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Suporte Básico de

VidaOs 4 Passos que Salvam


Vidas

Baseado nos Protocolos da:


Em Adultos
+ Uso do DEA
Nossa
Missão
“Contribuir para Zerar as mortes por parada
cardiorrespiratória não assistidas adequadamente”

Não assistida adequadamente significa não ter alguém, no momento


da PCR, capaz de:

1. Reconhecer a PCR imediatamente


2. Pedir ajuda de forma efetiva
3. Realizar RCP de alta qualidade
4. Utilizar o Desfibrilador Externo Automático (DEA)
A Importância do SBV na Sociedade

A principal causa de mortalidade no adulto são as doenças


cardiovasculares.

Dentre as doenças cardiovasculares, destaque para o AVC e o


Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

Uma parcela significativa dos IAM evoluem para uma morte súbita, ou
seja, para uma parada cardiorrespiratória (PCR).
Nestes casos, os pacientes perdem 10% de chance de sobrevida a
cada minuto de atraso do início das manobras de Ressuscitação
Cardio Pulmonar (RCP). Além disso, células de órgãos nobres, como o
cérebro, coração e pulmões, começam a morrer a partir de 4 minutos
de isquemia.
Desta forma é imprescindível encurtar os tempos entre o momento da
morte súbita, o Suporte Básico de Vida (SBV) e o Suporte Avançado de
Vida.
O SBV É A ÚNICA CHANCE DESSES PACIENTES!

A única chance que uma vítima de PCR no extra-hospitalar possui de


sobreviver, consiste em ter alguém ao lado capaz de reconhecer a PCR,
pedir ajuda, iniciar a RCP e usar o DEA sempre que disponível.
Cadeias da Sobrevivência da
VamosAHA
conhecer agora as duas cadeias da sobrevivência para o atendimento às PCR.
Cadeia para PCR Intra Hospitalar (PCRIH);
Cadeia para PCR Extra Hospitalar (PCREH).
Essas cadeias foram criadas pela American Heart Association (AHA)
Fonte: AHA 2015
As cadeias objetivam
mostrar com clareza os
passos que devem ser
seguidos do momento da
PCR até os cuidados pós PCR
em unidade de terapia intensiva.

Todos os são
elos
interligados, e se faltar
algum deles, as chances
de sobrevida da
serão
vítimamínimas.
Os 5 elos da Cadeia de
PCREH
Elo 1: Acesso precoce (reconhecimento da PCR + pedir ajuda)
Elo 2: RCP precoce (Compressões + Ventilações)
Elo 3: Desfibrilação precoce (Uso do DEA)
Elo 4: Suporte Avançado de Vida e transporte para hospital
Elo 5: Cuidados pós-PCR

Fonte: AHA 2015


Os 5 elos da Cadeia de
PCRIH
Elo 1: Prevenção (Evitar que a PCR aconteça)
Elo 2: Identificação imediata + pedir ajuda (médico + carrinho de parada)
Elo 3: RCP imediata e de alta qualidade (compressões + ventilações)

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Elo 4: Desfibrilação precoce (DEA ou Desfibrilador manual)
Elo 5: Suporte Avançado e Cuidados pós-PCR

Fonte: AHA 2015

11
Os 4 Ritmos de
Na PCR,
PCR
o coração assume um ritmo no qual
não existe um débito
cardíaco mínimo capaz de gerar um pulso central e consequentemente
uma perfusão dos órgãos nobres.

Existem 4 ritmos de PCR:


Fibrilação Ventricular (FV),

Taquicardia Ventricular Sem


Pulso (TV),

Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) e

Assistolia.
Ritmo 1:
PCR: ASSISTOLIA
Assistolia
.

A Assistolia caracteriza um ritmo de PCR no qual não existe atividade elétrica.


Neste caso o coração não apresenta movimentação e o traçado no ECG é uma
“linha reta”.

Segue a representação gráfica da ASSISTOLIA...

TRATAR A CAUSA
Ritmo 2: Atividade Elétrica Sem Pulso
(AESP)
:
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP).
Neste ritmo a atividade elétrica pode estar totalmente normal, porém por
algum outro motivo (hipovolemia ou hipóxia por exemplo) o coração não
está bombeando o sangue adequadamente.

Por isso, apesar de PARECER ser um ritmo com pulso...NAO É!


(Para diferenciar um ritmo sinusal de uma AESP, precisamos avaliar o
paciente clinicamente).

Segue uma possível representação gráfica da AESP...


Ritmo 3: Taquicardia Ventricular Sem Pulso

(TV)
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO (TV)

Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO


de origem ventricular porém ORGANIZADO. As frequências Cardíaca
costumam ser superiores a 250 batimentos por minuto.

Apesar do coração estar em movimento o bombeamento adequado do


sangue não ocorre.

Segue a representação gráfica da Taquicardia Ventricular (TV)...


Ritmo 4: Fibrilação Ventricular
(FV)
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV)

Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de


origem ventricular porém DESORGANIZADO.
As frequências Cardíaca costumam ser superiores
a 250 batimentos por minuto.

Apesar do coração também estar em movimento o bombeamento não ocorre


assim como na Taquicardia Ventricular.

Segue a representação gráfica da Fibrilação Ventricular (FV)...


Para Quê Serve o Choque no
Coração?

Esses são os quatro ritmos de PCR:


>> ASSISTOLIA, AESP, TV e FV<<
Iremos ver agora que o tratamento elétrico, ou seja a indicação de
Desfibrilação (Choque elétrico) irá variar a depender do ritmo.
Para entendermos melhor, o porquê dessa variação, precisamos conhecer
a função do Choque.

Você já se perguntou
para quê serve um Choque no Coração?
Se respondeu que serve para normalizar o ritmo cardíaco ou para fazer o
coração voltar a bater, está certo, porém temos uma forma mais precisa de
definir a função do choque realizado em caso de PCR.
A Verdadeira Função do
CHOQUE
A desfibrilação está indicada em apenas dois ritmos, na TV e na FV.
Enquanto a Assistolia e AESP não possuem indicação de
Desfibrilação.
Isso se explica pelo fato da função do choque ser de PARAR o
CORAÇÃO, ou seja, ZERAR a atividade elétrica anteriormente
DESORGANIZADA.

Desta forma, nosso marca passo natural, o nó sinusal terá uma maior
probabilidade de reassumir um ritmo eficaz que gere pulso central.

Como na AESP não há desorganização de ritmo e na assistolia não


há ritmo, consequentemente
NÃO EXISTE INDICAÇÃO de DESFIBRILAÇÃO, cuja função é de:

“ZERAR TOTALMENTE UM RITMO QUE ESTÁ DESORGANIZADO”.


T
V
Assistolia
PCR

RITMO CHOCAVEL
Os 4 Ritmos de

F
V
P
AES

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Os Protocolos Mundiais de
SBV
Todos os protocolos mundiais de SBV/RCP são baseados nas recomendações do
Internacional Liaison Comittee on Resuscitation (ILCOR – www.ilcor.org).
Essa coligação internacional é constituída por diversas associações espalhadas pelo
mundo que estudam e revisam as evidências relacionadas com SBV e SAV.
American Heart Association (AHA)
European Resuscitation Council
Heart & Stroke Foundation (Canadá)
Australian Resuscitation Council
New Zealand Resuscitation Council
Resuscitation Council of Southern Africa
InterAmerican Heart Foundation
Resuscitation Council of Asia
Em seguida os Americanos, Europeus, Japoneses, Sul-Africanos, Australianos e
Neozelandeses publicam os seus próprios protocolos de RCP no SBV e no SAV. Todos
podem ser baixados a partir do www.ilcor.org.

Neste material iremos nos basear nos protocolos da AHA.


Algumas preferências podem mudar de um protocolo para o outro.
Os 4 Passos que Salvam
Vidas
Nossa missão consiste em multiplicar os 4 passos simples para toda a
população.
Para isso o papel do instrutor consiste em ensinar a :
1. Reconhecer uma parada cardiorrespiratória (Avaliação inicial)
2. Pedir ajuda de forma efetiva (192 + DEA)
3. Realizar compressões de alta qualidade
4. Usar o Desfibrilador Externo Automático (DEA)
RCP no
Adulto
Introdução

Iremos abordar a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) no adulto.


Consideramos adultos para a RCP, todo indivíduo compreendido entre os
primeiros sinais da puberdade até o fim da vida.
Ou seja, adolescentes e idosos são tratados como adultos no SBV.

A principal causa de mortalidade no adulto, são as doenças


cardiovasculares com destaque para os acidentes vasculares cerebrais
(AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
O IAM pode evoluir em casos mais graves para uma morte súbita, ou seja,
o surgimento repentino de um ritmo cardíaco desorganizado não compatível
com a vida. Os dois principais ritmos advindos de uma morte súbita são
Fibrilação Ventricular (FV) e Taquicardia Ventricular (TV).

Esses ritmos precisam ser rapidamente revertidos para fornecer chances


de sobrevidas para os pacientes.
Avaliação Inicial da Vítima no
A avaliaçãoSBV
inicial deve envolver ...
...a avaliação da cena e a avaliação do paciente.
Essa avaliação se aplica em pacientes, a priori, inconscientes dentro do
Suporte Básico de Vida (SBV).

O objetivo da avaliação inicial consiste em...


...checar o nível de consciência qualitativamente,
a respiração e a presença de pulso carotídeo.
Caso tenha alguém por perto, o socorrista deverá pedir ajuda

Caso o socorrista esteja sozinho na cena, ele


poderá finalizar a avaliação inicial e pedir ajuda
logo em seguida.

Veremos nas próximas páginas o passo a passo de uma boa


avaliação inicial no SBV para pacientes vítimas de morte súbita.
Avaliação Inicial: Passo a
Passo
Passo 1: Segurança do Local
Passo 2: Responsividade do Paciente
Passo 3: Respiração e Pulso
Pedido de Ajuda (192 +
DEA)
O momento e a forma de pedir ajuda no SBV podem variar a depender da situação.

Situação 1: Socorrista sozinho ou sozinha na cena


Finalizar a avaliação inicial e pedir ajuda logo em seguida
Situação 2: O Socorrista NÃO está sozinho ou sozinha na cena
Pedir ajuda assim que identificar que o paciente não responde aos
chamados .
Falar para quem está ao lado:

“Você, ligue para o 192 e vá buscar um DEA!”


Observações:

1. Caso você esteja sozinho e possa ligar com o celular enquanto já inicia as
compressões,então faça isso para não perder tempo.

2. No adulto inconsciente e em PCR por motivo desconhecido, devemos sempre


ligar para o 192 e providenciar o DEA o mais rápido possível (Suspeita de PCR por
origem cardíaca).

3. Em crianças, lactentes e outros pacientes que estão em PCR, porém devido a uma
hipóxia como origem do quadro (Afogados por ex.), o momento ideal de pedir
ajuda pode mudar.
Nesse caso, o socorrista sozinho na cena, pode fazer 2 min de RCP com
compressões e ventilações de alta qualidade, antes de sair para pedir ajuda.

Caso esteja com celular na cena ou com outra pessoa presente, nesses casos,
pedir ajuda imediatamente enquanto inicia a RCP.
Avaliação Inicial - Passo 1: Segurança do
Local

A segurança da cena é primordial para a equipe de saúde. Não cabe aos


profissionais de saúde adentrar a “zona quente”,sendo esse papel
reservado aos profissionais qualificados para tal, policiais e bombeiros
por exemplo, autoridades absolutas nessas circunstâncias.

A equipe da saúde deve aguardar a liberação do profissionais competentes para tal, até que
a segurança da cena esteja garantida, para acessar o local.
Em algumas situações, as vítimas são retiradas da zona quente e trazidas para a zona fria para
que o atendimento seja efetuado.

A segurança do socorrista e da equipe


vem sempre em primeiro lugar!
Avaliação Inicial - Passo 2:
Responsividade
A checagem do nível de consciência fornece, rapidamente, informações valiosas sobre o
grau de atividade do sistema nervoso central (SNC). Quando o paciente responde ao
chamado, mesmo que a resposta seja incompreensível, fica assegurada uma condição
funcional mínima do SNC, afastando a possibilidade de PCR.

Lembrando que neste momento não


devemos quantificar o nível de
consciência aplicando a escala de Glasgow...

... e sim qualificar a consciência do


paciente em PRESENTE ou
AUSENTE

Para isso, devemos adotar a posição do socorrista


com um ou dois joelhos no chão, apoiar as duas
mãos na região superior do tórax e...

...aplicar estímulos vigorosos


ao mesmo tempo que
“SENHOR,
chamamos SENHOR, PODE
o paciente: ME OUVIR?”
Avaliação Inicial - Passo 3: Respiração +
Pulso
Caso o paciente não responda aos estímulos táteis e
verbais do segundo passo da avaliação, devemos
então proceder ao terceiro passo que consiste em...
...checar a respiração e pulso central
simultaneamente.
Esse passo deve levar entre 5 e 10 segundos.
Para isso basta observar se existem movimentos respiratórios
eficazes através da elevação torácica e ao mesmo tempo
palpar o pulso carotídeo em busca da identificação de
presença ou ausência do mesmo.

Observações:
1. A checagem do pulso só pode ser realizada por
profissionais treinados e com segurança nesse
procedimento.

2. A checagem de pulso é opcional no SBV e alguns protocolos (Europeu e SOBRASA por


ex.) recomendam que profissionais de SBV não chequem o pulso na avaliação inicial.

3. A ausência de responsividade associada à ausência de ventilação normal (ausência total


de movimentos torácicos ou ventilação agônica, também conhecida como gasping) já
indicam a necessidade de RCP no SBV sem que haja necessidade de checar o pulso.
Compressões Cardíacas – 1ª Lei de
Newton
Para falar das compressões, vamos
relembrar das Leis de Isaac Newton:

Lei 1: Inércia
Lei 2: Fr = m.a
Lei 3: Ação e Reação

Lei 1 – Inércia
Todo objeto que está em repouso tende a continuar em
repouso e todo objeto que está em movimento tende a ficar em
movimento.
Para descolocar um objeto que está em repouso ou parar um
objeto que está em movimento, devemos APLICAR UMA
FORÇA EXTERNA

Aplicabilidade da 1º Lei na RCP


Um coração que se encontra em PCR, tende a ficar em PCR,
a não ser que uma FORÇA EXTERNA seja aplicada
(COMPRESSÕES + VENTILAÇÕES + DESFIBRILAÇÃO)
Compressões Cardíacas – 2ª Lei de
Newton

Lei 2: Fr = m.a
A Força Resultante de um objeto em deslocamento
é Diretamente Proporcional a Massa do Objeto e a Aceleração do Objeto.
Quanto maior a Massa do Objeto e quanto maior a Aceleração
 MAIOR A FORÇA RESULTANTE.

Aplicabilidade da 2ª Lei na RCP – A Força Resultante equivale ao


Débito Cardíaco durante a RCP. Para obter um Débito Cardíaco
OTIMIZADO devemos comprimir
FORTE e RÁPIDO.
FORTE = PROFUNDIDADE (5 a 6 cm)
RÁPIDO = FREQUÊNCIA (100 a 120 vezes/min)

Atenção! A profundidade e a frequência são inversamente


proporcionais.
Compressões Cardíacas – 3ª Lei de
Newton
Lei 3: Ação e Reação
Toda ação terá uma reação proporcional.

Aplicabilidade da 3º Lei na RCP


Compressões bem realizadas, atendendo a
todas
as recomendações técnicas de execução...
...terá uma reação
PROPORCIONALMENTE BOA
Além de realizar compressões FORTES (5 a 6 cm) e
RÁPIDAS (100 a 120 x/min)
também é necessário posicionar
corretamente 3 PARTES CRÍTICAS:
Compressões Cardíacas – Passo a
1.Passo
Localizar a linha Inter mamilar no corpo do Esterno
2. Posicionar a Região Hipotênar no tórax da vítima
3. Posicionar a outra mão por cima da primeira entrelaçando os dedos
4. Posição correta dos cotovelos e dos ombros
Os cotovelos devem estar ESTENDIDOS
Os ombros acima da vítima formando um ângulo de 90º
5. Aplicar Compressões FORTES e RAPIDAS

4
Ventilações no SBV – As 3
Técnicas
Para ventilar um paciente em Parada Cardiorrespiratória no Suporte Básico de
Vida, existem três formas:

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1. Boca a Boca
2. Dispositivo Válvula Máscara (Pocket-
Mask)
3. Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara
(AMBU)
Boca a
Boca

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O Boca a boca fornece cerca de 17% de oxigênio para o paciente. Apesar de não existir
relatos na literatura de contaminação de socorristas ao realizar essa manobra, é
recomendado que profissionais de saúde usem os dispositivos de barreira para
realização das ventilação (Veremos a seguir).
Para realizar uma ventilação boca a boca eficaz, seguir o passo a passo:

1. Abrir a via aérea através da inclinação da cabeça com elevação do queixo.

2. Vedar 100% a boca do paciente com a boca do socorrista (Boca de peixe).

3. Obstruir as narinas do paciente para evitar o refluxo de ar.

4. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.


Válvula Máscara (Pocket-
Mack)
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de
17% de oxigênio para o paciente a não ser que esteja

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acoplado a um cilindro de O2, neste caso podemos
chegar em fração de O2 de cerca de 60 a 70%.

A Pocket-Mask permite tanto com proteção de


contato graças a sua estrutura de silicone quanto
uma proteção respiratória graças a sua Válvula
UNIDIRECIONAL.
Alguns modelos podem ser acoplados a uma fonte de
O2 e outros não.

Para realizar uma ventilação com Pocket-Mask


eficaz, seguir o passo a
passo:

1. Acoplar a máscara no rosto da vítima de forma a


vedar 100% a boca e o nariz do paciente e a não
permitir escape de ar pelas laterais.

2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação


da cabeça com elevação do queixo.

3. Aplicar ventilações observando a elevação do


tórax.
Bolsa Válvula Máscara (BVM) ou
AMBU
A ventilação com esse dispositivo fornece cerca de 21% de oxigênio para o
paciente a não ser que esteja acoplado a uma fonte de O2, neste caso
podemos chegar a mais de 90% de O2.
O A.M.B.U permite tanto proteção de contato graças a sua estrutura de
plástico quanto uma proteção respiratória já que a ventilação é feita
pela reserva de ar contida na bolsa e não pela ventilação direta pelo
socorrista.
Para realizar uma ventilação eficaz com o dispositivo bolsa-válvula
-máscara (BVM ou AMBU), seguir o passo a passo:
1. O Socorrista deve se posicionar na cabeça da vítima. Acoplar a máscara no
rosto da vítima de forma a vedar 100% a boca e o nariz do paciente e não
permitir o escape de ar pelas laterais, utilizando a técnica do “C” e do “E”.

2. Abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça com elevação do


queixo.

3. Aplicar ventilações observando a elevação do tórax.


Atendimento Completo com 1
Socorrista
Avaliação

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 Segurança do Local
 Responsividade
 Respiração + Pulso

Ajuda
 192 + DEA

RCP
 30 Compressões
 2 Ventilações com Pocket Mask
Atendimento com MAIS de 1 Socorrista na
Cena
Quando temos a oportunidade de ter mais de um socorrista na cena precisamos
aproveitar da melhor forma.

Cada um terá uma função durante o atendimento.


Enquanto o 1º Socorrista está realizando as compressões cardíacas, o segundo
Socorrista se posiciona na cabeça da vítima, mantém a via aérea aberta e
aplica ventilações com o AMBU.
Após 2min e no final de um ciclo de 30 compressões para 2 ventilações, deve
ocorrer a troca de funções entre os socorristas de forma organizada para que não
ocorra perda de tempo.

Caso tenha um terceiro socorrista na cena, o mesmo poderá segurar a máscara


do AMBU no rosto da vítima, realizando uma vedação otimizada, enquanto o
segundo socorrista aplica as ventilações.
SBV no Paciente
Intubado
Dentro de ambientes de saúde, é possível que pacientes que se
encontram em ventilação mecânica através de um tubo
endotraqueal, precisem de RCP caso evoluam para PCR.

Caso não haja médico presente no momento da identificação na


PCR, os profissionais de SBV presentes na cena deverão
iniciar a RCP com manobras de SBV.

Neste caso, deverão ser realizadas...

...compressões contínuas e paralelamente,


1 ventilação a cada 6 segundos, ou seja, 10 ventilações por minuto.
Não devemos interromper as compressões para aplicar as
ventilações quando o paciente se encontra com um dispositivo
de vias aéreas avançadas posicionado.

Para isso, basta conectar o dispositivo de ventilação manual


(AMBU) à cânula endotraqueal e realizar 1 ventilação a cada
6s enquanto o outro socorrista realiza compressões
contínuas por 2 min antes de trocar as funções e reavaliar o
ritmo com o DEA (caso o mesmo esteja em uso).
Parada Respiratória no
SBV
Ao realizar a avaliação inicial é possível encontrar
um paciente que apresente ausência de
movimentos respiratórios associados à
presença de pulso central.
Essa situação caracteriza uma parada respiratória,
que se não tratada adequadamente, poderá
evoluir para uma parada cardiorrespiratória (PCR).

Somente podem identificar essa situação, os


socorristas treinados na checagem de pulso e
com absoluta confiança na execução desse
procedimento.

A parada exclusivamente respiratória deverá ser


tratada somente com ventilações da seguinte
forma:
1 ventilação a cada 5 a 6 segundos no adulto.
O que equivale a 10 a 12 ventilações por minuto.
Neste caso, não é necessário realizar compressões, já que existe um pulso central palpável.

Após 2 min o socorrista deverá reavaliar o pulso central e a respiração do paciente.


(Já que o paciente pode evoluir desfavoravelmente para uma PCR durante esse período)
Suporte avançado de vida

Por mais avançados que sejam os recursos disponíveis para o atendimento


da PCR, o suporte básico de vida é crucial para a manutenção da perfusão
e da oxigenação cerebral e coronariana, sobre a qual a viabilidade clínica
do doente se mantém.
O suporte avançado de vida envolve a utilização de procedimentos
terapêuticos como o uso de drogas, abordagem invasiva de via aérea e
monitoração cardíaca. Algumas dessas atitudes são de autonomia e
aplicação exclusiva do profissional médico, como a intubação traqueal, a
desfibrilação elétrica com aparelho não automatizado e a prescrição de
drogas intravenosas.
 
RCP INTRA HOSPITALAR

ENCAMINHAR PARA SALA


DE U.T.I E MONITORAR

ASSISTOLIA E AESP
(DEA)
Desfibrilador Externo Automático

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Introdução
O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um aparelho fantástico, desenvolvido
para que qualquer pessoa, mesmo não sendo profissional de saúde, possa administrar
uma desfibrilação (Choque) em um paciente vítima de PCR sempre que houver

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indicação.

O DEA é de simples utilização e foi programado para analisar o ritmo cardíaco do


paciente e reconhecer uma FV/TV, indicar e aplicar o choque nesses ritmos.

Além disso, o aparelho se comunica com o socorrista por voz e por sinais luminosos no
seu painel, dando as orientações sobre o que fazer durante toda a Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP).
O Equipamento + Componentes do
KIT
Existem alguns tipos de Desfibriladores Externos Automáticos no mercado, de diferentes
marcas. Todos eles possuem um funcionamento muito similar.
Vamos conhecer o equipamento e seus acessórios. Posteriormente iremos aprender o passo a
passo para o seu manuseio.

Conector
Pás (01 par Adulto Botão Ligar
das pás
e 01 par pediátrico)

Controladores
de Volume

Toalha seca

Lâmina para Alto Falante Botão do Choque


tricotomia
Passo a Passo para Uso do
DEA
O passo a passo para o uso do DEA é muito simples.
Devemos agir de forma rápida e precisa.

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Posicionar ao lado da cabeça da vítima + LIGAR

2 Colar as Pás no tórax da Vítima

3 Encaixar o Conector das Pás

4 Ouvir!

5 Analisando Ritmos  AFASTAR!

6 Choque Indicado?

7 Sim Não

8 Carregar + Chocar Reiniciar RCP

9 Reiniciar RCP
Passo a Passo para Uso do DEA -
Fluxograma
Posicionar ao lado da Análise  AFASTAR
Cabeça

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Choque Indicado?
Abrir e Ligar

Colar as Pás no Tórax Não Sim

Ouvir o DEA! AFASTAR


Reiniciar RCP
Aplicar

Choque
Reiniciar RCP

Dica: Não devemos retardar o uso do DEA, quando mais rápida a


desfibrilação, maior as chances de sobrevida do paciente...
Situações Especiais para Uso do
DEAespeciais devem ser levadas em consideração para o uso do DEA e mais
Algumas situações
especificamente situações que dizem respeito a aplicação das pás adesivas do DEA.

1. Tórax peludo: os pelos dificultam a adesão das pás no tórax e consequentemente a


análise do ritmo. Por esse motivo, os pelos que se encontram no local onde as pás
devem ser coladas precisam ser removidos.
2. Tórax molhado: O tórax molhado também dificulta a adesão das pás no tórax e
consequentemente a análise do ritmo. Por esse motivo o tórax precisa ser enxugado
antes de colocar as pás.
3. Uso de marca-passo: As pás do DEA não podem ser coladas no local do marca-passo. O
mesmo pode ser facilmente percebido no subcutâneo por um volume parecido com
uma caixinha de fósforo. As pás devem ser coladas a alguns centímetros do marca-
passo e preservando o princípio que o coração deve permanecer entre as pás.
4. Emplastro medicamentoso: Emplastros localizados no local onde as pás deverão ser
coladas,
deverão ser removidos e a cola residual removida.
5. Crianças e lactentes: Em crianças e lactentes devemos preferencialmente utilizar um
desfibrilador manual, não tendo esse equipamento então devemos priorizar um DEA
com pás pediátricas e/ou atenuador de cargas. Na ausência de pás pediátricas, pás de
adultos poderão ser utilizadas sendo eventualmente necessário colocar uma das pás
no centro no tórax e a segunda na região inter-escapular.
Sinalizador Universal do
ILCOR
O International Liaison Committee On Resuscitation (ILCOR) disponibiliza na página
principal de seu site (www.ilcor.org) o sinalizador universal (utilizado no mundo todo)
para indicação de localização pública dos desfibriladores externos automáticos.

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Os mesmos podem ser baixados gratuitamente no site do ILCOR.
REFERÊNCIAS

Licensed to João Moreira Netto - netohaiti@hotmail.com - 224.557.538-59 - HP15316195386557

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