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Ultrassonografia cardíaca I

O ecocardiograma nas valvulopatias


Valvulopatias mitral
 Estenose mitral
 Insuficiência mitral
 Prolapso da válvula mitral
 Calcificação do anel mitral
Válvula mitral normal
Válvula mitral normal
Parasternal eixo longo

 Avaliar a
estrutura dos
folhetos VM
 Nivel de abertura
valvular
 Mobilidade dos
folhetos
Paraesternal eixo curto

 nível de abertura
valvular
 Espessura do anel
valvular
 Espessura dos
folhetos
Apical 4 camaras
 Mobilidade dos
folhetos
 Espessura dos
folhetos
 Espessura do anel
valvular
Modo M a nível da VM:
 Mobilidade dos
folhetos
 Função valvular
Doppler Pulsado
 Pressão de
enchimento
ventricular
Doppler Continuo
 é de grande utilidade na
avaliação de gradientes de
pressão em que as
velocidades são muito
elevadas, como é o caso
das estenoses valvulares.
Doppler codificado a cor
 fluxo que se
desloque da Aurícula
Esquerda para o
Ventrículo Esquerdo
será cotado com a
cor vermelha, pois
esse fluxo aproxima-
se do ponto onde se
encontra a
sonda.
Doppler tecidular
 A onda S
corresponde à sístole
cardíaca e onda E’ à
fase diastólica de
enchimento rápido e
A’ sístole auricular.
Estenose mitral

 A causa mais frequente de


estenose mitral é a
cardiopatia reumática.
Estenose mitral
Estenose mitral
 A estenose da válvula mitral é um estreitamento da
abertura da válvula mitral que aumenta a resistência
ao fluxo da corrente sanguínea da AE para o VE.

 Ecocardiografia
• Confirmação diagnóstica
• Quantificação da gravidade da estenose e suas
consequências
• Anatomia valvular
Etiologia
 Febre reumática 75%
 Calcificação estenótica do anel
 Congénita 0,6%
 Endocardite valvular mitral

 A prevalência esta diretamente associada ao


status socioeconómico do país
Fisiopatologia
 Gradiente VE-AE
 ↑ pressão capilar pulmonar
 ↑ pressão AE
 Hipertensão pulmonar reativa
 Falência do VD
Complicações
 Regurgitação mitral
 Trombos na aurícula esquerda
 Hipertensão pulmonar
 Insuficiência cardíaca
 Edema pulmonar
 Regurgitação tricúspide
 Falência do VD
 FA
Sinais e sintomas:
 • Dispneia
• Fadiga
• Precordialgia
• Hemoptises
ECG: FA; HVD; DAE
Para diagnosticar estenose da VM,
responda:
 Há ecogenicidade(brilho) nas comissuras?
• Como é a mobilidade dos folhetos?
• Como é a espessura dos folhetos
Confirmar o diagnóstico de
estenose mitral

• Etiologia
• Morfologia
• Mobilidade
• Calcificação dos folhetos e aparelho valvular
Pesquisar possíveis valvulopatias
concomitantes

• Repercussões/ consequências
• Dilatação auricular esquerda
• Trombos
• Hipertensão arterial pulmonar (HTP)
Aspectos ecocardiograficos
 Espessamento/calcificação dos folhetos, particularmente no
bordo livre.
 Fusão as comissuras com orificio em “boca de peixe”
(paraesternal eixo curto).
 Fusão, encurtamento, fibrose e calcificação das cordas.
 Doming dos folhetos em diástole (paraesternal eixo longo e
A4C): a base e a porção media dos folhetos movimentam-se
na direcção do apex ventricular, enquanto a mobilidade do
seu bordo livre encontra-se comprometida devido a fusão das
comissuras e ao envolvimento sub-valvular, criando o aspecto
de “stick de hóquei” ou “joelho”, particularmente do folheto
anterior.
 Declive da onda E em modo M.
Sinais direitos (Bidimensional)
 Mobilidade dos folhetos (restrição do movimento do
bordo livre do folheto anterior)
Estenose mitral
Sinais direitos(modo M)
 Espessamento dos folhetos
 Diminuição da amplitude do movimento do
segmento DE
 Diminuição do declive EF
 Alteração do mov. diastólico do folheto posterior
 Onda A diminuída ou ausente
Estenose Mitral
Sinais indirectos – Doppler

๏ Severidade Hemodinâmica
• Gradiente máximo
• Gradiente médio
• Tempo de Semi-Pressão Diastólico (TSP;THP)
• Quantificação do orifício valvular
• Pressão na artéria Pulmonar
Sinais indirectos – Doppler
Caracteristicas da estenose mitral
 Doming (abaulamento diastólico
do folheto anterior da VM
 Redução da abertura valvular
 Aumento da espessura do bordo
livre dos folhetos
 Fusão das comissuras
 calcificação
A febre reumática conduz a estenose por 4
formas de fusão do aparelho valvular:

Fusão das comissuras (30%)


• Fusão das cúspides (15%)
• Fusão das cordas tendíneas (10%)
• Combinação de todos estes factores
Classificação da gravidade de estenose
mitral
o que vê???
o que vê???
Classificar a estenose de acordo
com a gravidade
1. Gradiente de pressão médio transmitral
2. Tempo de semi-pressão
3. PISA
4. Area valvular por planimetria
1. Gradiente de pressão médio
transmitral
 Como fazer?

- A4C
doppler continuo da VM
- Traçar o contorno do fluxo diastólico mitral
1. Gradiente de pressão médio
transmitral
1. Gradiente de pressão médio
transmitral
Medir o pico da onda mais alta;
Se o ritmo for irregular medir 3 ou 4 ondas;

Na estenose mitral devemos saber sempre a area da


valvula e repercussões hemodinamicas.
2. Tempo de semipressão
 Tempo de semipressão: Intervalo de tempo (em
milisegundos) necessário para
que o gradiente máx. diminua em 50%.
 O cálculo da área mitral baseia-se no conceito de
que a taxa de queda da pressão através do orifício
mitral estenótico é determinada pela área de
secção do orifício: quanto menor o orifício mais
lenta a queda de pressão, ou seja, metade da
pressão maxima é equivalente a area valvular.
2. Tempo de semipressão
 Como fazer?

• doppler continuo da
VM
• Medir o Pico da onda
E ate a linha de base.
3. PISA-Proximal Isovelocity Surface
Area
 Como fazer?

 O grau de turbulençia antes da valvula é igual a


area da valvula, quanto menor o orificio maior a
turbulencia.
3. PISA-Proximal Isovelocity
Surface Area
 Optimizar o fluxo a cores diminuindo o PRF até obter um número de Nyquist
(velocidade do aliasing) igual ou maior a 0,40 m/s (VR, que corresponde ao valor
exibido ao lado da barra de referência da cor).
2- Aproximar com zoom a face auricular da válvula mitral onde se formarão as
hemiesferas. Pela forma afunilada da região de convergência, deve-se levar em
consideração o ângulo entre as cúspides quando a VR for menor a 0,40 m/s.
3- Registrar a região de convergência e congelar a imagem no quadro que melhor
desenhe as hemiesferas. Medir o raio da hemiesfera (r) entre a região da vena
contracta e o primeiro aliasing (inversão da cor)
4- Registrar o fluxo mitral com Doppler contínuo espectral e medir a velocidade
máxima, em m/s.
5- Aplicar a equação: AVM (cm²) = 2 pi r² . (VR / Vmax) . (Ângulo / 180 graus).
2pi.r² - área da hemiesferar - raio da mesma, em cm
VR - velocidade do aliasing (número de Nyquist) em m/s.
Vmax - velocidade máxima do fluxo estenótico, em m/s.
Ângulo - ângulo formado pelas cúspides da válvula mitral, pelo lado auricular, em
graus.
3. PISA-Proximal Isovelocity
Surface Area
4. Area valvular por planimetria
 Como fazer??

 Paraesternal eixo curto a nível da VM


 Delimitar a area da valvula
 Medição da Área Valvular Mitral-2D
• Em PE/EC pode-se, por planimetria directa,
medir a área anatómica da válvula Mitral
(protodiástole).
4. Area valvular por planimetria
A fiabilidade e rigor deste método
depende:

1. Da capacidade de se conseguir delinear
claramente o orifício valvular mitral
2. Da medição do orifício valvular no nível
correcto
3. Do controlo dos ganhos
4. Da habilidade e experiência do operador

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