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Ortho

Design de Órteses Corretivas


para deformidades nos dedos
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE DESIGN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para a obtenção do Título de


Bacharel em Design
Habilitação em Design de Produto

Ortho
Design de Órteses Corretivas
para deformidades nos dedos

Ana Lya Moya Ferrari


Orientador: Prof. Dr. Fausto Orsi Medola

Bauru
2016
Resumo
A Artrite Reumatoide é uma doença crônica, que causa inflamações nas
articulações levando, com seu avanço, a deformidades nos membros afetados.
Atinge principalmente as mulheres ao final da idade fértil e tem as mãos como
membros mais afetados, motivo pelo qual interfere de forma significativa na
qualidade de vida. As órteses fazem parte do tratamento não medicamentoso da
Artrite Reumatoide e podem contribuir de forma significativa para a diminuição da
inflamação e melhora do movimento, além de ajudar a prevenir as deformidades.
Nos dedos, as deformidades mais comuns são a deformidade em Pescoço de
Cisne e a deformidade em Botoeira. As órteses para as deformidades causadas
pela Artrite Reumatoide encontradas no mercado nacional são em sua maioria
fabricadas com materiais típicos aos utilizados na confecção de outras órteses.
Esses materiais são adequados quanto à facilidade na confecção e o conforto
que proporcionam, mas não tem preocupação com a estética do produto. O
presente estudo propõe um novo design de órteses para as deformidades dos
dedos em Pescoço de Cisne e em Botoeira causadas pela Artrite Reumatoide,
que considere tanto sua característica estética quanto sua funcionalidade. Para
tanto, foi feita uma análise de similares entre produtos do mercado nacional
e internacional. Dessa forma, foi possível identificar uma lacuna no mercado
das órteses nacionais, bem como avaliar os pontos negativos e positivos das
demais órteses existentes. Foram desenvolvidos protótipos em ABS, avaliados
em testes de usabilidade que serviram para testar o novo design das órteses na
estabilização da articulação e verificar os aspectos do projeto que precisavam de
ajustes antes da confecção do protótipo físico em prata. Através desse estudo,
foram criados dois protótipos de órteses, uma indicada para a deformidade em
Pescoço de Cisne e outra para a deformidade em Botoeira. Ambas órteses
são confeccionadas em prata, com um design simplificado e minimalista, que
estabilizam a articulação utilizando menos pontos de ancoragem e pressão que
as demais órteses já existentes, oferecendo estabilização e conforto. As órteses
têm como objetivo que seus pontos de ancoragem sirvam de base para novas
experimentações no que diz respeito ao design de órteses. O estudo ainda
abre caminho para outros estudos, tais como novas metodologias de avaliação
dos protótipos ou até mesmo estudos semânticos da estética das novas órteses
comparadas a órteses já existentes.

Palavras-chave: Design, Órteses, Artrite Reumatoide, Tecnologia Assistiva.


Agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar à minha família, por todo amor, apoio e
presença em minha vida, percorrendo comigo os caminhos que me trouxeram
até aqui.
Ao Prof. Dr. Fausto Orsi Medola, pela orientação e por toda ajuda não
apenas nesse TCC, mas também na IC e em muitos outros projetos.
Ao Prof. Dr. Luis Carlos Paschoarelli e ao Prof. Dr. Osmar Vicente
Rodrigues, por terem aceitado o convite e serem mebros da banca.
Aos amigos que fizeram desses anos de faculdade uma época memorável,
especialmente às Divas, pelo companheirismo, pelos momentos dourados e
por toda ajuda (acadêmica ou não) ao longo desse anos e desse projeto.
Agradeço também a todos do LEI pelo auxilio nesse trabalho (e em muitos
outros) e por todas as oportunidades de aprendizado que me proporcionaram
ao longo desse último ano.
Dedicatória
Dedico esse trabalho aos meus pais, Cristiane e Luís, por serem
inquestionavelmente meu ponto de apoio e meu porto seguro.
À minha avó Diva, por acreditar mais em mim do que eu mesma.
À minha tia Carla, também por todo apoio e por estar ao meu lado
durante todos esses anos.
Índice

1. Introdução 12
2. Justificativa 13
3. Objetivo 13
4. Referencial Teórico 14
4.1. Artrite Reumatoide 14
4.2. Deformidades da AR no punho e dedos 14
4.3. Órteses 19
4.3.1. Confecção e tipos de órteses 20
4.3.2. Órteses para mãos e dedos afetados
pela AR 22
4.4. A contribuição do Design 24
4.4.1. Projeto do Produto e suas aplicações
na tecnologia assistiva 25
4.4.2. As funções dos produtos 26
4.4.3. Análise de similares 27
5. Desenvolvimento das órteses 33
5.1. Estudo dos pontos de ancoragem 35
5.2. Desenvolvimento da forma e prototipagem
virtual 37
5.3. Produção do protótipo físico para teste 37
6. Testes de Usabilidade 46
6.1. Metodologia do Teste 46
6.1.1. Sujeitos 46
6.1.2. Materiais 46
6.1.3. Método 47
6.2. Resultados e discussão 47
6.2.1. Estabilização da Articulação IFP 49
6.2.2. Dificuldade 51
6.2.3. Desconforto 53
6.3. Considerações finais sobre o teste de
usabilidade 56
7. Desenvolvimento dos Protótipos Finais 57
7.1. Protótipo Virtual Final 57
7.2. Protótipo Físico Final 60
8. Considerações Finais 70

9. Referências 72

Anexos
1. Introdução foi possível constatar que a maior parte
das órteses disponíveis no mercado
nacional não tem quase nenhum apelo
A mão humana é muito estético, remetendo exclusivamente
importante na realização das mais à sua função assistiva. Isso representa
variadas tarefas diárias e qualquer um problema para muitas usuárias,
lesão que afete sua mobilidade tem especialmente para aquelas que
grande impacto na qualidade de vida necessitam de uso constante.
do indivíduo. A fabricação de órteses para
A Artrite Reumatoide (AR) é deformidades nos dedos causadas pela
uma doença inflamatória autoimune AR com design diferenciado é possível
que afeta as articulações do corpo e já existe. Podemos encontrar alguns
humano, principalmente das mãos e
modelos no mercado internacional
dedos levando a deformidades e perda
pelas empresas Silver Ring Splints
da função manual. A maior incidência
Company, E.D.S. Ring Splints e
da doença ocorre em mulheres (para
JewelSplint que são especializados
cada três mulheres afetadas, um
na confecção de órteses como peças
homem é afetado) ao final do período
de joalheria. Entretanto, esse tipo de
fértil, sendo que nos homens costuma
órtese não é encontrada no Brasil e
ser mais tardia, entre 60 e 80 anos. Por
se tratar de uma doença autoimune, a impossibilidade de importação ou
a AR não tem cura e depende seu alto custo impedem que sejam
de tratamento constante para o utilizadas por pacientes daqui.
controle dos episódios inflamatórios Nesse sentido, o design se faz
e manutenção da funcionalidade dos necessário para propor ideias que
membros afetados. atendam às necessidades funcionais
Um dos tratamentos não do objeto, necessidades físicas do
cirúrgicos mais indicados é o uso de usuário e a estética do produto final.
órteses corretivas para retardar o Este projeto tem como finalidade a
processo deformatório e melhorar elaboração de novas propostas para o
a funcionalidade do membro. design de órteses para deformidades
Estas órteses devem ser utilizadas manuais causadas pela AR que sejam
constantemente em toda e qualquer eficientes em sua função e tenham sua
atividade para que seu uso seja função simbólica afastada das demais
eficiente no retardo das deformidades. órteses já existentes encontradas no
Através da análise de similares, mercado nacional.

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2. Justificativa 3. Objetivo

Geral
Tendo em vista a importância Este projeto tem como
da mão e suas funcionalidades, fica proposta o desenvolvimento de um
claro o impacto que uma doença design básico de órtese de correção das
como a AR tem na qualidade de vida deformidades da mão causadas pela
do indivíduo. A impossibilidade de artrite reumatoide, que considerem a
cura e necessidade de tratamento ergonomia, a funcionalidade e a estética
constante também são pontos que do produto, e possa servir de ponto
enfatizam a necessidade do tratamento de partida para o desenvolvimento de
de maneira correta. novas peças que aproximem a órtese
Por se tratar de uma doença de um adorno.
que afeta principalmente as mulheres,
o design da órtese é importante para Específicos
não criar empecilho em seu uso no - Levantamento das órteses
que se refere ao aspecto estético do para as deformidades Pescoço de
objeto. A literatura já recomenda a Cisne e Botoeira;
fabricação de órteses metálicas para - Análise dos produtos segundo
dedos, que apresentam vantagens do os princípios fundamentais de Löbach;
ponto de vista da resistência ao uso - Desenvolvimento da proposta
contínuo e da fácil higienização. de uma nova órtese, considerando as
Este projeto surgiu da ideia de necessidades funcionais e os aspectos
aplicação dos conceitos do design em estéticos desses dispositivos;
um produto de tecnologia assistiva, - Confecção do protótipo para
de forma a propor uma órtese testes;
diferenciada, passível de fabricação - Testes de usabilidade para
segundo técnicas de joalheria que avaliação do protótipo para teste;
afaste o aspecto simbólico de produto - Desenvolvimento do
de tecnologia assistiva e seja atrativo protótipo final.
também por sua estética.

13
4. Referencial Teórico tendões, ligamentos e músculos)
levando, com o avanço da doença, a
deformidade dos membros que tem
4.1. Artrite Reumatoide sua função deteriorada. Além disso,
a AR é simétrica, quando afeta uma
A artrite reumatoide (AR) é articulação, tanto o lado direito quanto
uma doença autoimune, crônica e esquerdo são afetados. Por isso, para
inflamatória que afeta principalmente O’Dell (2011), o diagnóstico precoce é
as articulações. Ainda se desconhece importante, já que previne que outras
a causa da doença e, por ser crônica, articulações sejam afetadas.
não existe cura. Dessa forma, atividades diárias
Essa doença pode atingir como abrir portas ou segurar um
indivíduos de ambos os sexos e em objeto ficam comprometidas. Grande
qualquer faixa etária, porém é mais parte das incapacidades causadas pela
frequente em mulheres (razão de 3:1) AR são provenientes do acometimento
no fim da idade fértil. Sua incidência da doença nas mãos que acaba por
aumenta conforme o avanço da idade afetar de forma significativa a qualidade
e, nas mulheres, atinge o pico de de vida dos pacientes.
incidência entre a quarta e sexta década O tratamento da doença
(PINHEIRO, 2009). Nos homens, a envolve uma série de atividades
doença costuma se manifestar mais conjuntas, como o uso de
tarde, entre a sexta e oitava décadas. medicamentos para tratar e impedir
A doença não costuma se instalar de o avanço das inflamações, tratamentos
forma abrupta, se desenvolvendo ao fisioterápicos e de terapia ocupacional
longo de semanas e meses. a fim de preservar e/ou estimular os
Os sintomas mais frequentes movimentos, e utilização de órteses
a AR são dor, inchaço, vermelhidão, corretivas para proteger as articulação
rigidez matinal das articulações e impedir ou retardar o avanço das
e dificuldade de movimento. As deformidades.
articulações mais afetadas são as
articulações dos punhos e mãos. 4.2. Deformidades da
Estima-se que quase todos os pacientes AR no punho e
com AR diagnosticada tenham as mãos dedos
afetadas (O’DELL, 2011). A AR afeta
todas as estruturas da articulação As mãos tem papel funcional
(ossos, cápsula articular, cartilagens, muito importante. Quando lesionada

14
de alguma forma, causa impacto deformação do punho. No desvio ulnar
negativo na vida do individuo, pois do punho, os ossos metacarpianos se
interfere diretamente nas tarefas desviam para o lado radial enquanto
básicas do cotidiano. os dedos se desviam para o lado ulnar.
Na AR, as deformidades Essa deformidade, também chamada
são decorrentes de três processos: de mão de vela ou mão de ventania,
degradação da cartilagem, a expansão agrava o desvio ulnar dos dedos
da membrana sinoval da articulação (ARAÚJO, 2006). Normalmente, as
devido a inflamação (que pode levar primeiras articulações afetadas são
a erosão óssea) levando a frouxidão as articulações metacarpofalangianas
ou rompimento dos ligamentos. (MCF) e interfalangianas proximais
Segundo Wilson (1986, citado (IFP) (O’DELL, 2011) (Figura I).
por YASUDA, 2005, p. 1006), 95% Nos dedos, as deformidades
das pessoas com AR desenvolvem mais observadas são a deformidade

OSSOS
Falanges Distais
Falanges Médias
Falanges Proximais
Metacarpais
Carpais

ARTICULAÇÕES
Interfalangianas
Distais (IFD)
Interfalangianas
Figura 1 - Ossos e Proximais (IFP)
Articulações afetadas
pela AR (Fonte: Autora, Metacarpofalangianas
adaptado de Cooper)
(MCF)
em “Pescoço de Cisne”, deformidade 2006, p. 394), são divididas em quatro
em “Botoeira” e o desvio ulnar dos níveis de acordo com a mobilidade
dedos. Na deformidade em Pescoço da IFP e da destruição da articulação.
de Cisne e Botoeira, as articulações É na limitação tipo I, quando a IFP
interfalangianas (IF) são afetadas, ainda é flexível que há a indicação do
enquanto o desvio ulnar acomete uso de órtese (ARAÚJO, 2006), na
as articulações metacarpofalangianas limitação tipo II, a órtese não surte
(MTF). mais efeito sozinha, uma vez que a
A deformidade Pescoço de causa da hiperextensão da IFP é o
Cisne ocorre com a hiperextensão das envolvimento da articulação MCF
articulações interfalangianas proximais que impede o flexionamento da IFP.
(IFP) e a flexão da interfalangiana distal Nesse caso, é indicada intervenção
(IFD) (Figura 2). As deformidades cirúrgica.
podem ter origem em qualquer uma A deformidade em Botoeira
das articulações digitais. Segundo é, por sua vez, oposta ao pescoço
Nalebuff (1989, citado por ARAÚJO, de cisne. Nessa deformidade ocorre

Articulação
IFP

Articulação
Figura 2 - Deformidade Pescoço de Cisne
(Fonte: Autora, adaptado de Cooper)
IFD

Figura 3 - Dedos em Pescoço de


16 Cisne (Fonte: JUNIOR)
a flexão da IFP, a hiperextensão da não afeta muito a funcionalidade dos
IFD e a hiperextensão da articulação dedos, causando maior desconforto
metacarpofalangiana (MCF) (Figura estético. Por isso, as intervenções
4). A lesão sempre tem início com cirúrgicas só são indicadas em alguns
a flexão da IFP, sendo as outras casos mais extremos (ARAÚJO, 2006).
alterações, efeitos secundários. Essa O desvio ulnar dos dedos é
deformação impede que o dedo seja uma deformidade que só costuma
esticado totalmente e é classificada ocorrer nas fases mais avançadas da AR
como leve, moderada ou grave. As (YASUDA, 2005). Essa deformidade se
deformidades leves são passiveis dá pelo desvio da primeira falange (F1)
de tratamento com órteses, pois a dos dedos lateralmente sobre a cabeça
articulação ainda é flexível e é nesse do metacarpo, deslocando também
momento que o tratamento é eficiente os tendões extensores e flexores
para a manutenção dessa flexibilidade (Figura 7). Geralmente se inicia nos
(FREITAS, 2006). É importante dedos indicador e médio, levando
considerar o fato que essa deformidade os outros dedos a acompanharem o

Figura 4 - Deformidade dedo


em Botoeira (Fonte: Autora,
adaptado de Cooper)

Articulação IFP Articulação IFD

Figura 5 - Dedos em botoeira


(Fonte: Clínicos da Web) 17
deslocamento. A própria anatomia
da mão e a biomecânica das MCF
facilitam este tipo de deformidade,
através dos movimentos de pinça
e preensão quando as articulações
recebem forças de tendência ulnar
(ARAÚJO, 2006). Esta deformidade
tem grande impacto na funcionalidade
das mãos e nas atividades do dia a dia.
As deformidades no polegar
diferem das dos demais dedos pela
própria anatomia do polegar. A
deformidade mais comum do polegar
com AR é a deformidade tipo I. É
a deformidade em botoeira que,
quando acomete o polegar, causa a
flexão da MCF e a hiperextensão da
interfalangiana (IF). Essa deformidade Articulação MCF
tende a tornar-se fixa com o tempo,
por isso o tratamento passivo deve ter Figura 7 - Desvio Ulnar dos dedos
(Fonte: Autora)
Figura 6 - Dedos em desvio Ulnar
(Fonte: Drdoc Online) início o quanto antes. A deformidade
pescoço de cisne no polegar
reumatoide é classificada como tipo III.
É a segunda deformidade mais comum,
caracterizada pela hiperextensão da
MCF e a flexão da IF. Nas fases iniciais
é possível tratar essa deformidade
com o uso de órteses. O tipo II é um
tipo raro de deformidade, misto de
botoeira e pescoço de cisne. O tipo
IV consiste no desvio radial da MCF
(ARAÚJO, 2006).

18
4.3. Órteses são muito indicadas nos períodos
inflamatórios da doença. Ao utilizar
Órteses, também chamadas de uma órtese, o membro se estabiliza
splint, brace ou férulas (MARCOLINO, em posição normal, permitindo sua
2015), são dispositivos que tem movimentação de maneira efetiva,
por objetivo auxiliar no suporte e atuando positivamente no desempenho
no posicionamento de membros de sua função e permitindo ao usuário
(ossos, articulações, tecidos, etc.) e maior independência na realização de
assim melhorar sua função. O uso tarefas do dia a dia.
das órteses pode ser temporário ou Para a utilização eficiente da
permanente (quando há perda da órtese, deve haver o acompanhamento
função do membro afetado). conjunto de um terapeuta ocupacional,
Segundo Araújo (2006), no médico e fisioterapeuta. O terapeuta
tratamento da AR a órtese não tem ocupacional é o profissional
a função de impedir a deformação responsável pelas indicações de
da articulação. Por se tratar de uma tratamento e uso da órtese, avaliando
doença crônica, o principal objetivo o caso do paciente e acompanhando
de seu uso é retardar o avanço dessas sua evolução e, sempre que necessário,
deformidades nos membros e prevenir indicando as órteses corretas para cada
a perda da função. Nesse sentido, a fase da doença.
utilização das órteses é frequentemente Conforme Silva (2015) concluiu
indicada e representa parte importante em sua pesquisa de revisão, as órteses
do tratamento. As órteses atuam são efetivas no tratamento da AR, com
na estabilização e na proteção resultados positivos na diminuição da
das articulações, desempenhando dor e da inflamação e na manutenção
importante papel (juntamente com das atividades motoras. Porém a
a fisioterapia e terapia ocupacional) escolha da órtese adequada deve ser
evitando movimentos indesejáveis e muito bem pensada. Todo o histórico
atuando na manutenção das funções do paciente deve ser analisado e
do membro afetado (PINHEIRO, muitos tipos de órteses devem ser
2009). experimentados até que se encontre a
Para Ribeiro (2005), o repouso que mais se enquadra nas necessidades
da articulação e a utilização da clinicas e se adapte melhor ao gosto
órtese, contribuem também para a do paciente.
diminuição da dor e da inflamação, por Apesar dos benefícios da
esse motivo, as órteses de repouso utilização das órteses, muitos

19
profissionais encontram certa órtese. Dessa maneira, se determina
resistência por parte dos pacientes qual o tipo de órtese melhor se adequa
a aderir ao uso desses dispositivos. as necessidades do paciente e, se for
Algumas das questões apresentadas o caso, já se tem um levantamento
pelos pacientes são: materiais pouco básico para a criação de uma órtese
confortáveis; materiais que causam personalizada. A confecção das
aquecimento; design da órtese que não órteses é baseada em dois princípios
permite a realização de determinadas fundamentais para a elaboração de
tarefas diárias; alto valor das órteses um produto eficiente: os princípios
e dificuldades no uso das mesmas da biomecânica e os princípios
(TIJHUIS, 1998; STERN, 1997, citado anatômicos.
por: GOIA, 2012, p. 31). Os princípios da biomecânica
Yasuda (2005) aponta a são muitos. As leis de Newton são
aparência estética das órteses como importantes na confecção das órteses
problema relevante. Ainda com com exemplos bastante práticos: para
relação ao sucesso no tratamento, imobilização ou repouso de uma
Deshaies (2005) também lista como articulação, as forças atuantes sobre
fator relevante, a prescrição de ela devem ser nulas; o esforço (força)
uma órtese personalizada que se
que a órtese cause em um membro
adeque às necessidades de conforto
sofrerá uma força igual em direção
e as preferências do paciente.
oposta, podendo levar a compressão
Considerando-se os benefícios do
do tecido. Outros aspectos como
tratamento com o uso de órteses,
a intensidade e os tipos de forças
iniciativas que melhorem a aceitação
exercidos, a pressão e as tensões a
destes dispositivos pelos usuários
que o membro e a órtese estarão
devem ser estudadas e incentivadas
submetidos devem ser considerados.
a fim de auxiliar no tratamento.
Esses princípios são fundamentais
para que a órtese seja eficaz em sua
4.3.1. Confecção e tipos função, confortável e não comprometa
de órteses o membro.
Para a indicação da órtese, Os princípios anatômicos estão
deve-se considerar primeiramente relacionados aos ossos, ligamentos,
a enfermidade do paciente, seguida articulações, arcos e pele. As
das limitações por ela causadas e dos proeminências ósseas podem quando
objetivos que se pretende alcançar pressionada de forma constante ou
com o tratamento e a utilização da intensa, podem causar lesões nos

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tecidos. Forças muito elevadas podem articulação. São indicadas na fase
comprometer os ligamentos. Os arcos aguada da AR, quando o paciente
da mão (naturais da anatomia) devem precisa de repouso na articulação
ser preservados. O alinhamento das afetada (NOORDHOEK, 2007) e
articulações deve ser correto (com são remodeladas conforme o avanço
maior atenção no caso das órteses ou diminuição na movimentação do
dinâmicas) e por fim, deve-se evitar paciente (TROMBLY e RADOMSKI,
a fricção da órtese com o tecido 2005). Estas órteses não apresentam
(MARCOLINO, 2015). componentes móveis.
Quanto á fabricação, as As órteses dinâmicas ou ativas
órteses podem ser pré-fabricadas, possuem bandas elásticas, molas e
ou fabricadas sob medida. As pré- outros dispositivos que promovem e
fabricadas tem produção seriada, permitem a movimentação suave da
tamanhos definidos e são produzidas articulação atuando como substitutos a
em oficinas ortopédicas especializadas força muscular prejudicada ou perdida,
(ASSAD, 2015). De maneira geral, as evitando o avanço das deformidades
órteses pré-fabricadas podem não e auxiliando nos movimentos do
se adequar muito bem a todos os membro afetado. Entretanto, as órteses
pacientes com AR, porém em casos dinâmicas pré-fabricadas podem sofrer
como correção de deformidades mais rejeição dos pacientes, uma vez
nos dedos, apresentam bom que a força por elas exercida é muito
desempenho. As órteses sob medida grande e há dificuldade em encontrar
são confeccionadas pelo próprio modelos de tamanho adequado
terapeuta, desenvolvidas considerando (ASSUMPÇÃO, 2006).
as especificidades de cada paciente As órteses ainda podem ser
para assim, atender melhor suas classificadas como órteses de repouso,
necessidades (ASSAD, 2015). usadas normalmente durante a noite
No que diz respeito à mecânica e órteses funcionais, que mantém
desses produtos, são classificadas o membro na posição anatômica
como estáticas ou passivas e dinâmicas favorável para a realização de tarefas
ou ativas. As órteses mais utilizadas cotidianas.
no tratamento da AR são as estáticas. Os materiais utilizados para a
As órteses estáticas têm por confecção de órteses devem possuir
objetivo imobilizar os membros peso adequado ao esforço humano,
restringindo sua atividade e ser resistente aos movimentos e
posicionando corretamente a não oferecer rejeição à pele. Para

21
as órteses de dedos, os materiais ASSUMPÇÃO, 2007). Estas órteses
mais comumente utilizados são são em sua maioria órteses estáticas,
termomoldáveis de baixa temperatura, que tem por objetivo corrigir as
polímeros, borrachas e metais. Dentre deformidades, através de pontos
os metais, inclusive materiais como de pressão nos dedos, entretanto, é
prata e outro podem ser utilizados importante respeitar as deformidades
(DESHAIES, 2005). A escolha do que já estejam em grau avançado, para
material utilizado tem grande impacto que a pressão excessiva da órtese não
na estética do produto, podendo cause problemas.
contribuir negativamente para a Para o dedo em Pescoço de
aparência da órtese, tornando evidente Cisne, é indicada a órtese tipo Anel
se tratar de um produto ortopédico. em 8, um tipo de órtese estática que
restringe a IFP do dedo em extensão,
prevenindo sua hiperextensão. O
4.3.2. Órteses para mãos
uso desse tipo de órtese permite
e dedos afetados
que o paciente tenha mais agilidade
pela AR
em abrir e fechar as mãos. O ideal é
Para pacientes com AR uma que a órtese deixe o dedo em uma
das indicações são das órteses para posição levemente flexionada, dessa
repouso. Nesses pacientes, a órtese forma, a movimentação é ainda mais
deve ser ajustada em uma posição facilitada (DESHAIES 2005). Para
confortável e respeitando as limitações curtos períodos de uso, as órteses em
das deformidades já estabelecidas. Isso termoplásticos podem ser utilizadas,
por que, como dito anteriormente, o porém, para uma utilização continua as
objetivo do tratamento com a órtese órteses de material metálico são mais
é reduzir o avanço das deformidades indicadas por serem mais resistentes,
bem como reduzir as dores e a menos volumosas e mais fáceis de
inflamação, e não a total reversão limpar.
do quadro de deformidade articular A órtese de imobilização da
(DESHAIES, 2005). articulação IFP do dedo em extensão
A cada deformidade nos dedos é indicada para casos de dedo em
das mãos é indicada uma órtese Botoeira, conservando a IFD livre. As
que atenda a suas necessidades tais órteses para esse tipo de deformidade
como: Órteses de restrição das facilitam a abertura da mão. Elas
MF dos dedos em desvio radial e também podem ser feitas de material
órtese de mobilização das MF em metálico e, por fazerem pressão na
extensão (CAVALCANTI, SILVA E articulação IFP, a pela dessa área deve

22
ser sempre observada para evitar acompanhamento. Entretanto,
rupturas (DESHAIES, 2005). diversos sites de venda de aparelhos
Segundo Araújo (2006), nas ortopédicos indicavam esse tipo de
deformidades dos polegares, para órtese para deformidades em Botoeira
o tipo II, as órteses tem o objetivo e Pescoço de Cisne.
de impedir a hiperextensão da IFD. As órteses para correção do
Para o tipo III (pescoço de cisne), é desvio ulnar dos dedos também são
indicada uma órtese que mantenha indicada na fase inicial da deformidade.
o polegar abduzido por uma barra Ela tem como objetivo manter os
em C e um apoio na palma. Para a dedos separados e em sua posição
deformidade tipo II, são indicadas original. Nesta fase também é
órteses de tratamento similares ás indicada a utilização de uma órtese
do tipo I e III. A deformidade do tipo de posicionamento e repouso noturno
IV requer uma órtese de tratamento (ARAÚJO, 2006). Entretanto, muitos
para MCF enquanto o tipo V exige pacientes reclamam e não se adaptam
um tratamento que estabilize a MCF. a esse tipo de órtese, alegando que
É importante considerar que as a órtese atrapalha a função da mão,
órteses para os dedos são indicadas aumentando o estresse nas articulações,
como tratamento no estágio inicial, deixando-as mais doloridas. Para esses
enquanto as articulações ainda tem casos, as órteses confeccionadas sob
flexibilidade, de forma a retardar ao medida e as de material macio também
máximo a progressão da deformidade. apresentaram melhor adaptação dos
Quando as deformidades já se pacientes (DESHAIES, 2005).
encontram em estágio moderado ou De maneira geral, é importante
avançado (com angulações superiores considerar que, no caso dos pacientes
a 20°), estes produtos não são mais com AR, a pele das regiões afetadas é
indicados. mais delicada e as forças musculares
Na literatura estudada, as são mais debilitadas. Sendo assim,
órteses dinâmicas para dedos não os pontos de pressão deve receber
aparecem como indicação para as especial atenção (ARAÚJO, 2006).
pessoas com AR. Deshaies (2005) Algumas dessas órteses
ainda chama atenção para a utilização não são feitas exclusivamente
das órteses com fio metálico (tipo para os problemas causados pelas
gafanhoto ou espiralado), já que as deformidades da AR, sendo utilizadas
forças exercidas podem ser muito também para a correção de traumas
altas, por isso deve ser utilizadas e lesões. Nesses casos, o produto é
com mais cautela e atenção no utilizado temporariamente, assim, a

23
preocupação estética fica em segundo tratamento. Quando tratamos desses
plano, tendo como objetivo principal produtos, percebemos a priorização
a resolução do problema imediato. dos aspectos funcionais e a negligência
Entretanto, quando (em maior e menor grau) dos aspectos
consideramos que a AR é uma doença emocionais do usuário. Para Assad,
crônica, podemos perceber que a Fortulan e Medola (2015), a satisfação
utilização da órtese nesses casos não do usuário é importante, pois serve
é apenas uma condição temporária. como um incentivo de uso, fazendo
A maior parte das pessoas afetadas com que o dispositivo contribua
pela AR são mulheres, muitas das positivamente para a melhora de sua
quais podem sentir desconforto em qualidade de vida.
utilizar uma órtese esteticamente Atualmente a preocupação
desagradável em seu dia a dia. com a estética de produtos de
Segundo Araújo (2006) as tecnologia assistiva vem recebendo
órteses para deformidade pescoço de maior atenção e alternativas que
cisne e botoeira podem ser fabricadas possibilitam ao usuário certa liberdade
em forma de joias, em material de personalização, entretanto a maior
como prata. Esta é uma boa forma parte dessas alterações fica restrita a
de estimular o uso e maximizar os cores e em alguns casos, ao material.
resultados do tratamento. A aceitação dos produtos de
tecnologia assistiva depende de uma
4.4. A contribuição do série de fatores, entre eles o estético.
Design No caso das órteses, a aparência pode
ser relevante no sucesso do tratamento
O design é “um processo de uma vez que uma das queixas dos
adaptação dos produtos de uso [...] usuários é a estética pouco atrativa
às necessidades físicas e psíquicas desses objetos.
dos usuários ou grupos de usuários” No que se refere às órteses
(LÖBACH, 2001, p.21). A um produto (especificamente as órteses para
temos atrelados diversos significados deformidades dos dedos, objeto de
que serão determinantes para o estudo desse projeto) já existem
sucesso como um bem de consumo. exemplos bem sucedidos de órteses
Os dispositivos de tecnologia concebidas como joias que diferem dos
assistiva têm, em sua maioria, padrões das órteses comuns. Como
características que em muito remetem exemplo de empresa, a canadense
aos meios hospitalares e processos de Silver Ring Splints Company e a norte-

24
americana E.D.S. Ring Splints são assim definir suas necessidades.
especializadas na produção de órteses Para Löbach (2001), o processo
para dedos e mãos como peças de de design é dividido em quatro fases
joalheria. Ainda há o nicho dos autores não lineares e entrelaçadas: Análise
de joias independentes onde se do problema, Geração de alternativas,
encontra a JewelSplint. Essa empresa Avaliação da alternativa e Realização
foi criada pela terapeuta ocupacional da solução.
e designer de joias israelense Masha A análise do problema engloba
Pinsky-Bushoi. A empresa de Masha o conhecimento do problema a ser
faz uso de um site de venda coletivo solucionado, a coleta de informações
(Etsy – www.etsy.com) em que sobre o problema, e através dessa
diversos ourives, autores e designers análise, a definição dos objetivos a
de joias do mundo todo comercializam serem alcançados pelo novo produto.
suas peças. No mesmo site foi possível Nessa fase também são analisadas as
encontrar outros profissionais que relações entre o produto e o usuário,
ofereciam esse tipo de órtese. o produto e o entorno, as expectativas
No Brasil, esse campo ainda do usuário, os similares no mercado,
é pouco explorado. Mesmo com etc. Após a análise, começa o processo
a possibilidade de importação das
de geração de ideias. Nessa etapa,
peças, o alto custo e as dificuldades
são elaboradas as possíveis soluções
de encontrar o tamanho adequado
para o produto com desenhos e
podem representar um fator que
modelos tridimensionais variados. A
torna a aquisição impossível para
avaliação da alternativa é a fase onde
muitos pacientes daqui. Durante a
serão avaliadas as ideias propostas
pesquisa para esse projeto não foram
que melhor atendam os requisitos
encontradas alternativas nacionais.
levantados inicialmente, da maneira
mais viável e inovadora. Por fim, na
4.4.1. Projeto do Produto quarta fase, a realização da solução
e suas aplicações do problema é elaborado o protótipo
na tecnologia com todos os detalhes estéticos e
assistiva construtivos do produto.
Um dos aspectos fundamentais Nos últimos anos, as
das metodologias de projeto de metodologias de projeto se ramificaram
produto é a análise da problemática em áreas que cada vez mais centralizam
e o entendimento do grupo de usuário o usuário na problemática do projeto,
ao qual o produto é destinado para como a ergonomia, o design inclusivo

25
ou o design universal. Para Assad, do usuário. Nos objetos que
Fortulan e Medola (2015), a integração tem predomínio dessa função, as
entre a acessibilidade, antropometria, características estéticas e simbólicas
ergonomia e design universal é não são muito consideradas,
importante no projeto do produto, priorizando-se a funcionalidade do
pois nos dá uma visão mais ampla e objeto.
completa das necessidades do usuário. A função estética por outro
Essa visão nos permite a criação de um lado, é aquela que se relaciona com
produto mais adequado e eficiente a percepção do usuário. Esta função
(tanto em termos de usabilidade causa maior apelo, pois pode atuar
quanto estéticos). negativa ou positivamente, tornando
O projeto dos produtos o objeto mais ou menos atraente ao
de tecnologia assistiva deve ser usuário. É bastante observada em
diferenciado dos projetos dos demais bens de consumo como produtos
produtos (ASSAD; FORTULAN; eletrônicos e automóveis.
MEDOLA, 2015). Isso por que, além A função simbólica é relacionada
das necessidades do usuário, temos aos sentimentos que um determinado
que considerar também suas limitações produto nos evoca em sua utilização.
e necessidades funcionais, que não
É relacionada às lembranças e
podem ser negligenciadas.
experiências prévias do usuário.
Esta função é derivada dos aspectos
4.4.2. As funções dos estéticos, mas só é caracterizada pela
produtos associação desses aspectos estéticos
Para Löbach (2001), todo e com ideias pré-estabelecidas. Temos
qualquer produto industrial, quando como exemplo os objetos que são
relacionado ao usuário em seu associados a status.
processo de uso apresenta certos Estas funções são responsáveis
aspectos pro ele chamados de funções por definir qual será nossa relação
dos produtos industriais: Prática, com determinado produto. Sendo
Estética e Simbólica. Todo produto assim, um produto dotado de funções
possui ao menos uma das três funções estéticas agradáveis, ou com função
e elas podem estar simultaneamente simbólica que evoque sentimentos
presentes no mesmo produto, porém positivos tem um maior apelo do
com hierarquizações distintas. que os que simplesmente atendem a
A função prática é aquela determinada função prática. Segundo
que atende a necessidade fisiológica Löbach, o designer deve compreender

26
as necessidades (práticas, estéticas e referentes apenas ao comprimento
também simbólicas) do futuro usuário, do dedo, com tamanhos de PP à G.
e assim, desenvolver um produto que O preço do produto varia de R$20,00
melhor atenda a suas expectativas. à R$30,00.
Tais conceitos podem e Na tala dinâmica com almofada
devem ser utilizados na concepção ergonômica (Figura 9) também é
de produtos de tecnologia assistiva possível observar a pouca preocupação
como forma de incentivar e estimular com o aspecto estético, porém o design
seu uso, torná-los mais atrativos e preocupa-se mais com a ergonomia,
afastar o simbolismo de produto com aparentando maior adequação ao
significado assistencialista, ressaltando corpo do usuário. Este modelo é
ainda mais a deficiência (MEDOLA; indicado para a deformidade pescoço
PASCHOARELLI, 2014). de cisne e também é encontrado nos
tamanhos P, M e G. Comercializado
4.4.3. Análise de similares na faixa dos R$ 125,00.
A Tala de fabricação chinesa
As órteses escolhidas para
o desenvolvimento desse projeto
foram as órteses para correção das
deformidades: pescoço de cisne e
dedo em botoeira. Foram escolhidos
os modelos mais comercializados ou
que apresentasse design diferenciado.
A busca das órteses foi feita em sites
de venda de produtos de tecnologia
Figura 8 - Tala Salvapé
assistiva nacionais e internacionais.
(Fonte: Ortopedia Philadelfia)
O modelo de tala dinâmica
para extensão de dedo da empresa
Salvape (Figura 8) é indicado para
a deformidade pescoço de cisne,
fabricada com fio de aço inoxidável,
mola e espuma microporosa. É um
produto onde o aspecto funcional
se sobrepõe ao estético, não há
grande preocupação com a interação
estética do produto com o usuário Figura 9 - Tala dinâmica
e as adequações de tamanho são (Fonte: MN Suprimentos)

27
Figura 10 - Tala Chinesa (Fonte: Alibaba)

(Figura 10) é importada no Brasil. maior preocupação com o aspecto


Indicada para uso em deformidades estético. Sua numeração é como a
pescoço de Cisne e dedo em Martelo numeração de anéis, sendo possível
Nela a possível notar mais uma vez a escolher a opção que se adeque
predominância do aspecto funcional, melhor a cada usuário. Entretanto esse
com fio de aço bastante evidente e dispositivo ainda remete bastante a um
soluções primitivas e precárias com produto de uso ortopédico. Uma única
relação ao conforto do usuário. Não unidade é comercializada por R$54,00.
foi possível encontrar a variação de O Posicionador de Dedos da
tamanho e o preço vai de U$8 á U$10. Expansão Ind. Com. de Prod. Ortop.
Não foram encontrados os valores do e Terap. Ltda, (Figura 12) indicado
produto já comercializado aqui. para pescoço de cisne e dedo em
O Anel em 8, da SoyMedial martelo é fabricado em silicone e
(Figura 11) é uma órtese bastante velcro. A escolha dos materiais já não
indicadas para as deformidades apresenta preocupação com nenhum
pescoço de cisne, dedo em martelo outro aspecto que não o funcional.
e botoeira. É fabricada com termo Os tamanhos variam entre P, M e G,
moldável de alta temperatura. porém, além da diferença de tamanhos
Apresenta um design mais discreto e e a curvatura do material nenhuma
agradável em comparação as talas de outra preocupação ergonômica pode
extensão anteriores, demonstrando ser observada. Não foram encontrados

Figura 11 - Anel em 8 SoyMedical (Fonte: North Coast e Ortojuf)

28
valores do produto.
A órtese criada por Maysa
Corredato Rossi Rodrigues, chamada
Anel 8 (Figura 13), tem como indicação
as deformidades de extensão ou flexão
das interfalangiana. É produzida em
material metálico inoxidável e pode
ser feita em diversos tamanhos, de
forma a se adequar ao usuário. Por
ser articulada, a órtese permite Figura 13 - Órtese Articulada Anel Oito
movimentação dos dedos, e não (Fonte: USP Inovação)
comprime a articulação. material básico da fabricação é a prata,
As órteses da empresa Silver entretanto a empresa fabrica peças
Ring Splints Company (Figura 14) em ouro conforme a preferencia do
são as únicas que tem grande apelo usuário. Cada órtese é fabricada como
do aspecto estético. Seu design em um anel e suas numerações também
nada remete aos demais produtos de são como de anéis. Um ponto negativo
tecnologia assistiva, distanciando-se é o contato entre o material e a
bastante dos similares anteriormente articulação, podendo causar incomodo
observados. Cada peça é fabricada durante muito tempo de uso. O preço
como uma peça de joalheria. O da órtese para pescoço de cisne é
Figura 12 - Posicionador de dedo Expansão de $85,00 enquanto a órtese para
(Fonte: Assistiva) botoeira custa $95,00. A empresa não
importa seus produtos para o Brasil.
A E.D.S. Ring Splints também
produz órteses diferenciadas em prata
(Figura 15). O modelo de órtese
para botoeira difere do design da
anterior. Esse tipo de órtese também é
disponível em diversos tamanhos, além
de oferecer a opção de fabricação sob
medida. Também apresenta o mesmo
problema das órteses acima e, no caso
do modelo para botoeira, o modelo é
mais propenso a causar lesões na pele
IFP. Os preços variam entre 59,99 e

29
Figura 14 - Órtese SIRIS para deformidade pescoço de cisne (acima) e botoeira (abaixo)
(Fonte: Silver Ring Splint)

69,99 dólares. dois grupos: O primeiro grupo tem


As órteses JewelSplint como função mais evidente a função
desenhadas por Masha Pinsky- prática; o segundo grupo tem como
Bushoi (Figura 16) também tem função mais aparente a estética.
um design diferenciado. Observa-se Dentre as órteses do
a preocupação com a estética da primeiro grupo fica claro que todas
órtese, bem como com as opções modificações estéticas foram em
de personalização das peças. Cada virtude de sua função, a escolha dos
peça é produzida em prata, ouro ou materiais é feita de forma a atingir
uma combinação dos dois materiais. um objetivo prático ou aumentar o
Os tamanhos são variados e podem conforto, a única modificação que
ser feitas sob medida. As peças podem ser consideradas unicamente
apresentam os mesmos problemas estética é a escolha das cores. Essas
com as articulações. Os valores das órteses carregam também uma função
peças variam de € 85,00 à € 120,00. secundária forte, a função simbólica.
De modo geral, é possível Os materiais, e as cores utilizados
perceber através da análise de similares contribuem para que a aparência
que as órteses podem ser divididas em da órtese remeta a um produto

30
Figura 15 - Órtese E.D.S. para botoeira (esquerda) e pescoço de cisne (direita)
(Fonte: E.D.S. Ring Splints)

médico. Este tipo de órtese também é a busca por maior durabilidade e


indicado para o tratamento de lesões diferenciação do produto, que passa
traumáticas, assim, seriam objetos de de uma simples órtese a um adorno
uso temporário. Esta pode ser uma corporal, tendo em vista que o público
justificativa para a pouca preocupação alvo dessas peças são as pessoas com
com a estética dessas órteses. algum tipo de deformidade crônica.
No segundo grupo, as órteses Tal modificação estética é importante
apresentam a função estética como para os indivíduos que precisam fazer
principal. Apesar de considerarem a uso diário dessas órteses. Entretanto,
funcionalidade do objeto, o design ainda é possível observar alguns
ganha atenção. A escolha do material problemas de usabilidade nessas
(geralmente prata ou ouro) enfatiza peças. A superfície palmar dos dedos
Figura 16 - Órtese JewelSplint para deformidade botoeira (Esq) e pescoço de cisne (Dir)
(Fonte: JewelSplint)

31
é dividida pelas pregas de flexão
(KAPANDJI, 2006 apud CAMPOS et
al, 2014). A prega de flexão proximal
é constantemente comprimida pelos
modelos de órteses observados,
bem como a parte superior da
articulação IFP. Estas sofrem pressão
excessiva com a órtese pressionando
diretamente esses pontos. E, apesar
da preocupação com o design das
peças, as órteses não apresentam
muito diferencial estético entre si.
Outro ponto a se considerar, é
a dificuldade de encontrar as órteses
como peças de joalheria no Brasil.
Nos sites de produtos especializados,
são encontradas apenas as órteses
do primeiro grupo. Os sites que
comercializam as órteses com design
diferenciado são estrangeiros e
nenhum deles exporta seus produtos
para o Brasil.

32
5. Desenvolvimento das para deformidade em botoeira para
órteses os dedos indicador, médio, anelar
ou mínimo, para a estabilização de
articulação IFP. A partir dai foram
O desenvolvimento das órteses realizados os estudos formais iniciais
teve início com a definição do tipo para a elaboração do protótipo para
de órtese a ser desenvolvida. As testes.
deformidades em pescoço de cisne Um dos pontos projetuais
e em botoeira são as mais comuns definido nessa etapa era a necessidade
nas fases iniciais da AR, onde o uso de se fazer uma órtese ajustável. A
de órteses é ainda eficiente. O dedão produção da órtese seria facilitada por
não costuma ser acometido nas fases ser necessário um único molde e, além
iniciais, assim, foram escolhidos como disso, a órtese seria melhor ajustada
produtos a serem desenvolvidos: a cada usuário, diferente da maioria
uma órtese para deformidade em dos modelos disponível no Brasil, com
pescoço de cisne e uma órtese tamanhos padronizados.

Figura 17 - Pontos de Ancoragem Pescoço de Cisne


Figura 18 - Pontos de Ancoragem Botoeira

Figura 19 - Produção em Arame

34
pontos onde a órtese deveria exercer
pressão. Até essa fase do projeto, os
sketches eram de modelos de órteses
diferentes, cada um deles pensado
para um tipo de deformidade (Figuras
17 e 18).
Para a avaliação inicial da forma,
foram confeccionados modelos
Figura 20 - Protótipos em arame preliminares com arame e durepox
ou fio de cobre soldado (Figuras 19
e 20), com o objetivo de avaliar se a
5.1. Estudo dos pontos articulação seria estabilizada. Durante
de ancoragem essa etapa os modelos que exercessem
pressão direta nas articulações foram
A primeira coisa a se considerar descartados.
foram os pontos de ancoragem e Ainda durante essa etapa,
alavanca em que a órtese deveria notou-se a possibilidade de utilizar
exercer pressão para estabilizar uma única órtese para os dois tipos
a articulação. Um dos cuidados de deformidade, apenas rotacionando
recomendados pela literatura era o modelo no dedo. Dois dos modelos
referente à pressão direta sobre a em arame mostraram melhor
articulação, que poderia lesionar a pele. desempenho na estabilização da
Sendo assim, foram feitas alternativas articulação e foram escolhidos para
de sketches que considerassem os o desenvolvimento da forma: Órtese
Figura 21 - Uso para Botoeira (Esq.) e Pescoço de Cisne (Dir.)

35
Figura 22 - Uso para Botoeira (Esq.) e Pescoço de Cisne (Dir.)

Anelar Medial, uma órtese para impressão 3D. Por isso, as formas
Falange Medial (FM) (Figura 21) e foram alteradas e pensadas a fim de
Órtese Anelar Proximal, uma órtese dar maior resistência ao protótipo. O
para Falange Proximal (FP) (Figura 22). software utilizado para a modelagem
Os dois modelos foram escolhidos virtual foi o Solid Works 2013
para serem produzidos, testados e (Figura 27). É importante ressaltar
comparados em testes de usabilidade que a definição final da forma não
e percepção. se deu nessa etapa. A evolução da
forma da órtese foi um processo
5.2. Desenvolvimento continuo que ocorreu ao longo de
da forma e todo o desenvolvimento do projeto;
prototipagem a cada etapa, novas necessidades e
virtual problemáticas surgiam.

Após a escolha dos melhores 5.3. Produção do


pontos de ancoragem, deu-se inicio protótipo físico
aos estudos formais através de novos para teste
sketches.
Os sketches selecionados A impressão do modelo físico
passaram para a fase de prototipagem foi feita pelo processo de impressão
virtual desenvolvida com o software por filamento, o material escolhido foi
de modelagem virtual Solid Works o ABS (acrilonitrila butadieno estireno),
2013. A primeira prototipagem virtual que oferece resistência e flexibilidade
tinha como objetivo a produção de a peça. Este processo foi escolhido
uma modelo para testes através de após considerar as propriedades,

36
Figura 23 - Modelo I para Botoeira

Figura 24 - Modelo I para Pescoço de Cisne


37
Figura 25 - Modelo II para Botoeira

Figura 26 - Modelo II para Pescoço de Cisne


38
Figura 27 - Primeiros
protótipos virtuais.
Órtese Anelar Medial
(esq.) Órtese Anelar
Proximal (dir.)

Figura 28 - Primeiros protótipos Impressos. Órtese Anelar Medial (esq) e Órtese Anelar
Proximal (dir)

características dos protótipos feitos a economicamente viável repor uma


partir de outras técnicas de impressão das peças caso esta se quebrasse
e usinagem e o preço desses processos. durante o teste. Outros processos
A impressão por filamento se mostrou de prototipagem por usinagem ou
a mais viável para o desenvolvimento impressão 3D fora pesquisados e
dos protótipos de testes por descartados pelos seguintes motivos:
oferecer as características necessárias A usinagem em metal não seria viável,
(resistência sem a necessidade de pois o protótipo teria que ser usinado
muito detalhamento) com o menor em duas partes e depois solado,
custo de produção e facilidade de além de ser um processo com custo
acesso á tecnologia, sendo fácil e muito elevado; A Estereolitografia

39
Figura 29 - Segunda Modelagem
Virtual. Órtese Anelar Medial
(esq) e Órtese Anelar Proximal
(dir)

Figura 30 - Primeiros protótipos Impressos. Órtese Anelar Medial (esq)


e Órtese Anelar Proximal (dir)

(SLA) com resina liquida, apesar do da boa resistência e acabamento que


maior detalhamento e acabamento, oferecem também são processos mais
não oferece tanta resistência quanto caros; A impressão com fotopolímero
a impressão por filamento em ABS,
também foi descartada pelo custo mais
além de também ter um custo muito
mais elevado que a impressão por elevado e a impressão em pó de gesso
filamento; A Sinterização a laser não foi considerada pela fragilidade dos
seletiva (SLS) e a Sinterização Direta protótipos impressos por esse técnica
de Metal Por Laser (DMLS) apesar e pelo custo também mais elevado.

40
Figura 31 - Modelagem virtual
final dos Protótipos para teste.
Órtese Anelar Medial (esq.) e
Órtese Anelar Proximal (dir.)

Figura 32 - Protótipos de Teste. Órtese Anelar Medial (esq.)


e Órtese Anelar Proximal (dir.)

As primeiras peças impressas Uma nova modelagem virtual


foram feitas através de um processo foi feita, o que contribuiu para novos
de impressão mais rápido, e a menor estudos formais, tentando aproximar
quantidade de material e as angulações os protótipos para testes do que seria
utilizadas na modelagem resultaram a órtese final em seu aspecto estético
em peças muito frágeis (Figura 28). (Figura 29).
Essa etapa evidenciou os primeiros Mais duas peças foram impressas
problemas formais. em um processo de impressão mais

41
Figura 33 - Protótipo Teste Órtese Anelar Proximal em uso

Figura 34 - Protótipo teste Órtese Anelar Medial em uso

42
Figura 35 - Outros Sketches

Figura 36 - Outros Sketches


43
Figura 37 - Outros Sketches

Figura 38 - Outros Sketches


44
lento e que utilizava mais material, levemente flexionado, para facilitar
tornando assim os protótipos mais a mobilidade, como recomenda a
resistentes. A parte da órtese que literatura (DESHAIES, 2005).
serve como apoio ao dedo foi mantida Novos protótipos foram feitos
fechada, a fim de também aumentar a no mesmo processo de impressão
resistência para a fase de testes (Figura que utilizava mais material e dessa vez
30). os protótipos impressos (Figura 32)
Porém, na nova Órtese foram eficientes para o uso nos teste
Anelar Medial, a curvatura da parte de usabilidade.
de sustentação dos dedos foi refeita Todas as órteses foram feitas
com uma angulação diferente do em tamanho pequeno, pois dessa
modelo anterior, o que fez com forma elas poderiam ser testadas no
que a articulação não se mantivesse meu próprio dedo (Figuras 33 e 34).
estabilizada. Na nova Órtese Anelar Quando as órteses impressas estavam
Proximal, a alça de sustentação do prontas para os testes de usabilidade,
dedo foi modelada estreita, dessa foi feita a modelagem e a impressão
maneira, não era possível passa-la de cada uma das órteses em tamanho
pela articulação, não sendo possível maior. Sendo assim, cada uma das
coloca-la na posição correta. Estes órteses estava disponível para os testes
erros dos protótipos virtuais tornaram em dois tamanhos.
os novos protótipos impressos
ineficientes, sendo necessária uma
nova modelagem.
A nova modelagem da Órtese
Anelar Medial teve a angulação e o
sentido da curvatura de sustentação
do dedo refeita, enquanto a Órtese
Anelar Proximal teve a alça de
sustentação do dedo alargada para
permitir a passagem da articulação,
entre outros pequenos ajustes em
cada uma delas (Figura 31). Um
aspecto a ser ressaltado nas duas
órteses, é que quando utilizada para
a deformidade em Pescoço de Cisne,
a órtese pudesse manter o dedo

45
6. Testes de Usabilidade utilizam mapa de desconforto das mãos
para definir as regiões afetadas. Para
este estudo, foi feita uma adaptação
Para uma avaliação da eficiência no mapa de desconforto das mãos
e da usabilidade dos protótipos proposto por Silva (2012). O mapa
impressos, foi realizado um teste de utilizado neste teste possuía duas vistas
usabilidade. Esse teste tinha como da mão, a palmar e a superior. O dedo
objetivo avaliar a eficiência das órteses a ser avaliado nos testes (indicador)
na estabilização da IFP e perceber os foi dividido em nove partes em cada
principais problemas no design de cada uma das vistas: três partes centrais das
uma delas. Assim, as órteses poderiam falanges, três partes da lateral esquerda
ser ajustadas antes da fabricação dos de cada falange e três partes de lateral
protótipos final em prata. direita de cada falange (ANEXO).
Os testes não foram feitos com
mulheres diagnosticadas com AR, já 6.1. Metodologia do
que essa foi uma avaliação inicial, Teste
tendo como objetivo a avaliação da
usabilidade dos protótipos impressos. A coleta dos dados foi conduzida
Além disso, o uso de órteses é indicado no Laboratório de Ergonomia e
para os casos iniciais da doença, Interfaces – LEI, FAAC-UNESP Bauru.
enquanto as deformidades ainda
são leves, com angulações inferiores 6.1.1. Sujeitos
á 20°, dessa forma, as mulheres
A amostra foi composta de
que fariam uso dessas órteses não
mulheres com idade superior a
teriam deformidades acentuadas. A
18 anos, nas quais os protótipos
dificuldade de encontrar mulheres desenvolvidos (em dois tamanhos)
no mesmo estágio da doença com servissem. Foram coletados dados de
o mesmo dedo afetado (a fim de 10 mulheres, com idade média de 24,9
padronizar o teste) e a preocupação anos (Desvio Padrão [DP] = 2,42),
com relação a vícios de manuseio que participaram voluntariamente dos
adquiridos devido a AR foram variáveis testes.
que também pesaram na escolha do
grupo a ser avaliado.
Em relação à avaliação do 6.1.2. Materiais
desconforto na utilização das órteses, Para a realização dos testes,
a literatura apresenta estudos que foram utilizados: Notebook com

46
Microsoft Word instalado; Garrafa de 40). Esta tarefa tinha como objetivo
água e caneca; Protótipos de teste avaliar a órtese em uma atividade de
dos dois modelos de órteses nos dois flexão intensa do dedo.
tamanhos; Termo de Consentimento Na tarefa 3 (Pega) uma caneca
Livre e Esclarecido; Questionários de de água era cheia com o conteúdo de
Percepção de Desconforto; e Mapa uma garrafinha (Figura 41) e, dessa
de desconforto das Mãos (ANEXO). forma, a órtese era avaliada em uma
tarefa de média flexão e extensão do
6.1.3. Método dedo.
Imediatamente após cada
Inicialmente, as voluntárias tarefa as voluntárias respondiam um
foram esclarecidas sobre os objetivos Questionário de Percepção avaliando
e procedimentos do estudo e, a órtese utilizada. As perguntas do
concordando em participar, assinaram questionário eram com relação
um Termo de Consentimento Livre e à percepção de estabilização da
Esclarecido. A sequencia de utilização articulação (resposta dada através da
das órteses (Órtese Anelar Medial e escala Likert), dificuldade na realização
Órtese Anelar Proximal) e do tipo da tarefa e percepção de desconforto
de deformidade (Botoeira e Pescoço (através da Escala Visual Analógica) e
de Cisne) a serem testadas, foi os pontos de desconforto (através de
aleatorizada por sorteio realizado pela Mapa de Percepção do Desconforto).
própria voluntaria. O procedimento era repetido até que
Após os sorteios, as voluntárias as duas órteses fossem avaliadas para
colocavam a órtese na posição correta as duas deformidades.
para a deformidade a ser avaliada -
sempre no dedo indicador da mão 6.2. Resultados e
dominante (direita ou esquerda) - e discussão
realizavam as tarefas solicitadas.
A tarefa 1, Digitação, se referia A avaliação dos resultados
à digitação de uma frase previamente foi dividida em quatro aspectos: A
fornecida (Figura 39). O objetivo foi estabilização da articulação, o nível
avaliar o desempenho da órtese em de dificuldade, o nível de desconforto
uma tarefa de leve flexão e extensão durante a realização das tarefas e o
do dedo. mapa com os pontos de desconforto.
Para a tarefa 2, Escrita, o sujeito
preenchia uma ficha com dados
pessoais utilizando uma caneta (Figura

47
Figura 39 -
Digitação
(Tarefa 1)

Figura 40 -
Escrita
(Tarefa 2)

Figura 41 -
Pega (Tarefa 3)
48
6.2.1. Estabilização da desempenho ligeiramente superior à
Articulação IFP Órtese Anelar Proximal. Entretanto,
o desempenho dos dois modelos de
Quanto à estabilização da órteses foi menor quando ajustadas
articulação IFP, para a deformidade em para a deformidade em Pescoço
Botoeira os dois modelos de órteses de Cisne se comparados aos
apresentaram bom desempenho, resultados das órteses ajustadas para
obtendo uma maioria expressiva a deformidade em Botoeira, quando
de respostas positivas (Concordo grande parte das respostas foi neutra
Fortemente e Concordo) após a ou negativa (Discordo e Discordo
realização das três tarefas. Para a Fortemente) (Figura 42).
deformidade em Pescoço de Cisne, Sugere-se que o menor número
a Órtese Anelar Medial apresentou de respostas positivas (Concordo

“SINTO MINHA ARTICULAÇÃO ESTABILIZADA”


Concordo Concordo Neutro Discordo Discordo
Fortemente Fortemente

BOTOEIRA PESCOÇO DE CISNE


Órtese Anelar Órtese Anelar Órtese Anelar Órtese Anelar
Medial Proximal Medial Proximal

20% 20% 20%


100% Digitação
80% 80% 60%
20%

10% 20% 20% 20%


Escrita 50% 50%
90% 80%
30% 30%

20% 10% 20% 20%


Pega 60% 50%
80% 90%
20% 30%
Figura 42 - Tabela de resultados sobre estabilização da articulação

49
Figura 43 - Gráfico de Dificuldade para Deformidade em Botoeira. Índices da escala
visual analógica.

Figura 44 - Gráfico de Dificuldade para Deformidade em Pescoço de Cisne. Índices da


escala visual analógica.

50
Fortemente e Concordo) nas órteses pega, na Órtese Anelar Medial, N=8,
ajustadas para a deformidade em e na Órtese Anelar Proximal, N=3.
Pescoço de Cisne possivelmente Pode-se concluir com esses
ocorreu devido à natureza das tarefas dados que a duas órteses, mas
propostas nos testes. As três tarefas especialmente a Órtese Anelar
priorizavam os movimentos de flexão Medial, oferecem boa estabilização
dos dedos, sendo que os movimentos da articulação, uma vez que impedem
de extensão realizados eram mais a flexão do dedo comprovada pela
brandos e os músculos extensores dificuldade durante a realização das
dos dedos foram pouco exigidos. tarefas.
Quando posicionadas para a
6.2.2. Dificuldade deformidade em Pescoço de Cisne,
os índices de dificuldade foram
No que se refere à dificuldade
significativamente mais baixos para
na realização das tarefas, as órteses
as duas órteses, tendo 2, como valor
ajustadas para a deformidade em
máximo marcado na escala visual
Botoeira apresentaram altos índices,
análoga, durante a realização da
chegando a 9,6 como valor máximo
tarefa de Digitação (que exige mais
marcado na escala visual análoga,
movimentos de extensão do dedo)
durante a realização da tarefa de Escrita
com a Órtese Anelar Medial. Entre os com a Órtese Anelar Medial, (Figura
dois modelos, a Órtese Anelar Medial 44).
foi a que obteve os índices médios Apenas uma voluntária (N)
mais elevados durante as três tarefas relatou alguma dificuldade durante
(Figura 43). a tarefa de Escrita e de Digitação
O número de voluntárias (N) utilizando a Órtese Anelar Proximal,
que relataram alguma dificuldade sendo N=1, para essas duas tarefas.
também foi alto em todas as tarefas para Nenhuma voluntária relatou
a Órtese Anelar Medial. Entretanto, o dificuldade com esta órtese durante
N foi especialmente alto durante a a escrita, enquanto na Digitação com a
tarefa de Escrita (exigia flexão mais Órtese Anelar Medial, N=2. Durante
intensa) para as duas órteses, sendo a tarefa de Pega, nenhuma dificuldade
N=10 para a Órtese Anelar Medial e foi marcada durante a utilização de
N=9 para a Órtese Anelar Proximal. nenhuma das órteses.
Durante a digitação, a Órtese Anelar Mais uma vez, a natureza das
Medial teve N=9 e a Órtese Anelar tarefas pode ser relacionada aos índices
Proximal N=5, enquanto na tarefa de mais baixos ou nulos marcados na

51
Figura 45 - Gráfico de Desconforto para Deformidade em Botoeira. Índices da escala
visual analógica.

Figura 46 - Gráfico de Desconforto para Deformidade em Pescoço de Cisne.


Índices da escala visual analógica.

52
escala visual analógica. As tarefas obteve N=7 e N=9 para estas mesmas
solicitadas exigiam movimentos de tarefas, respectivamente. Durante a
flexão mais intensos, sendo a extensão tarefa de Pega, as duas órteses tiveram
do dedo durante a tarefa de Escrita N=7.
nula e durante a tarefa de Pega leve. Quando ajustadas para a
deformidade em Pescoço de Cisne,
6.2.3. Desconforto os índices de desconforto também
foram significativamente mais baixos,
Com relação ao desconforto tendo como índice máximo marcado
durante a realização das tarefas, as na escala visual análoga igual á 1,3 (com
órteses na posição para deformidade a Órtese Anelar Medial) durante a
em Botoeira mais uma vez tarefa de Digitação (Figura 46), que
apresentaram as médias mais altas exige mais extensão do dedo.
dos valores marcados na escala
O número de voluntárias (N)
visual análoga. Tal resultado também
que relatou desconforto também
tem relação direta com o tipo do
foi menor quando comparado ao N
movimento exigido durante as tarefas;
registrado com as órteses ajustadas
pode-se observar que o desconforto
para a deformidade em Botoeira, uma
aumentava conforme a intensidade da
vez que as órteses para a deformidade
flexão exigida, com exceção da Órtese
Anelar Proximal, que apresentou o em Pescoço de Cisne não impedem
maior índice de desconforto (atingindo os movimentos de flexão dos dedos.
9,2 na escala visual analógica) durante Durante a tarefa de Pega a Órtese
a tarefa de Pega que exigia flexão Anelar Medial teve N=2 e a Órtese
moderada (Figura 45). Ainda conforme Anelar Proximal, N=1. As tarefas de
demonstrado na Figura 45, a Órtese Digitação e Escrita obtiveram mais
Anelar Medial gerou os índices médios reclamações que a Pega, sendo para
de desconforto mais altos que os da a Órtese Anelar Medial N=4 na
Órtese Anelar Proximal, em todas as Digitação e N=3 na Escrita e para a
tarefas. Órtese Anelar Proximal, N=3 nessas
O número de voluntárias (N) duas tarefas.
que relatou algum desconforto também Ainda com relação ao
foi maior com as órteses ajustadas desconforto, através dos pontos
para esse tipo de deformidade, marcados por cada uma das
principalmente da Órtese Anelar voluntárias no Mapa de Percepção
Medial, com N=10 Digitação e Escrita, de Desconforto foi possível perceber
enquanto a Órtese Anelar Proximal as áreas de maior desconforto (através

53
Figura 47 - Mapa de Percepção de Desconforto. Órteses para deformidade em Botoeira.
Figura 48 - Mapa de Percepção de Desconforto. Órteses para deformidade em Pescoço de Cisne.
da maior concentração dos pontos e Os resultados demonstram
visualização das intensidades) de cada que a Órtese Anelar Medial exerce
uma das órteses (Figuras 47 e 48). uma forte estabilização da IFP quando
O Mapa de Percepção de ajustada para a deformidade em
Desconforto revela que a concentração Botoeira, porém, como os maiores
dos pontos de desconforto ocorreu índices de desconforto. A Órtese Anelar
na parte anelar da órtese. Sugere-se Proximal oferece boa estabilização da
que variação dos locais dos pontos seja IFP e permite maior mobilidade, sendo
explicada pela variação dos tamanhos menos desconfortável. A Órtese
e formatos dos dedos e pelo fato de Anelar Medial também apresentou
os protótipos usados no teste não um desempenho superior a Órtese
serem ajustáveis. Anelar Proximal quando ajustada para
a deformidade em Pescoço de Cisne.
Ao contrário do planejado
6.3. Considerações
inicialmente, os testes demonstram
finais sobre o teste
que cada órtese será melhor
de usabilidade
aproveitada se usada para um tipo
Os resultados dos testes específico de deformidade. Sugere-
mostraram a importância de órteses se que a Órtese Anelar Medial seja
ajustáveis aos dedos. Algumas usada para deformidade em Pescoço
voluntárias citaram isso como de Cisne e a Órtese Anelar Proximal
observação ao final do teste. Com para a deformidade em Botoeira.
órteses ajustáveis os resultados dos Dessa forma, as duas órteses
testes poderiam ter sido mais precisos. cumprem a função de estabilização
A Órtese Anelar Medial da IFP permitem a movimentação e
mostrou melhor desempenho com minimizam o desconforto.
relação à estabilização da articulação Ainda segundo os resultados,
e imobilização do dedo para os dois os dois protótipos de testes revelaram
tipos de deformidades, enquanto a a necessidade de alteração na parte
Órtese Anelar Proximal mostrou anelar das duas órteses, de forma a
bom desempenho na estabilização e minimizar o desconforto causado pela
menor desconforto, também para os pressão.
dois tipos de deformidades. Tendo em
vista os resultados do teste, optou-se
por produzir o protótipo em metal
das duas órteses.

56
7. Desenvolvimento dos espessuras adequadas para a produção
Protótipos Finais em prata ou ouro.
A modelagem das duas peças
7.1. Protótipo Virtual foi feita considerando a possiblidade de
Final ajustes, tanto nos aros quanto nas alças
de sustentação do dedo (Figura 49).
O desenvolvimento do Ainda foi considerada a
protótipo final teve início com a angulação do aro no anel. O aro é
remodelagem de cada uma das inclinado de forma a se ajustar melhor
peças no SolidWorks 2013, dessa vez ao dedo e diminuir o desconforto
considerando os pontos problemáticos relatado nos testes. Além disso, o aro
apontados nos testes. Além disso, a é anatômico.
modelagem das peças foi feita em A proposta das duas órteses é

Figura 49 - Modelagem virtual dos Protótipos Finais. Órtese Anelar Medial (esq.)
e Órtese Anelar Proximal (dir.)

57
Figura 50 - Desenho técnico
Órtese Anelar Medial. Medidas em
milímetros.

Figura 51 - Desenho técnico


Órtese Anelar Proximal.
Medidas em milímetros.

simples com linhas orgânicas. A


intenção é que estas peças possam
ser utilizadas em sua concepção
simplificada, ou que sirvam de ponto
de partida para customizações.

58
Figura 52 - Render Órtese Anelar Medial

Figura 53 - Render Órtese Anelar Proximal

59
Figura 54 - Render dos dois modelos de Órteses

60
Figura 55 - Órtese Anelar Proximal. Exemplo de possibilidade de customização

Figura 56 - Órtese Anelar Medial. Exemplo de possibilidade de customização

61
7.2. Protótipo Físico para a confecção de um molde em
Final silicone liquido (Figura 58) usado para
a fundição das duas órteses em prata.
As tecnologias de impressão
3D já são utilizadas na indústria de
joias, com a impressão de protótipos
em resina, plástico e outros polímeros
através de técnicas que possibilitem a
reprodução de mínimos detalhes. A
impressão de protótipos diretamente
em cera destinados a fundição também
é uma técnica comum na confecção
de peças únicas. Entretanto, tais
processos tem um custo elevado.
Para a confecção das órteses em
prata, foi escolhido um processo que
não é o convencional utilizado para a
produção de joias, mas que seria mais
econômico e funcionaria nesse caso
para a confecção dos dois protótipos
finais.
Assim, foi produzido um
protótipo impresso em ABS através
do mesmo processo dos protótipos
de testes de cada uma das órteses,
dessa vez com as dimensões corretas
da peça final (Figura 57). Entretanto,
os cortes para regulagem do diâmetro
das órteses não puderam ser feitos
devido à suas dimensões reduzidas,
as quais a impressora não era capaz
de reproduzir. Dessa forma, os cortes
de regulageme o arredondamento da
parte anelar foram feitos manualmente
depois da fundição das peças. O
protótipo em plástico ABS foi utilizado

62
Figura 57 - Protótipos impressos para confecção do molde

Figura 58 - Molde da Órtese Anelar Proximal (fechado a esquerda) e Molde da Órtese Anelar
Medial (aberto a direita)

63
Figura 59 - Protótipos finais em prata. Órtese Anela Proximal (esq.) e Órtese Anelar Medial (dir.)

Figura 60 - Protótipos finais em prata. Órtese Anela Proximal (esq.) e Órtese Anelar Medial (dir.)

64
Figura 61 - Detalhe Órtese Anelar Proximal

Figura 62 - Detalhe Órtese Anelar Medial

65
Figura 63 - Órtese Anelar Medial em uso

66
Figura 64 - Órtese Anelar Medial em uso

67
Figura 65 - Órtese Anelar Proximal em uso

68
69
Figura 66 - Órtese Anelar Proximal em uso
8. considerações Finais percebi quantas coisas devem ser
consideradas a fim de garantir, em
primeiro lugar, a eficiência da órtese
Durante seu desenvolvimento, como um produto que deve auxiliar
o projeto passou por diversas na funcionalidade de um membro.
alterações. Conforme as pesquisas Considerando isso, o enfoque
sobre tema evoluíam, foram percebidas do projeto foi mudado. Ainda queria
necessidades de modificações que enfatizar a estética das órteses, propor
acontecerem até o final do estudo. peças fabricadas com um material
As pesquisas sobre o assunto que permitisse um design delicado
não se esgotaram. Na verdade, pode- e não causassem desconforto e
se considerar que todo esse projeto de constrangimento ao serem utilizadas
conclusão de curso serviu como base, durante o dia todo, diferente dos
como testes iniciais para um projeto demais produtos encontrados no
maior. A metodologia utilizada para mercado. Mas queria ao mesmo
a avaliação dos protótipos de teste tempo, desenvolver uma órteses que
revelou muitos pontos nos quais pode se mostrasse eficiente na tarefa para
ser melhorada para uma avaliação mais a qual é designada. Não acredito que
consistente com relação à eficácia das estes protótipos sejam vistos por todas
órteses. Com os protótipos em prata, as pessoas como peças de desejo, mas
novos testes de usabilidade podem espero que se mostrem uma opção
confirmar (ou não) a eficiência da peça mais atrativa e esteticamente mais
de forma mais significativa. agradável em comparação àquelas que
Além dos aspectos de são atualmente oferecidas ás mulheres
usabilidade, as órteses podem ser com AR que fazem uso de órteses.
avaliadas sob seu aspecto semântico, Este projeto contribui e muito
confirmando ou não que o design para meu aprendizado em várias áreas
proposto nas protótipos se afasta da (do design ou não). Foram necessários
função simbólica das demais órteses estudos relacionados à prototipagem
disponíveis no mercado. rápida, impressões 3D, metodologias
As órteses desenvolvidas nesse para aplicação de testes de usabilidade,
projeto não tem a pretensão de serem técnicas de produção de joias e, mais
classificadas como peças de joalheria. ainda em áreas distintas ao design,
Este era meu objetivo no inicio do como a terapia ocupacional e a
TCC, entretanto, conforme avançava fisioterapia.
nos estudos sobre as órteses e a AR, De modo geral, durante todo

70
o desenvolvimento desse projeto
aprendi muitas coisas novas, sendo
essa inclusive, minha maior satisfação.
Novas questões que surgiram e ainda
existem problemáticas dentro dessa
temática de estudos que podem ser
abordadas. A contribuição desse
projeto fica como uma base para
quem sabe, futuros estudos com essa
temática.

71
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Estudo e Projeto Conceitual de Órtese

75
Anexos
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
e
Questionários de Percepção de desconforto
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
Facildade de Arquitetura, Artes e Comunicação
Departamento de Design - Laboratório de Ergonomia e Interfaces
Desenvolvimento de Órteses para Deformidades Nos dedos

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(terminologia obrigatório em atendimento a resolução 466/12-CNS-MS)

O presente estudo é parte do projeto de conclusão de curso


Desenvolvimento de órteses para deformidades nos dedos e tem como
objetivo avaliar a usabilidade de dois novos modelos de órteses para os
dedos com deformidades causadas pela Artrite Reumatoide. Para realizar
tal estudo contaremos com a participação voluntária de mulheres. O
estudo será dividido em duas etapas: 1) O participante realizará uma
atividade utilizando uma das órteses; 2) após a atividade, o participante
responderá um questionário sobre sua percepção acerca da usabilidade
da órtese utilizada.
Todo cuidado será tomado para preservar o anonimato dos participantes.
Os dados coletados serão utilizados apenas para o desenvolvimento do
projeto de conclusão de curso. Nenhum dos procedimentos e atividades
realizadas serão invasivos e não causarão nenhum desconforto ou risco
à sua saúde, tendo em vista que as atividades realizadas fazem parte do
cotidiano da maioria das pessoas. No entanto, permanece o direito de
todo e qualquer participante deixar o estudo em qualquer momento caso
se sinta constrangido, e que não é necessário nenhuma explicação e que,
de maneira alguma, será discriminado ou penalizado por isso.
Em caso de dúvidas, você será totalmente esclarecido pelos
responsáveis pela pesquisa antes e durante a realização do estudo. Este
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” atende a Resolução 466/12
CNS e o Código de Deontologia do Ergonomista Certificado - Norma ERG
BR 1002 ABERGO.

Eu,________________________________________________________
_____,RG_________________- SSP/___, estando ciente das informações
acima lidas, concordo em participar do estudo “Desenvolvimento de
órteses para deformidades nos dedos” e entendo que as informações
cedidas por mim são confidenciais, autorizando a sua divulgação no meio
científico e acadêmico de forma anônima e global. Estou ciente de que
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Facildade de Arquitetura, Artes e Comunicação
Departamento de Design - Laboratório de Ergonomia e Interfaces
Desenvolvimento de Órteses para Deformidades Nos dedos

sou voluntário e, portanto, não receberei nenhum benefício por participar


desta pesquisa, bem como não terei ônus algum. Tenho total liberdade para
aceitar ou recusar fazer parte deste estudo e sei que a minha recusa, em
qualquer momento do experimento, não acarretará nenhum prejuízo para
mim.

Bauru, __ de ____________ de 2016.

_____________________
Assinatura do participante

____________________ ____________________
Ana Lya Moya Ferrari Prof. Dr. Fausto Orsi Medola
Graduanda em Design de Produto Prof. Assistente Doutor
Dept. de Design

Laboratório de Ergonomia e Interfaces


Av. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Coube, s/n - Bauru – SP - CEP.: 17033-360 -
Telefone: (14) 3103 6143, (14) 3103 6000
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Desenvolvimento de Órteses para Deformidades Nos dedos

QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO DE DESCONFORTO

Nome: __________________________________________________ N°____


Modelo órtese: ___ Lateralidade: ( ) Canhoto ( ) Destro Data: __/__/2016

Tarefa I:
No computador, abra a aba do programa Microsoft Word e digite o paragrafo de
texto do papel ao lado do computador.

Avaliação Tarefa I:
1 - Senti minha articulação estabilizada.
( ) Concordo Fortemente
( ) Concordo
( ) Nem concordo nem discordo
( ) Discordo
( ) Discordo Fortemente

2 - Marque na linha abaixo, um ponto que represente o grau de dificuldade que você
sentiu ao realizar a tarefa.
_______________________________________________
Nenhuma dificuldade Máxima dificuldade

3 - Marque na linha abaixo, um ponto que represente o grau de desconforto que você
sentiu ao realizar a tarefa.

_______________________________________________
Nenhum desconforto Máximo desconforto

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4 - Marque na figura abaixo quais os pontos em que você sentiu desconforto ( apenas se
sentiu algum desconforto)

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QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO DE DESCONFORTO

Nome: __________________________________________________ N°____


Modelo órtese: ___ Lateralidade: ( ) Canhoto ( ) Destro Data: __/__/2016

Tarefa II:
Complete a ficha que lhe foi entregue com seus dados.

Avaliação Tarefa II:


1 - Senti minha articulação estabilizada.
( ) Concordo Fortemente
( ) Concordo
( ) Nem concordo nem discordo
( ) Discordo
( ) Discordo Fortemente

2 - Marque na linha abaixo, um ponto que represente o grau de dificuldade que você
sentiu ao realizar a tarefa.
_______________________________________________
Nenhuma dificuldade Máxima dificuldade

3 - Marque na linha abaixo, um ponto que represente o grau de desconforto que você
sentiu ao realizar a tarefa.

_______________________________________________
Nenhum desconforto Máximo desconforto

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4 - Marque na figura abaixo quais os pontos em que você sentiu desconforto ( apenas se
sentiu algum desconforto)

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QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO DE DESCONFORTO

Nome: __________________________________________________ N°____


Modelo órtese: ___ Lateralidade: ( ) Canhoto ( ) Destro Data: __/__/2016

Tarefa III:
Encha a caneca com o conteúdo da garrafa.

Avaliação Tarefa III:


1 - Senti minha articulação estabilizada.
( ) Concordo Fortemente
( ) Concordo
( ) Nem concordo nem discordo
( ) Discordo
( ) Discordo Fortemente

2 - Marque na linha abaixo, um ponto que represente o grau de dificuldade que você
sentiu ao realizar a tarefa.
_______________________________________________
Nenhuma dificuldade Máxima dificuldade

3 - Marque na linha abaixo, um ponto que represente o grau de desconforto que você
sentiu ao realizar a tarefa.

_______________________________________________
Nenhum desconforto Máximo desconforto

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4 - Marque na figura abaixo quais os pontos em que você sentiu desconforto ( apenas se
sentiu algum desconforto)

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