deve
realizar as mobilizações, sendo enfatizados pelo
fisioterapeuta os cuidados para que não haja lesões, como
luxações ou fraturas.
MOVIMENTAÇÃO ATIVA, PASSIVA E ATIVA
ASSISTIDA
• Movimentação Ativa (Quando paciente for capaz de realizar)

• Movimentação Passiva (Quando paciente for incapaz de realizar


movimento)

• Movimentação ativa assistida (Fisioterapeuta auxilia o paciente a


completar o movimento)

• Passivo 3 séries de 15 repetições


Movimentação Ativa e Passiva

• As movimentações auxiliarão na manutenção da ADM, minimizando


as aderências entre as estruturas e evitando a deformidade articular.

• A ausência de movimentação leva ao espessamento da cápsula


articular, à redução do líquido sinovial e ao aumento da aderência
entre as estruturas articulares.

• Movimentação de membros inferiores aumenta a pressão intra-


abdominal e a motilidade intestinal, além de auxiliar na evacuação.
ALONGAMENTOS
• Existem evidências de que os exercícios terapêuticos múltiplos com
combinações de alongamentos, treinamento de resistência e de
equilíbrio.
• A principal modalidade de exercício direcionada para as disfunções da
mobilidade articular é o alongamento.

• Alongamento deve ser mantido até 60 segundos, maior o benefício na


amplitude de movimento. Realizar 3 séries de 20 segundos

• Alongamento estático é o mais indicados para restaurar mobilidade


articular de idosos.
Sistema Circulatório
• A ausência da contração muscular (principalmente do tríceps
sural) dificulta retorno venoso, a movimentação e facilita o
retorno venoso.

• Realizar Movimentos de flexão plantar e dorsiflexão

• Evitar flexão prolongada, pois favorece a estase venosa.

• Realizar drenagem linfática em casos de edema.


Sistema Respiratório
• Realizar manobras que favoreçam a higienização pulmonar (CUIDADO
OSTEOPOROSE), não devem ser realizadas logo após a alimentação.

• As manobras de higiene podem ser realizadas com inalação ( SORO)

• Manobras de expansão pulmonar

• Orientar e reforçar constantemente os cuidadores acerca da


realização de uma boa higienização após a alimentação, para evitar
restos de alimento na cavidade oral e causar pneumonia aspirativa.
Posicionamento
• Não manter o paciente apenas estendido, mas também em flexão, para
não causar desconforto muscular nem fadiga.
• Considerar a adoção de posturas distantes àquelas que o paciente tende
a adotar.
• Evitar posições que possam causar deformidades articulares, como a
flexão contínua dos joelhos, dos cotovelos, punhos e dedos
• A fisioterapia deve orientar os cuidadores a sentarem o idoso
lentamente e não de maneira brusca, evitando hipotensão postural.
• Sempre que possível sentar o paciente evitando a posição de decúbito
dorsal.
Nunca deixe a cabeceira da
cama totalmente abaixada,
sempre deixar no mínimo a 30
graus, pois isso facilita que a
comida do estômago vá para o
pulmão, o que chamamos de
broncoaspiração
Decúbito Lateral
Observar tolerância
do paciente e sinais
de desconforto
MUDANÇA DE POSIÇÕES

Para facilitar o
deslocamento do
idoso, utilize a Técnica
da passadeira
DECUBITO DORSAL PARA LATERAL
Orientações aos cuidadores
O fisioterapeuta deve sempre reforçar as orientações a fim de evitar o surgimento
dessas lesões:
• Realizar mudanças de decúbito com maior periodicidade
• Evitar ao máximo o atrito direto da pele do idoso com o lençol.
• Melhorar a nutrição e a hidratação do idoso
• Evitar deixar a fralda suja por tempo prolongado e higienizar, secar e hidratar bem
o local a cada troca
• Utilizar colchões e almofadas que reduzam e distribuam a sobrecarga nos pontos
de maior pressão
• O material do colchão e almofadas não deve nem aquecer nem resfriar o corpo do
idoso
RELAXAMENTO
• Massagens
• Liberação Miofascial
Fisioterapia

•O trabalho do fisioterapeuta na síndrome do


imobilismo traduz-se na possibilidade de minimizar
complicações e promover conforto e sensação de
bem-estar, ou seja, adotar e orientar acerca de
medidas que reduzem os sofrimentos físicos e
emocionais do idoso acamado.
Muito se questiona sobre como a fisioterapia poderia
conseguir alcançar esses objetivos

• A resposta é simples: quem não se sentiria reconfortado ao ser


mobilizado de modo que sua musculatura fosse alongada, sua
circulação fosse ativada; sem dor por não ter encurtamento muscular
ou deformidades articulares; respirando melhor após a higiene
pulmonar; sem sentir desconforto abdominal e úlceras na pele; e, por
fim, sentindo o toque das mãos do fisioterapeuta e a atenção e o
carinho dispensados?
Plano de Tratamento
Fisioterapêutico na
Instabilidade Postural
Bruna Oliveira
ESTRATÉGIAS

• Tornozelo

• Quadril

• Passada
AVALIAÇÕES DO EQUILÍBRIO
• 1. Tinetti Assessment Tool.
• 2. Escala de Equilíbrio de Berg.
• 3. Timed Up and Go.
• 4. Teste de Sentar Levantar 5 vezes.
• 5. Alcance Funcional.
• 6. Teste de Romberg.
• 7. Teste Tandem
EQUILÍBRIO ESTÁTICO

• TESTE ROMBERG
EQUILÍBRIO DINÂMICO
• TESTE DINAMICO TANDEM
ESCALA DE BERG
• A Escala de Equilíbrio de Berg, também chamada Balance Scale (Berg e cols.,
1992), compreende a avaliação de 14 tarefas relacionadas ao dia-a-dia, que
envolvem o equilíbrio estático e dinâmico, tais como alcançar, girar, transferir-
se, permanecer em pé e levantar-se.

• A pontuação global é de 56 possíveis pontos. Os itens são pontuados 0-4 sendo


que 0 representa a incapacidade de completar a tarefa e 4 a capacidade de
concluir independente a tarefa proposta.
• Pontuação de 0 a 20 representa prejuízo do equilíbrio ( ALTO RISCO DE
QUEDAS), 21 a 40 equilíbrio aceitável (BAIXO RISCO) e 41-56 um bom equilíbrio.
Teste de Sentar Levantar 5x (TSLCV)

• O TSLCV mede o tempo consumido para


levantar-se 5x, o mais rapidamente possível,
a partir de uma posição sentada.
• O teste avalia: força dos membros inferiores,
controle do equilíbrio, risco de queda e
capacidade para exercícios.
• Tempos mais longos maior risco de
quedas recorrentes.
Cruzar os braços sobre o tórax e sentar-se com as costas apoiadas no encosto da
cadeira 5 vezes.
Média 15 segundos
AVALIAÇÃO DE RISCO DE QUEDAS

FISIOTERAPEUTA IRÁ CRONOMETRAR O


TEMPO A PARTIR DO MOMENTO QUE
PACIENTE DESENCOSTA DA CADEIRA PARA
LEVANTAR.
• Até 10 segundos – desempenho normal para adultos saudáveis. Baixo risco de quedas;
• Entre 11 e 20 segundos – Normal para idosos frágeis ou com debilidade, mas que se mantêm
independentes na maioria das atividades de vida diária. Baixo risco de quedas;

• Entre 21 e 29 segundos – Avaliação funcional obrigatória. Indicado abordagem específica para a


prevenção de queda. Risco de quedas moderado;
• Maior ou igual a 30 segundos – Avaliação funcional obrigatória. Indicado abordagem específica para a
prevenção de queda. Alto risco para quedas.
POMA - Performance Oriented Mobility
Assessment 
• A escala de POMA ou Tinetti é uma escala de equilíbrio e mobilidade
desenvolvida por Tinetti em 1986.
• O Teste de Tinetti tem sido usado para avaliar o equilíbrio e as anormalidades
da marcha. O teste consiste de 16 itens, em que 9 são para o equilíbrio do
corpo e 7 para a marcha A contagem para cada exercício varia de 0 a 1 ou de 0
a 2, com uma contagem mais baixa que indica uma habilidade física mais
pobre.
• O Índice de Tinetti é compreendido por duas escalas: de equilíbrio e de marcha.

• Pontuação total 28 a 25 baixo risco de quedas, 19 a 24 moderado risco de quedas, abaixo


de 19 pontos alto risco de quedas
Postura
• A fraqueza muscular e os desequilíbrios podem ter impacto
importante no alinhamento postural.
• Realizar abor­dagens para fortalecimento da musculatura abdominal e
pa­raespinal (evitar flexão forçada do tronco)

• Os exercícios de fortalecimento progressivo para os músculos


abdutores, extensores e rotadores do quadril são importantes.

• Alongamentos suboccipitais para a região cervical da coluna vertebral,


peitoral maior e menor, latíssimo do dorso, flexores do quadril, joe­lho
e os flexores plantares.
Postura

• Treinamento cinestésico; movimentos cervicais e escapulares,


inclinações pélvicas, controle da coluna neutra.

• Exercícios funcionais para preparo de uma mecânica corporal segura


(agachamentos, avanços, estender os braços para várias direções,
empurrar/puxar objetos, erguer e virar cargas com a coluna estável).

• Começar com exercícios simples e depois implementar complexos


O treinamento é baseado em duas estratégias:

• Realizar movimentos que deslocam o CG gerando


Demanda de equilíbrio
Ex: Olhar para trás (girar o corpo), Olhar para cima, Alcance a frente, alcance lateral
alcance em cima ou em baixo, Caminhar, andar de lado

• Reduzir a base de suporte dificulta a manutenção da CG


na base de suporte
Ex: Sentar mais na frente da cadeira, Juntar os pés, Pés um a frente do outro, Ficar
numa perna só
FIM

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