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PRIMEIROS

SOCORROS

Edição 2023

www.certificadocursosonline.com
Sumário
Introdução e conceitos 03
Kit de primeiros socorros e telefones úteis 07
Remoção e transporte de acidentados 17
Parada cardiorrespiratória 24
Afogamento e engasgo 28
Estado de choque, vertigens e desmaios 33
Hemorragias e ferimentos 38
Fraturas e corpos estranhos/objetos encravados 44
Luxação, entorses e traumas 48
Choque elétrico e queimaduras 53
Infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral 57
Crise convulsiva e hipoglicemia 62
Intoxicação e envenenamento 66
Crise asmática e reações alérgicas 70
Insolação e hipotermia 75
Emergências psicológicas e Lei Lucas 79

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E
INTRODUÇÃO E CONCEITOS
Os primeiros socorros, fundamentais em situações de
emergência, consistem em um conjunto imediato de cuidados
destinados a indivíduos que tenham sofrido acidentes ou mal-
estar súbito. Seu propósito é preservar as funções vitais e
impedir o agravamento das condições da vítima até a chegada de
assistência qualificada, que deve ser prontamente acionada. É
crucial ressaltar que qualquer pessoa com conhecimento,
segurança e técnica adequados pode e deve prestar os primeiros
socorros, mas é essencial evitar procedimentos baseados em
crenças sem embasamento científico, uma vez que podem piorar
a situação.

O serviço de emergência SAMU,


acessível pelo número 192, deve
ser acionado em casos de dúvida
ou quando se faz necessário
suporte especializado.

O serviço de emergência SAMU, acessível pelo número 192, deve


ser acionado em casos de dúvida ou quando se faz necessário
suporte especializado. O não cumprimento desse dever ético e
legal pode acarretar penalidades, como previsto no Artigo 135 da
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, do Código Penal, que
estabelece penalidades para quem se omite diante de uma
situação em que a assistência é possível sem risco pessoal.

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O ato de prestar socorro inclui não apenas a intervenção direta,
mas também a ação de sinalizar o local do incidente, avaliar a
situação, considerando tanto o ambiente quanto a condição da
vítima, e, finalmente, acionar o serviço especializado. Essas três
etapas básicas formam um guia prático e eficiente para a
prestação de socorro, garantindo uma resposta rápida e eficaz em
situações críticas.

Portanto, a compreensão da obrigação de prestar socorro e a


aplicação correta das etapas fundamentais proporcionam uma
abordagem mais abrangente e esclarecedora sobre os primeiros
socorros, contribuindo para a disseminação de conhecimento e a
segurança da comunidade em geral.

Há três etapas básicas a serem seguidas ao prestar qualquer


socorro, que são:
1. Sinalizar o local (utilizar alguma ferramenta para que as pessoas
na volta saibam que ali há um acidente e não devem se
aproximar);
2. Avaliar a situação (avaliar o local e a vítima); 3. Acionar o
serviço especializado.

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SINAIS VITAIS
Os sinais vitais representam medidas fundamentais para avaliar o
estado fisiológico do corpo humano, indicando se o organismo
está em equilíbrio, ou homeostase. Essas avaliações são cruciais
para determinar o funcionamento adequado ou possíveis
desequilíbrios no sistema biológico. Existem cinco sinais vitais
principais, cada um oferecendo informações valiosas sobre a
saúde de uma pessoa:

Temperatura: A temperatura corporal é uma medida essencial


e é geralmente avaliada com um termômetro, expressa em
graus Celsius (ºC). A variação da temperatura pode indicar
condições como febre ou hipotermia.

Frequência respiratória: A frequência respiratória é a


contagem dos movimentos respiratórios por minuto (mpm) e é
observada através da contagem dos movimentos do tórax.
Esse indicador fornece insights sobre a eficiência do sistema
respiratório.

Frequência cardíaca: A frequência cardíaca, medida em


batimentos por minuto (bpm), pode ser avaliada manualmente
através do pulso ou utilizando dispositivos como oxímetros.
Esse sinal vital oferece informações cruciais sobre a função
cardiovascular.

Pressão arterial: A pressão arterial é uma medida importante


da força que o sangue exerce nas paredes das artérias.
Expressa em milímetros de mercúrio (mmHg), a pressão arterial
é frequentemente aferida usando um esfigmomanômetro. Essa
medida é vital para avaliar a saúde do sistema circulatório.

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Dor: Originalmente não classificada como sinal vital, a dor
agora é reconhecida como o quinto sinal vital. Sua avaliação é
subjetiva, geralmente medida em uma escala de 0 a 10, com 0
representando nenhuma dor e 10 sendo a dor máxima. Esta
medida fornece informações valiosas sobre o bem-estar
subjetivo do paciente.

Além desses, a saturação de oxigênio (SpO2) é uma medida


crucial, embora não seja formalmente considerada um sinal vital.
Medida por um oxímetro, a SpO2 indica o nível de oxigênio no
sangue, sendo vital para avaliar a eficiência da oxigenação no
corpo.

A compreensão dos padrões de normalidade desses sinais vitais


é crucial para identificar desvios e tomar decisões informadas
sobre a saúde do paciente. A tabela abaixo destaca esses
padrões, fornecendo uma referência valiosa para profissionais de
saúde durante a avaliação clínica. Esses parâmetros são
essenciais para a identificação precoce de problemas de saúde e
a implementação de intervenções adequadas.

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KIT DE PRIMEIROS
SOCORROS
e telefones úteis
A montagem de um kit de primeiros socorros é essencial em
diversos contextos, sendo uma prática preventiva e vital em
situações de emergência, como durante viagens, no ambiente de
trabalho ou mesmo em casa. Este kit deve conter uma variedade
de materiais básicos que oferecem suporte imediato à saúde e
podem ser fundamentais em casos de necessidade.

Termômetro: Fundamental para monitorar a temperatura


corporal, indicando possíveis febres, hipotermia ou variações
significativas.

Medidor de pressão arterial: Permite aferir a pressão


sanguínea, fornecendo informações cruciais sobre a saúde
cardiovascular.

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Oxímetro e glicosímetro: Contribuem para avaliar os níveis de
oxigênio no sangue e a glicose, respectivamente, sendo úteis
na detecção de problemas respiratórios e metabólicos.

Medicações gerais: incluem analgésicos para dor, antipiréticos


para febre, antieméticos para enjoo e antialérgicos. Esses
medicamentos proporcionam alívio imediato em situações
comuns de desconforto.

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Medicações prescritas: caso haja necessidade de medicações
contínuas ou prescritas para crises específicas, como asma ou
ansiedade, é crucial incluí-las no kit, desde que estejam
devidamente prescritas por um profissional médico.

Luvas de procedimento: essenciais para garantir higiene e


segurança durante intervenções.

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Gaze estéril e algodão: utilizados para limpeza e curativos.

Soro fisiológico e álcool 70%: importantes para limpeza de


ferimentos e higienização.

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Fitas como micropore e esparadrapo: servem para fixação de
curativos e ataduras.

Ataduras: para fixação de curativos ou talas

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Tesoura: para recorte de atadura, esparadrapo, micropore,
entre outros.

Garrote: em casos mais graves, pode ser essencial para


controlar sangramentos.

Além dos itens mencionados, é possível complementar o kit com


outros elementos conforme a necessidade específica, como anti-
inflamatórios, bandagens, pinças e sacos de gelo instantâneo.

A compreensão detalhada da utilidade de cada item no kit de


primeiros socorros permite uma resposta rápida e eficaz em
situações de emergência, garantindo cuidados adequados até a
chegada de assistência profissional. A prevenção e a prontidão
são fundamentais para lidar com imprevistos de maneira eficiente.

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TELEFONES ÚTEIS
Incluir números de telefone úteis no seu repertório de contatos é
uma medida essencial para garantir pronta assistência em
diversas situações. Aqui está uma explicação mais detalhada
sobre a utilidade de cada um dos números fornecidos:

SAMU (192)
O serviço de emergências
médicas é acionado em
situações de emergência médica,
fornecendo assistência imediata
e qualificada. Equipes treinadas
estão preparadas para lidar com
casos críticos e garantir cuidados
essenciais até a chegada ao
hospital.

Corpo de Bombeiros (193)


Incêndios, acidentes com
animais, vazamentos de gás,
produtos químicos e causas
naturais: o corpo de bombeiros é
especializado em lidar com uma
variedade de emergências,
desde incêndios e acidentes com
animais até vazamentos de
substâncias perigosas e
desastres naturais como
alagamentos e queimadas.

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Polícia Militar (190)
Riscos, ameaças contra a vida,
denúncias de roubos, atentados
e proteção pública: a Polícia
Militar é acionada em situações
que envolvem segurança pública,
como roubos, ameaças à vida,
atentados e outras situações que
requerem intervenção policial
imediata.

Defesa Civil (199)


Prevenção, socorro, assistência e
recuperação em desastres: a
Defesa Civil atua na prevenção,
socorro, assistência e
recuperação da população em
casos de desastres, como
chuvas intensas e outras
situações de risco. Sua atuação é
crucial para mitigar danos e
garantir a segurança da
comunidade.

Polícia Rodoviária Federal (191)


Ocorrências em estradas e
rodovias federais: especializada
em ocorrências nas estradas
federais, a Polícia Rodoviária
Federal atua em acidentes,
fiscalização e garantia da
segurança nas rodovias sob
jurisdição federal.
Polícia Rodoviária Estadual (198)
Ocorrências em estradas e
rodovias estaduais: similar à
Polícia Rodoviária Federal, a
Polícia Rodoviária Estadual atua
em ocorrências específicas nas
estradas e rodovias estaduais,
visando a segurança dos usuários
dessas vias.

Central de Atendimento à
Mulher no Brasil (180)
Denúncia e apoio a mulheres
vítimas de violência: a Central de
Atendimento à Mulher é um canal
essencial para denúncias e apoio
a mulheres vítimas de violência.
Oferece orientação, acolhimento
e encaminhamento para serviços
de proteção.

Ter esses números de telefone à disposição é


crucial para uma resposta rápida e eficaz em
diferentes situações!

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REMOÇÃO E TRANSPORTE
DE ACIDENTADOS
A remoção e transporte de vítimas são procedimentos cruciais em
situações de emergência, especialmente quando a permanência
da vítima no local pode representar um risco significativo, como
em casos de incêndios ou desmoronamentos. Abaixo, temos
detalhadamente algumas formas de remoção e transporte de
vítimas:

TRANSPORTE DE APOIO

Essa técnica envolve passar o braço do


acidentado por trás de sua nuca,
segurando-a com um dos braços, enquanto
o outro braço é posicionado por trás das
costas do acidentado, formando uma
posição diagonal. Essa abordagem é
adequada para situações em que a vítima
pode caminhar com apoio.

TRANSPORTE DE COLO
Uma pessoa sozinha pode levantar e
transportar um acidentado utilizando a
técnica de transporte ao colo. Isso é
feito colocando um braço debaixo dos
joelhos do acidentado e o outro,
firmemente, ao redor de suas costas,
inclinando o corpo levemente para
trás.

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TRANSPORTE NAS COSTAS
Em uma situação de socorro individual, a pessoa pode carregar o
acidentado nas costas, passando seus braços sobre os ombros
do socorrista, com as axilas apoiadas nos ombros deste. Essa
técnica é eficaz para deslocamentos curtos.

TRANSPORTE DE BOMBEIRO
Essa técnica inicia com a colocação do acidentado em decúbito
ventral. O socorrista ajoelha-se, passa as mãos sob as axilas do
acidentado e o levanta, ficando de pé de frente para ele. O
socorrista coloca uma mão na cintura do acidentado e a outra
toma o punho, envolvendo o braço ao redor do pescoço.
Posteriormente, inclina-se para frente, permitindo que o corpo do
acidentado caia sobre seus ombros.

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TRANSPORTE DE CADEIRINHA
Duas pessoas ajoelham-se de lados opostos da vítima. Cada uma
passa um braço sob as costas e outro sob as coxas da vítima. Em
seguida, seguram o punho e o ombro do companheiro. As duas
pessoas erguem-se lentamente, criando uma "cadeirinha"
improvisada com a vítima sentada.

TRANSPORTE PELAS EXTREMIDADES


Uma pessoa segura o tronco da vítima com os braços, passando-
os por baixo das axilas. A segunda pessoa, de costas para a
primeira, segura as pernas da vítima com seus braços.

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TRANSPORTE DE MACA
A maca é considerada o meio de transporte mais eficaz. Pode ser
improvisada abotoando-se duas camisas ou um paletó em duas
varas ou bastões, ou enrolando um cobertor dobrado em três,
envolto em tubos de ferro ou bastões.

Essas técnicas oferecem opções versáteis para a remoção e


transporte de vítimas, adaptando-se às condições específicas de
cada situação de emergência. A escolha da abordagem
dependerá da gravidade do cenário e das condições físicas da
vítima e dos socorristas.

REMOÇÃO COM SUSPEITA DE FRATURA DE


COLUNA
A remoção de uma vítima com suspeita de fratura de coluna, seja
consciente ou não, é uma ação delicada que exige cuidados
específicos para evitar complicações e agravamento das lesões.
Quando a maca não pode ser utilizada ou não consegue alcançar
o local, é necessário realizar a remoção como se o corpo da
vítima fosse uma peça rígida. Essa abordagem é crucial para
minimizar movimentos e proteger a coluna vertebral. A seguir
estão algumas orientações detalhadas:

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Avaliação inicial:
Antes de iniciar a remoção, avalie a situação e confirme a
suspeita de fratura de coluna.
Certifique-se de que a vítima está em um local seguro e
estável para evitar riscos adicionais.

Preparação da vítima:
Caso a vítima esteja consciente, explique o procedimento e
peça para que ela evite movimentos.
Imobilize a cabeça e o pescoço da vítima para evitar
movimentos bruscos.

Mobilização como peça rígida:


Com o auxílio de outros socorristas, levante
simultaneamente todos os segmentos do corpo da vítima.
Mantenha a coluna vertebral alinhada e evite torções ou
flexões excessivas.

Deslocamento até a maca:


Desloque a vítima até a maca, mantendo a técnica de peça
rígida.
Coloque a vítima cuidadosamente na maca, assegurando-se
de não comprometer a integridade da coluna.

Cuidados durante o deslocamento:


Evite solavancos e movimentos bruscos durante o
transporte até a maca.
Mantenha a imobilização da cabeça e do pescoço durante
todo o procedimento.

Importância dos cuidados adequados:


A falta dos cuidados adequados pode agravar as lesões já
existentes, especialmente em casos de fraturas de coluna ou
bacia.
Devido às circunstâncias imprevisíveis de muitas emergências,
é crucial estar preparado para tomar decisões rápidas e
improvise, se necessário, com os recursos disponíveis no local

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Capacitação e sensibilidade:
A capacitação para lidar com situações de emergência requer
bom senso, criatividade e um espírito prático.
A formação adequada é essencial para garantir que os
socorristas estejam preparados para agir de maneira eficaz e
segura em diferentes cenários.

A abordagem cuidadosa e técnica ao realizar a remoção de


vítimas com suspeita de fratura de coluna é crucial para preservar
a integridade física da vítima e evitar complicações adicionais
durante o processo de resgate e transporte.

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PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
A parada cardiorrespiratória é uma situação crítica que exige ação
rápida e eficaz para aumentar as chances de ressuscitação. É
caracterizada pela perda súbita e inesperada das funções
cardíaca, respiratória e consciência. Aqui está um guia educativo
e detalhado para pessoas leigas, enfocando os três passos
cruciais na identificação e os procedimentos de RCP
(ressuscitação cardiopulmonar) para diferentes faixas etárias.

Identificação da parada cardiorrespiratória em três passos:

1. Consciência:
Verifique se a pessoa está consciente, tentando acordá-la e
observando respostas a estímulos.

2. Respiração:
Verifique se há respiração, aproximando-se do nariz para
senti-la ou ouvi-la, e observe movimentos torácicos.

3. Pulso:
Cheque o pulso pousando dois dedos sobre o local do
pulso (carotídeo ou radial), sem exercer grande pressão.
Pulsos Principais: braquial, radial, carotídeo, femural e
temporal; carotídeo e radial são os principais em suspeita
de parada cardiorrespiratória.

Resultado negativo nos três passos: Indica parada


cardiorrespiratória.

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PASSO A PASSO EM UMA PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
Agir rápido: o tempo é crucial; aja rapidamente para aumentar
as chances de ressuscitação.
Avaliar a cena: certifique-se de que o local é seguro para
realizar procedimentos.
Chamar ajuda: acione ajuda, chamando outra pessoa no
mesmo local.
Acionar atendimento especializado: solicite ajuda profissional,
acionando o serviço de emergência.
Desobstruir vias aéreas: incline a cabeça e eleve o queixo da
vítima para garantir a passagem de ar.
Iniciar ressuscitação cardiopulmonar (RCP): posicione uma
mão sobre a outra, entrelaçando os dedos; braços esticados,
mãos na linha mamilar.
Utilize o peso do corpo para compressões:
Compressões: 100 a 120 por minuto.
Profundidade: 5-6 cm em adultos, 4 cm em crianças e
bebês.
Crianças: use uma mão; Bebês: Use dois dedos (indicador e
médio ou polegares).
Revezamento: importante se houver ajuda para manter
qualidade nas compressões.
Ventilação durante RCP: socorristas leigos não devem realizar
ventilações (respiração boca a boca), apenas compressões
contínuas.

A compreensão e aplicação desses passos simples podem fazer


a diferença entre a vida e a morte em uma situação de parada
cardiorrespiratória. Lembre-se, a ação rápida e técnica correta
são essenciais para maximizar as chances de sucesso na
ressuscitação.

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RPC em adultos

RPC em bebês

RPC em crianças

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AFOGAMENTO E
ENGASGO
AFOGAMENTO
Quando se trata de afogamento, é vital agir com cautela para
garantir a segurança do socorrista e da vítima. Aqui estão
orientações educativas para a abordagem inicial e os primeiros
socorros em casos de afogamento:

1. Salvamento seguro:
Ao realizar o salvamento, priorize a segurança do socorrista
para evitar que ele se torne uma segunda vítima.
Não entre na água para socorrer se o socorrista não souber
nadar ou se não houver necessidade.

2. Distância e consciência:
Se o afogamento ocorrer a poucos metros e a vítima estiver
consciente, ofereça equipamentos flutuantes como bóias.
Improvise com cabos ou cordas para puxar a vítima sem a
necessidade de entrar na água.

3. Retirada da água:
Após retirar a vítima da água, avalie sua consciência e
pulso.
Caso a vítima esteja inconsciente, mas com pulso,
mantenha-a deitada em posição segura com a cabeça
virada para o lado, aguardando atendimento especializado.

4. Inconsciência e pulso presente:


Se a vítima estiver apenas inconsciente, posicione-a em
segurança para evitar a entrada de líquidos nos pulmões.
Aguarde o atendimento especializado, monitorando sinais
vitais.

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5. Parada cardiorrespiratória:
Se a vítima estiver em parada cardiorrespiratória, inicie
imediatamente as manobras de RCP.
Coloque as mãos na posição correta e aplique
compressões torácicas com uma frequência de 100 a 120
por minuto.
Continue até a chegada de ajuda profissional ou até a
recuperação da vítima.

Essas diretrizes simples podem fazer a diferença em situações


de afogamento, proporcionando uma resposta eficaz e segura.
Lembre-se, a prioridade é sempre a segurança do socorrista e a
execução correta dos procedimentos para aumentar as chances
de recuperação da vítima.

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ENGASGO
O engasgo ocorre quando um alimento ou objeto toma o caminho
errado durante o ato da deglutição, causando obstrução das vias
respiratórias.

SINAIS E SINTOMAS:
Incapacidade de falar ou tossir;
Mãos na garganta;
Respiração difícil ou silenciosa;
Lábios e unhas azuladas;
Pânico e expressão de angústia.

Em caso de engasgo deve se realizar a manobra de Heimlich. A


manobra de Heimlich é uma técnica eficaz para desobstruir as
vias respiratórias em caso de engasgo em adultos e crianças
maiores. Passo a passo:

1. Fique por trás: Posicione-se atrás da pessoa engasgada;


2. Abraço por trás: Coloque seus braços em volta da cintura da
pessoa;
3. Punho fechado: Faça um punho com uma das mãos e posicione-
o ligeiramente acima do umbigo da pessoa, mas abaixo do
processo xifóide (a parte inferior do esterno);
4. Mão livre: Segure o punho com a outra mão;
5. Compressões rápidas: Aplique compressões abdominais para
dentro e para cima, com força, como se estivesse tentando
levantar a pessoa;
6. Continue até a desobstrução: Repita as compressões até que o
objeto seja expelido ou a pessoa recupere a capacidade de
respirar.

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A manobra de Heimlich em bebês é diferente e requer cuidados
especiais. Passo a passo:

1. Posicione o bebê: Segure o bebê de bruços no antebraço,


apoiando a cabeça com a mão;
2. Compressões: Com a parte inferior da mão livre, dê tapas leves
nas costas do bebê entre as omoplatas, cinco vezes;
3. Compressões abdominais: Vire o bebê de frente e coloque dois
dedos (polegar e indicador) na parte central do peito, logo abaixo
da linha das mamas, e dê cinco compressões rápidas;
4. Continue até a desobstrução: Repita as etapas alternadas até
que o objeto seja expelido ou a respiração do bebê seja
restaurada.

Se o engasgo persistir ou a pessoa perder a consciência, chame


imediatamente o serviço de emergência e inicie a ressuscitação
cardiopulmonar (RCP) se necessário.

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ESTADO DE CHOQUE,
VERTIGENS E DESMAIOS
ESTADO DE CHOQUE
O estado de choque é uma condição médica séria em que o
corpo não recebe oxigênio e nutrientes suficientes para funcionar
corretamente. Reconhecer os sinais é crucial.

SINAIS DE ESTADO DE CHOQUE:


Palidez extrema;
Pele fria e úmida;
Pulso fraco e rápido;
Respiração superficial e rápida;
Ansiedade ou confusão;
Queda da pressão arterial;
Náusea ou vômito.

ATENÇÃO CONTÍNUA:
É vital permanecer atento à pessoa até a chegada da
assistência médica.
Monitore os sinais vitais, incluindo respiração, pulso e
temperatura corporal.

Essas orientações, simples mas cruciais, capacitam qualquer


pessoa a reconhecer e responder adequadamente a um estado
de choque, proporcionando suporte inicial valioso até a chegada
de ajuda profissional. A ação rápida e correta pode ser
determinante para a recuperação do indivíduo em estado de
choque.

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As ações a serem tomadas no caso de estado de choque são:

Chamada de emergência

Ligue para o serviço de emergência imediatamente.

Posicionamento adequado

Deite a pessoa em uma superfície plana e elevada, como


uma maca ou no chão, com as pernas ligeiramente
elevadas. Isso melhora o fluxo sanguíneo para o cérebro e
órgãos vitais.

Manutenção de calor

Cubra a pessoa com um cobertor ou roupas para mantê-la


aquecida, já que o choque pode causar queda da temperatura
corporal.

Elevação das pernas

Eleve as pernas da pessoa e mantenha a cabeça mais baixa


do que o tronco para direcionar o sangue para o cérebro.

Acalmar e reduzir a ansiedade

Converse com a pessoa para acalmá-la, reduzindo a


ansiedade.

Restrição de alimentos e bebidas

Não ofereça alimentos e bebidas até que a pessoa esteja


recuperada.
VERTIGENS E DESMAIOS
Vertigens são sensações desconcertantes de tontura ou instabilidade,
frequentemente acompanhadas por náuseas e uma percepção de rotação
ou movimento.

Ao deparar-se com vertigens, a abordagem cuidadosa é crucial. Veja como


proceder:

Acalme a pessoa

Auxilie-a a sentar-se em um local seguro e confortável.

Hidratação moderada

Ofereça água em pequenos goles para combater possíveis


vertigens relacionadas à desidratação.

Respirações controladas

Incentive respirações lentas e profundas, proporcionando


alívio à tontura.

Ambiente confortável

Se a vertigem for causada por superaquecimento, mova a


pessoa para um local mais fresco.

Movimentos cautelosos

Evite movimentos bruscos que possam intensificar a sensação


de tontura.
Um desmaio é a perda momentânea de consciência, exigindo uma
abordagem tranquila. Entenda como agir diante dessa situação
desafiadora:

Posicionamento adequado

Deite a pessoa de costas em um local seguro e elevado, como


o chão

Elevação das Pernas

Eleve suavemente as pernas para auxiliar na


restauração do fluxo sanguíneo para o cérebro.

Desconforto aliviado

Solte roupas apertadas ao redor do pescoço e tórax,


facilitando a respiração.

Proteção respiratória

Vire a cabeça da pessoa de lado para prevenir engasgos


durante a recuperação.

Aguardar recuperação

Fique ao lado da pessoa, aguardando sua recuperação,


geralmente ocorrendo em poucos segundos.

Compreender as características de vertigens e desmaios é crucial


para uma intervenção eficaz. Ao seguir essas orientações, mesmo
leigos podem oferecer suporte valioso até que a pessoa se recupere.
Agir com calma e cautela faz toda a diferença nessas situações
desafiadoras.
HEMORRAGIAS E
FERIMENTOS
HEMORRAGIA
Há diferentes tipos de hemorragia e podem eles serem divididos
em hemorragia interna e externa, assim como hemorragia arterial,
venosa e capilar.

A hemorragia externa é aquela que se vê a olho nu, havendo


extravasamento de sangue para a área externa do corpo. A
hemorragia interna é mais silenciosa, não havendo
extravasamento de sangue para a área externa.

A hemorragia arterial ocorre no rompimento ou perfuração de uma


artéria. As artérias são vasos onde o sangue exerce maior
pressão, portanto a hemorragia arterial tende a ser mais difícil de
conter e é identificada pela saída de sangue em jato. O sangue
arterial também transporta maior número de oxigênio e por isso a
hemorragia arterial tende a ser mais grave.

A hemorragia venosa ocorre no extravasamento do sangue das


veias, é identificada pela perda significativa de sangue, porém em
menor volume que a arterial e não há perda em jato.

A hemorragia capilar é a menos grave, caracterizada pela


perfuração ou rompimento de vasos capilares, que são os mais
superficiais do corpo, apresentando pouca perda de sangue.

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O que fazer em caso de hemorragia externa:
1. Compressão direta e constante no local da hemorragia
utilizando gaze estéril ou pano limpo até formar coágulo.
2. Bandagem compressiva: Enrolar a bandagem, pano ou atadura
em volta do membro de forma compressiva para estancar o
sangue.
3. Elevação do membro: Caso a hemorragia seja em um membro
inferior (perna) ou membro superior (braço), elevar acima da
linha do coração.
4. Compressão indireta com as mãos 5 cm acima da área afetada
(no vaso) para diminuir fluxo de sangramento.

Outra técnica utilizada para conter hemorragia é o uso de


torniquete, esse deve ser utilizado apenas em casos
extremamente necessários, onde as técnicas anteriores se
mostrem insuficientes, e ao ser feito, requer cuidados.

Passo a passo para fazer um


torniquete:
1. Enrolar um pano 5cm acima
do local da hemorragia e dar
meio nó;
2. Colocar um pau ou pedaço
de madeira e logo completar
o nó;
3. Girar a madeira até
estancar o sangue;
4. Fixar a madeira;
5. Escrever “TQ” e o horário;
6. Afrouxar a cada 10/15
minutos ou em caso das
extremidades ficarem
arroxeadas ou frias.

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Dentre as possíveis hemorragias externas, encontra-se a
epistaxe, mais conhecida como hemorragia nasal. A epistaxe
requer cuidados como:

Manter a vítima sentada e imóvel com a cabeça para a frente.


Realizar compressão nasal por 10 minutos.
Aplicar compressa fria.

Tratando-se da hemorragia interna, é importante observar sinais


para identificá-la, sendo eles hematomas extensos sobre o
abdômen e tosse com secreção espumosa e sanguinolenta.
Também pode ser realizado um teste de perfusão capilar.

Caso identificada a hemorragia interna e a vítima estiver


consciente, manter a vítima calma, imóvel e acordada enquanto o
socorro não vem. Mexer na vítima apenas em casos
extremamente necessários.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 41
FERIMENTOS
Os ferimentos podem assumir diversas formas, como cortes,
arranhões, queimaduras, feridas abertas e fechadas. Ao
identificar um ferimento, é crucial seguir medidas adequadas para
promover a cicatrização e evitar complicações. Aqui estão passos
simples a serem seguidos:

1.Avalie a gravidade:
Determine a necessidade de assistência médica,
priorizando ferimentos graves.

2. Higienização adequada:
Lave suas mãos com água e sabão para evitar
contaminação ao lidar com o ferimento.
Se houver envolvimento de fluidos corporais, use luvas
descartáveis, se disponíveis.

3. Controle de sangramento:
Aplique pressão direta com gaze limpa ou pano até que o
sangramento cesse.

4. Limpeza do ferimento:
Use água limpa e sabão suave para lavar o ferimento.
Evite antissépticos fortes; se houver sujeira visível, remova
com pinça esterilizada.

5. Cobertura do ferimento:
Utilize curativo estéril para proteger o ferimento e evitar
infecções.
Troque o curativo regularmente, especialmente se estiver
sujo.

6. Elevação em caso de extremidade atingida:


Se o ferimento estiver em uma extremidade, elevar a área
pode ajudar a reduzir o inchaço.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 42
Lembrando sempre a importância de:
Avaliar a gravidade: caso o ferimento seja sério, busque
assistência médica.
Higiene rigorosa: mantenha as mãos limpas e use luvas ao lidar
com fluidos corporais.
Cuidado com infecções: troque os curativos regularmente e
evite substâncias que possam danificar os tecidos.

Ao adotar essas práticas simples, é possível promover a


recuperação adequada dos ferimentos e prevenir complicações
indesejadas.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 43
FRATURAS E CORPOS
ESTRANHOS/OBJETOS
ENCRAVADOS
FRATURAS
As fraturas, resultantes da quebra ou rachadura de um osso,
demandam atenção imediata devido à dor intensa e ao potencial
risco. Os sinais reveladores incluem dor intensa, deformidade
visível, incapacidade de movimentação normal, inchaço,
hematomas, sensibilidade ao toque e sons anormais na lesão.
Para lidar com uma fratura, siga as etapas abaixo:
1. Chame ajuda profissional:
Ligue para o serviço de emergência, especialmente em
casos graves.
2. Imobilize a área atingida:
Evite movimentar a parte afetada.
Utilize uma tala, se disponível, para imobilizar a área e
prevenir movimentos involuntários.
3. Aplicação de gelo (opcional):
Se houver inchaço, aplique uma compressa de gelo
envolvida em pano na área.
Evite contato direto do gelo com a pele.
4. Elevação da área (opcional):
Eleve a parte afetada acima do nível do coração para
reduzir o inchaço.
5. Analgésico para alívio da dor (opcional):
Caso a pessoa sinta dor intensa, administrar um analgésico
de venda livre, como paracetamol, seguindo as instruções
da embalagem.
6. Abstenção de alimentação:
Evite oferecer comida ou bebida, pois a pessoa pode
precisar de cirurgia.
7. Conforto e calma:
Converse com a pessoa, proporcionando conforto
emocional e reduzindo a ansiedade.

Ao seguir essas medidas, você contribui para um atendimento


inicial eficaz em casos de fraturas, promovendo o bem-estar da
vítima até a chegada da assistência médica adequada.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 45
CORPOS ESTRANHOS E
OBJETOS ENCRAVADOS
A presença de corpos estranhos ou objetos encravados no corpo
requer cuidados específicos, variando conforme o tamanho e a
profundidade do objeto. Seguem orientações detalhadas para
diferentes cenários:

PEQUENOS OBJETOS ENCRAVADOS


Higiene prévia: lave rigorosamente as mãos para prevenir
infecções antes de tocar na área afetada.
Limpeza com água e sabão: utilize água e sabão para higienizar
a área ao redor do objeto.
Remoção cautelosa: com uma pinça esterilizada em álcool,
retire o objeto com cuidado.
Cuidados pós-remoção: após a extração, limpe a ferida e
seque com uma toalha.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 46
GRANDES OBJETOS COM PROFUNDIDADE (ex.: faca)

Higiene prévia: lave as mãos minuciosamente para evitar


infecções antes de interagir com a área afetada.
Não remoção direta: evite retirar, afundar ou mover o objeto,
pois isso pode agravar a situação.
Limpeza e curativo: limpe a região ao redor do objeto e aplique
um curativo com bandagem.
Fixação do objeto: utilize gazes e ataduras para imobilizar o
objeto e impedir movimentos.
Busque assistência especializada: procure atendimento
médico imediato para uma remoção segura e adequada.

CORPOS ESTRANHOS NOS OLHOS


Evite esfregar: não esfregue o olho, pois isso pode causar
danos adicionais.
Higienização das mãos: lave as mãos antes de tocar no olho.
Estímulo ao piscar dos olhos: peça à vítima que pisque
repetidamente para tentar remover o objeto.
Lavagem com água limpa: se o objeto persistir, lave o olho
suavemente com água limpa, inclinando a cabeça para trás.
Cobertura e assistência médica: se o objeto permanecer,
cubra o olho com gaze ou pano limpo e busque ajuda médica.

Ao seguir essas orientações específicas, você contribui para um


manejo adequado de corpos estranhos, priorizando a segurança e
a saúde da vítima.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 47
LUXAÇÕES, ENTORSES E
TRAUMAS
LUXAÇÕES E ENTORSES
As luxações e entorses são lesões articulares que requerem
atenção específica. Aqui estão os sinais distintivos e os passos a
serem seguidos ao identificar essas condições:

LUXAÇÃO: ocorre quando um osso é deslocado de sua


articulação.

Sinais:
Dor intensa na articulação afetada.
Deformidade visível na articulação.
Incapacidade de mover a articulação normalmente.

ENTORSE: envolve o estiramento ou rasgo dos ligamentos que


estabilizam uma articulação.
Sinais:
Dor na articulação.
Inchaço.
Hematomas.
Dificuldade para mover a articulação.
Sensibilidade ao toque.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 49
Procedimentos de atendimento:
1. Imobilize a área:
Evite movimentar a articulação afetada. Utilize uma tala ou
bandagem elástica para imobilizar a área e prevenir
movimentos involuntários. Caso não tenha material em
mãos, improvise com papelão e ataduras ou outro material.

2. Aplique gelo:
Reduza o inchaço aplicando uma compressa de gelo
envolvida em um pano. Aplique por 15-20 minutos, a cada 1-
2 horas, nas primeiras 48 horas.

3. Elevação (opcional):
Se possível, eleve a área afetada acima do nível do coração
para reduzir o inchaço.

4. Administre analgésico (opcional):


Em caso de dor intensa, um analgésico de venda livre,
como paracetamol, pode ser administrado conforme as
instruções da embalagem.

5. Busque assistência médica:


Procurar ajuda médica é fundamental para avaliação e
tratamento adequado. Um médico pode realinhar a
articulação (em casos de luxação) e recomendar o
tratamento apropriado.

Ao seguir esses passos, você contribui para a recuperação


adequada e minimiza complicações associadas a luxações e
entorses. Lembrando sempre da importância de buscar orientação
médica para uma abordagem profissional e personalizada.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 50
TRAUMAS
Os traumas podem afetar diferentes partes do corpo, sendo os
principais tipos os traumas no tórax, abdômen e raquimedulares.
Aqui estão as principais lesões associadas e os passos para
prestar primeiros socorros:

TRAUMAS NO TÓRAX
Fraturas costais:
Lesões nas costelas que podem causar dor intensa e
dificuldade respiratória.
Pneumotórax:
Colapso do pulmão devido ao acúmulo de ar na cavidade
pleural.
Hemotórax:
Acúmulo de sangue na cavidade pleural.

TRAUMA CARDÍACO
Lesões no coração que podem resultar em complicações
graves.

TRAUMAS NO ABDÔMEN
Lesões no fígado, baço ou rim:
Ruptura ou lesões de órgãos internos.
Perfurações intestinais:
Perfurações no trato gastrointestinal.
Hemorragias internas:
Sangramento dentro do abdômen.

TRAUMAS RAQUIMEDULARES

Lesões na coluna vertebral e medula espinhal:


Podem causar paralisia e disfunção neurológica.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 51
Passos para prestar primeiros socorros:
1. Chame ajuda médica:
Ligue para o serviço de emergência imediatamente.

2. Mantenha a calma:
Tranquilize e encoraje a vítima a permanecer imóvel.

3. Não mova a vítima:


Evite movimentos, especialmente em traumas
raquimedulares.

4. Mantenha a vítima deitada:


Deite a vítima de costas com as pernas ligeiramente
elevadas, se possível.

5. Monitore os sinais vitais:


Esteja atento à respiração e pulso. Inicie RCP se
necessário.

6. Mantenha o tórax e abdômen imobilizados:


Evite pressionar áreas suspeitas de fratura.

7. Não alimente a vítima:


Evite comida ou bebida, pois a vítima pode precisar de
cirurgia.

Ao seguir esses passos, você ajuda a estabilizar a vítima e


minimizar complicações até a chegada da assistência médica
especializada. Lembre-se sempre de priorizar a segurança da
vítima e buscar ajuda profissional imediatamente.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 52
CHOQUE ELÉTRICO E
QUEIMADURAS
CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico é uma emergência séria que requer ação
rápida. Siga este passo a passo ao encontrar uma pessoa vítima
de choque elétrico:

1. Desligue a fonte de energia:


Se possível, desligue a fonte de eletricidade para
interromper a exposição.
2. Separe a vítima da fonte de eletricidade:
Use materiais não condutores, como borracha, madeira,
isopor ou plástico, para afastar a vítima sem colocar você
mesmo em perigo.
3. Posicione a vítima adequadamente:
Se consciente, deite-a de costas. Se estiver inconsciente,
mas respirando, coloque-a deitada de lado na posição de
segurança. Em caso de parada cardiorrespiratória, inicie a
RCP.
4. Verifique a respiração e pulso:
Mantenha-se atento à respiração e ao pulso. Se a vítima
estiver inconsciente e não respirar, inicie imediatamente a
RCP.
5. Evite tocar na vítima com as mãos nuas:
Utilize materiais não condutores ao tocar ou mover a vítima
para evitar lesões adicionais.
6. Chame ajuda médica:
Ligue para o serviço de emergência para obter assistência
profissional.

Lembre-se de que o choque elétrico pode resultar em


queimaduras e lesões musculares ou nervosas. Monitore a vítima
cuidadosamente até a chegada da ajuda médica. Não hesite em
buscar assistência profissional para avaliação e tratamento
adequados.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 54
QUEIMADURAS
Queimaduras são lesões comuns que podem ser causadas por
diferentes fontes, como calor, produtos químicos, eletricidade ou
radiação.

TIPOS DE QUEIMADURAS
Queimaduras térmicas: Causadas por calor, como líquidos
quentes, vapor, fogo ou superfícies quentes. Exemplos
incluem queimaduras solares leves.
Queimaduras químicas: Resultam do contato com produtos
químicos corrosivos, como ácidos ou bases.
Queimaduras elétricas: Causadas por choque elétrico,
podendo ser graves mesmo que não pareçam externamente.
Queimaduras por radiação: Podem ocorrer devido à exposição
a fontes de radiação, como raios ultravioleta ou radiação
ionizante.

GRAU DE QUEIMADURAS
Primeiro grau (superficiais):
Atingem apenas a camada externa da pele (epiderme).
Caracterizam-se por vermelhidão, dor e inchaço.
Exemplos incluem queimaduras solares leves.

Segundo grau (parciais):


Afetam a epiderme e a camada intermediária da pele
(derme).
Apresentam bolhas, vermelhidão intensa, dor e inchaço.
Podem deixar cicatrizes se não forem tratadas
adequadamente.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 55
Terceiro grau (profundas):
Danificam todas as camadas da pele e, em alguns casos,
podem atingir tecidos subjacentes.
A pele pode parecer branca, acinzentada, marrom ou preta.
Não costumam ser dolorosas devido ao dano aos nervos.
É necessário tratamento médico.

PRIMEIROS SOCORROS
1. Avalie a situação:
Certifique-se de que a área ao redor esteja segura.
2. Resfrie a área queimada:
Para queimaduras térmicas de primeiro grau, use água fria
corrente.
3. Cubra com pano limpo:
Para queimaduras de segundo grau, cubra a área com um
pano limpo ou gaze estéril após resfriar.
4. Não estoure bolhas:
Não estoure bolhas, pois isso pode aumentar o risco de
infecção.
5. Evite produtos caseiros:
Não aplique manteiga, pasta de dente ou outros produtos
caseiros em queimaduras.
6. Busque assistência médica:
Para queimaduras de terceiro grau, choque elétrico ou
queimaduras químicas, procure assistência médica
imediatamente.

PREVENÇÃO:
É crucial prevenir queimaduras através de medidas de segurança,
como o uso de equipamentos de proteção, manuseio cuidadoso
de produtos químicos e evitando exposição excessiva ao sol.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 56
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO E ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
O infarto agudo do miocárdio, conhecido popularmente como
ataque cardíaco, é uma condição séria exigindo atenção imediata.
Aqui, aprenderemos a reconhecer os sinais e a prestar os
primeiros socorros.

SINAIS DE INFARTO
Dor intensa no peito:
Pode se espalhar para braço esquerdo, pescoço, mandíbula
ou costas.
Falta de ar.
Suor frio e úmido.
Náusea e vômito.
Ansiedade e sensação de morte iminente.
Palidez.
Pulso fraco e rápido.

PREVENÇÃO:
Mantenha um estilo de vida saudável, incluindo dieta
equilibrada, atividade física e não fumar.
Pessoas com fatores de risco, como hipertensão e diabetes,
devem seguir orientações médicas.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 58
PRIMEIROS SOCORROS

Chame ajuda médica imediatamente

Ligue para o serviço de emergência. Tempo é crucial.

Mantenha a pessoa calma

Tranquilize a vítima e faça-a descansar confortavelmente.

Administre aspirina (se disponível)

Se não houver alergia, dê uma aspirina comum para reduzir a


formação de coágulos.

Monitore os sinais vitais

Fique atento à respiração e ao pulso. Inicie RCP se


necessário.

Não deixe a pessoa sozinha

Fique com a vítima até a chegada da assistência médica.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 59
ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL
Um AVC é uma condição séria resultante do bloqueio do fluxo
sanguíneo para o cérebro (AVC isquêmico) ou do sangramento no
cérebro (AVC hemorrágico). Vamos aprender a reconhecer os
sinais e a agir corretamente.

SINAIS DE AVC
Fraqueza súbita no rosto, braço ou perna, geralmente em um
lado do corpo.
Dificuldade súbita para falar, entender ou formar palavras.
Confusão súbita, dificuldade de compreensão ou
desorientação.
Tontura súbita, perda de equilíbrio ou coordenação.
Dificuldade súbita para enxergar em um ou ambos os olhos.
Dor de cabeça súbita, especialmente se for intensa.

Há um teste popularmente utilizado em suspeitas de AVC e


altamente recomendado. Se trata do teste FAST, apresentado a
seguir:
F - Face (Rosto): sorriso assimétrico pode indicar AVC (peça
para a pessoa sorrir, se um lado estiver mais caído que o outro
é um sinal de AVC).
A - Arms (Braços): um braço caindo ao levantar é um sinal
(peça para a pessoa levantar os dois braços, se ela não
conseguir sustentar um deles, é outro sinal de AVC).
S - Speech (Fala): fala distorcida ou confusa é preocupante
(por último, peça para a pessoa falar ou cantar uma música,
caso enrole a língua ou apresente confusão, é mais um sinal
de AVC).
T - Time (Tempo): tempo é crítico; chame ajuda imediatamente.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 60
PRIMEIROS SOCORROS

Ligue para o serviço de emergência imediatamente

O tempo é essencial

Mantenha a pessoa calma

Tranquilize a vítima e a acomode confortavelmente.

Não dê comida ou bebida

Evite alimentar a pessoa.

Monitore os sinais vitais

Fique atento à respiração e ao pulso. Inicie RCP se


necessário.

Observe o tempo de início dos sintomas

Anote a hora do início dos sintomas para o tratamento.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 61
CRISE CONVULSIVA E
HIPOGLICEMIA
CRISE CONVULSIVA
As crises convulsivas apresentam-se com espasmos musculares,
movimentos bruscos e descontrolados, podendo incluir
inconsciência e olhar ausente. Ao presenciar uma crise, adote
cuidados essenciais:

1. Deitar a pessoa:
Reduz o risco de quedas, evitando lesões.
2. Remover objetos de risco:
Retire objetos cortantes próximos à vítima.
3. Afrouxar roupas:
Garante a respiração adequada, sem restringir movimentos.
4. Dar espaço e manter a calma:
Proporcione um ambiente seguro e evite agitação.

EVITE AÇÕES PREJUDICIAIS


Não imobilizar a pessoa:
Permita os movimentos durante a crise para evitar lesões.
Não colocar objetos na boca:
Evite riscos de mordidas e lesões, não introduza objetos na
boca.
Não oferecer líquidos ou alimentos precocemente:
Aguarde até que a pessoa esteja completamente alerta
para evitar aspiração.

Lembre-se, o cuidado compassivo e a compreensão são


fundamentais durante uma crise convulsiva. Busque ajuda médica
se necessário e esteja preparado para oferecer apoio emocional
à vítima após a crise.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 63
HIPOGLICEMIA
A hipoglicemia, queda perigosa nos níveis de glicose no sangue,
pode ocorrer em diversas situações, sendo mais comum em
pessoas com diabetes. Reconhecer os sintomas e agir
rapidamente são cruciais.

SINTOMAS COMUNAS
Tontura e fraqueza.
Suor excessivo.
Tremores ou agitação.
Palidez.
Batimentos cardíacos acelerados.
Fome intensa.
Confusão mental.
Dificuldade de concentração.
Comportamento anormal ou irritabilidade.

PRIMEIROS SOCORROS
Confirme a hipoglicemia:
Se consciente, pergunte sobre diabetes ou refeições
recentes para confirmar a suspeita. O jejum ou o uso
excessivo de insulina podem acarretar em hipoglicemia.

Dê Alimentos ricos em açúcar:


Ofereça suco de laranja, refrigerante ou doces para elevar
os níveis de glicose.

Aguarde e monitore:
Espere 15 minutos e observe se os sintomas melhoram.

Ofereça alimentos de longa duração:


Após melhora, forneça lanches com proteínas e
carboidratos para manter o equilíbrio glicêmico.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 64
SE A PESSOA PERDER A CONSCIÊNCIA
Chame ajuda médica imediatamente.
Posicione a pessoa de lado:
Evite lesões posicionando a vítima de lado.
Não dê alimentos ou bebidas:
Aguarde a assistência médica.

prevenção:
Controle adequado da diabetes.
Alimentação saudável.

Como utilizar um glicosímetro (aparelho utilizado para medir a


glicose no sangue):
Preparação:
Lave as mãos e assegure-se de ter o glicosímetro, tiras de
teste e dispositivo de punção, se necessário.
Insira a tira de teste:
Insira a tira no glicosímetro.
Prepare o dispositivo de punção (picada):
Insira a lanceta no dispositivo, se necessário.
Limpe o local da punção:
Limpe a área da punção (ponta do dedo).
Faça a punção:
Use o dispositivo para uma punção (picada) indolor.
Coleta da gota de sangue:
Toque a tira na gota de sangue.
Aguarde a leitura:
O glicosímetro fornecerá a leitura em alguns segundos.

Os primeiros socorros e o monitoramento adequado são


essenciais em casos de hipoglicemia. A prevenção, controle e
uso adequado de dispositivos como o glicosímetro são
fundamentais para a saúde de quem vive com diabetes.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 65
INTOXICAÇÃO E
ENVENENAMENTO
INTOXICAÇÃO E
ENVENENAMENTO
A intoxicação e o envenenamento podem resultar de várias
exposições, desde produtos químicos até picadas de insetos.
Agir rapidamente é crucial, e neste módulo, abordaremos os
passos essenciais para prestar primeiros socorros nessas
situações.

TIPOS DE AGENTES CAUSADORES


Agentes químicos:
Produtos domésticos.
Medicamentos.
Venenos para ratos e insetos.
Produtos químicos industriais.
Substâncias ácidas ou alcalinas.
Intoxicação alimentar:
Consumo de alimentos ou bebidas contaminados.
Mordidas e picadas:
Mordidas de animais.
Picadas de insetos.
Intoxicação por plantas:
Consumo de plantas tóxicas.
Intoxicação por gases:
Inalação de gases tóxicos.
Intoxicação por metais pesados:
Exposição a metais pesados tóxicos.
Intoxicação por fármacos e drogas ilícitas:
Uso de substâncias ilícitas.
Intoxicação por fungos:
Consumo de cogumelos venenosos.
Intoxicação por álcool e substâncias psicoativas:
Consumo excessivo de álcool ou drogas.
Intoxicação por radiação:
Exposição a fontes de radiação.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 67
SINAIS E SINTOMAS
Náusea e vômito.
Diarreia.
Tontura e fraqueza.
Dificuldade para respirar.
Confusão ou perda de consciência.
Erupções cutâneas ou irritação na pele.
Dor abdominal.

PRIMEIROS SOCORROS
1. Ligar para ajuda profissional:
Chame imediatamente um serviço de emergência ou centro
de controle de intoxicações.
2. Mantenha a calma:
Socorrista e vítima devem manter a calma para decisões
informadas.
3. Identifique a substância:
Se seguro, identifique a substância para orientar os
profissionais de saúde.
4. Não Induza o vômito:
Em geral, evite induzir vômito, a menos instruído por
profissionais de saúde.
5. Não dê alimentos ou bebidas:
Evite oferecer alimentos ou bebidas, a menos instruído.
6. Proteja-se:
Use luvas ou roupas de proteção se a substância for
perigosa para a pele.
7. Monitoramento:
Mantenha a vítima sob observação até a chegada da ajuda
profissional.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 68
PREVENÇÃO
Manter produtos químicos fora do alcance de crianças.
Seguir instruções de produtos perigosos.

MORDEDURAS DE ANIMAIS E PICADAS DE INSETOS


1. Avalie a situação:
Certifique-se de segurança e afaste a vítima do animal, se
necessário.
2. Limpe a ferida:
Use água e sabão para limpar, reduzindo o risco de
infecção.
3. Pressione para controlar o sangramento:
Aplique pressão para controlar o sangramento e limpar a
ferida.
4. Consulte um médico:
Busque atendimento médico, mesmo para mordidas leves.
5. Mantenha a área elevada (opcional):
Em casos apropriados, eleve a área para reduzir o inchaço.
6. Vigilância para sinais de infecção:
Após tratamento médico, fique atento a sinais de infecção.

O que não fazer em casos de mordeduras de animais e picadas


de insetos:
Não fazer torniquete.
Não tentar sugar o veneno.
Não aplicar substâncias no local afetado como por exemplo pó
de café.

Ação rápida e conhecimento são vitais para enfrentar casos de


intoxicação e envenenamento.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 69
CRISE ASMÁTICA E
REAÇÕES ALÉRGICAS
CRISE ASMÁTICA
A crise asmática é uma manifestação aguda da asma, uma
condição respiratória crônica. Durante uma crise, as vias aéreas
ficam inflamadas e contraídas, resultando em dificuldade para
respirar, chiado no peito e outros sintomas.

SINAIS DE CRISE ASMÁTICA


Dificuldade para respirar.
Chiado ou ruídos no peito.
Tosse persistente, especialmente à noite.
Ansiedade e inquietação.
Lábios e unhas azuladas.

PRIMEIROS SOCORROS
1. Acalme a pessoa:
Mantenha a calma e ajude a pessoa a se acalmar, pois a
ansiedade pode piorar a crise.
2. Posicione-a confortavelmente:
Faça a pessoa se sentar ereta, apoiando os braços em uma
superfície estável para abrir as vias aéreas.
3. Ofereça o medicamento de alívio rápido:
Ajude a pessoa a usar o medicamento de alívio rápido
conforme as instruções médicas, geralmente envolvendo a
inalação profunda do medicamento.
4. Apoie a respiração:
Incentive respirações lentas e profundas. Respire junto para
manter um ritmo calmo.
5. Evite fatores desencadeantes:
Afaste a pessoa do fator desencadeante, se possível
(alergias, fumaça, exercício).
6. Chame ajuda médica:
Se a crise não melhora após o uso do medicamento ou se a
pessoa piora, chame o serviço de emergência.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 71
FIQUE ALERTA
Mantenha-se atento até a chegada da assistência médica,
oferecendo apoio, mantendo a calma e monitorando
respiração e sinais vitais.

PREVENÇÃO:
Certifique-se de que a pessoa siga o plano de tratamento e
tome os medicamentos conforme prescrito.
Evite fatores desencadeantes conhecidos.

A crise asmática é uma condição séria que requer atenção


imediata. Agir de maneira rápida e eficaz pode fazer toda a
diferença na gestão dessa emergência respiratória.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 72
REAÇÕES ALÉRGICAS
Reações alérgicas são respostas do sistema imunológico a
substâncias estranhas, conhecidas como alérgenos, que
geralmente são inofensivas para a maioria das pessoas. Quando
uma pessoa alérgica entra em contato com um alérgeno, o
sistema imunológico pode reagir de maneira exagerada,
desencadeando uma série de sintomas que podem variar de leves
a graves.

SINAIS DE REAÇÕES ALÉRGICAS:


Coceira na pele.
Erupção cutânea ou urticária.
Inchaço nos lábios, língua, rosto ou garganta.
Dificuldade para respirar.
Sibilância (chiado no peito).
Aperto no peito.
Náusea, vômito e diarreia.
Pressão arterial baixa.
Perda de consciência.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 73
PRIMEIROS SOCORROS
1. Chame ajuda médica:
Ligue para o serviço de emergência imediatamente,
especialmente se os sintomas forem graves.
2. Identifique o alérgeno:
Tente identificar e remover a causa da reação alérgica, se
possível.
3. Administre um antialérgico (se disponível):
Ajude a pessoa a tomar um antialérgico prescrito, seguindo
as instruções médicas.
4. Mantenha a pessoa Calma:
Converse para acalmá-la, pois a ansiedade pode piorar a
reação alérgica.
5. Posicione-a confortavelmente:
Faça a pessoa se deitar de costas com as pernas elevadas,
se possível, para melhorar o fluxo sanguíneo.
6. Monitore os sinais vitais:
Mantenha um olho na respiração, pulso e pressão arterial.

Use um EpiPen (se disponível):


Se a pessoa tiver um EpiPen (dispositivo de epinefrina)
prescrito para reações alérgicas graves, saiba como usá-lo. O
EpiPen reverte rapidamente reações alérgicas graves.
Fique alerta:
Importante ficar atento até a chegada da assistência médica,
monitorando sinais vitais e observando qualquer piora dos
sintomas.

Reações alérgicas podem variar em gravidade, e uma resposta


rápida pode ser crucial para evitar complicações. Esteja
preparado para agir de acordo com a gravidade dos sintomas e
chame ajuda profissional sempre que necessário.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 74
INSOLAÇÃO E
HIPOTERMIA
INSOLAÇÃO
A insolação ocorre devido à exposição prolongada aos raios
solares sem a devida hidratação e proteção. Esse quadro pode
ser grave e demanda ação imediata para evitar complicações.

SINTOMAS
Pele seca, quente e avermelhada.
Aumento da temperatura corporal.
Dor de cabeça intensa.
Aumento da frequência respiratória.
Confusão mental.
Sede intensa.
Tontura, desmaios.
Náuseas e vômitos.
Extremidades arroxeadas.
Sangramento, convulsões, perda da consciência ou coma
(casos graves).

PRIMEIROS SOCORROS
1. Retire a vítima do sol:
Leve-a à sombra em local fresco e arejado.
2. Remova peças de roupa:
Remova o máximo de peças de roupa possível.
3. Posicione a pessoa:
Deixe-a em repouso, sentada (caso consciente) e
recostada.
4. Hidratação:
Ofereça água fria para beber ou outro líquido não alcoólico.
5. Resfriamento:
Dê banho, borrife água fria ou cubra a pessoa com panos
encharcados.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 76
PREVENÇÃO
Evite a exposição prolongada ao sol, especialmente em
horários de pico.
Use protetor solar, roupas adequadas e chapéus.
Mantenha-se hidratado, bebendo água regularmente.
Esteja ciente dos sintomas e aja rapidamente em caso de
insolação.

A insolação é uma condição séria que requer atenção imediata. A


prevenção é fundamental, mas se os sintomas surgirem, é crucial
agir prontamente, proporcionando resfriamento e hidratação à
vítima. Em casos graves, busque assistência médica imediata.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 77
HIPOTERMIA
A hipotermia ocorre quando o corpo perde calor mais rápido do
que pode produzi-lo, resultando em uma perigosa queda na
temperatura corporal. Essa condição pode ser grave e requer
intervenção imediata.

PRIMEIROS SOCORROS
1. Mova a pessoa para um local quente e seco:
Retire a pessoa do frio e do vento, se possível. Um local
quente e seco é essencial.
2. Remova roupas molhadas:
Troque roupas molhadas por roupas secas e aquecidas.
3. Cubra a Pessoa:
Cubra a pessoa com cobertores, casacos ou roupas
quentes.
4. Ofereça bebidas quentes:
Dê à pessoa bebidas quentes, como chá, caldo ou água
morna. Evite bebidas alcoólicas, pois podem agravar a
hipotermia.
5. Mantenha-a aquecida:
Mantenha a pessoa aquecida até que a temperatura
corporal retorne ao normal. Monitore a respiração e o
pulso.
6. Evite o aquecimento rápido:
Evite aquecer a pessoa muito rapidamente, pois isso pode
causar choque. Aquecimento gradual é mais seguro.

A hipotermia é uma emergência médica que exige ação imediata.


Ao seguir esses passos, você ajuda a restaurar a temperatura
corporal da pessoa afetada. Caso os sintomas persistam ou se
agravem, procure assistência médica sem demora. A prevenção,
como vestir-se adequadamente em condições frias, também é
crucial para evitar a hipotermia.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 78
EMERGÊNCIAS
PSICOLÓGICAS E LEI
LUCAS
EMERGÊNCIA PSICOLÓGICA
Emergências psicológicas abrangem situações como estresse
extremo, crises emocionais, ideação suicida, pânico ou surtos
psicóticos. Oferecer ajuda adequada nessas circunstâncias é
crucial para a segurança e o bem-estar da pessoa.

PRIMEIROS SOCORROS
1. Mantenha a calma:
Mantenha a calma e adote uma atitude empática e não
julgadora.
2. Comunique-se:
Estabeleça uma conexão:
Sente-se ou fique ao lado da pessoa, mantendo um
espaço pessoal confortável.
Ouça com empatia:
Dê à pessoa a oportunidade de falar sobre o que está
acontecendo. Escute atentamente e mostre que você se
importa.
Fale com calma:
Use uma voz calma e tranquilizadora. Evite confrontos
ou confrontações.
3. Ofereça apoio:
Pergunte como pode ajudar:
Pergunte à pessoa o que você pode fazer para ajudar,
respeitando os limites dela.
Evite julgamentos:
Não julgue a pessoa por seus sentimentos ou
experiências. Demonstre empatia e compreensão.
4. Não deixe a pessoa sozinha:
Se a pessoa estiver em risco iminente de autolesão ou
suicídio, não a deixe sozinha. Procure ajuda profissional ou
ligue para um serviço de prevenção ao suicídio.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 80
5. Ligue para ajuda profissional:
Se a situação for grave ou envolver ideação suicida, entre
em contato com um profissional de saúde mental ou um
serviço de emergência psiquiátrica.

6. Ofereça informações de recursos:


Forneça à pessoa informações sobre recursos de apoio,
como números de prevenção ao suicídio, clínicas de saúde
mental ou terapeutas.

7. Respeite a privacidade:
Mantenha a confidencialidade da pessoa, a menos que haja
preocupações imediatas com a segurança dela.

8. Acompanhamento:
Ofereça-se para acompanhar a pessoa ao profissional de
saúde mental, se apropriado.

Oferecer suporte e buscar ajuda profissional são passos


essenciais em situações de emergência psicológica. Priorize a
segurança e o cuidado da pessoa envolvida.

C E R TIFICADO CU R S O S O N L I N E 81
LEI LUCAS
A "Lei Lucas" é uma legislação brasileira concebida para
aprimorar a segurança de crianças em ambientes educacionais,
especialmente focada na preparação de professores e
funcionários para lidar com situações de emergência. Esta lei é
uma homenagem a Lucas Begalli Zamora, uma criança que
tragicamente faleceu após sofrer um episódio de engasgo
durante uma viagem escolar. O triste incidente destacou a
necessidade premente de melhorar a prontidão dos profissionais
da educação em casos de emergência.

ANTECEDENTES DA LEI LUCAS


A legislação foi criada em resposta à morte de Lucas Begalli
Zamora, cujo engasgo durante uma viagem escolar não recebeu a
assistência adequada. A tragédia sublinhou a urgência de
aprimorar a preparação dos professores e funcionários para
responder eficazmente a situações críticas.

O QUE A LEI ESTABELECE


Professores e funcionários de escolas, creches e instituições
similares devem passar por treinamento em primeiros
socorros.
O treinamento deve abranger noções básicas de primeiros
socorros, incluindo ressuscitação cardiopulmonar (RCP), uso
de desfibriladores automáticos externos (DAEs) e identificação
de situações de emergência.

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BENEFÍCIOS DA LEI

A Lei Lucas tem como objetivos:


Aumentar a segurança das crianças em ambientes
educacionais.
Capacitar professores e funcionários para reagir
adequadamente em situações de emergência, como crises de
convulsão, paradas cardíacas ou engasgamentos.
Reduzir o tempo de resposta em casos de emergência, fator
crucial para a sobrevivência em algumas situações.

IMPLEMENTAÇÃO DA LEI

A implementação da Lei Lucas requer a realização de


treinamentos específicos em primeiros socorros para professores
e funcionários. As escolas são responsáveis por garantir que
esses profissionais sejam devidamente treinados e atualizados
regularmente.

A "Lei Lucas" representa um passo significativo na garantia da


segurança das crianças em ambientes educacionais. Reconhece a
importância da capacitação em primeiros socorros para os
profissionais da educação, possibilitando uma resposta mais
eficiente em situações de emergência.

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REFERÊNCIAS
Bernoche C, Timerman S, Polastri TF, Giannetti NS, Siqueira AWS,
Piscopo A et al. Atualização da Diretriz de Ressuscitação
Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência da Sociedade
Brasileira de Cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol. 2019;
113(3):449-663

BRASIL. Decreto Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940.

BRASIL, Ministério da Saúde.Manual de Primeiros Socorros. Rio de


Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.

Lopes, Cassia Oliveira. Manual de Primeiros Socorros para Leigos.


Suporte Básico de Vida. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde
– SAMU-192, 2022.

MORSCH, José Aldair. Quais os sinais vitais normais e como fazer


a verificação. 2022.

PORTAL EBC. Telefones úteis e de emergência do Brasil. 2013.

SOUSA, Fátima Aparecida Emm Faleiros. Dor: o quinto sinal vital.


Revista latino-americana de enfermagem, v. 10, p. 446-447, 2002.

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