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CINESIOTERAPIA

EXERCÍCIOS E MÉTODOS PARA DIVERSOS


SEGMENTOS CORPORAIS
Margarete Diprat Trevisan

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Olá!
Você está na unidade Exercícios e métodos para diversos segmentos corporais. Conheça aqui os conceitos,

indicações e técnicas dos métodos Frenkel, Codman e Klapp. Conheça também o conceito e a história da

Reeducação Postural Global (RPG), bem como os princípios das cadeias musculares.

Saiba como eleger e aplicar as técnicas adequadas de acordo com os achados da avaliação cinético-funcional e

objetivos principais do paciente. Não existe o melhor método, mas sim o melhor protocolo para cada caso, pois

considerar que cada indivíduo é único e possui suas necessidades e restrições é determinante na escolha dos

exercícios que irão compor o protocolo fisioterapêutico.

Bons estudos!

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1 Exercícios fisioterapêuticos
A fisioterapia possui diversas ferramentas de tratamento que contribuem para prevenir doenças, promover a

saúde e tratar as mais variadas disfunções. Diversos protocolos de exercícios fisioterapêuticos podem ser

utilizados e cabe a nós, fisioterapeutas, conhecermos as opções de tratamento para sermos capazes das melhores

escolhas de acordo com nossas metas.

1.1 Exercícios de Frenkel

Em 1889, um médico suíço desenvolveu os exercícios de Frenkel destinados aos pacientes portadores de ataxia

sensorial provenientes de perdas na propriocepção e coordenação, objetivando tratar a incoordenação e

distúrbio cerebelar ou proprioceptivo.

O método de Frenkel é composto por uma série de exercícios com dificuldades progressivas e ritmadas que

podem ser executados de forma unilateral ou bilateral, desempenhados na posição sentada, em pé, caminhando

ou em decúbito dorsal, podendo ser aplicados nos membros inferiores e/ou superiores. Os movimentos iniciam

de forma mais lenta, com os olhos abertos, e posteriormente evoluem para a prática com os olhos fechados,

exigindo concentração.

Os exercícios de Frenkel envolvem posturas desafiadoras e devem ser desempenhados de forma lenta e

sincronizada, inicialmente utilizando a visão para guiar os movimentos com atenção e, posteriormente,

aumentando a dificuldade, realizando os mesmos exercícios com os olhos fechados, de forma uni e bilateral. Tais

exercícios favorecem uma percepção corporal mais perfeita, refletindo numa melhor percepção do

posicionamento corporal durante as atividades, o que auxilia também no controle postural.

Fique de olho
O método de Frenkel foi criado para atuar nos distúrbios cerebelares, como incoordenação,
ataxia e tremores. Tais exercícios corrigem continuamente a disfunção cerebelar graças ao
suporte dos sistemas oculares e artrocinético. A progressão é feita na complexidade dos
movimentos e cada momento de trabalho deve refletir em um momento de descanso.

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1.2 Protocolo de exercício de Frenkel

Para conseguirmos compreender quais exercícios são esses, segue abaixo um protocolo utilizado em um estudo

que teve como objetivo verificar a eficácia dos exercícios de Frenkel no equilíbrio de idosas.

No protocolo do estudo, cada exercício era realizado repetido oito vezes e as caminhadas durante um minuto. A

frequência das sessões ocorria duas vezes por semana, e o tratamento teve a duração de dois meses, totalizando

18 sessões. Os exercícios progrediram das posturas deitada e sentada para posturas de maior nível de

dificuldade, em pé e deambulando. É possível aumentar a dificuldade num mesmo exercício com os olhos

fechados. São primordiais concentração e repetição.

O protocolo de exercício era iniciado na posição deitada, a partir da qual os praticantes eram orientados a

fazerem:
• Flexão de quadril e joelho e extensão de cada perna, apoiando o pé plano.
• Abdução do quadril e adução de cada membro com o pé plano.
• Joelho flexionado e depois joelho estendido.
• Flexão do quadril e do joelho e extensão de cada perna, calcanhares erguidos do tatame.
• Calcanhar de cada perna na perna oposta, na ordem dos dedos, tornozelo, crista da tíbia e patela.
• Calcanhar de cada perna no joelho oposto, escorregando no sentindo oposto (da crista da tíbia até o
tornozelo).
• Flexão do quadril e do joelho e extensão de ambas as pernas, pernas juntas e movimentos recíprocos de
ambos os membros, aumentando a velocidade conforme o tempo.
Progredindo para a posição sentada, os pacientes realizaram:
• Extensão e flexão do joelho de cada membro, evoluindo para marcação do tempo.
• Abdução e adução do quadril e alternância dos pés em um determinado alvo marcado no chão.
Passando da posição sentada para em bipedestação, os indivíduos eram orientados a:
• Levantar e sentar em uma contagem específica. Veja na figura 1 de que forma a paciente deve se
posicionar.

Figura 1 - Exercício de senta/levanta

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Figura 1 - Exercício de senta/levanta
Fonte: Satika, Shutterstock, 2020

#PraCegoVer: A imagem ilustra uma paciente sentada realizando o exercício de sentar/levantar.

Ainda em pé (bipedestação), os exercícios evoluíram para:


• Colocação do pé em algo específico delimitado no chão e descarga de peso para o membro. Veja na figura
2 o posicionamento adequado de pés em cima da marcação: quanto mais próximos estiverem os pés, mais
equilíbrio exigirá do paciente.

Figura 2 - Em pé na marcação
Fonte: YASTAJ, Shutterstock, 2020

#PraCegoVer: Imagem ilustrativa de uma pessoa de pé em um local delimitado no chão realizando descarga de

peso.

Para finalizar a sessão: Caminhada de lado e para frente numa contagem específica (marcas no chão foram

usadas como alvos para controlar o posicionamento dos pés, o tamanho da passada e a largura dos passos). Veja

na figura 3 como o fisioterapeuta deve se posicionar diante do paciente. O profissional deve tomar o cuidado de

se posicionar ligeiramente atrás dele para que não sirva como um exemplo de ritmo e velocidade de caminhada,

mas deve ficar próximo para auxiliar em uma situação de perda de equilíbrio, para evitar a queda do paciente e

transmitir segurança para a adequada execução do exercício, ainda mais se for um indivíduo idoso.

Após a deambulação, os pacientes precisavam virar e as marcas no chão foram úteis para manter uma base de

apoio estável.

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Figura 3 - Caminhada para frente
Fonte: Kamenetskiy Konstantin, Shutterstock, 2020

#PraCegoVer: Na imagem, temos uma fisioterapeuta acompanhando o paciente durante a caminhada para

frente.

Nessa pesquisa, foi possível verificar a redução do risco de quedas. Assim, o estudo concluiu que o método

Frenkel traz benefícios no equilíbrio e nas respostas posturais e, havendo melhora na interação sensorial, ocorre

a redução do risco de quedas, o que frequentemente é uma grande meta desejada tanto pelo fisioterapeuta

quanto pelo paciente.

Os exercícios de Frenkel supracitados envolveram tanto exercícios ativos, que favorecem o fortalecimento

muscular, quanto exercícios que desenvolveram a coordenação motora e o equilíbrio.

1.3 Dicas para aplicação do método de Frenkel

Clique nas abas abaixo e veja algumas dicas para aplicação do método de Frenkel:

O fisioterapeuta deve comandar e contar os exercícios em tom de voz constante e lentamente.

É fundamental que o local de atendimento seja bem iluminado e que o fisioterapeuta se posicione de tal modo que

consiga enxergar os movimentos das pernas do paciente.

Evite a fadiga. Cada exercício deve ser repetido no máximo quatro vezes; deixe o paciente descansar entre cada

exercício. O protocolo deve ter a duração de aproximadamente trinta minutos e deve ser realizado duas vezes ao

dia.

Deve ser evitado extrapolar os limites normais dos movimentos; eles devem ser executados dentro do seu arco

natural de movimento.

Deve-se iniciar pelos exercícios mais fáceis e só depois progredir para os mais difíceis.

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1.4 Exercícios de Codman

Um dos pais da medicina baseada em evidências, o médico Ernest Amory Codman (1869-1940), cirurgião norte-

americano que fez importantes contribuições em variados campos da medicina, desenvolveu, em 1934, um tipo

especial de mobilização de ombro, recomendado principalmente após a cirurgia de reparo do manguito rotador.

Veja na figura 4 uma imagem ilustrativa de todo complexo articular do ombro para uma melhor compreensão do

mecanismo de tração durante a execução dos exercícios pendulares.

Figura 4 - Articulação do ombro


Fonte: udaix, Shutterstock, 2020

#PraCegoVer: Imagem ilustrativa de todo o complexo articular do ombro.

Os exercícios pendulares, ou exercícios de Codman, consistem na realização de uma automobilização através de

movimentos circulares e pendulares com o membro superior e leves movimentos de tronco proporcionando a

movimentação de ombro sem nenhuma contração desse grupo muscular. Veja na figura 5 o posicionamento que

deve ser utilizado para a execução dos exercícios em bipedestação, ou seja, quando não há desconforto na coluna

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ao flexionar o tronco. Tais exercícios atuam com a ajuda da gravidade promovendo um afastamento do úmero da

cavidade glenóide durante o movimento. São indicados para analgesia e recuperação da amplitude de

movimento do ombro após uma lesão ou cirurgia.

Figura 5 - Exercício pendular de ombro


Fonte: Acervo da autora, 2020

#PraCegoVer: Na imagem, a paciente realiza o exercício de Codman em pé, usando da ação da gravidade para

promover uma leve tração da articulação do ombro.

Esses exercícios atuam proporcionando uma mobilidade mais precoce às estruturas articulares através de

movimentos oscilatórios e estimulando a produção de líquido sinovial. A dificuldade para o paciente limita-se em

manter o ombro e o braço o mais relaxado possível. O peso só é adicionado após a redução da dor; quando a

carga é tolerada, acrescenta-se peso com o intuito de aumentar a tração articular.

Esses exercícios englobam três padrões diferentes de movimento do ombro: circundução, flexão e extensão

(para frente e para trás) e abdução horizontal (de um lado para o outro).

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1.5 Técnica de aplicação

O paciente deve se posicionar de pé com o tronco flexionado com um ângulo de aproximadamente 90°graus, ou

em decúbito ventral com o ombro apoiado na beira da maca para que o braço fique pendente. Para execução dos

movimentos, se sugere que o indivíduo realize movimentos de flexão, extensão, adução e abdução horizontal;

também podem ser associados movimentos de circundução. É importante que o fisioterapeuta observe se o

paciente não consegue segurar o peso sozinho ou sente algum desconforto ou dor. Em relação à dor na coluna na

posição inclinada, o indicado é realizar o exercício em decúbito ventral, com o braço solto ao lado da maca.

1.6 Objetivos da técnica

Os objetivos dos exercícios pendulares de Codman são aumentar e manter o arco de movimento do ombro e a

flexibilidade dos tecidos moles, com o uso da gravidade que proporciona a separação do úmero da cavidade

glenóide, tracionando o ombro de forma leve (grau I e II). Conforme a melhora da dor, são adicionados pesos nos

punhos para intensificar essa força de separação articular (grau III e IV).

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1.7 Evidência científica

Em um estudo sobre a análise eletromiográfica da ação muscular intrínseca do ombro durante a execução dos

exercícios pendulares de Codman, verificou-se que com ou sem carga ocorre ativação elétrica, visto que alguns

músculos ativam mais conforme o exercício realizado. Por exemplo, o músculo deltoide é o músculo que

apresenta a maior ativação elétrica durante a flexão de ombro. Assim, esses exercícios são excelentes para

complementar o tratamento das mais variadas lesões que afetam a articulação do ombro.

Fique de olho
Estudos indicam que os exercícios pendulares oferecem efeitos satisfatórios no tratamento da
Síndrome do Impacto quando associados a recursos eletrotermoterapêuticos e/ou crioterapia
e alongamentos e cinesioterapia tradicional (exercícios isotônicos, fortalecimento, mobilização
ativa e passiva).

Uma revisão bibliográfica que investigou os benefícios dos exercícios de Codman no tratamento da síndrome do

impacto do ombro concluiu que tais exercícios favorecem a redução da dor e relaxamento muscular, auxiliando

na lubrificação intracapsular e favorecendo o ganho de mobilidade do membro comprometido, o que demonstra

uma evolução mais rápida na reabilitação.

1.8 Exercícios de Klapp

O método de Klapp foi criado em 1940 por Rudolph Klapp, um pediatra alemão, a partir da observação de que os

quadrúpedes não desenvolviam escoliose, diferentemente de nós humanos que somos bípedes e, portanto,

devido à ação da gravidade nessa posição, apresentamos essa doença.

Na posição em quatro apoios (quadrúpede), durante a execução dos exercícios de Klapp, a descarga de peso

ocorre em pontos selecionados da coluna, a qual fica portanto suspensa entre duas cinturas (escapular e

pélvica), sendo mais facilmente exercitada. Os deslocamentos das mãos e joelhos no chão propiciam o

movimento das cinturas escapular e pélvica mobilizando a coluna.

O método consiste em posturas assimétricas que atuam proporcionando o fortalecimento e alongamento da

musculatura de tronco através das posições de gatas e joelhos que permitem o reposicionamento das vértebras,

promovendo o realinhamento da coluna.

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1.9 Técnica de aplicação

O método possui diversas possibilidades de posturas que devem ser selecionadas de acordo com a avaliação.

Alguns exemplos seriam as seguintes:

a) Relaxamento: Em decúbito dorsal com quadris e joelhos em semiflexão e com as palmas das mãos

posicionadas em cima da região diafragmática anterior, nesse momento pode ser utilizada uma respiração

profunda e lenta para favorecer o relaxamento diminuindo as tensões. Veja na figura 6 o posicionamento

adequado da paciente para realizar o exercício de relaxamento.

Figura 6 - Relaxamento
Fonte: Acervo da autora, 2020

#PraCegoVer: A imagem mostra o posicionamento de relaxamento: uma pessoa deitada com as mãos apoiadas

sobre o diafragma.

Os demais exercícios são realizados na posição de gatas e joelhos, tal como como os quadrúpedes. Durante a

execução, devem ser feitas constantes correções da postura.

b) Engatinhar perto do chão: Em quatro apoios com os cotovelos flexionados a 90° apoiados no chão, dedos

das mãos direcionados para região cefálica, cabeça alinhada, quadris e joelhos a 90°, devem-se realizar

movimentos de hipercifose torácica e hiperlordose lombar, reduzindo o ângulo existente entre pernas e braços

do lado côncavo. Na figura 7, você poderá observa a postura utilizada no momento em que é solicitada a

hiperlordose com o fechamento do ângulo do lado côncavo.

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Figura 7 - Engatinhar perto
Fonte: Acervo da autora, 2020

c) Deslizamento horizontal: Na posição de gatas com quadris e joelhos flexionados a 90°, estender o tronco e

os membros superiores à frente sem tocar os cotovelos no chão, mantendo a cabeça erguida com as mãos

afastadas na mesma distância que os ombros.

d) Deslizamento lateral: É solicitado ao paciente que deslize o tronco e os membros superiores em direção ao

lado convexo da escoliose. Na figura 8, você poderá observar a postura adequada para a execução.

Figura 8 - Deslizamento lateral


Fonte: Acervo da autora, 2020

#PraCegoVer: Na imagem, vemos a paciente realizando a postura de deslizamento lateral.

e) Engatinhar lateral: Em quatro apoios com os dedos das mãos voltados para dentro, estender para frente o

membro superior e para trás o membro inferior do lado da concavidade, manter a cabeça rodada para o lado da

convexidade. Observe a postura da paciente na figura 9.

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Figura 9 - Engatinhar lateral
Fonte: Acervo da autora, 2020

#PraCegoVer: Na imagem, temos uma paciente executando a postura de engatinhar lateral.

f) Arco grande: Em quatro apoios, estender o membro superior e o membro inferior do lado côncavo em

diagonal, manter o joelho e o cotovelo do lado aposto aproximados.

g) Virar o braço: Em quatro apoios, com o membro superior do lado côncavo em extensão e abdução de 90°,

realizar uma rotação do tronco acompanhado da cabeça também em direção ao lado da concavidade.

h) Grande curva: Na posição em gatas, realizar uma extensão do membro superior e do inferior do lado da

concavidade.

i) Engatinhar: Em quatro apoios, fazer marcha cruzada: os joelhos deslizam pelo chão, os cotovelos ficam

estendidos e a cabeça acompanha o movimento lateral do tronco.

j) Pulo do coelho: Iniciar em quatro apoios, subir o tronco até a posição vertical com os braços elevados, abaixar

o tronco até tocar as mãos no chão. Os joelhos são trazidos à frente com salto, depois retorna-se para quatro

apoios. Na figura 10, veja como a paciente deve elevar os membros superiores para realizar adequadamente a

postura.

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Figura 10 - Pulo do coelho
Fonte: Acervo da autora, 2020

#PraCegoVer: Na imagem, a paciente está de joelhos no chão e com os braços estendidos sobre a cabeça,

ilustrando a posição do pulo do coelho.

Manter cada postura durante em torno de 8 minutos, num tempo total de sessão de 70 minutos, com frequência

de duas a três vezes por semana.

Os movimentos devem ocorrer em linha reta para favorecer a proteção das articulações. O paciente precisa ser

instruído a vir para a sessão fisioterapêutica com vestimenta adequada e confortável. É indicado intercalar

exercícios respiratórios e de relaxamento.

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1.10 Princípios posturais do método Klapp

Cada posição favorece em especial alguns objetivos específicos que devem ser levados em consideração de

acordo com a meta fisioterapêutica, que será definida conforme os achados clínicos da avaliação cinética

funcional. Clique nas abas abaixo e conheça detalhes sobre as posições.

Abaixada A posição abaixada favorece a correção da hiperlordose devido à mobilização de T1 a T4.

A posição semiabaixada também atua na correção de hiperlordose, porém mobiliza as


Semiabaixada
vértebras de T5 a T7.

A posição horizontal deixa a coluna pendendo como uma rede, faz a mobilização de T8 a
Horizontal
T10.

Na posição semiereta com o apoio dos punhos, a coluna fica retificada ou em cifose,
Semiereta
proporcionando a mobilização de L1 a L3.

Na posição ereta, onde há o apoio dos dedos com a coluna retificada ou cifótica, se favorece
Ereta
a mobilização de L1 a L3.

Na posição inclinada, sem o apoio das mãos com a coluna dorsal em cifose ou não,
Inclinada
proporciona-se a mobilização entre L4 e S1.

Algumas contraindicações devem ser levadas em consideração:


• quando há diminuição de amplitude de movimento que impossibilite a execução da postura de forma
adequada, o que favorece a adoção de posturas compensatórias que acabariam trazendo mais malefícios
do que benefícios;
• nos casos de frouxidão ligamentar devido ao risco de lesões ou agravamentos das preexistentes;
• cervicalgia aguda devido ao risco de piora da dor e nos casos que o método provoque o aumento da dor.

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2 Reeducação Postural Global
Problemas posturais sempre fizeram e provavelmente sempre farão parte do cotidiano de nós seres humanos,

seja no trabalho, no dia-dia, na escola, durante a infância ou na vida adulta.

A grande maioria das pessoas não têm a preocupação em manter uma postura adequada para a atividade que

está exercendo, seja para dormir, trabalhar, caminhar, estudar ou até mesmo levantar pesos. Para tudo o que

fazemos há uma forma mais adequada de se executar, de tal modo que não sobrecarregue as articulações; do

contrário, implicará futuramente dores musculares, lesões e disfunções posturais.

O método denominado Reeducação Postural Global (RPG) é um método do campo da fisioterapia, criado em

1980 pelo fisioterapeuta francês Philippe Emmanuel Souchard.

O RPG baseia-se na teoria do Campo Fechado. Segundo essa teoria, para o ser humano conseguir se manter em

pé e se movimentar para realizar suas atividades de vida diária – como correr, andar, sentar-se, por exemplo –,

ele depende da harmonia das cadeias musculares estáticas e dinâmicas que com suas fases de contração e

relaxamento nos permitem realizar tais movimento de forma controlada, com equilíbrio e força.

Falaremos de cadeias musculares mais adiante. Vale adiantar, para uma melhor compreensão do RPG, que a

musculatura posterior ou estática está sempre contraída e pronta para entrar em ação, ao passo que a

musculatura anterior ou dinâmica, que responde ao movimento ativo, relaxa quando não está em uso.

O RPG tem o objetivo de fazer com que esses dois grandes grupos musculares trabalhem harmoniosamente, de

forma global (como um todo). Quando buscamos a harmonia entre os agrupamentos musculares, estamos

atuando de forma a evitar ou tratar problemas posturais e, assim, lidar com os desconfortos e disfunções

causados por eles.

As posturas se baseiam no alongamento geral de músculos antigravitários, que são aqueles que nos ajudam a

manter a nossa postura ereta contra a gravidade. Esses exercícios se baseiam em manter cadeias musculares

alongadas simultaneamente por aproximadamente 15 a 20 minutos, não sendo permitidas compensações.

Fique de olho
Estudos sugerem que a prática de RPG favoreça o equilíbrio entre a lordose lombar e os
músculos transversos do abdome relacionados à manutenção da pressão intra-abdominal;
favorece também a mobilidade do diafragma torácico em virtude das variações de pressão
intra-abdominal e o eixo de rotação das articulações do quadril.

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2.1 Origem e história do RPG

Em meados de 1950, a terapeuta corporal Françoise Mézières propôs a antiginástica, que seria uma nova forma

de trabalhar o corpo.

Ela concluiu que o deslocamento das massas corporais, que seriam a cabeça, barriga e costas, provocavam uma

acentuação nas curvaturas vertebrais. Como exemplo, podemos citar a cabeça que quando mantida para frente

obriga os músculos vertebrais a realizarem um arco côncavo.

Através da observação de que, a cada vez que se buscava diminuir a curvatura de um segmento da coluna

vertebral, essa curva se deslocava para outro segmento, ela concluiu que o único método de alcançar um

resultado satisfatório seria considerar o corpo na sua totalidade e não de forma segmentada.

Souchard não concordava com a fisioterapia convencional que tratava o corpo de forma segmentada, de acordo

com o local da lesão. Para ele, o sistema muscular é único, trabalhando de forma integrada, por isso causando

interferências entre um segmento e o outro.

Fique de olho
Vamos buscar compreender o pensamento de Souchard? Imagine que seu paciente fez uma
entorse de tornozelo direito, logo, ele começará a mancar. Devido a isso, ele irá adquirir uma
postura antálgica, enrijecendo os músculos posteriores da perna, fazendo-o dobrar o joelho,
entortando a pelve, contraturando a musculatura da coluna e elevando o ombro esquerdo.
Após alguns dias, a dor do tornozelo termina e ele para de claudicar, mas dias depois ele
começa a sentir muito desconforto no ombro esquerdo. Assim, Souchard prega que esse
paciente possivelmente procurará a fisioterapia posteriormente se queixando de dor no
ombro, sendo que a raiz do problema está no entorse de tornozelo.

Devido a essa inconformidade de Souchard, ele estudou durante dez anos no Centro Mézières, localizado no sul

da França. Lá, ele conseguiu embasar a técnica conhecida como RPG graças ao seu profundo conhecimento em

anatomia, fisiologia e biomecânica, além de conhecimentos em acupuntura, reflexologia e cinesiologia e de um

trabalho de pesquisa que durou em torno de 15 anos.

A diferença entre a fisioterapia convencional e o RPG é que, na primeira, ao receber um paciente com queixas de

dor no ombro, por exemplo, o fisioterapeuta trataria o ombro, provavelmente com analgesia, alongamentos e

reforço muscular, o que muitas vezes não funcionaria; o tratamento se manteria a longo prazo com inúmeras

recidivas da queixa principal.

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No RPG, esse mesmo paciente seria tratado com o fisioterapeuta iniciando pelo tratamento da dor, porém,

buscando encontrar a causa. Assim, quando o paciente fosse alinhar o ombro, descobriria a deformidade na

coluna, que após realinhada tornaria visível o desalinhamento na pelve, que por conseguinte sinalizaria uma

alteração de joelho e depois chegaria na causa real da dor no ombro, no caso, um histórico de entorse de

tornozelo.

Fique de olho
O tempo necessário para alongar um tecido é inversamente proporcional à força aplicada,
assim, quanto maior o tempo de alongamento menor é a intensidade necessária para
promover a mesma quantidade de alongamento. Dessa forma, o RPG traz tal benefício que só
seria possível em alongamentos mais curtos com intensidades muito elevadas, o que
aumentaria o risco de lesões.

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2.2 RPG de Souchard e RPG Australiana

Como mencionado anteriormente, o RPG tradicional, de Shouchard, busca tratar os desequilíbrios musculares do

corpo humano de uma forma global, levando em consideração as individualidades de cada paciente. Assim, esse

método busca suprir as necessidades não só de pacientes com disfunções físicas, mas também daqueles que têm

por objetivo prevenir tais disfunções e desenvolver um melhor equilíbrio e harmonia corporal.

O RPG australiano é um pouco diferente, pois trabalha embasado nas cadeias musculares, bem como a técnica

original; no entanto, adiciona ao método exercícios de Pilates, o que caracteriza uma forma mais ampla de

atuação, exigingo mais criatividade e resultando em maior motivação para o paciente.

O RPG associado ao Pilates tornou o tratamento ainda mais completo, enfatizando a musculatura profunda

estabilizadora da coluna vertebral (core) e articulações periféricas. Dessa forma, esse novo molde de RPG atua

reequilibrando a musculatura global do corpo, que é composta por músculos mais profundos e mais resistentes

que atuam posicionando corretamente a coluna e a pelve, proporcionando o alinhamento corporal e a

musculatura local composta por músculos mais amplos do corpo e com maior capacidade de força.

O RPG australiano busca desenvolver uniformemente tanto a musculatura estática quanto a dinâmica,

favorecendo o alongamento, o fortalecimento e o controle motor; promovendo um reequilíbrio dos músculos

locais e aumentando a estabilização dos segmentos. Também é um método que resulta em melhora da

consciência corporal e redução das dores posturais.

Fique de olho
A função da musculatura dinâmica é movimentar, sendo que exerce sua função de forma
voluntária e consciente. A musculatura estática tem a função de manter o corpo em equilíbrio,
evitando desequilíbrios sempre que possível, controlando-os e limitando-os quando
necessário. Sua ação ocorre de forma reflexa e involuntária.

2.3 Cadeias Musculares

O RPG é uma técnica que trata um corpo como um todo, tendo seu respaldo no alongamento de músculos

encurtados, independentemente da causa, seja por desequilíbrios posturais ou ação do tempo. Dessa forma, a

técnica considera que o sistema muscular deve ser avaliado como um todo, já que os músculos estão organizados

em conjuntos denominados cadeias musculares.

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2.4 História das cadeias musculares

A fisioterapeuta Madame Meziérès idealizou o método das cadeias musculares durante um atendimento a uma

paciente com hipercifose torácica. Ao remover o colete de estabilização da paciente, a fisioterapeuta tentou

mobilizar sua cifose em decúbito dorsal e percebeu que, ao reposicionar a coluna torácica da paciente na maca, a

coluna lombar fez uma anteversão. Meziérès então pediu à paciente que fizesse uma retroversão voluntária, o

que causou bloqueio na respiração. Assim, um novo universo se abriu à Madame Meziérès, favorecendo as

conclusões expostas abaixo.

Meziérès percebeu que sua paciente possuía uma rigidez muscular tão severa que os demais segmentos haviam

perdido a autonomia individual, de tal forma que, quando solicitadas as correções locais de cada articulação, a

paciente não conseguia realizá-las sem sobrecarregar todo sistema.

A partir de sua observação criteriosa, ela descreveu seis leis. Clique nas fichas abaixo para conhecê-las.

•1

Só existem lordoses, assim, o alongamento ganho em tal região seria mentiroso, já que seria compensado

em alguma extremidade de sua cadeia muscular.

•2

A cadeia muscular posterior age como um único músculo, fazendo com que os demais sejam obrigados a

seguirem seus mandatos.

•3

A cadeia muscular posterior sempre é demasiadamente forte, potente e curta, já que sempre está

contraída contra a gravidade. A cadeia muscular posterior em termos funcionais, é tônica (estática) e de

controle neural inconsciente, programada para suportar a gravidade.

•4

O tratamento da cadeia muscular posterior só é possível se conseguirmos evitar todas as compensações

advindas dela.

•5

Tal cadeia muscular posterior precisa aceitar uma postura excêntrica.

•6

- 23 -
Quando retidas todas compensações, esse pleito de esforço muscular promove o bloqueio respiratório.

Posto isso, o que Madame Mézières propunha, em termos de tratamento, era soltar a cadeia muscular posterior

para soltá-la de seu arco côncavo. Não menos importante, ela percebeu uma desarmonia de tensão entre os

rotadores internos e externos, assim, suas posturas de tratamento sempre enfatizam o estiramento dos

rotadores internos, dentre os quais o principal é o músculo psoas.

A grande maioria dessas observações de Madame Meziérès foi por água abaixo. No entanto, ela deixou uma

enorme herança para a continuação dos estudos das cadeias musculares, formando mais de 1500 profissionais

pelo seu método.

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2.5 Conceito de cadeias musculares

Cadeias musculares é o nome dado ao conjunto de músculos pluriarticulares de mesmo sentido e direção, os

quais agem como se fossem um único músculo, e se cobrem uns aos outros como se fossem as telhas de um

telhado.

Os músculos se organizam nas seguintes cadeias musculares estáticas: posterior, anterior, inspiratória,

ânteromedial do ombro, anterior do braço e ânteromedial do quadril. Na figura 11, relembre a localização dos

músculos e associe-os com as cadeias musculares para auxiliar na memorização da nomenclatura e localização

delas.

Figura 11 - Sistema muscular


Fonte: stihii, Shutterstock, 2020

#PraCegoVer: A imagem mostra os sistemas musculares anterior e posterior do corpo humano acompanhados

de sua nomenclatura.

Clicando nas abas abaixo, você tem acesso a análises mais detalhadas de cada uma das cadeias musculares.

• Cadeia Mestra Posterior

É a cadeia que nos permite ficarmos de pé contra a ação da gravidade. Compõe-se dos seguintes

músculos principais: pelvitrocanterianos; glúteo máximo; ísquios tibiais; poplíteo; tríceps sural;

plantares; espinhais.

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O encurtamento dos músculos espinhais modifica a harmonia das curvas vertebrais, levando ao

encurtamento da nuca e ao posicionamento da cabeça para a frente, retificação da cifose dorsal ou

hiperlordose lombo-dorsal.

O encurtamento da musculatura estática dos membros inferiores impede o adequado posicionamento de

diversos segmentos anatômicos, como joelho ou calcâneo, variando conforme a predominância da

rigidez dos músculos da coxa, panturrilha ou plantar do pé.

Essa formação será mais atingida por distorções da panturrilha e da região posterior da coxa, entorses

de tornozelos, lombalgias, dorsalgias e cervicalgias.

• Cadeia Mestra Anterior

Trata-se da cadeia que nos permite movimentar o corpo, mantendo-o em suspensão. Compõe-se dos

seguintes músculos principais: esternocleidomastoideos; longo do pescoço; escalenos; intercostais;

Tais músculos são fundamentais na manutenção do tórax e do sistema fibroso profundo, suspensão do

diafragma e da massa visceral. Tal sistema de suspensão é de extrema relevância, já que responde pela

manutenção do aparelho respiratório.

Quando encurtado, provoca a projeção da cabeça para frente, aumento da cifose e ombros protusos.

Pacientes com essa morfologia têm aumento na fragilidade nos joelhos, adutores, ombros e nas

articulações vertebrais em todos os níveis.

• Cadeia inspiratória

Como o próprio nome diz, essa cadeia é responsável pela manutenção da função inspiratória. Compõe-se

pelos seguintes músculos: diafragma e o sistema suspensor do diafragma e vísceras;

esternocleidomastoideos; escalenos; intercostais; espinhais dorsais; peitoral maior e menor.

Essa cadeia, quando encurtada, eleva o tórax, impedindo-o de voltar e descer livremente, dessa forma

limitando a amplitude dos movimentos diafragmáticos.

Além de tudo, o paciente não poderá mais alongar a coluna cervical, liberar os ombros ou corrigir a

hiperlordose lombar sem repercutir no bloqueio inspiratório. O bloqueio diafragmático eleva

demasiadamente a porção inferior do tórax, limitando a sua ventilação. Para conseguir o relaxamento do

diafragma, será necessário expirar descendo primeiro a porção mais alta do tórax, depois as costelas

inferiores e finalmente a contração do abdome.

• Cadeia anterointerna do ombro

Refere-se a uma cadeia de músculos responsáveis pela movimentação do ombro, que se constitui dos

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Refere-se a uma cadeia de músculos responsáveis pela movimentação do ombro, que se constitui dos
seguintes músculos: coracobraquial; subescapular; peitoral maior.
Quando retraído, ocorre o impedimento da elevação e abdução livre do ombro.

• Cadeia anterointerna do braço

Trata-se da cadeia que compõe todos os suspensores do braço, antebraço, da mão e dos dedos. Constitui-

se de: coracobraquial; bíceps; braquial; supinador longo; todos os músculos anteriores do antebraço;

face tênar e hipotênar.

A retração dessa cadeia provoca a flexão do cotovelo e dos dedos, reduzindo toda a amplitude de

movimento de extensão dos músculos.

• Cadeia anterointerna do quadril

Constitui-se dos seguintes músculos: iliopsoas; fáscia ilíaca; adutores pubianos.

Esses músculos, quando encurtados, fazem um escavamento da região lombar, báscula a pelve para a

frente e reduz a abdução das pernas.

• Cadeia lateral do quadril

Composta dos seguintes músculos: piramidal; glúteo máximo; tensor da fáscia lata.

A tensão dessa cadeia afeta principalmente o posicionamento adequado dos joelhos.

Qualquer tentativa de alongar a extremidade de uma cadeia muscular provocará o encurtamento de

outra parte da mesma cadeia. Dessa forma, para o êxito no alongamento muscular, será necessário atuar

em ambas as extremidades da cadeia, evitando a ocorrência de qualquer compensação.

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3 Posturas de RPG
O método tradicional de RPG possui diversas opções de posturas, no entanto, abaixo estudaremos as principais e

seus objetivos baseados nas cadeias musculares. Em uma sessão, é possível trabalhar duas posturas, destinando

15 minutos para manutenção e execução de cada uma. De uma forma geral, as posturas em decúbito dorsal são

bem indicadas quando se objetiva dar maior ênfase em membros superiores e cervical; sentada quando se deseja

priorizar tórax e coluna; e em pé priorizando tronco e membros inferiores. Clique nas abas e veja detalhes.

Abertura do ângulo coxofemoral

Indicada para encurtamentos nas cadeias respiratória e anterointerna do quadril. Essa postura evolui com a

extensão de quadril, não permitindo compensações em outras articulações, como aumento da lordose lombar ou

a protusão de ombros. Não é permitido que as costelas adotem a posição inspiratória, ou seja, elevando os arcos

costais. Os membros inferiores devem ficar em abdução com rotação lateral, máxima extensão possível de

joelhos, rotação medial da perna sobre a coxa e pés devem se manter em dorsiflexão. As colunas torácica e

lombar devem se manter retificadas.

Fechamento do ângulo coxofemoral

Trata-se de uma postura indicada quando há encurtamento da cadeia posterior. Baseia-se na flexão de quadril,

mas sem elevar o sacro do solo, no caso do decúbito dorsal. Evitar as compensações posturais. Não deve ser

permitida a adução dos membros inferiores. Joelhos precisam manter a máxima extensão possível e os pés

devem ficar em dorsiflexão. A coluna lombar precisa ser mantida em retificação.

Braços fechados

Essa postura é indicada para o alongamento da cadeia anterior do braço e é realizada associada à postura de

abertura ou de fechamento de ângulo coxo-femoral e abdução dos braços (em torno de 15 graus). As escápulas

ficam deprimidas e aduzidas, úmero em rotação lateral, cotovelos em extensão, antebraços supinados,

articulação rádio-cárpica alinhada, e as mãos abertas com as falanges estendidas.

Braços abertos

Essa postura é indicada para o encurtamento da cadeia ântero-interna do ombro. Deve-se optar pela abertura ou

fechamento de ângulo coxo-femoral e abduzir os braços a 90 graus, deprimir e aduzir as escápulas, úmero

rodado medialmente (até a prega do cotovelo ficar totalmente no plano frontal), cotovelos em extensão,

antebraços supinados, articulação rádio-cárpica alinhada e mãos abertas com as falanges estendidas.

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é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer o método Frenkel, bem como suas indicações e técnica de aplicação;
• estudar os exercícios pendulares de Codman;
• analisar e conhecer o método Klapp e formas de aplicação;
• conhecer a conceituação, história e princípios do RPG;
• verificar as diferenças entre o RPG tradicional e o australiano;
• descobrir a importância das cadeias musculares e como interferem no corpo humano quando
encurtadas.

Referências
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