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Nome da aluna: Sandy Fernandes de Oliveira

Período: 08/04/2022
Descrição: A realização da atividade será importante para facilitar a realização de
provas sobre o assunto no semestre. A atividade se encontra nas páginas 245 a 252. A
postagem, no formato de resenha/resumo do tema, fica a critério do aluno. A atividade
corresponderá a 2 horas de atividade prática supervisionada.

RESUMO

Escoliose é definida como uma deformidade morfológica tridimensional da


coluna vertebral, na qual se observam inclinação lateral das vértebras no plano frontal e
rotação no plano axial. Os tipos mais incidentes de escolioses estruturadas são as
idiopáticas, neuromusculares, congênitas, traumáticas e neoplásicas. Para as escolioses
não estruturadas, também denominadas “atitudes escolióticas”, a assimetria de
comprimento de membros inferiores é a causa mais comum, tendo importância também
assimetrias posturais, decorrentes de contratura ao redor do quadril e antálgicas.
Durante a avaliação, deve-se buscar, no plano frontal, as seguintes alterações
decorrentes de uma escoliose:
 Inclinação e rotação da cabeça para um dos lados.
 Diferença na altura dos ombros.
 Assimetrias da caixa torácica em seus flancos.
 Desvio da linha alba.
 Assimetria do ângulo de Tales.
 Obliquidade pélvica (diferença na altura das espinhas ilíacas).
 Curva em “S” ou em “C” na coluna vertebral, visível traçando riscos com lápis
de marcação sobre os processos espinhosos das vértebras em toda a coluna.
 Assimetria na altura da prega glútea.
 Assimetria na altura da linha poplítea.
Durante a avaliação no plano sagital, as seguintes alterações devem ser
pesquisadas:
 Curvas associadas à escoliose, como a cifose dorsal acentuada (hipercifose
dorsal) ou a hiperlordose lombar.
 Alterações nos joelhos, como joelho flexo ou em recurvatum, quando se deve
desconfiar de alterações plantares ou diferença no comprimento dos membros
inferiores.
A medição do comprimento dos membros inferiores pode ser realizada
clinicamente por meio da medição entre estruturas ósseas ou por meio de uma
escanometria. É importante verificar que um desnível pélvico pode estar associado ou
não ao encurtamento real de um dos membros inferiores. O exame radiográfico
comparativo com o paciente em pé e sentado pode comprovar a discrepância no
comprimento de membros como causa da escoliose.
Deve-se acompanhar a velocidade do crescimento vertebral e do ganho em
altura do paciente para poder vislumbrar a potencialidade e a malignidade da curva
escoliótica presente. A relação entre o crescimento e as alterações posturais é muito bem
estabelecida. Por esse motivo é que se torna crítico o período da menarca em pacientes
com desvios posturais. A calcificação da epífise de crescimento encontrada na borda
superior da asa ilíaca determinará o grau de maturidade esquelética. Por meio de um
exame radiográfico da pelve, é possível verificar e mensurar a maturidade esquelética
por meio dos graus de Risser, os quais são classificados de 0 a V.
É possível encontrar escolioses em diferentes níveis, como as escolioses
cervicotorácicas, torácicas, toracolombares e lombares. Deve-se observar o ápice da
curva para determinar o nível da curvatura.
A direção da curva é descrita simplesmente pelo lado convexo da curvatura,
lado direito ou esquerdo, no qual o ápice da curvatura se forma. Está padronizado
denominar-se somente a região e o lado da curvatura, subentendendo-se que se trata da
convexidade. Na verdade, são nomeadas da seguinte forma: sinistra para curvas com
convexidade à esquerda e dextro para curvas com convexidade à direita.
O método de Cobb é o mais utilizado para mensuração da angulação frontal
das escolioses. Na rotação vertebral, observa-se o deslocamento do processo espinhoso
para o lado da concavidade da curva. A rotação vertebral pode ser mensurada pelo
afastamento do processo espinhoso ou pela aproximação dos pedículos em relação ao
centro do corpo vertebral. Quanto maior for o deslocamento, maior será a rotação
vertebral.
As órteses utilizadas no tratamento da escoliose têm como objetivo prevenir a
evolução das curvaturas e, consequentemente, reduzir a necessidade de correções
cirúrgicas. Diversas órteses utilizadas para o tratamento de escoliose são descritas na
literatura, como Saint-Etienne, Lionês, Michel, Olimpe, Wilmington, Cheneau,
Milwaukee, Boston e Char-leston. A indicação das órteses dependerá principalmente do
nível e do grau de curvatura, rotação do corpo vertebral e da maturidade esquelética
encontrada.

REFERÊNCIA: CARVALHO, José André. Órteses: um recurso terapêutico


complementar. 2. ed. Barueri: Manole, 2013. 376 p.

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