Você está na página 1de 145

Curso de ECG

ECG
O eletrocardiograma é considerado padrão ouro para o
diagnóstico não invasivo das arritmias e distúrbios de
condução, além de ser muito importante nos
quadros isquêmicos coronarianos, constituindo-se
em um marcador de doença do coração.

Esta é uma das muitas possibilidades de síntese


e abordagem do tema proposto.
Histórico
Willeim Einthoven
• Primeiro ECG em 1903
• Galvanômetro de corda (P Nobel Medicina e Fisiologia, 1924)
• Permitiu o emprego de eletrodos periféricos
• Derivações bipolares dos membros ( I, II ,III )
• Triângulo equilátero - centro elétrico do coração
• Nomenclatura das ondas P QRS, T

Conceito de
ativação vetorial
Triângulo de
Einthoven
American Heart Association -
Cardiac Society of Great Britain
and Ireland 1938

Padronização das derivações


precordiais V1-6
Indicações do ECG

• Isquemia miocárdica e infarto


• Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares
• Arritmias
• Efeito de medicamentos. Ex.Digital
• Alterações eletrolíticas. Ex. Potássio
• Funcionamento de marca-passos mecânicos
• O ECG é um exame complementar importante
para a interpretação do ritmo cardíaco e para a
detecção de isquemia do coração.

• O eletrocardiograma é também de grande


valor na avaliação de outros tipos de
anormalidades cardíacas, incluindo doenças
das válvulas cardíacas, miocardiopatias,
pericardites e sequelas cardíacas da
hipertensão arterial.
ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre
eletrodos metálicos colocados na superfície corporal que
são amplificadas, filtradas e registradas pelo
eletrocardiógrafo

Interpretação: considerar dados clínicos do paciente


Derivações do ECG
São as posições no paciente em
que são captadas as atividades
elétricas do coração.

Derivações bipolares= D1, D2, D3.


Registram as diferenças de potencial
entre dois locais, sem qualquer rede de resistência.

Derivações unipolares= AVR, AVL, AVF.


Registra o potencial elétrico de somente um local
Derivações do ECG
Posição das Derivações Precordiais
V1 -4º espaço intercostal na borda direita do esterno
V2 -4º espaço intercostal na borda esquerda do esterno
V3 -Espaço intermediário entre V2 e V4
V4 -5º espaço intercostal esquerdo na linha médio clavicular
V5 -5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior
V6 -5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar média

É importante que você fique atento à instalação


correta dos eletrodos e cabos do ECG, conforme
quadro abaixo, para um diagnóstico correto e o
atendimento eficaz
Anatomia do coração e fisiologia do sistema de
condução cardíaco
Anatomia do coração e fisiologia do sistema de
condução cardíaco

Artérias coronárias
Nascem na raiz da Aorta e irrigam o musculo cardíaco
Características do músculo cardíaco
Todas as fibras do coração
têm capacidade de gerar
potencial de ação
espontâneamente:
alta permeabilidade da
membrana ao Na

O potencial de ação se
espalha por todo o sincício
gerando contração em toda
massa muscular.
Características do músculo cardíaco
O coração é formado por três tipos principais de músculo
cardíaco:
• o músculo atrial
• o músculo ventricular
• fibras musculares excitatórias especializadas e
condutoras

Ritmicidade
Velocidade de condução variáveis

Sistema excitatório para o coração.


Sistema de Condução Cardíaco
ECG normal: monitorização cardíaca
O ECG é a medição dos potenciais elétricos gerados
pela despolarização e repolarização das células do
coração, atividade que gera o impulso bioelétrico
responsável pela contração cardíaca.

Consiste em controlar e avaliar continuadamente a


atividade elétrica (ritmo e frequência) do coração,
através de um equipamento, sendo possível a
detecção de cardiopatias.

http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/REL/REL[5477-1-2].PDF
ECG normal: monitorização cardíaca

• Frequência cardíaca entre 60 e 100 bpm


• Onda P presente, indicando ritmo sinusal.
• Intervalo PR tem duração entre entre 0,12 e 0,20 segundos.
• Complexo QRS tem duração entre 0,06 e 0,10 segundos.
• Eixo elétrico normal situa-se entre -30º e +90º.
Monitores cardíacos
• São aparelhos eletrônicos usados nas UTIs, a beira leito
e proporciona a apresentação visual continua do
eletrocardiograma e do ritmo cardíaco.

• Sua função especifica é acompanhar os pacientes


graves, observando as arritmias precoces(taquiarritmias
e bradiarritmias) e ser tomado medidas profiláticas
evitando intercorrências fatais.
• Onda P = Despolarização Atrial
• Intervalo PR = Impulso: Átrios → Nódulo AV
• QRS: Despolarização ventricular
• Segmento ST: Final despolarização ventricular/início regularização
• Onda T: Pico de recuperação ventricular
ECG – Ciclo Cardíaco
ECG – Ciclo Cardíaco
Como analisar o traçado: principais arritmias cardíacas
Classificação das principais arritmias cardíacas
Parede Ântero-septal
Parede Anterior
Parede Lateral Alta e ântero lateral

Parede
lateral
Parede inferior
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Identificação
Nome, idade, sexo, data, horário, dados clínicos
Calibração do Aparelho de ECG
Registro do ECG
O registro eletrocardiográfico é quadriculado e dividido em
quadrados pequenos e grandes.

Interpretação: Volt
Sentido horizontal, tempo (segundo).
Sentido vertical, amplitude (m Volt).

Quadrado pequeno:
Horizontal = 1mm = 0,04seg. Tempo
Vertical = 1mm = 0,1m.V.
Quadrado grande:
Horizontal = 5mm = 0,20seg.
Vertical = 5mm = 0,5mV.
Calibração do Aparelho de ECG

Voltagem/Amplitude
Normal (N): 1mV = 10mm
N/2: 1mV = 5mm
2N: 1mV = 20mm Tempo/Extensão

Velocidade papel = 25mm/seg

1mm = 0,04 seg


Calibração do Aparelho de ECG

25,0 mm/s N
1mm= 0,1 milivolt
1mm= 40 milissegundos = 0,04 seg

5 mm = 200 milisegundos
ou 0,2 seg
Rhythm strip Parte inferior do ECG
Faixa de ritmo 6 segundos
Ritmo e Frequência Cardíaca
Ritmo Regular ou Irregular

Ritmo regular = a distância entre RR ou entre o QRS é igual


Sinusal = presença de onda P
Ritmo e Frequência Cardíaca
Ritmo Regular Sinusal
Frequência Cardíaca

4 4 4 4 4 4

FC = 300/ n de quadrados grandes entre RR ou QRS

FC = 300/4 = 75 bpm
Ritmo e Frequência Cardíaca
R

Ritmo Regular Sinusal


Frequência Cardíaca

20 20 20 20 20 20

FC = 1500/ n de quadrados pequenos entre RR ou QRS

FC =1500/20 = 75 bpm
Ritmo e Frequência Cardíaca

Frequência Cardíaca Regular

Constante = 300/ n de quadrados grandes

Constante = 1500/ n de quadrados pequenos


12

Ritmo Regular Sinusal (Onda P)


Frequência Cardíaca: bradicardia

FC = 300/ 12 de quadrados grandes: 25 bpm

FC = 1500/ 60 de quadrados pequenos: 25 bpm


2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Ritmo Regular.
Presença de Onda P
Frequência Cardíaca: Taquicardia sinusal

FC = 300/ 2 de quadrados grandes: 150 bpm

FC = 1500/ 10 de quadrados pequenos: 150 bpm


3,5 19

Quadrados grandes = 3,5


Quadrados pequenos = 19
Ritmo Regular. Presença de Onda P
Frequência Cardíaca: Taquicardia sinusal
FC = 300/ 3,5 de quadrados grandes: 85,7= 86 bpm

FC = 1500/ 19 de quadrados pequenos: 78,9= 79 bpm


Ritmo e Frequência Cardíaca
Ritmo Irregular

4 3 3 5 4,5 4 3

30 quadrados

Ritmo irregular = a distância entre RR ou entre o QRS é diferente


Sinusal = presença de onda P
Constante = 10
R R R R R R R R
4 3 3 5 4,5 4 3

30 quadrados = 6 segundos

Ritmo Irregular.
Sinusal: presença de Onda P
Frequência Cardíaca: contar o número de ondas R em
30 quadrados grandes (equivale a 6 segundos de
traçado) e multiplicar por 10 (constante)
FC = 8 x 10 = 80 bpm
R 3,5 R 3 R 3 3 R 5 R 3,5 R 3,5 R 3 R
R

30 quadrados = 6 segundos

Ritmo Irregular.
Sinusal: presença de Onda P
Frequência Cardíaca: contar o número de ondas R em
30 quadrados grandes (equivale a 6 segundos de
traçado) e multiplicar por 10 (constante)

FC = 9 x 10 = 90 bpm
R R R R R R R R R

30 quadrados = 6 segundos

Ritmo Irregular.
Sinusal: ausência de Onda P Fibrilação Atrial
Frequência Cardíaca: 9 x 10 = 90 bpm
Casos clínicos
O potássio é o íon mais importante do espaço
intracelular

O sódio é o íon mais importante do espaço extracelular,


e a manutenção do volume do líquido extracelular
depende do balanço de sódio
HIPOCALEMIA – HIPERCALEMIA
Potássio (K)

• Principal eletrólito intracelular


• É componente essencial da Bomba de Na-K
• Regula a excitabilidade neuromuscular e
contratilidade muscular
• 80% é excretado via renal e 20% através de
intestino e glândulas sudoríparas
HIPOCALEMIA – HIPERCALEMIA
Potássio (K)
Valores de normalidade:
3,5 a 5,1 mEq/l

Déficit de K:
Hipocalemia/Hipopotassemia: <3,5 mEq/l

Excesso de K:
Hipercalemia/Hiperpotassemia: >5,1 mEq/l.
Hipocalemia/Hipopotassemia - Causas

• Potássio < 3,5 mEq/l.


• Diuréticos
• Perda GI: vômito, aspiração gástrica e intestinal,
diarréia, ileostomia e adenoma viloso (excreção de
muco rico em K)
• Alcalose metabólica (desvio iônico)
• Hiperaldosteronismo (adenomas de suprarrenal)
• Nutrição parenteral rica em carboidratos
• Pacientes que não conseguem ingerir uma dieta
normal
• IC (secreção aumentada de aldosterona). -
Hipocalemia/Hipopotassemia Sinais e
sintomas
• Fadiga, anorexia, náuseas, vômitos, fraqueza
muscular, cãibras nas pernas, motilidade
intestinal diminuída, parestesias (dormência e
formigamento)
• Arritmias ventriculares
• Sensibilidade aumentada ao digitálico
(intoxicação)
• Hipotensão postural
• Poliúria, nictúria, sede excessiva
• Força muscular e reflexos tendinosos profundos
diminuídos
• Morte: PCR.
Hipocalemia/Hipopotassemia Tratamento

• Ingestão aumentada na dieta (frutas, vegetais,


legumes, cereais integrais, leite, carne) ou por
suplementos de potássio oral

• Terapia VO: (KCL xarope, K efervescente ou em


comprimidos)

• Terapia de reposição IV: em BIC com


monitorização por ECG
Hipercalemia/Hiperpotassemia
Causas
• Potássio > 5,1 mEq/l.

• Excreção renal diminuída – IRA


• Movimento de K do LIC para o LEC (acidose)
• Ingestão excessiva de K nos alimentos
• Iatrogenismo (heparina, KCL, antihipertensivos,
betabloqueadores e diuréticos)
• Uso inadequado dos suplementos de K
• Queimaduras, lesões por esmagamento, infecções
graves e após quimioterapia
• Soluções cardioplégicas usadas durante cirurgia
cardíaca.
Cardioplegia é uma solução
que promove a parada dos
batimentos cardíacos
durante a cirurgia cardíaca. Tal
solução tem a função de
proteção cardíaca, tendo em
vista a mesma ser rica
em potassio
e oxigênio promovendo assim
uma parada
cardíaca em diástole.
Hipercalemia/Hiperpotassemia
Sinais e sintomas
• ECG: Arritmias ventriculares
• PCR
• Fraqueza na musculatura esquelética, paralisia
(bloqueio de despolarização no músculo),
quadriplegia flácida, paralisia da musculatura
respiratória e da fala
• Condução ventricular lentificada
• Manifestações GI: náuseas, cólica intestinal e
diarréia.
Hipercalemia/Hiperpotassemia
Tratamento
• Restrição de potássio na dieta (frutas,
vegetais, legumes, pães integrais, leite, ovos) e
medicamentos portadores de potássio
• Gluconato ou cloreto de cálcio IV (monitorar
PA)
• Bicarbonato de sódio IV (alcalinizar o plasma)
• Insulina regular e solução de glicose
hipertônica IV
• Diuréticos
• Diálise peritoneal, hemodiálise.
Hipercalemia/Hiperpotassemia - ECG
Ondas T estreitas e em pico - “em campânula”,
depressão do segmento ST, intervalo QT encurtado,
intervalo PR prolongado, desaparecimento de
ondas P, decomposição e alargamento do complexo
QRS, condução ventricular lentificada, arritmias
ventriculares e PCR.
Insuficiência Cardíaca
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA

Falha do Ventrículo
Esquerdo (VE) que o
torna incapaz de
bombear todo o seu
conteúdo para a
rede arterial
periérica.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA

Falha do
Ventrículo
Direito (VD)
que não
consegue ejetar
o sangue para
a circulação
pulmonar
MJS, deu entrada no
Pronto Atendimento
queixando-se de
dificuldade para respirar,
principalmente durante o
sono, segundo o seu
relato ele só conseguia
dormir após assumir a
posição sentada com os
braços apoiados em
uma mesa.
Exame Físico
• Paciente senil, taquipneica, sudoreica, hidratada, anictérica,
com equimoses nos braços e tronco
• FR = 40 rpm
• FC = 120 bpm
• T= 36,5oC
• PA = 90 x 40 mmHg
• Cianose de extremidades
• Ventilação diafragmática com grande esforço
• Ausculta cardíaca e monitor: BRNT SS
• Auscula pulmonar: estertores úmidos em ambas bases
pulmonares
• Abdome globoso, RHA+, sem visceromegalias
• MMII: edema bilateral
• Pulsos periféricos finos e débeis, simétricos
• Raio-X : cardiomegalia e pulmões infiltrados
ESQUERDA DIREITA
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Diuréticos (Furosemida)

– Excreção de água e sódio


– Dilata as vênulas
– Reduz a pré-carga
– Efeitos colaterais

• Hiponatremia (apreensão, fadiga, mal-estar,


câimbras, tremores musculares, pulso rápido e fino)
• Hipocalemia (pulso fraco, hipotensão, fadiga
muscular, reflexos tendinosos, fraqueza generalizada)
Caso clínico
• Paciente em pós-operatório imediato de
implante de marca-passo definitivo com
queixa de dispneia.
• Ao avaliar o paciente, o exame clínico revela
PA 80 x 50 mmHg, FC 60 bpm (em ritmo de
marca-passo) com extremidades frias e
perfusão lentificada, bulhas cardíacas
hipofonéticas e turgência jugular presente,
Spo2 98% e ausculta pulmonar normal,
simétrica.
TAMPONAMENTO CARDÍACO
TAMPONAMENTO
CARDÍACO

EMERGÊNCIA
• Tamponamento cardíaco, também conhecido
como tamponamento pericárdico ou efusão
pericárdica

• Acúmulo de líquido no pericárdio (membrana na


qual o coração está envolvido).

• O sangue aumenta significativamente a pressão no


coração, impedindo os ventrículos do coração de se
encherem adequadamente.

• Isto resulta num bombeamento ineficiente do


sangue, choque e freqüentemente morte.
• O tamponamento cardíaco ocorre quando um trombo
(coágulo) se desloca através da corrente sanguínea até o
coração, ou o músculo cardíaco (miocárdio) sofre uma
pequena ruptura em toda sua espessura, mas sem que a
membrana que o envolve (pericárdio) seja rompida, ou
quando seu rompimento é bloqueado por coágulos que se
formam por hematoma mediastinal ou pelo próprio
parênquima pulmonar.

• Esta situação promove o acúmulo de sangue no espaço


virtual compreendido entre o pericárdio e o miocárdio, fato
que exerce efeito compressivo sobre as câmaras do
coração, fazendo com que este seja impedido de relaxar
satisfatoriamente durante a sua fase de relaxamento
(diástole).
• Assim, o coração não se enche de sangue
suficientemente para manter o débito
cardíaco e a pressão arterial, que por esta
razão, caem.
• Bastam apenas pequenos acúmulos de
líquido, da ordem de 100 a 150 ml, para que
as manifestações clínicas do tamponamento
apareçam.
Tamponamento cardíaco. Abertura do pericárdio com
visualização de grande coágulo sanguíneo.
SINTOMATOLOGIA
• Veias do pescoço distendidas
• cianose em graus variados
• Hipotensão ou choque
• Congestão
• A tríade de Beck
– veias distendidas do pescoço
– bulhas abafadas
– hipotensão - está presente em apenas 30 a 40%
dos casos.
• Na suspeita clínica de tamponamento
cardíaco, a identificação de derrame
pericárdico pode ser feita através de
ecocardiograma transtorácico ou por
meio do mesmo aparelho de ultra-
som usado para exame do abdome
em vítimas de trauma (Focused
Assessment Sonography for Trauma -
FAST).

• Este último método, em mãos


experientes, pode apresentar acurácia
de 90% para a presença de líquido no
pericárdico.
PERICARDIOCENTESE
Principais Arritmias Cardíacas

TAQUIARRITMIAS –Arritmias com frequência cardíacas altas.

BRADIARRITMIAS –Arritmias com frequência cardíacas baixas.


• Arritmia –É qualquer mudança na frequência ou configuração
das ondas individuais do ECG.

• Chamamos de arritmias cardíacas toda alteração na condução


elétrica do coração, particularmente, alterações em
eletrólitos, equilíbrio ácido-base ou anóxia.
1- SUPRA- -Taquicardia sinusal
VENTRICULAR Taquicardia juncional
(Origem dos
Fibrilação atrial
Taquiarritmia

estímulos nos átrios


e nódulo A-V) Flutter atrial
Extrassístole supra ventricular Atrial juncional

2 – VENTRICULAR Extrassístole ventricular


(Origem dos Taquicardia paroxística ventricular
estímulos nos
ventrículos) Fibrilação ventricular

3 – BRADICARDIA SINUSAL
Bradiarritmia

4 – BLOQUEIOS Boqueio atrio-ventricular 1º grau (BAV 1º grau)


CARDÍACOS Boqueio atrio-ventricular 2º grau (BAV 2º grau -
2:1 - 3:1 )
Boqueio atrio-ventricular total 3º grau (BAVT)
Bloqueio de Ramo (Feixe de Direito
Hiss) Esquerdo
Taquicardia sinusal
É caracterizada por uma frequência de 100 bpm ou mais.
•Tem origem no nódulo SA.
•Em geral o limite máximo são 150 bpm.
•Os intervalos e os complexos estão dentro dos valores normais.
Taquicardia sinusal (TS)
• Sucessões de ondas normais, com frequência
superior a 120-150 (adulto), sempre com onda P.

• O estimulo cardíaco nasce no próprio nó sinusal,


mas com frequência acima de 100 bpm.

• Essa situação é muito comum e consequente à


presença de algum fator de base levando ao
aumento da atividade sinusal, por exemplo: febre,
hipóxia, em paciente com problemas pulmonares,
insuficiência cardíaca, stress, esforço físico, etc... .
Taquicardia Atrial
• A taquicardia atrial se caracteriza por ritmo regular, com
freqüência atrial que varia entre 110 e 180 bpm, com ondas P
diferentes do ritmo sinusal, precedendo os complexos QRS.
• Em adultos normalmente cursam com doença cardíaca ou doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associada. O tratamento
deve ser individualizado de acordo com as doenças associadas.
• A contração dos átrios são organizados e efetivos.
• O ECG observa–se presença de onda P com morfologia diferente
do ritmo sinusal e complexo QRS regulares ou não.

https://www.einstein.br/doencas-sintomas/taquicardia-atrial
http://www.cardios.com.br/noticias_detalhes.asp?idnoticia=153&idsecao=9&idtiponoticia=7
Fibrilação Atrial (FA)
• Cardiopatia reumática, doenças pulmonares,
hipertirioidismo e IAM.
• Existem múltiplos focos em ambos os átrios, gerando
estímulos e, no entanto a contração atrial é inexistente,
pois não há propagação cronologicamente adequada do
estímulo cardíaco através dos átrios.
• Ao ECG observamos ausência de onda P, com uma linha de
base de aspecto ondulado e os complexos QRS irregulares.
• Quando a frequência cardíaca estiver muito elevada ou
muito baixa, maior será o cuidado que devemos ter com o
paciente, que poderá apresentar hipotensão e diminuição
do nível de consciência, necessitando de intervenção
imediata para controle do quadro.
Fibrilação Atrial (FA)
Tratamento
• Antiarrítmicos
• Choque elétrico: cardioversão
Fibrilação Atrial
• A linha de base é formada por ondulações irregulares, sem
ondas P definíveis.

• O complexo QRS é geralmente normal, mas o ritmo ventricular


é desordenadamente irregular.

Situação de Risco
Presença de Trombo
AVE Isquêmico
Flutter Atrial
• As configurações do QRS são normais, pois nem todos os
impulsos são conduzidos aos ventrículos.

• Contrações atriais rápidas, regulares, de ondas P idênticas,


dentes em serracom frequência 220-350.

•O flutter atrial se caracteriza por um circuito de arritmia


localizada no átrio, diferente da fibrilação, por ser regular e
promover a contração atrial pouco mais efetiva.

Tratamento

Quinidina ( antiarrítmico)
Digital (cardiotônicos).
Taquicardia ventricular
• Pode haver ondas P porem não associadas a QRS.
• Pode ser continuada (+ 30 segundos) ou não continuada.
Taquicardias supraventriculares
• QRS estreito
• As taquicardias supraventriculares (TSV) são um grupo
de perturbações do ritmo cardíaco, em que, pelo
menos, uma estrutura localizada acima do feixe de His
é necessária para a sua manutenção.
• Originam de focos ectópicos nos ventrículos, são
malignas e frequentemente quando não tratadas
(agudas), são fatais

https://pt.my-ekg.com/arritmias-cardiacas/taquicardias-supraventriculares.html
http://www.relampa.org.br/details/496/en-US/extra-sistoles-ventriculares--quando-e-como-trata-las
Taquiarritmia Ventricular
• QRS largo!!!!
• Potencialmente mais graves
Taquicardia ventricular
• Caracteriza-se por três ou mais
extra-sístoles sequenciais, numa
frequência de 120 a 250 bpm.
• Atenção se ocorrer:
Extra-sístoles ventriculares.

Nesse caso se o paciente apresentar perda da


consciência, é indicado a cardioversão elétrica para
evitar o óbito.
Taquicardia Ventricular - Início
Taquicardia Ventricular - Final
Taquicardia ventricular

Com pulso Sem pulso

Antiarrítmicos Desfibrilação
Taquicardia Paroxística Ventricular

Aparece com sucessões rápidas de ESV


FC = 140-250 bpm

Onda “P” independente e mais lenta


São englobadas pelo QRS ectópico
Antecede a Fibrilação Ventricular
(Parada cardíaca).
Fibrilação Ventricular
• O traçado apresenta ondas não identificáveis

• Não há despolarização e por isso não há contração


ventricular efetiva.
Fibrilação Ventricular
(Parada Cardíaca)
• Atividade elétrica totalmente irregular e rapidamente fatal,
não se distingue os complexos, pode terminar em assístolia
fatal.

• Na FV existem vários focos ventriculares, mas não ocorre


contração efetiva, considera-se como parada cardíaca

• Caso o paciente não seja desfibrilado, a morte é inevitável.

•Tratamento: cardioversão não sincronizada


• Tratamento profilático: xylocaína endovenosa, procainamida
Extra-sístole

• Todo batimento precoce observado no ECG.

• A presença de uma extra-sístole não significa


necessariamente problema cardíaco.

• Qualquer pessoa normal que realize um holter poderá


apresentar extra-sístole supra ou ventriculares durante a
gravação do exame.
• Extra-sístole supraventricular: quando se origina
acima do NAV e tem como característica a semelhança
com o batimento sinusal normal sendo muitas vezes
possível se identificar uma onda P de morfologia
diferente, precedendo o complexo QRS.
• Extra-sístole ventricular: se origina nos ventrículos, e
sua identificação pode ser feita pela diferença, isto é
morfologia aberrante, que apresenta em relação ao
complexo QRS normal.
Atenção

Caso o paciente apresente alguma


patologia cardíaca de base,
e se as extra-sístoles forem muito frequentes,
originadas em vários focos,
exibindo várias morfologias e
serão ainda mais graves se aparecerem
mais que 3 juntas

Taquicardia ventricular
Extra-sístole Atrial ou Arritmia Sinusal
• Um foco ectópico atrial produz uma onda P prematura,
QRS seguinte normal.

• Intervalo P-R constante, intervalo R-R variável.


Extra-sístole Juncional = Arritmia Juncional
Nasce da junção A-V,
Não há onda P, intervalo R-R variável.
Fatores : café, fumo, álcool, nervoso

O QRS avança sobre a onda P.


Extra-sístole ventricular (ESV)
• Estímulo prematuro nasce dos ventrículos, forma
anômala, origina complexos “QRS” alargados, forma
bizarra, seguido de pausa compensadora.

• Alto risco quando houver mais de 8 por minuto, pode


proceder a salvas de extra-sístoles, taquicardia
ventricular e desencadear a fibrilação ventricular (parada
cardíaca).
Bradiarritmias
Bradicardia sinusal

• Sucessões de ondas normais, com frequência inferior


a 60 b/m, sempre com onda “P”.
Bloqueios
Bloqueio Atrioventricular 1º grau
(BAV 1º grau)
• Ocorre apenas um prolongamento do tempo de
condução do estimulo dos átrios para os ventrículos,
mas ao ECG observa-se que para toda onda P
corresponde um complexo QRS, nesse caso a
frequência cardíaca geralmente é normal e a
conduta expectante.
Bloqueio Atrioventricular 2º grau (BAV 2º grau)
BAV de 2º. grau Mobitztipo I: Presente nos casos de IAM
de parede inferior, na intoxicação digitálica.
• O tratamento é medicamentoso e o implante de marca-
passo temporário externo é indicado quando se
constata bradicardia menor que 40bpm e na presença
de insuficiência cardíaca ou arritmia ventricular.

Não há contração ventricular


BAV de 2º. grau Mobitztipo II
• É uma situação intermediaria entre o bloqueio total e
o bloqueio de primeiro grau.
• Neste caso alguns estímulos passam do AV em tempo
normal, outro em tempo prolongado e outros estão
completamente bloqueados.
• Ao ECG observa-se ondas P precedendo o complexo
QRS e ondas P isoladas, os complexos QRS aparecem
de forma irregular.
BAV do 3 grau ou BAVT
• Caracteriza-se por dissociação completa entre o
ritmo atrial e ventricular, pois nenhum dos estímulos
atriais consegue passar através do nó AV.
• Sua característica distintiva é a existência de maior
numero de ondas P do que de complexo QRS, e a não-
existência de relação entre eles.

Nenhuma relação entre P e QRS


IAM – Infarto Agudo do Miocárdio
Isquemia: ondas T simétricas e/ou
invertidas

Lesão:
infradesnivelamento do segmento ST
IAM – Infarto Agudo do Miocárdio

Lesão : supradesnivelamento do
seguimento ST

Necrose: onda Q
IAM – Infarto Agudo do Miocárdio
Marcapassos
Marcapassos
Ritmos identificáveis na PCR

Taquicardia Ventricular Fibrilação Ventricular


sem pulso

Atividade Elétrica Sem Pulso AESP


Assistolia
Desfibriladores
Cardioversor Desfibrilador
Cardioversão elétrica eletiva
A Cardioversão elétrica é um procedimento que consiste
no emprego de energia elétrica para reversão de vários
tipos de arritmias cardíacas.
Ela poderá ser realizada em caráter de urgência ou
emergência quando o paciente necessitar de uma
intervenção imediata.
Outro tipo de cardioversão elétrica é aquela programada
ou chamada de eletiva.

Algumas arritmias podem necessitar de intervenção


programada necessitando muitas vezes de exames
complementares no intuito de garantir a segurança do
paciente!
O procedimento de cardioversão elétrica é realizado dentro
de uma unidade de saúde ou um hospital. Necessita-se de
material especializado como um desfibrilador, material de
suporte de vias aéreas, oxigênio, medicação endovenosa,
marcapasso provisório, dentre outras.
O procedimento sob supervisão anestésica, ou seja,
proveremos o máximo possível de conforto e analgesia
para que o paciente não sinta dor ou algum desconforto.
Marcapasso cardíaco
Marcapasso cardíaco
Cuidados

Monitorização cardíaca contínua

Cuidados Gerais

Nível de consciência

Controle dos sinais: a maioria das arritmias


podem evoluir com hipotensão
Obrigada

Você também pode gostar