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itrian.borges

Parada Cardiorrespiratória
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A parada cardiorrespiratória pode ocorrer em indivíduos cardiopatas e


não-cardiopatas.

Define-se parada cardíaca primária como aquela decorrente de disfunção


cardíaca na ausência de fator desencadeante extra cardíaco, e parada
cardíaca secundária como evento terminal evolutivo de muitas doenças.

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Em qualquer destas situações, o débito


cardíaco é inadequado para a
manutenção da vida.

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10 causas de PCR mais comuns:

5 H’s 5 T’s
- Hipóxia - TEP - Trombo Embolismo Pulmonar
- Hipo/Hipercalemia - Trombose Coronariana – IAM
- Hipovolemia - Trauma de tórax (pneumotórax)
- Hipotermia - Tóxicos
- Acidose (Hidrogênio) - Tamponamento Cardíaco

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A principal causa de mortalidade no adulto são as doenças


cardiovasculares.

Dentre as doenças cardiovasculares, destaque para o AVC e o Infarto


Agudo do Miocárdio (IAM).

Uma parcela significativa dos IAM evoluem para uma morte súbita, ou
seja, para parada cardiorrespiratória (PCR).

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Nestes casos, os pacientes perdem 10% de chance de sobrevida a cada


minuto de atraso do início das manobras da Ressuscitação Cardio Pulmonar
(RCP).

Além disso, células de órgãos nobres, como cérebro, coração e pulmões,


começam a morrer a partir de 4 minutos de isquemia.

Desta forma é imprescindível encurtar os tempos entre o momento da morte


súbita, o Suporte Básico de Vida (SBV) e o Suporte Avançado de Vida

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O SBV É A ÚNICA CHANCE DESSES PACIENTES!

A única chance que uma vitima de PCR no extra hospitalar possui de


sobreviver, consiste em ter alguém ao lado capaz de reconhecer a PCR, pedir
ajuda, iniciar a RCP e usar o DEA sempre que disponível.

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Cadeias de Sobrevivência da AHA

Vamos conhecer agora as duas cadeias de sobrevivência para o atendimento


as PCR.

Cadeia para PCR Intra Hospitalar (PCRIH);

Cadeia para PCR Extra Hospitalar (PCREH).

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Cadeias de Sobrevivência da AHA

As cadeias objetivam mostrar com clareza os passos que devem ser


seguidos do momento da PCR até os cuidados pós PCR em unidade de
terapia intensiva.

Todos os elos são interligados, e se faltar algum deles, as chances de


sobrevida da vítima serão mínimas.

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Os 5 elos da Cadeia de PCREH


Elo 1: Acesso precoce (reconhecimento da PCR + pedir ajuda)
Elo 2: RCP precoce (compressões + ventilações)
Elo 3: Desfibrilação precoce (Uso do DEA)
Elo 4: Suporte Avançado de Vida e transporte para hospital
Elo 5: Cuidados pós-PCR

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Os 5 elos da Cadeia de PCREH

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Os 5 elos da Cadeia de PCRIH


Elo 1: Prevenção (evitar que a PCR aconteça)
Elo 2: Identificação imediata + pedir ajuda (médico + carrinho de parada)
Elo 3: RCP imediata e de alta qualidade (compressões + ventilações)
Elo 4: Desfibrilação precoce (DEA ou Desfibrilador manual)
Elo 5: Suporte Avançado e Cuidados pós-PCR

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Os 5 elos da Cadeia de PCRIH

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Na PCR, o coração assume um ritmo no qual não existe um débito cardíaco


mínimo capaz de gerar um pulso central e consequentemente uma perfusão
dos órgãos nobres.
Existem 4 ritmos de PCR:
1. Fibrilação Ventricular – FV
2. Taquicardia Ventricular sem pulso – TV
3. Atividade Elétrica Sem Pulso – AESP
4. Assistolia

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A Assistolia caracteriza um ritmo de PCR no qual não existe atividade


elétrica. Neste caso o coração não apresenta movimentação e o traçado no
ECG é uma “linha reta”.
Segue a representação gráfica da ASSISTOLIA

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Atividade Elétrica Sem Pulso, neste ritmo a atividade elétrica pode estar
totalmente normal, porém por algum outro motivo (hipovolemia ou hipóxia
por exemplo) o coração não está bombeando o sangue adequadamente.
Por isso apenas de PARECER ser um ritmo com pulso, NÃO É, (para
diferenciar um ritmo sinusal de uma AESP, precisamos avaliar o paciente
clinicamente).

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Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TV).


Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de
origem ventricular, porém ORGANIZADO. As frequências Cardíacas
costumam ser superiores a 250 batimentos por minutos.
Apesar do coração estar em movimento o bombeamento adequado de
sangue não ocorre.

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Fibrilação Ventricular (FV)


Neste ritmo o coração assume um ritmo extremamente acelerado de origem
ventricular porém DESORGANIZADO. As frequências Cardíacas costumam ser
superiores a 250 batimentos por minuto.
Apesar do coração também estar em movimento o bombeamento não
ocorre assim como na Taquicardia Ventricular.

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Esses são os quatro ritmos de PCR


>> ASSISTOLIA, AESP, TV e FV <<
Iremos ver agora que o tratamento elétrico, ou seja a indicação de
Desfibrilação (Choque elétrico) irá variar a depender do ritmo.
Para entendermos melhor, o porquê dessa variação, precisamos conhecer a
função do Choque.

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Você já se perguntou
para quê serve um Choque no Coração?
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Se respondeu que serve para normalizar o ritmo cardíaco ou para fazer o


coração voltar a bater, está certo, porém temos uma forma mais precisa de
definir a função do choque realizado em caso de PCR.
Caso a função do choque fosse simplesmente a citada anteriormente, então
pela lógica o mesmo estaria indicado em todos os quatro ritmos de PCR...
Mas não é isso que acontece...

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A desfibrilação está indicada em apenas dois ritmos na TV e na FV.


Enquanto a Assistolia e AESP não possuem indicação de Desfibrilação.

Isso se explica pelo fato da função do choque ser de PARAR o CORAÇÃO, ou


seja, ZERAR a atividade elétrica anteriormente DESORGANIZADA.
Desta forma, nosso marca passo natural o nó sinusal terá uma maior
probabilidade de reassumir um ritmo eficaz que gere pulso central.

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Como na AESP não há desorganização de ritmo e na assistolia não há
ritmo, consequentemente NÃO EXISTE INDICAÇÃO de DESFIBRILAÇÃO cuja
função é de:
“ZERAR TOTALMENTE UM RITMO QUE ESTÁ DESORGANIZADO”.

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ASSISTOLIA

AESP

FV

TV
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Os Protocolos Mundiais de SBV
Todos os protocolos mundiais de SBV/RCP são baseados nas
recomendações do Internacional Liaison Comittee on Resuscitation (ILCOR
www.ilcor.org).

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Essa coligação internacional é constituída por diversas associações
espalhadas pelo mundo que estudam e revisam as evidências relacionadas
com SBV e SAV.
• American Heart Association (AHA)
• European Resuscitation Council
• Heart & Stroke Foundation (Canadá)
• Australian Resuscitation Council
• New Zealand ResuscitationCouncil
• Resuscitation Council of Southern Africa
• Inter American Heart Foundation
• Resuscitation Council of Asia
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Em seguida os Americanos, Europeus, Japoneses, Sul Africanos, Australianos e
Neozelandeses publicam os seus próprios protocolos de RCP no SBV e no SAV.
Todos podem ser baixados a partir do www.ilcor.org

Nesta aula iremos nos basear nos protocolos da AHA.

Algumas preferências podem mudar de um protocolo para o outro.

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OS QUATRO PASSOS QUE SALVAM VIDAS
Nossa missão consiste em multiplicar 4 passos simples para toda a população.
Para isso o papel do socorrista consiste também em ensinar ao leigo a:

1. Reconhecer uma parada cardiorrespiratória (Avaliação inicial)


2. Pedir ajuda de forma efetiva (192+DEA)
3. Realizar compressões de alta qualidade
4. Usar o Desfibrilador Externo Automático (DEA)
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RCP NO ADULTO
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Neste módulo iremos abordar a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) no


adulto.
Consideramos adultos para a RCP, todo indivíduo compreendido entre os
primeiros sinais da puberdade até o fim da vida.
Ou seja, adolescentes e idosos são tratados como adultos no SBV.
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A principal causa de mortalidade no adulto, são as doenças cardiovasculares


com destaque para os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e Infarto Agudo
do Miocárdio (IAM).
O IAM pode evoluir em casos mais graves para uma morte súbita, ou seja, o
surgimento repentino de um ritmo cardíaco desorganizado não compatível
com a vida. Os dois principais ritmos advindos de uma morte súbita são
Fibrilação Ventricular e Taquicardia Ventricular.
Esses ritmos precisam ser rapidamente revertidos para fornecer chances de
sobrevidas para os pacientes.
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A avaliação inicial deve envolver ...


...a avaliação da cena e a avaliação do paciente.

Essa avaliação se aplica em pacientes, a priori, inconscientes dentro do


Suporte Básico de Vida (SBV).

O objetivo da avaliação inicial consiste em...


...checar o nível de consciência qualitativamente, a respiração e a presença
de pulso carotídeo.
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Caso tenha alguém por perto, o socorrista deverá pedir ajuda ainda dentro
da avaliação inicial.
Caso o socorrista esteja sozinho na cena, ele poderá finalizar a avaliação
inicial e pedir ajuda logo em seguida.

Veremos a seguir o passo a passo de uma boa avaliação inicial no SBV para
pacientes vítimas de morte súbita.

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P C R – Avaliação Inicial CURSO DE SOCORRISTA E
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Passo 1: Segurança do Local
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Passo 2: Responsividade do Paciente
Passo 3: Respiração e Pulso
P C R – Pedido de Ajuda CURSO DE SOCORRISTA E
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Pedido de Ajuda (192/193 + DEA)
O momento e a forma de pedir ajuda no SBV podem variar a depender da
situação.
Situação 1:
Socorrista sozinho ou sozinha na cena.
Finalizar a avaliação inicial e pedir ajuda logo em seguida
Situação 2:
O Socorrista NÃO está sozinho ou sozinha na cena
Pedir ajuda assim que identificar que o paciente não responde aos chamados.
Falar para quem está ao lado:
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P C R – Pedido de Ajuda CURSO DE SOCORRISTA E
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“Você, ligue para o 192 e vá buscar um DEA!”
itrian.borges Observações:
1. Caso você esteja sozinho e possa ligar com o celular enquanto já inicia as
compressões, então faça isso para não perder tempo.
2. No adulto inconsciente e em PCR por motivo desconhecido, devemos sempre
providenciar ligar para o 192 e providenciar o DEA o mais rápido possível (Suspeita
de PCR por origem cardíaca).
3. Em crianças, lactentes e outros pacientes que estão em PCR, porém devido a
uma hipóxia como origem do quadro (Afogados por ex.), o momento ideal de pedir
ajuda pode mudar.

Nesse caso, o socorrista sozinho na cena, pode fazer 2 min de RCP com compressões e
ventilações de alta qualidade, antes de sair para pedir ajuda.
Caso esteja com celular na cena ou com outra pessoa presente, nesses casos, pedir ajuda
imediatamente enquanto inicia a RCP.
P C R – Avaliação Inicial Passo 1 CURSO DE SOCORRISTA E
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A segurança da cena é primordial para


a equipe de saúde.
Não cabe aos profissionais de saúde
adentrar a “zona quente”, sendo esse
papel reservado aos profissionais
qualificados para tal, policiais e bombeiros
por exemplo, autoridades absolutas nessas
circunstâncias.
P C R – Avaliação Inicial Passo 1 CURSO DE SOCORRISTA E
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A equipe da saúde deve aguardar a
liberação do profissionais competentes
para tal, até que a segurança da cena
esteja garantida, para acessar o local.
Em algumas situações, as vítimas são
retiradas da zona quente e trazidas para
a zona fria para que o atendimento seja
efetuado.
A segurança do socorrista e da equipe
vem sempre em primeiro lugar!
P C R – Avaliação Inicial Passo 2 CURSO DE SOCORRISTA E
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Lembrando que neste momento não


devemos quantificar o nível de consciência
aplicando a Escala de Coma de Glasgow...
...e sim qualificar a consciência do paciente
em PRESENTE ou AUSENTE
P C R – Avaliação Inicial Passo 2 CURSO DE SOCORRISTA E
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Para isso, devemos adotar a posição do socorrista com um ou dois joelhos no
chão , apoiar as duas mãos na região superior do tórax e...

...aplicar estímulos vigorosos ao mesmo tempo que


chamamos o paciente:

“SENHOR, SENHOR, PODE ME OUVIR?”


P C R – Avaliação Inicial Passo 3 CURSO DE SOCORRISTA E
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Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e verbais do segundo
passo da avaliação, devemos então proceder ao terceiro passo que consiste
em...

...checar a respiração e pulso central


simultaneamente.
P C R – Avaliação Inicial Passo 3 CURSO DE SOCORRISTA E
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Esse passo deve levar entre 5 e 10


segundos.
Para isso basta observar se existem
movimentos respiratórios eficazes através da
elevação torácica e ao mesmo tempo palpar o
pulso carotídeo em busca da identificação de
presença ou ausência do mesmo.
P C R – Avaliação Inicial Passo 3 CURSO DE SOCORRISTA E
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Observações:
1. A checagem do pulso só pode ser realizada por profissionais treinados e
com segurança nesse procedimento.
2. A checagem de pulso é opcional no SBV e alguns protocolos (Europeu e
SOBRASA por ex.) recomendam que profissionais de SBV não chequem o pulso
na avaliação inicial.
3. A ausência de responsividade associada à ausência de ventilação normal
(ausência total de movimentos torácicos ou ventilação agônica, também
conhecida como gasping) já indicam a necessidade de RCP no SBV sem que
haja necessidade de checar o pulso.
P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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1ª Lei de Newton
Para falar das compressões, vamos relembrar das Leis de Isaac Newton:
Lei 1: Inércia
Lei 2: Fr = m.a
Lei 3: Ação e Reação
Lei 1 Inércia
Todo objeto que está em repouso tende a continuar em repouso e todo
objeto que está em movimento tende a ficar em movimento. Para descolocar
um objeto que está em repouso ou parar um objeto que está em movimento,
devemos APLICAR UMA FORÇA EXTERNA
P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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Aplicabilidade da 1 º Lei na RCP

Um coração que se encontra em PCR, tende a


ficar em PCR, a não ser que uma FORÇA EXTERNA
seja aplicada (COMPRESSÕES + VENTILAÇÕES +
DESFIBRILAÇÃO).
P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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Lei 2 Fr = m.a
A Força Resultante de um objeto em deslocamento é Diretamente
Proporcional a Massa do Objeto e a Aceleração do Objeto.
Quanto maior a Massa do Objeto e quanto maior a Aceleração MAIOR A
FORÇA RESULTANTE.
Aplicabilidade da 2ª Lei na RCP –A Força Resultante equivale ao Débito
Cardíaco durante a RCP.
Para obter um Débito Cardíaco OTIMIZADO devemos comprimir ...
...FORTE e RÁPIDO.
P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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FORTE = PROFUNDIDADE (5 a 6 cm)
RÁPIDO = FREQUÊNCIA (100 a 120 vezes/min)

Atenção! A profundidade e a frequência são inversamente proporcionais.


P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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Lei 3 Ação e Reação
Toda ação terá uma reação proporcional
Aplicabilidade da 3º Lei na RCP
Compressões bem realizadas, atendendo a todas as recomendações técnicas
de execução...
...terá uma reação PROPORCIONALMENTE BOA.
Além de realizar compressões FORTES (5 a 6 cm) e RÁPIDAS 100 a 120 x/min)
também é necessário posicionar corretamente 3 PARTES CRÍTICAS:
P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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OMBROS

COTOVELOS

MÃOS
P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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1. Localizar a linha inter mamilar no corpo do esterno
2. Posicionar a região hipotênar no tórax da vítima
3. Posicionar a outra mão por cima da primeira entrelaçando os dedos
4. Posição correta do cotovelos e dos ombros
Os cotovelos devem estar ESTENDIDOS
Os ombros acima da vítima formando um ângulo de 90º
5. Aplicar compressões FORTES e RÁPIDAS
P C R – Compressões Cardíacas CURSO DE SOCORRISTA E
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As 3 Técnicas
Para ventilar um paciente em Parada Cardiorrespiratória no Suporte Básico de Vida,
existem três formas:
1. Boca a Boca
2. Dispositivo Válvula Máscara (Pocket-Mask)
3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara (AMBU)
P C R – BOCA - BOCA CURSO DE SOCORRISTA E
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O Boca a boca fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente. Apesar de não existir
relatos na literatura de contaminação de socorristas ao realizar essa manobra, é
recomendado que profissionais de saúde usem os dispositivos de barreira para realização
das ventilação (Veremos a seguir).
Para realizar uma ventilação boca a boca eficaz, seguir o passo a passo

1. Abrir a via aérea através da inclinação da cabeça com elevação do queixo.


2. Vedar 100% a boca do paciente com a boca do socorrista (Boca de peixe).
3. Obstruir as narinas do paciente para evitar o refluxo de ar.
4. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.
P C R – BOCA - BOCA CURSO DE SOCORRISTA E
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P C R – Válvula Máscara CURSO DE SOCORRISTA E
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A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente a não
ser que esteja acoplado a um cilindro de O2 neste caso podemos chegar em fração de O2
de cerca de 60% a 70%.
A Pocket Mask permite tanto com proteção de contato graças a sua estrutura de silicone
quanto uma proteção respiratória graças a sua Válvula UNIDIRECIONAL. Alguns modelos
podem ser acoplados a uma fonte de O2 e outros não.
P C R – Válvula Máscara CURSO DE SOCORRISTA E
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Para realizar uma ventilação com Pocket Mask eficaz, seguir o passo a passo:

1. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma


a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não
permitir escape de ar pelas laterais.

2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação


da cabeça com elevação do queixo.

3. Aplicar ventilações observando a elevação do


tórax.
P C R – Válvula Máscara CURSO DE SOCORRISTA E
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3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.
P C R – Bolsa Válvula Máscara CURSO DE SOCORRISTA E
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Bolsa Válvula Máscara (BVM) ou AMBU
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 21% de oxigênio para o
paciente a não ser que esteja acoplado a uma fonte de O 2 neste caso podemos
chegar a mais de 90% de O2.
O A M B U permite tanto proteção de contato graças a sua estrutura de plástico
quanto uma proteção respiratória já que a ventilação é feita pela reserva de ar
contida na bolsa e não pela ventilação direta pelo socorrista.

Para realizar uma ventilação eficaz com o dispositivo bolsa


válvula máscara (BVM ou AMBU) seguir o passo a passo:
P C R – Bolsa Válvula Máscara CURSO DE SOCORRISTA E
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1. O Socorrista deve se posicionar na cabeça da vítima Acoplar a máscara no rosto
da vítima de forma a vedar 100 a boca e o nariz do paciente e não permitir o
escape de ar pelas laterais, utilizando a técnica do “C” e do “E”.
2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do
queixo
3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax
P C R – Atendimento Completo CURSO DE SOCORRISTA E
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Avaliação Ajuda RCP


192 + DEA 30 Compressões
Segurança do Local 2 Ventilações com Pocket Mask
Responsividade
Respiração + Pulso
P C R – Atendimento com 2 soc CURSO DE SOCORRISTA E
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Atendimento com MAIS de 1 Socorrista na Cena


Quando temos a oportunidade de ter mais de um socorrista na cena precisamos
aproveitar da melhor forma.
Cada um terá uma função durante o atendimento.
Enquanto o 1º Socorrista está realizando as compressões cardíacas, o segundo
Socorrista se posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aérea aberta e aplica
ventilações com o AMBU.
Após 2 min e no final de um ciclo de 30 compressões para 2 ventilações, deve
ocorrer a troca de funções entre os socorristas de forma organizada para que não
ocorra perda de tempo.
P C R – Atendimento com 2 soc CURSO DE SOCORRISTA E
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Caso tenha um terceiro socorrista na cena, o mesmo poderá segurar a máscara
do AMBU no rosto da vítima realizando uma vedação otimizada, enquanto o
segundo socorrista aplica as ventilações.
P C R – Parada Respiratória no SBV CURSO DE SOCORRISTA E
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Ao realizar a avaliação inicial é possível encontrar um paciente que apresente


ausência de movimentos respiratórios associados à presença de pulso central.
Essa situação caracteriza uma parada respiratória, que se não tratada
adequadamente, poderá evoluir para uma parada cardiorrespiratória (PCR).

Somente podem identificar essa situação, os socorristas treinados na


checagem de pulso e com absoluta confiança na execução desse procedimento.
P C R – Parada Respiratória no SBV CURSO DE SOCORRISTA E
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A parada exclusivamente respiratória deverá ser tratada somente com
ventilações da seguinte forma:

1 ventilação a cada 5 a 6 segundos no adulto.


O que equivale a 10 a 12 ventilações por minuto.

Neste caso, não é necessário realizar compressões, já que existe um pulso central palpável.

Após 2 min o socorrista deverá reavaliar o pulso central e a respiração do paciente.


(Já que o paciente pode evoluir desfavoravelmente para uma PCR durante esse período)
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Desfibrilador Externo Automático (DEA)


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Introdução
O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um aparelho fantástico, desenvolvido
para que qualquer pessoa mesmo não sendo profissional de saúde, possa
administrar uma desfibrilação (choque) em um paciente vítima de PCR sempre que
houver indicação.
O DEA é de simples utilização e foi programado para analisar o ritmo cardíaco do
paciente e reconhecer uma FV/TV indicar e aplicar o choque nesses ritmos.
Além disso, o aparelho se comunica com o socorrista por voz e por sinais luminosos
no seu painel, dando as orientações sobre o que fazer durante toda a
Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)
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O Equipamento + Componentes do KIT
Existem alguns tipos de Desfibriladores Externos Automáticos no mercado, de
diferentes marcas Todos eles possuem um funcionamento muito similar.

Vamos conhecer o equipamento e seus acessórios Posteriormente iremos aprender o


passo a passo para o seu manuseio.
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P C R – PASSO A PASSO CURSO DE SOCORRISTA E
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P C R – PASSO A PASSO CURSO DE SOCORRISTA E
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Situações Especiais para Uso do DEA.
Algumas situações especiais devem ser levadas em consideração para o uso do DEA
e mais especificamente situações que dizem respeito a aplicação das pás adesivas
do DEA.
1. Tórax peludo: os pelos dificultam a adesão das pás no tórax e consequentemente
a análise do ritmo Por esse motivo, os pelos que se encontram no local onde as pás
devem ser coladas precisam ser removidos.
2. Tórax molhado: O tórax molhado também dificulta a adesão das pás no tórax e
consequentemente a análise do ritmo Por esse motivo o tórax precisa ser enxugado
antes de colocar as pás
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3. Uso de marca passo: As pás do DEA não podem ser coladas no local do marca
passo. O mesmo pode ser facilmente percebido no subcutâneo por um volume
parecido com uma caixinha de fósforo. As pás devem ser coladas a alguns
centímetros do marca passo e preservando o princípio que o coração deve
permanecer entre as pás.
4. Emplastro medicamentoso: Emplastros localizados no local onde as pás deverão
ser coladas, deverão ser removidos e a cola residual removida.
5. Crianças e lactentes: Em crianças e lactentes devemos preferencialmente utilizar
um desfibrilador manual, não tendo esse equipamento então devemos priorizar um
DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de cargas. Na ausência de pás pediátricas,
pás de adultos poderão ser utilizadas sendo eventualmente necessário colocar uma
das pás no centro no tórax e a segunda na região inter-escapular.
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Sinalizador Universal do ILCOR

O International Liaison Committee


On Resuscitation (ILCOR) disponibiliza
na página principal de seu site
www.ilcor.org o sinalizador universal
(utilizado no mundo todo) para
indicação de localização pública dos
desfibriladores externos automáticos.
Os mesmos podem ser baixados
gratuitamente no site do ILCOR.
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