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CURSO TÉCNICO DE

ENFERMAGEM
DISCIPLINA: URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA

Docente: Larisse
Dantas.
PARADA
CARDIORRESPIRATÓ
RIA (PCR)
(AULA 12)
ONDA P: despolarização atrial
SEGMENTO PR: condução atrioventricular
COMPLEXO QRS: despolarização ventricular
SEGMENTO ST: intervalo entre a despolarização e
repolarização ventricular.
ONDA T: repolarização ventricular.
Mas então, o que é uma
Parada
Cardiorrespiratória?
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
• É a cessação da atividade mecânica do coração,
confirmada pela ausência de sinais de
circulação.

• Essa cessação é confirmada pela ausência de


pulso central detectável + paciente não reativo
+ apneia ou respiração agônica.
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
• Quando falamos que o coração perdeu/cessou
sua atividade mecânica, devemos pensar que:

1. O coração perdeu sua função quanto bomba.


2. Automaticamente, não terá debito cardíaco.
3. Sendo impossível detectar pulsação arterial.
Como identificar uma parada
cardiorrespiratória?

AUSÊNCIA DE PULSO!
Como identificar uma parada
cardiorrespiratória?

AUSÊNCIA DE PULSO!
IDETIFICAÇÃO DA PCR

LEIGOS PROFISSIONAIS

• Estar caído ao chão; • Apneia.


• Não respira; • Ausência de reatividade.
• Não responde. • Ausência de pulso.
IDENTIFICAÇÃO DA PCR
• Avaliar se há pulso (checar pulso central).
• Avaliar se há respiração (observar expansão
torácica).
• Avaliar reatividade (chamar ou “triscar”).

SIMULTANEAMENTE
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
• Após identificada a PCR, deve-se agir em prol
da vida do paciente, reestabelecendo sua
circulação.

• Para tentar restabelecer a circulação


espontânea do paciente, devem ser realizadas
as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar
(RCP).
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA

A manobra de RCP deve acontecer de maneira


rápida, apropriada, coordenada e padronizada,
para que se alcance o sucesso da reversão do
quadro do paciente.
FASES DE TRATAMENTO DA
PCR
SUPORTE BÁSICO DE
Atendimento Extra – hospitalar.
VIDA (SBV/BLS).

SUPORTE AVANÇADO
Atendimento Intra – hospitalar.
DE VIDA (SAV/ACLS).

CUIDADOS PÓS-
Atendimento Intra – hospitalar.
PARADA.
RITMOS DE PARADA
CARDIORESPIRATÓRI
A
RITMOS DE PCR
• Existem 4 ritmos de parada cardiorrespiratória.
2 chocáveis e 2 não chocáveis, sendo:

• Atividade Elétrica Sem Pulso


– AESP
• Assistolia.
RITMOS DE PARADA
NÃO CHOCÁVEIS:
• Não tem atividade elétrica no coração.
• Na AESP (Atividade Elétrica Sem Pulso), não é
chocável porque as células do musculo cardíaco
não respondem a atividade elétrica.
RITMOS DE PCR
• Existem 4 ritmos de parada cardiorrespiratória.
2 chocáveis e 2 não chocáveis, sendo:

• Taquicardia Ventricular Sem


Pulso – TVSP
• Fibrilação Ventricular Sem
Pulso – FVSP
RITMOS DE PARADA
CHOCÁVEIS:
• Nesses tipos de arritmias, temos atividade
elétrica no coração, porém essa atividade não é
capaz de gerar DC.
• São os ritmos de paradas mais frequentes em
ambientes extra-hospitalares.
RITMOS DE PARADA
CHOCÁVEIS:
• Em geral, estão muito relacionados à doenças
cardiovasculares, principalmente as síndromes
coronarianas.
• O tratamento inicial para esse paciente é o
choque.
RITMOS DE PARADA
Como identificar qual o ritmo de parada do
paciente?
• Só é possível identificar o ritmo de parada a
partir da MONITORIZAÇÃO DO PACIENTE.
• Essa monitorização pode ser feita pelo monitor
cardíaco, ou preferencialmente, pelo
CARDIOVERSOR/DESFIBRILADOR/DEA.
RITMOS NÃO CHOCÁVEIS
ASSISTOLIA
ASSISTOLIA
• É a total ausência de atividade elétrica dos
ventrículos, ou seja, não gera pulso.
• É a mais difícil de ser revertida, pela ausência
de atividade elétrica.
• E tem como principal característica a ausência
de pulso.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO
– AESP
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO
– AESP
• Tenho atividade elétrica, mas o musculo
cardíaco não responde.
• Nesse caso, realizar o choque não é capaz de
retornar ao ritmo sinusal, pelo fato do musculo
cardíaco não responder aos estímulos elétricos.
• Neste caso, deve-se analisar os 5H e os 5T, afim
de tratar o paciente.
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO
– AESP
5H 5T
• Hipovolemia. • Tamponamento cardíaco.
• Hipóxia. • Tensão de tórax
• Hipo ou Hipercalemia. (pneumotórax).
• Hidrogênio. • Trombose pulmonar (TEP).
• Hipotermia. • Trombose miocárdica.
• Toxinas (intoxicação).
HIPOVOLEMIA
• Diminuição/perda de volume.
• Pode ser a perda de sangue ou líquidos (através
de diarreias, vômitos e/ou queimaduras).
Tratamento: reposição volêmica de
hemoderivados ou ringer lactato para a perda de
sangue, e reposição de cristaloides para perda
de líquidos.
HIPÓXIA

• Diminuição ou ausência da respiração,


comprometendo a respiração e troca gasosa do
paciente.

Tratamento: oxigenoterapia com volume de


100% de O².
HIPOCALEMIA OU
HIPERCALEMIA

• Hipocalemia: diminuição dos níveis de potássio


(k+). Trato repondo potássio.

• Hipercalemia: aumento dos níveis de potássio


(K+). Trato com Bicarbonato de sódio (1mEq/kg
de peso).
HIDROGÊNIO
• Alteração no PH sanguíneo.
• Ocasiona em acidose metabólica ou
respiratória.
• Diagnosticado por Gasometria Arterial.
Tratamento: controlar o hidrogênio através da
respiração (acidose respiratória) ou através de
bicarbonato (acidose metabólica).
HIPOTERMIA

• Promover aquecimento do paciente através de


mantas térmicas e infusão de SF 0,9%
aquecido.
TAMPONAMENTO CARDÍACO

• Líquido ou sangue presente no saco pericárdico,


atrapalhando/impedindo a contração cardíaca.

Tratamento: pericardiocentese.
TENSÃO DE TÓRAX

• Pneumotórax hipertensivo.
• Ar ou agua no espaço intrapleural.

Tratamento: DT.
TROMBOSE PULMONAR
• Tromboembolismo Pulmonar – TEP.
• Estar associado ao deslocamento de trombo.
• Esse trombo se desloca pela corrente sanguínea
e pode se alojar em algum vaso pulmonar,
impedindo a pequena circulação de sangue do
coração para o pulmão, impedindo a troca
gasosa.
Tratamento: antitrombóticoterapia.
TROMBOSE MIOCÁRDICA

• Deslocamento de um trombo para o coração.


• Conhecida como síndrome coronariana aguda.

Tratamento: antitrombóticoterapia +
vasodilatador coronariano.
TOXINAS
• Intoxicação.
• Overdoses medicamentosa ou a partir de
drogas.

Tratamento: lavagem estomacal (se necessário) e


infusão de medicamento antagonista à
substancia.
RITMOS CHOCÁVEIS
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
• É um ritmo chocável.
• Temos um ritmo que é caótico e não é possível
identificar nenhum tipo de onda.
• Mas é perceptível que possui algum tipo de
atividade elétrica.
• Não gera DC, automaticamente, não gera pulso.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR

Como o choque vai atuar:


• Com a descarga elétrica fornecida pelo choque,
acontecerá a interrupção do ritmo caótico,
permitindo o retorno do ritmo cardíaco para o
ritmo sinusal (reiniciar).
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM
PULSO – TVSP
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM
PULSO – TVSP
• É caracterizado por apresentar complexos QRS
imaturos, sem ondas P.
• Sem tem QRS imaturo, então tem atividade
elétrica.
• Apresenta uma FC > 120 bpm.
• É necessário chegar sem tem pulso ou não, pois
a presença ou ausência dele muda totalmente a
intervenção.
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM
PULSO – TVSP

SEM PULSO COM PULSO

NÃO TEM DC TEM DC

CARDIOVERSÃO ELÉTRICA CARDIOVERSÃO NÃO


(CHOQUE) IMEDIATA. ELÉTRICA IMEDIATA.
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM
PULSO – TVSP

Como o choque vai atuar:


• Com a descarga elétrica fornecida pelo choque,
acontecerá a interrupção do ritmo caótico,
permitindo o retorno do ritmo cardíaco para o
ritmo sinusal (reiniciar).
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM
PULSO – TVSP
• Taquicardia Ventricular Sem Pulso – TVSP.
• Apresenta 3 ou mais QRS prematuros
sucessivamente.
• Apresenta frequência > 100bpm.
• Apresenta o melhor prognóstico de vida.
• Paciente com doença cardíaca subjacente.
CHOQUE ELÉTRICO
CHOQUE

• Para realizar a cardioversão elétrica (choque) do


coração em uma PCR, podemos utilizar um
Cardioversor Elétrico, um Desfibrilador Manual
ou um Desfibrilador Externo Automático (DEA).
CARDIOVERSOR ELÉTRICO
• É o mais completo e versátil.
• É o que temos no meio intra-hospitalar.
• Além de cardioversor, ele tem as funções
presentes no Desfibrilador Manual e no DEA.
• Ele reconhece uma gama maior de arritmias.
• Ele monitoriza os SSVV.
CARDIOVERSOR ELÉTRICO
• O cardioversor tem um modo chamado DEA que
imita suas funções.
• Ele é capaz de tratar todos os tipos de arritmias
cardíacas.
• Aplicar a cardioversão sincronizada.
• Trata bradicardia através do seu marcapasso
transcutâneo.
DEA
• Atua de forma automática no diagnostico e
tratamento de PCR emergenciais.
• Indicado para ambiente extra-hospitalares.
• E previsto por lei que em ambiente com
circulação superior à 2.000 pessoas, precisa ter
um DEA.
• Pode ser usado por leigos treinados.
DEA
• O DEA é um cardioversor, sendo esse o nome
correto do aparelho.
• Sua função é efetuar a leitura automática do
ritmo cardíaco a fim de identificar a PCR.
• Essa leitura é feita a partir das pás adesivas no
tórax do paciente.
DESFIBRILADOR MANUAL
• Permite a atuação de forma manual sobre várias
formas de arritmias cardíacas.
• Porém, ele não realiza nenhum tipo de
diagnostico ou monitorização do ritmo do
paciente.
• Usando em ambiente intra-hospitalar.
MANOBRAS
DE REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR – RCP
RCP
• Conjunto de procedimentos destinado à manter
a circulação de sangue oxigenado para o
cérebro e outros órgãos.

Devemos promover: ventilação com


suplementação de O², e circulação para manter a
perfusão tecidual.
RCP

As manobras de RCP variam em Suporte Básico


de Vida e Suporte Avançado de Vida.
FASES DE TRATAMENTO DA
PCR
SUPORTE BÁSICO DE
Atendimento Extra – hospitalar.
VIDA (SBV/BLS).

SUPORTE AVANÇADO
Atendimento Intra – hospitalar.
DE VIDA (SAV/ACLS).

CUIDADOS PÓS-
Atendimento Intra – hospitalar.
PARADA.
RCP – SBV/BLS
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

• Deve-se promover a oxigenação e circulação


sem procedimento invasivo.
Compressão + Ventilação + DEA.
RCP – SAV/ACLS
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
• Deve-se promover a oxigenação e circulação,
utilizando de tecnologias e procedimentos
invasivos.

Compressão + Ventilação invasiva + Diagnostico


de ritmo + Choque.
Obrigada!
“Foi o tempo que dedicastes a tua rosa, que a fez tão importante”.
- O Pequeno Príncipe.

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