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ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR TERAPÊUTICA – região lombo pélvica

Controle postural, envolve postura e controle do movimento


- o que é estabilidade postural? Postura é buscar a simetria, mas a estabilidade vai além disso, na
história era vista como alinhamento postural estático (soldado).
- Quase-estático = é preciso oscilar para proteger o sistema, tipo precisamos nos movimentar pq
muito tempo na mesma posição gera um desconforto
Postura é mais fácil de entender perante a coordenação dos músculos
Oscilação = realiza recrutamento de diferentes músculos para manter a postura
Fatores que perturbam a estabilidade: reações fisiológicas (respiração, batimentos cardíacos)
Livro – SHUMWAY COOL E WOOLLACOTT, 2003
- postura tem a ver com uma estabilidade dinâmica que envolve um sistema postural e que
depende de uma tarefa, do indivíduo e do ambiente (o que você ta fazendo)
Componentes da estabilidade – trabalham em conjunto, porém em alguns momentos um
trabalha mais que o outro
- Tendão do calcâneo e o músculo gástrico tensiona para você não cair a frente
Sistema Passivo – não contrai por conta própria, estabiliza os segmentos: Ligamentos, tendões,
cápsula articular, labrum, cartilagem... quando to mais parado é o passivo que trabalha mais
Sistema Ativo – músculos profundos e superficiais / se a pessoa ta parada e alguém da um
empurro o passivo não consegue segurar tanto então o ativo ajuda contraindo
Músculos profundos – ativam com mais frequência
- estabilizadores
- mais curtos
- ventre menor
- mais próximo do fulcro da articulação
Músculos superficiais – ativam quando uma atividade for muito grande
- dinâmicos
- mais longos
- ventre maior
- produzem mais torque

Estabilidade dinâmica
• Coaptação coxofemoral – vetor transversal: - Mm. pelvitroncantéricos
• Coaptação coxofemoral – vetor longitudinal: - Mm. com inserção na diáfise do fêmur
• Controle da pelve sobre o tronco: - Mm. Abdominais e dorsais
• Controle intervertebral - Mm. Profundos do dorso

Hipótese de Panjabi = Diminuição significativa da capacidade do sistema estabilizador vertebral


em manter as zonas neutras intervertebrais dentro dos limites fisiológicos, resultando em dor e
disfunção.
Zona Neutra – é uma determinada região dentro da amplitude de movimento onde o músculo é
o principal estabilizador, passivo e ativo em equilíbrio, se não houver equilíbrio começa a
lesão / zona neutra é muito variável
- Como nessa região o principal estabilizador é a contração muscular, torna-se de extrema
importância que o músculo seja ativado no momento correto, caso contrário pode haver
instabilidade daquela articulação.
Aspectos gerais do controle motor e controle postural
- Controle motor: Capacidade do SNC de regular ou orientar os mecanismos essenciais para o
movimento
- Fatores: Como o SNC organiza os músculos e articulações em movimentos funcionais
coordenados?
- Como as informações sensoriais do ambiente e do corpo são usadas para selecionar e controlar
o movimento?
- sensores posturais = pés
- o SNC se adapta ao tipo de desequilíbrio
EQUILIBRIO X DESEQUILIBRIO
- Procura o equilíbrio em Forças internas e externas
Nosso corpo está sempre em desequilíbrio
- Ao causar o desequilíbrio, ocorre ajuste (finos e grosseiros) principalmente do tronco
- Posicionamento Pelve x Tronco: observar como está apoiado o diafragma
- Caixa Torácica
Estratégias Motoras na postura vertical perturbada

 Estratégia do tornozelo
- Controle de inclinação na bipedestação / empurra e controla pelo tornozelo
 Estratégia do quadril
- Controla perturbações amplas e rápidas / empurra e controla pelo quadril, da uma jogada tipo
stiff
 Estratégia do passo
- Deslocamento para recuperar o equilíbrio e alinhar a base de apoio / quando empurrado da um
passo a frente para equilíbrio

Estratégias corporais não se pensam é algo voluntário onde o corpo busca equilíbrio, mantendo
o olhar horizontalizado.

Controle da estabilidade lombo-pélvica


3 subsistemas
- neural / cérebro pré frontal
- ativo / estruturas musculares (estabilizadores da lombar)
- passivo / estruturas articulares, capsulares – mantem rigidez no sistema

ESTABILIDADE CENTRAL
Para se ter uma estabilidade central da coluna precisava ter uma integração funcional do sistema
passivo, ativo e neural que proporciona o controle da posição e do movimento do tronco sobre a
pelve, capaz de manter a zona neutra (posição no espaço que a coluna tenha maior integração
sobre esse sistema/ zona neutra VARIÁVEL) intervertebral com as limitações fisiológicas
durante as AVD’S
Estabilidade Lombo-pélvica: modelo funcional do controle motor e biomecânica
- Estabilidade Lombopélvica: Diferentes Níveis
 Controle do Equilíbrio (Indivíduo como um todo);
 Controle da Orientação Lombo-pélvica;
 Controle Intervertebral.

FUNÇÕES MUSCULARES
Locais
 Controle intersegmentar – translação e rotação
 Multífido
 Longuíssimo torácico (porção lombar)
 Iliocostal lombar (porção lombar)
 Quadrado lombar (fibras médias)
 Transverso do Abdômen
 Oblíquo interno (fibras posteriores)
 Inserção direta na coluna lombar
 Controle do movimento intersegmentar
 Controle do posicionamento da coluna lombar

Globais
 Estabilizador global: controle de orientação e postura do complexo lombo-pélvico
(Longuíssimo torácico, porção lombar, quadrado lombar medial, oblíquo interno
posterior.)
 Mobilizador global: controle das forças externas e equilíbrio do corpo (Grande dorsal
(latíssimo do dorso), quadrado lombar lateral, reto abdominal, oblíquo externo.)
 Longuíssimo torácico (porção torácica)
 Iliocostal lombar (porção torácica)
 Reto Abdominal
 Oblíquo externo
 Oblíquo interno
 Produzem movimento
 Agem sobre a pelve e a caixa torácica
 Equilibram as forças externas aplicadas ao tronco

MECANISMOS ABDOMINAIS NA DOR LOMBAR


- Mudança no controle antecipatório
- Mudança no controle compensatório

ESTABILIZAÇÃO
Estabilização da coluna vertebral é a habilidade de prevenir movimentos indesejáveis e
simultaneamente mover as extremidades e o tronco ao redor da coluna equilibrada sem dor ou
lesão ao tecido.
- Estabilização segmentar
 Baseia-se  No potencial efeito biomecânico da co-contração da musculatura local;
 Considerações gerais do controle motor e estabilização articular;
 Respostas do sistema muscular ao treinamento;
 Evidência laboratorial e clínica de problemas do controle motor da musculatura local
em pacientes com lombalgia.
- Tratamento
 Exercícios de estabilização e para o sistema global
 Evidências para o papel dos músculos estabilizadores
 Princípio do modelo de exercício de estabilização segmentar
 Controle Segmentar Local
 Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada
 Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta e Progressão para Função
- Estágio 1: Controle segmentar local
 Avaliar o nível de alteração no mecanismo de proteção articular (TrA & MF);
 Facilitação da contração local tônica independente dos músculos globais (associado à
respiração);
 Progressão para sedestação e bipedestação (preparação para próxima fase).
Teste em prono
- Monitorar pelve, coluna, costelas e a unidade pressórica
- Palpação

Avaliação da ativação do TrA


- Unidade de Biofeedback Pressórico (UCP)
 Pesquisa
 Prática clínica
 Mensuração da depressão da parede abdominal
Vantagem
 Baixo custo
 Não invasivo
 Fácil utilização
1. Inflar até 70 mmHg
2. Relaxar completamente o abdômen
3. Solicitar inspiração e expiração profunda
4. Instruir para retração do abdômen inferior por meio de comandos verbais “segure o xixi” ou
“leve seu umbigo para trás em direção à coluna” sem inspirar.
Importante: dissociar a respiração da contração.

Possíveis resultados
1. Resultado mais eficiente: Pressão negativa mantida entre 4-10 mmHg na ausência de
movimento da coluna ou da pelve e sem dilatação do abdômen
2. Ausência de movimento da coluna ou dilatação do abdômen, mas a pressão cair para 0-4
mmHg significa excursão insuficiente do TrA ou assimetria da contração do TrA
2.b Palpar bilateralmente a parede abdominal.
3. Utilização de músculos globais
3.1 Aumento na pressão= 8 mmHg movimento da coluna/pelve= ausente dilatação da
parede abdominal= detectado
3.2 Diminuição na pressão movimento da coluna/pelve= presente  flexão da junção
toracolombar, depressão da caixa torácica, inclinação pélvica posterior.
Outros resultados
 Contração do TrA seguida de contração do Oblíquo interno: pressão negativa de 4
mmHg, seguida por pressão positiva durante 10 segundos;
 Contração isolada do Oblíquo Interno: pressão positiva durante 10 segundos.

Teste em DD
- Boa posição para avaliar assimetrias
 Mesma orientação do teste em prono;
 Sensação de tensão nos dedos
 Ação Incorreta I: Sem Atividade
 Ação Incorreta II: Contração rápida
 Ação Incorreta III: Dedos empurrados para cima
 Ação Incorreta IV: Assimetria

Teste muscular de multífido lombar


- TESTE EM DV
 É esperado que os Multífidos contraiam junto com TrA;
 Foco no Multífido Profundo (próximo ao eixo, não gera movimento);
 Contração deve ocorrer em cada nível (lombálgicos apresentam dificuldade) (Van et al
2003)
Teste do multífido
- TESTE EM DV
 Avaliação da consistência
 Comando: “Suavemente empurre meu dedo para cima sem movimentar sua
coluna/pelve” (?)
 Observar: Posição pelve/coluna, contração rápida, dor.
 Sustentar, Respirar. (10 seg./= TrA)

Estágio 1 – controle segmentar local


4 APOIOS
 Exercícios de Estabilização servem para melhorar o funcionamento dos músculos que
controlam a estabilidade do tronco, protegendo a coluna de microtraumas;
 Promove pouca carga, elimina a gravidade e permite bom equilíbrio;
 Permite estimular o corpo como um todo.
- Exercícios de cadeia cinética fechada

Estágio 2: Controle Segmentar em cadeia fechada


 Integração dos músculos locais em funções de suporte de carga;
 Treino de partes individuais do sistema antigravitacional;
 Treino dos músculos antigravitacionais em posturas flexionadas (cadeia fechada);
 Treino dos músculos antigravitacionais em posturas flexionadas (cadeia fechada)
associando superfícies instáveis;
 Treino dos músculos antigravitacionais em posturas mais altas;
 Músculos com baixa capacidade (pobre) de manter contração sustentada
precisam ser trabalhados sem o suporte de carga ou com pouco suporte antes
de iniciar as posturas em flexão.
Avaliação e preparação para estágio 2
 Teste de força dos principais estabilizadores da pelve (manter por 10 seg. Grau 3);
 Testar endurance do quadríceps;

Posição neutra
Força transverso
Começa a dificultar....
Levanta o braço
Levanta a perna
- sempre observar se a pessoa permanece na posição neutra ou com a lordose correta

Suporte de carga (cadeia cinética fechada) em posturas fletidas em superfícies instáveis

Suporte de carga (cadeia cinética fechada) em posturas flexionadas em superfícies instáveis em


posturas mais altas (menos flexionadas)

Estágio 3: Controle segmentar em cadeia aberta


- Integração dos estágios 1 e 2 associado a movimentos das extremidades superior e inferior.
- Progressão para atividades ocupacionais e esportivas.
- AVDs e Esportes: grande quantidade de movimentos em cadeia cinética aberta - um dos
princípios da estabilidade central - “os membros devem se movimentar sobre uma base
estável”;
- Objetivo do Estágio 3: Integração do controle local, suporte de peso (gravidade) e atividades
de membro.
IMPORTANTE:
- Grande tendência em voltar o padrão antigo (disfunção);
- Monitorar e focar (se necessário) em pontos da fases anteriores (por exemplo: co-contração,
posição neutra).
RESUMO

Estágio 1 – Local

 São ativados músculos locais intrínsecos (elemento básico do sistema de proteção


articular);
 Exercícios para aprimorar a consciência cinestésica e o controle muscular.

Estágio 2 – Cadeia fechada

 Ativação dos músculos locais associada com o sistema antigravitacional


 garantir eficácia.

Estágio 3 – Cadeia aberta

 Progressão do controle segmentar em relação ao movimento dos segmentos


adjacentes da cadeia cinética aberta.

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