Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apresentação
A coluna vertebral é uma surpreendente obra da engenharia anatômica. Nossa coluna vertebral é
constituída de ossos, ligamentos, tendões, músculos e um importante complexo nervoso.
Ela tem três funções básicas: absorver carga, permitir movimento e proteger a medula espinal.
A coluna vertebral é uma estrutura resistente e flexível composta por 33 vértebras dispostas em
cinco regiões: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. A partir de sua estrutura e de suas
características, permite a realização de movimentos de flexão e extensão, assim como inclinações
laterais, torções e rotações.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a morfologia e a função de cada região
da coluna vertebral.
Bons estudos.
• Identificar as estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral por regiões: cervical, torácica
e lombossacra.
• Conhecer e nominar as estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral por regiões.
• Diferenciar as funções e características da coluna vertebral por regiões: cervical, torácica e
lombossacra.
Desafio
A escoliose idiopática acomete crianças saudáveis e normais. Por isso, o termo "idiopático" foi
utilizado para definir esse tipo de deformidade, caracterizada por curvatura lateral com rotação da
coluna vertebral em crianças saudáveis e sem anomalias congênitas ou musculoesqueléticas
associadas.
Além disso, você deve descrever, de maneira sucinta, o que é a técnica de pompagem. Para auxiliá-
lo a descrever as pompagens, siga estas diretrizes:
a) posição do paciente;
b) posição do fisioterapeuta;
c) ação do fisioterapeuta.
Infográfico
A coluna vertebral é considerada o principal eixo de sustentação do peso corporal e, nesse sentido,
apresenta curvaturas que podem ser visualizadas lateralmente. Tais curvaturas, denominadas cifose
e lordose, são importantes no que tange à distribuição do peso corporal e à manutenção postural.
Para saber mais sobre a morfologia da coluna vertebral, acompanhe a leitura do capítulo Estruturas
ósseas e articulares da coluna vertebral (cervical, torácica e lombossacra), da obra Anatomia aplicada
à fisioterapia, que serve como base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
ANATOMIA
APLICADA A
FISIOTERAPIA
Introdução
O esqueleto axial consiste nos ossos que formam o eixo do corpo, susten-
tam e protegem os órgãos da cabeça, do pescoço e do tronco. Um dos
componentes do esqueleto axial é a coluna vertebral, que apresenta uma
estrutura de 33 vértebras dispostas em cinco regiões, a saber: cervical,
torácica, lombar, sacral e coccígea. Essas regiões, além das características
em comum, apresentam curvaturas, elementos anatômicos e funções
específicas. O conhecimento da anatomia da coluna vertebral é elemento
inicial para a compreensão da biomecânica e da cinesiologia, tão impor-
tantes para a atuação profissional do fisioterapeuta.
Neste capítulo, você vai estudar as estruturas ósseas e articulares da
coluna vertebral por regiões. Além disso, vai ver as funções e caracterís-
ticas da coluna vertebral.
2 Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral
(Continua)
Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral 5
(Continuação)
(Continua)
6 Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral
(Continuação)
(Continua)
Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral 7
(Continuação)
Fonte: Adaptado de Gould (2010), Moore, Agur e Dalley (2013) e Martini, Timmons e Tallitsch (2009).
DALLEY, 2013). Essa união das vértebras adjacentes pelos discos vertebrais
são reforçadas pelos ligamentos longitudinais anterior e posterior (BEHNKE,
2014), o que confere à coluna vertebral estabilidade e limitações aos movi-
mentos de flexo-extensão, respectivamente (GOULD, 2010).
A articulação dos arcos vertebrais são as articulações dos processos articu-
lares e assumem a classificação de articulações sinoviais, que estão situadas
entre os processos articulares superior e inferior das vértebras adjacentes.
Cada estrutura articular desta está envolvida por uma cápsula articular fina
e frouxa fixada às margens das faces articulares dos processos articulares
das vértebras adjacentes. Essas articulações são reforçadas por ligamentos
acessórios que conectam as lâminas, os processos transversos e os processos
espinhosos, auxiliando a estabilização da articulação. As articulações dos
processos articulares propiciam movimentos de deslizamento entre os processos
articulares (MOORE; AGUR; DALLEY, 2013; GOULD, 2010).
As articulações craniovertebrais são formadas pelas articulações atlanto-
-occipitais, entre o CI e o osso occipital do crânio, e se apresenta reforçada
pelas membranas atlanto-occipital anterior e posterior, e as articulações
atlantoaxiais, entre as vértebras CI e CII, que são reforçadas e mantidas pelo
ligamento cruciforme do atlas (formado pelos fascículos longitudinais e pelo
ligamento transverso do atlas), ligamento alar que impede a rotação excessiva,
e pela membrana tectória (continuação do ligamento longitudinal posterior
que recobre os ligamentos alares e transversos).
Essas articulações craniovertebrais são classificadas como articulações
sinoviais que não apresentam discos intervertebrais e, em decorrência de seu
formato, permitem uma amplitude de movimento maior que no resto da coluna
vertebral (MOORE; AGUR; DALLEY, 2013; GOULD, 2010).
As articulações costovertebrais são classificadas como articulações sino-
viais e permitem que a cabeça de cada costela se articule com a fóvea costal
superior do corpo da vértebra correspondente e a fóvea costal inferior do
corpo vertebral superior a ela.
É importante salientar que as cabeças da 1a, da 11a e da 12a costelas
articulam-se apenas com o corpo vertebral correspondente. Essas articulações
costovertebrais apresentam como ligamento o intra-articular e radiado da
cabeça da costela.
Em relação às articulações sacroilíacas, estão classificadas, em sua parte
anterior, como sinovial e, na parte posterior, como fibrosa. Nessa articulação, o
sacro está suspenso entre os ossos ilíacos, nos quais os ligamentos sacroilíacos
anterior, posterior e interósseo e os ligamentos sacrotuberais e sacroespinais
fornecem suporte (GOULD, 2010).
Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral 9
Figura 2. Movimentos da coluna vertebral. (a) Flexão e extensão, ambas no plano ante-
roposterior. (b) Flexão lateral, para a direita ou esquerda no plano frontal. (c) Rotação em
torno de um eixo longitudinal no plano horizontal.
Fonte: Moore, Dalley e Agur (2014).
alteração morfológica, mas queixam-se dos mesmos tipos de dor que aquelas que
não têm alteração evidente. Em vista disso, e da ocorrência comum desses achados,
sugere-se que essas alterações relacionadas com a idade não devem ser consideradas
patológicas, mas sim como a anatomia normal do envelhecimento (BOGDUK, 2012
apud MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
https://goo.glw3rWDq
12 Estruturas ósseas e articulares da coluna vertebral
Leituras recomendadas
FAGUNDES, D. (Org.). Quiropraxia: diagnóstico e tratamento da coluna vertebral. São
Paulo: Roca, 2013.
STRIANO, P. Coluna saudável: anatomia ilustrada — guia completo para alongamento,
fortalecimento e estabilização. Barueri, SP: Manole, 2015.
TANK, P. W.; GEST, T. R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Conteúdo:
Dica do professor
A coluna vertebral é uma estrutura resistente e flexível que permite a realização de movimentos de
flexão e extensão, assim como inclinações laterais, torções e rotações. A coluna de um adulto,
quando vista lateralmente, apresenta quatro curvaturas: lordose cervical, cifose torácica, lordose
lombar e cifose sacral. Diante disso, a coluna vertebral pode apresentar alterações nessas
curvaturas que se classificam como anormais e, em algumas situações, demandam prescrição ou
adaptação de órteses.
A palavra órtese é derivada do grego orthos, que significa reto, normal ou íntegro. As órteses para a
coluna vertebral são constituídas de modo a proteger a coluna vertebral, assim como outras
estruturas anatômicas (músculos, tendões, ligamentos, elementos do sistema nervoso), de
sobrecargas que possam provocar dor e deformidade angular. O conhecimento de anatomia,
biomecânica, cinesiologia e desses instrumentos conhecidos como órteses é muito importante para
a sua prescrição.
Assim, nesta Dica do Professor serão abordados os diferentes tipos de órteses para a coluna
vertebral.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Exercícios
1) A coluna vertebral não constitui uma estrutura rígida e retificada: nesse sentido, a coluna de
um adulto, quando vista lateralmente, apresenta quatro curvaturas, que podem ser
classificadas como primárias ou secundárias. Selecione a alternativa a seguir que apresenta
regiões da coluna vertebral classificadas como curvaturas primárias.
2) A coluna vertebral não constitui uma estrutura rígida e retificada. Nesse sentido, a coluna de
um adulto apresenta 33 vértebras, dispostas em 5 regiões. Selecione a alternativa a seguir
que cita, respectivamente, as regiões que apresentam 4 e 7 vértebras.
4) A coluna vertebral apresenta uma estrutura articular que permite movimentos como flexão,
extensão e rotação, bem como modificações no diâmetro da caixa torácica durante os
movimentos respiratórios. As articulações são constituídas de um conjunto de elementos
que permitem e promovem movimento entre as estruturas. Diante disso, a membrana
tectória corresponde a que região articular?
A) Articulações costovertebrais.
C) Articulação craniovertebral.
E) Articulações sacroilíacas.
5) A coluna vertebral, juntamente com o crânio e a caixa torácica, faz parte do esqueleto axial.
Ela não se apresenta como uma estrutura rígida e retificada; nesse sentido, a coluna de um
adulto, quando vista lateralmente, apresenta quatro curvaturas – lordose cervical, cifose
torácica, lordose lombar e cifose sacral –, as quais podem apresentar alterações classificadas
como anormais. Assinale a alternativa que indica a classificação de curvatura anormal
caracterizada por inclinação anterior da pelve (anteroversão), com flexão da parte superior
do sacro ou rotação anteroinferior (nutação) e aumento da extensão das vértebras.
A) Hipercifose torácica.
B) Retificação lombar.
C) Hiperlordose lombar.
D) Escoliose.
E) Retificação torácica.
Na prática
A escoliose idiopática, que é o tipo mais comum de escoliose estruturada da coluna vertebral, é
definida e caracterizada por inclinação lateral e rotação das vértebras e ausência de causa ou
processo patológico definido. As curvas torácicas direitas são as mais comuns, seguidas das curvas
duplas maiores (torácica direita e lombar esquerda).
A prevalência da escoliose idiopática apresenta grande variação, dependendo do grau da curva
escoliótica, a saber:
Você deve estar ciente de que a prevalência é maior no sexo feminino e aumenta à medida que o
valor angular da curva escoliótica aumenta, atingindo a proporção de 10:1 nas curvas acima de 30
graus e 5,4:1 nas curvas acima de 20 graus.
Confira agora o caso de um paciente com queixa de dores nas costas, sobretudo nas
regiões cervical e lombar. O paciente apresenta discrepância dos membros inferiores.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
A coluna vertebral
Este livro apresenta uma abordagem ampla e simples sobre a coluna vertebral.