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Mortalidade Incidência em %
Causas externas 42,3
Doenças circulatórias 4,9
Neoplasias 12,4
Doenças infectoparasitárias 6,0
Doenças respiratórias 6,1
Afecções neonatais 3,1
Outras causas 25,2
Total 100
Quantos às causas externas não intencionais, os maiores casos se encontra em
acidente de trânsito, afogamentos, queimaduras quedas, intoxicações e
envenenamentos, engasgos e sufocamento.
As causas externas de traumas aumentam os índices de mortalidade no país e
afetam ambos os sexos, atingindo todos os níveis socioeconômicos. Essas
lesões por causas externas são consideradas um dos principais problemas de
saúde pública no Brasil e no mundo.
A morte por traumas pode ocorrer imediatamente após o acidente ou até
tardiamente. Assim, é imprescindível prestar um atendimento rápido, correto
e resolutivo, pois isso influenciará nos índices de morte por trauma no país e
no mundo.
Mortes por Trauma
Causas Mortalidade %
Acidentes com transporte 32,3
Acidentes com armas de fogo 22,0
Quedas 9,3
Envenenamento e intoxicações 8,1
Queimaduras 4,1
Afogamentos 4,0
Outras causas 20,2
Total 100
Percebe-se que embora o atendimento seja importante para a redução da
mortalidade, as medidas de prevenção tornam-se ainda mais importantes,
pois influenciam na redução dos custos, na diminuição do risco de sequelas em
capacidades para o trabalho em atividades cotidianas, além de contribuir para
a efetiva qualidade de vida do indivíduo.
Como medidas de prevenção, podem ser adotados programas de educação da
população, buscando a mudança de comportamentos. Esses problemas
podem ser realizados por meio de campanhas, leis e rígidas penalidades,
educação em escolas em ambientes de trabalho, fiscalização do
comportamento.
ASPECTOS LEGAIS – OMISSÃO AO
SOCORRO
De acordo com o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro
consiste em “Deixar de prestar assistência, quando possível faze-lo
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa invalida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente
perigo; não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública”.
Pena: detenção de 1 a 6 meses, ou multa.
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão
resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicidade, se resulta
em morte.
Qualquer pessoa que deixe de prestar ou providenciar socorro
à vítima, podendo fazê-lo, estará cometendo o crime de
omissão de socorro, mesmo que não seja a causadora do
evento.
Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma
assistência à vítima. A pessoa que chama por socorro
especializado, por exemplo, já está prestando e
providenciando socorro e descaracteriza a ocorrência de
omissão de socorro.
DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER
SENDO ATENDIDA – DIREITO DE RECUSA
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o
direito de recusar o atendimento. No caso de adultos, esse direito
existe quando eles estiverem conscientes e com clareza de
pensamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como:
crenças religiosas ou falta de confiança no prestador de socorro
que for realizar o atendimento. Nestes casos, a vítima não pode ser
forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar-
se de que o socorro especializado foi solicitado e continuar
monitorando a vítima, enquanto tenta ganhar a sua confiança
através do diálogo.
Caso a vítima esteja impedida de falar em decorrência do acidente, como um trauma
na boca por exemplo, mas demonstre através de sinais que não aceita o atendimento,
fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro,
deve-se proceder:
• Não discuta com a vítima;
• Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças
religiosas;
• Não toque na vítima, isso poderá ser considerado como violação dos seus direitos;
• Informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar
o direito dela de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la no que
for necessário;
É recomendável a busca de uma testemunha de que o atendimento foi recusado por
parte da vítima.
No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo responsável legal.
Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do socorro
especializado, o prestador de socorro deverá se possível, ter testemunhas que
comprovem o fato.
O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser:
• Formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento,
após a identificação do prestador de socorro;
• Implícito, quando a vítima está inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto
de não poder verbalizar ou sinalizar consentindo com o atendimento.
Nesse caso, a legislação cita que a vítima daria o consentimento, caso tivesse
condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.
Este consentimento também pode ser aplicado em casos de crianças
desacompanhadas.
Visando evitar maiores problemas em relação a responsabilidade
no atendimento, os profissionais devem exercer suas funções
baseados sempre nos princípios éticos e legais que norteiam os
atendimentos de emergência. Esses princípios incluem a
beneficência, a não maleficência, a justiça e a boa-fé.
A responsabilidade profissional está ancorada nas modalidades de
culpa, que são a NEGLIGÊNCIA, a IMPRUDÊNCIA e a IMPERÍCIA.
PRINCÍPIOS DOS PRIMEIROS SOCORROS
A ideia principal quando se trata de primeiros socorros é a prevenção. Essa é a
melhor solução para evitar problemas, sequelas e garantir maior segurança às
pessoas. Nas medidas preventivas, devem ser avaliados os fatores que
influenciaram o acidente.
Pré-acidente Eventos como uso abusivo de álcool, drogas, cansaço, doenças pré-existentes,
estado mental.
Durante o acidente Tipo do impacto, condição de proteção das vítimas.