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Primeiros Socorros

para cães e gatos

Nenhuma responsabilidade é assumida pela empresa


ou instrutor em relação às sugestões, recomendações e
ensinamentos no material ou treinamento.

De nenhuma maneira os materiais ou treinamentos


intendem ser substitutos do próprio cuidado
veterinário, mas sim um suplemento.
O que são primeiros socorros
Primeiros socorros são os cuidados imediatos dados ao pet que sofreu uma
injúria ou que, repentinamente, ficou doente. São um pequeno tratamento de
emergência que tira o animal de uma situação de risco por um tempo
suficiente até que se consiga ajuda médica. Dependendo da gravidade da
situação pode incluir, além dos cuidados em casa ou no local, cuidados
veterinários.

Segundo Shojai, A. (2010), a falta de preparo ou de conhecimento sobre


primeiros socorros podem ser paralizantes para as pessoas no local, e o tempo
perdido com medos e indecisões pode ser crítico para a recuperação do animal.
Às vezes o domínio destas simples habilidades e técnicas pode ser a diferença
entre a vida e a morte do animal, deficiências temporárias e permanentes, altas
contas médicas e gastos razoáveis com cuidados em casa e rápida e longa
recuperação do animal. É indispensável, portanto, que todos os Anjos
dominem as técnicas de primeiros socorros para pets, e também, que tenham
sempre em mãos o kit de primeiros socorros básicos.

Estatísticas indicam que acidentes preveníveis são a principal causa de morte


entre cães e gatos pré-idosos. A maioria das situações pode ser prevenida.
Quanto mais você souber sobre a saúde do pet, maior a chance de você manter
um problemas simples longe de se tornar um grande problema.

É importante lembrar que nem todas as situações precisarão de cuidado


veterinário, mas no caso de dúvida é importante entrar em contato com a Pet
Anjo, que questionará aos veterinários de suporte, auxiliando nos casos
específicos.

Cuidados com pets, como a maioria dos assuntos, não são sempre "preto e
branco”. Existem diversas maneiras diferentes de lidar com a mesma situação
de saúde. Nós recomendamos as medidas que funcionam melhor na maior
parte das situações. Confie em seu bom senso, na habilidade do pet de se
cuidar e consulte um veterinário se necessário.

Além de saber os cuidados de primeiros socorros, é importante que o cliente e


você adotem os cinco elementos para o bem estar ótimo, manter-se saudável e
ativo. Os cinco elementos são:

-  o laço homem/animal,
-  conhecer a saúde do pet,
-  exercício,
-  nutrição adequada e
-  suplementação.
Prioridades do cuidado de emergência
Uma pesquisa sistemática na cena e cuidado ao se aproximar são ideais para
prevenir mais injúrias ao pet, outras pessoas e você mesmo.
1. Proteja o pet, as pessoas e você mesmo:
Contenha e/ou coloque a focinheira do pet com segurança, para que nem o
cuidador, nem alguém que está passando no local se machuque no processo
de assistência. Mas lembre-se: nunca contenha o pet quando ele estiver
vomitando, se estiver sufocando, convulsionando ou com problemas de
respiração. Além disso, fique atento pois qualquer animal com dor ou que ao
ser movimentado sente dor, poderá e irá morder.
2. Entornos:
Perigos ameaçadores para a vida dos pets existem em todos os locais. Como
um tutor ou cuidador de pets você deve estar atento aos perigos inerentes à
cada ambiente, para que você possa estar preparado: prevenindo e
controlando a situação.
3. Trânsito:
Outra causa comum de injúrias preveníveis aos pets são acidentes provocados
por veículos motores. Quando pets saem da casa e quintal, brincam com
outros animais e etc, eles estão em risco de serem atropelados por veículos.
Além disso, pets também precisam ser adequadamente contidos dentro do
carro para evitar injúrias no caso de um acidente.
4. Injúria e bem estar:
Dependendo da situação você precisará chamar por ajuda ou por transporte
do pet para o hospital veterinário mais próximo.
Injúrias que colocam a vida do animal em risco são:
-  sem batimento cardíaco,
-  sem respiração,
-  sangramento persistente ou incontrolável,
-  ossos quebrados,
-  perfuração do abdômen ou área do peito,
-  tentativa de vômito (esforço para vomitar mas não conseguir) que é
suspeita de envenenamento ou torção gástrica,
-  diarréia severa e/ou
-  perda de consciência.
Doenças:
Pets podem carregar diversas doenças transmissíveis para seus companheiros
humanos e vice e versa. São chamadas de zoonoses. Podem ser contraídas de
fluidos corporais como sangue, saliva, excremento ou transmitidas através de
feridas abertas como mordidas ou arranhões. Condições sanitárias e cuidados
veterinários adequados ajudarão a prevenir a transmissão da maior parte
dessas doenças.
Primeira avaliação do pet
Em uma situação emergencial é importante antes de mais nada, saber
dimensionar a gravidade do problema. Este processo é chamado de triagem
e prioriza situações e danos no corpo segundo a gravidade, fazendo com
que você lide antes com os riscos mais graves, para salvar a vida do animal.
Somente depois você cuidará dos outros problemas que não colocam a vida
do animal em risco.
Siga as prioridades do cuidado de emergência e certifique-se de que está em
um local seguro, tanto para você quanto para o animal. Não será bom para
nenhum dos dois se você realizar os primeiros socorros no meio de um
prédio em chamas ou em uma estrada movimentada.

Em geral os danos internos ou do organismo como um todo, como choque


ou intoxicação, têm precedência sobre danos externos, como cortes ou pata
quebrada. Apesar de, logicamente, seja sério e doloroso um globo ocular for
a da órbita ou uma queimadura, eles não são, necessariamente, uma ameaça
de vida e podem ser cuidados depois que damos mais graves tiverem sido
tratados. Nao adiantará cuidar da boca queimada caso seu animal tenha
mastigado um fio elétrico, se ele tiver parado de respirar por causa do
choque.

Como iniciar a avaliação do estado do pet:


1.  Fique calmo
2.  Se aproxime do animal por trás
3.  Bata o pé no chão
4.  Chame o animal “Cão, cão, você está bem?”
5.  Avalie:

O Pet reage?
Se mexe, move os olhos, vocaliza, etc?

Sim Não
Primeiros socorros Sem batimento cardíaco?
Específicos – 95% Sem respiração?

R!
O Pet não reage: emergências
A melhor coisa a se fazer em qualquer situação de emergência é manter a
cabeça, se manter calmo e ter um sistema pronto para responder à situação.
Manter as coisas simples é o melhor curso de ação.
Não importa se você é um veterinário, médico, profissional da área de
cuidados com animais ou tutor de um pet, existem apenas 3 situações que
você vai encontrar:
Ø  Ressuscitação cardio pulmonar*
(sem batimento cardíaco)
Essa é uma real emergência, com risco de morte. Clinicamente falando esse
paciente esta morto. Apesar disso o paciente pode não estar morto em um
nível biológico. Em outras palavras as células do seu coração e do seu cérebro
ainda estão vivas. Essas são as celular mais delicadas, eles podem ficar apenas
alguns minutos sem o suprimento de oxigénio e sangue antes que ocorram
danos irreparáveis as células.

Ø  Respiração artificial
(com batimento cardíaco e sem respiração)
O paciente tem pulso, mas não está respirando. Então nós iremos salva-lo
respirando por ele. A falta de respiração pode ser causada por muitos fatores
incluindo afogamento, trauma, envenenamento, eletrochoque ou ser deixado
em um espaço confinado.

Ø  Primeiros socorros
(com batimento cardíaco e respirando)
Animal tem batimento cardíaco e está respirando, mas algo não está certo. O
pet não estar agindo normalmente. O pet pode estar consciente ou
inconsciente. Podem estar presentes: sangramento, choque, mordida de
inseto, injuria por calor, como uma queimadura ou insolação, uma injuria por
frio como hipotermia, convulsão, mordida de cobra, etc. Esse paciente precisa
de primeiros socorros.

* O mais importante é o coração voltar a bater, depois vem a respiração.

Você não conseguirá ajudar um pet se tiver machucado enquanto


estiver tentando auxiliá-lo. Quando estiver prestando cuidado a
qualquer pet, tenha certeza que fez a contenção da boca e do
corpo, quando apropriado. Não contenha com mordaça caso o
animal não esteja respirando, esteja vomitando, se estiver
sufocando, convulsionando ou com demais problemas de
respiração.
Primeira avaliação do pet
Observar o ambiente, para a segurança do pet, do cuidador e das pessoas ao redor é chave
para evitar injurias ou causar ainda mais danos. Seja o líder do grupo, tome controle da
situação e comece o RCP .

Aproxime-se com segurança e avalie:


Pare e respire para tomar controle total dos seus recursos, físico e mentais. Se
aproxime do paciente animal analisando a cena para qualquer perigo para você,
para pet e para as pessoas ao redor. Dê um passo para trás, bata no chão com os pés e
fale alto. “Pet, pet, você está bem !?”
Ø  Se ele responder com respiração, se movendo, ou vocalizando...
•  Assuma o controle sobre o paciente pet
•  Contenha a boca (mordaça) e o corpo
•  Faça a avalição do focinho à cauda
•  Administre primeiro socorros se necessário
•  Entre em contato com o veterinário e transporte o animal

Ø  Se você não obtiver resposta do pet:


•  Ajoelhe por trás do animal
•  Procure por batimento cardíaco: coloque a mão que está mais próxima da cauda
no externo do animal; busque pulso na artéria femoral; dê uma leve batida em
sua pálpebra; belisque firmemente a pele entre os dedos do animal. Coração
funciona?
•  Coloque a outra mão por baixo da mandíbula do animal e estenda a parte inferior
da mandíbula (queixo) para abrir as vias aéreas. Mantendo as mãos no pet...
o  Olhe por movimentos e subida e descida do peito
o  Ouça por qualquer troca de ar
o  Sinta por movimentos e saída de ar quente da boca.
•  Mantenha a via aérea aberta. Respira?
Faça isso com os 2 braços estendidos para manter o perigo apenas na altura dos
braços.
Faça a sequência acima em 12 segundos.
•  Chame ajuda de quem estiver ao redor! Mas não perca tempo, comece
imediatamente o procedimento de emergência apropriado!

Se o animal não tiver pulso/ batimento cardíaco: comece imediatamente o RCP!


Quanto mais rápido você começar com pressões torácicas e respiração, melhor a taxa de
sucesso. Objetivo é começar o RCP dentro de 12 segundos. Continue fazendo 30
compressões com duas respirações por 2 minutos (10 sequências). Depois de 2 minutos,
cheque o pulso e reavalie.
* As 15 primeiras compressões são apenas um prime, as seguintes é que irão mover o
coração.
* É muito comum se quebrar uma costela do animal durante as compressões, devido à força.
Se não for feita a compressão, porém, o animal tem altas chances de vir à óbito, logo a
fratura é colocada em perspectiva.
* 2 minutos de sequência 30 compressões + 2 respirações equivale aproximadamente a 10
sequencias de 30 compressões e 2 respirações.
Mapa situacional
1.  Fique calmo
2.  Se aproxime do animal por trás
3.  Bata o pé no chão
4.  Chame o animal “Cão, cão, você está bem?”
5.  Avalie:

O Pet responde?

Sim, responde Não responde


R! ?! R! ?!

- Assuma controle - Ajoelhe por trás do animal.


- Contenha o animal - Procurar por batimento cardíaco
- Avaliação do focinho à cauda 12 (mão no externo, pulso na a. femoral)
- Faça os primeiros socorros segs - Mão por baixo da mandíbula e extenda
necessários. para abrir vias aéreas.
- Protocolo de emergência: - Mantenha sempre os braços extendidos
hospital, avisar Pet Anjo, ou casa. para manter distância segura.

Ressuscitação Respiração
cardio artificial
pulmonar
R!
R!
-  Extenda a cabeça para abrir vias aéreas.
10 x (30 compressões + 2 respirações) -  A passagem de ar está limpa?
Fazer por aproximadamente 2 minutos -  Puxe a língua para fora (depois dos
caninos)
-  Comprima os lábios e a boca juntos
Checar pulso -  Ventile uma respiração (por 1 segundo)
e observe o torax subir
-  Mantenha a respiração com a frequência
Tem pulso Não tem pulso de 10 respirações por minuto e reavialie a
cada 1 minuto (10 respirações).
Respira?
Continua RCP Respira?

Sim Não
Sim Não

Primeiros socorros
Continua RA
específicos e protocolos de
emergência Primeiros socorros
específicos e protocolos de
emergência
Respiração Cardio Pulmonar (RCP)
Definição: Comprimir externamente o coração para facilitar a função
respiratória e inflar mecanicamente os pulmões para mimetizar a função R!
respiratória
Causas: Muitas causas externas podem ser atribuídas ao coração parar de bater, incluindo
choque elétrico, envenenamento, trauma e reações alérgicas.
Sinais: O pet não estará respondendo e não estará respirando.
Ações para a sobrevivência: Comece o RCP e transporte o animal imediatamente para o
hospital veterinário.
Se o pet não está respirando comece o RCP.
Reavalie após 2 minutos: A cada 2 minutos cheque o pulso. Se não houver pulso, continue o RCP.
Se estiver cansado reposicione suas mãos ou alterne com outra pessoa.
•  Sem resposta, sem pulso, sem respiração.
•  Faça 30 compressões cardíacas.
•  Puxe a língua do animal mais para fora que os dentes caninos. Segure firmemente o focinho do
animal e comprima a boca, mantendo a mandíbula firmemente fechada.
•  Coloque sua boca e lábios sobre o nariz do animal. Respire sobre o nariz do animal por 1
segundo, tomando cuidado para não superventilar. Observe o tórax subir. Depois de duas
respirações...
•  Continue fazendo sequências de 30 compressões e duas respirações por 2 minutos
(aproximadamente 10 sequências).
•  Depois de 2 minutos cheque o pulso e reavalie a situação.
Dicas: Conte as compressões em voz alta, e comprima de metade a um terço da profundidade do
tórax do animal.

Sem pulso 30 compressões Puxe a língua para fora, Comprima os lábios Ventile: 2 respirações
depois dos caninos e a boca, unidos em 2 segundos

Três tipos de compressão:


Lado a lado: Posicione o pet de lado. Comprima o palma de uma das mãos sobre o coração e outra
embaixo do peito. Comprima contra o chão.
Peito de Barril: Pugs, buldoges e bassets que têm torax largos, devem ser posicionados de costas
para o chão e as compressões devem ser similares às de humanos
Taco: Para gatos, cães mini e filhotes. Mão ao redor do peito apetando com o dedão e os 2 dedos
do meio unidos.

-  Compressões fortes e rápidas


-  Permita que o torax recue por
completo
-  Não se debruce sobre o animal
-  O ideal é rotacionar com outra pessoa
Lado a lado Peito de barril Taco
Respiração Artificial
Definição: Inflar mecanicamente os pulmões para mimetizar a R!
função respiratória.
Causas: Muitas causas externas podem ser atribuídas à paradas respiratórias, incluindo
choque elétrico, envenenamento, trauma da cabeça, drogas e afogamentos.
Sinais: O pet não estará consciente, não estará respirando e terá pulso.
Ações para a sobrevivência: Comece a respiração de resgate.

Depois de 2 minutos de RCP, reavalie. Se tiver batimento cardíaco/pulso, mas não estiver
respirando, comece a respiração de resgate .

•  Estenda a cabeça do animal para abrir as vias aéreas


•  A passagem de ar está limpa?
•  Puxe a língua do animal mais para fora que os dentes caninos. Segure firmemente o
focinho do animal e comprima a boca, mantendo a mandíbula firmemente fechada.
•  Coloque sua boca e lábios sobre o nariz do animal.
•  Respire sobre o nariz do animal por 1 segundo, tomando cuidado para não superventilar.
Observe o tórax subir.
•  Remova sua boca e olhe o tórax se abaixar. Continue respirando. Cada respiração (subida
e descida) deve ter duração de 1 segundo. Mantenha o ritmo de 10 respirações por minuto.
O que importa mais é a continuação, e não a frequência.
•  Transporte o animal para o hospital veterinário.

Dicas:
-  A respiração deve ser feita no focinho e não na boca.
-  Não levante a cabeça do cão, apenas vire um pouco, pois ele pode ter algum problema no
pescoço.
-  Geralmente os animais sofrem primeiros parada respiratória; seu coração pode
continuar batendo por um tempo, mesmo depois de cessada a respiração.
-  A respiração artificial deve ser iniciada em minutos para salvar a vida do animal.
-  Inicie a respiração de salvamento imediatamente, mas esteja preparado para continuá-
la no carro, a caminho do hospital.
-  Observe a subida e a descida do peito do animal, ou sinta a sua respiração na palma de
sua mão. Se o animal não estiver respirando, suas gengivas se tornarão azuis pela falta de
oxigênio.

Estenda a cabeça, Puxe a língua para Comprima lábios e Ventile uma Olhe o peito subir e
abrindo as vias fora, depois dos boca respiração por um descer
aéreas caninos segundo

Antes de dar início à respiração artificial, verifique se a passagem de ar está limpa. Abra a
boca de seu cão e veja se encontra algum corpo estranho. Se a passagem de ar estiver
bloqueada, segure sua língua e puxe-a para fora para deslocar o objeto, ou coloque seus
dedos, , um pequeno alicate ou uma pinça para agarrá-lo. Se não conseguir pega-louse a
manobra de Heimlich. Depois que a passagem estiver desobstruída comece a respiração de
salvamento.
Avaliando reações
Os animais, em uma situação normal e quando saudáveis, estão alertas, curiosos e reativos. Veja a
tabela abaixo para determinar se o comportamento de seu animal é motivo para preocupação.

Nível de consciência Significado Levar ao veterinário?

Alerta e reativo ao dono e ao estímulo externo;


se você o chama para uma brincadeira, ele deve Normal Não
corresponder

Abatido; baixa resposta a estímulos visuais ou Sim, no dia seguinte, se o


táteis; pode estar sonolente ou relutante em se Comum a muitas doenças estado não melhorar com
mexer um primeiro tratamento

Provável envolvimento
Desorientado; tromba em objetos, andar
neurológico ou do ouvido Sim, no mesmo dia
incerto ou em círculos, pende para um lado
interno

Letargia; só desperta com estímulo muito Problema neurológico ou


Sim, imediatamente
doloroso metabólico; sério

Emergência! Grave dano


Comatoso (incapaz de acordar) ou tendo Sim, imediatamente
neurológico ou falência por
convulsões
ferimento, doença ou toxina
Avaliando os sinais vitais
Checando o pulso:
Com a palma da mão ou na artéria femoral (na dobra da pata traseira, na virilha – pressione seus dedos no
local). Será mais difícil encontrar se o animal estiver abatido, desidratado ou com baixa pressão
sanguínea.
Conte o número de pulsos em 15 segundos e multiplique o número por 4.
A frequência normal é:
Cães adultos: 60-140 batimentos por minuto
Cães de raças pequenas ou filhotes: 90-140 batimentos por minuto
Gatos: 110-240 batimentos por minuto

Checando a respiração:
Pode ser checado visualmente ou com as mãos sobre o tórax ou na frente do focinho.
Cachorros mais peludos ou que estão em exercício respiram mais rápido e podem até ofegar duzentas
vezes por minuto. Nos gatos, uma respiração arquejante e de boca aberta são consideradas sinais de
perigo, porque os gatos não ofegam normalmente como uma forma de se resfriar, como os cães.
Conte o número de pulso em 30 segundo e multiplique o número por 2.
A frequência normal é:
Cães: 10-30 respirações por minuto
Gatos: 10-40 respirações por minuto

Checando gengivas e mucosas:


Mucosa oral e ocular.
Como regra geral:
Rosa: normal
Branco/pálido: Anemia ou choque
Amarelado: Icterícia (problemas hepáticos)
Azul cinza: Falta de oxigénio nas celular (inalação de fumaça ou asfixia)
Vermelho cereja brilhante: intoxicação por monóxido de carbono ou insolação

Tempo de preenchimento capilar:


Os capilares são pequenos vasos sanguíneos que ficam próximos à superfície da pele. Eles são mais fáceis
de serem vistos nas gengivas, acima dos dentes. Você poderá avaliar o estado da circulação sanguínea do
animal através desse teste.
Checando : Levante o lábio superior e aperte o dedão contra a área da gengiva logo acima do dente canino
por alguma segundo, ou até que a gengiva fique branca (bloqueio do fluxo normal). Remova o dedão e
observe o retorno da cor da gengiva. A cor deve retornar em até 1 ou 2 segundos.
1 - 2 segundos: normal
2 – 4 segundos: moderado a fraco; possível desidratação ou choque
Mais de 4 minutos: emergência- problema grave, desidratação ou choque
Menos de 1 segundo: emergência- problema grave; insolação, choque

Checando a temperatura:
Ligue o termômetro digital, aplique lubrificante no termômetro, contenha o pet próximo a você e,
mantendo a calda elevada e para o lado, gentilmente gire o termômetro para dentro do anus e segure até
que ouça o apito do aparelho. Retire o termômetro e não se esqueça de limpa-lo, preferencialmente com
álcool.
Temperatura normal: 37,9-39,1
Temperatura abaixo de 35 e acima de 40: levar no veterinário

Desidratação:
Você pode avaliar o grau de desidratação ou de perda de líquido de seu animal com um simples teste. O
primeiro sinal de problema é a falta de elasticidade da pele. Normalmente, cães e gatos hidratados
apresentam uma pele extra solta no alto de suas cabeças e na base de seu pescoço, que é fácil de pegar.
Quando o equilíbrio líquido do organismo do animal está normal, é possível puxar delicadamente o pelo
do pescoço, e, ao solta-lo, a pele voltará imediatamente a uma posição normal. Quanto mais grave a
desidratação, mais lento será o movimento de retração da pele.
Contenção
1.  Protege você de ser mordido ou arranhado por um animal ferido enquanto
administra os primeiros socorros.
2.  Restringe os movimentos do animal, impedindo-o de tornar o machucado pior.
3.  Mantem o animal no mesmo lugar, permitindo que o ferimento possa ser
examinado e tratado.

Mordaça:

Contenção com toalha: Contenção esticada:

Contenção do abraço: Contenção ajoelhada:


Administração de comprimidos e
líquidos
Comprimidos:
-  Mais fácil: escondidos em algum petisco gostoso, como queixo, salsicha ou bolinha de carne. Mas
é comum engolirem o petisco e cuspirem o comprimido. Ter certeza de que engoliu.
-  Colocar no fundo da língua:
o  Circunde o topo do focinho com a mão, pressionando ambos os lados de sua mandíbula ao longo
da linha da gengiva, exatamente atrás dos caninos (maiores). Isso fará com que o cão abra a boca.
o  Quando o cão abrir a boca, empurre o comprimido para o fundo da língua com a outra mão.
o  Depois faça carinhos no pescoço até que ele engula.
-  Esmagar e colocar no meio de alimento.
-  Utilizar um aplicador de comprimidos.

Líquido:
Incline a cabeça do animal para trás, depois insira uma seringa sem agulha ou um conta gotas no
canto da boca e aplique o medicamento na bochecha. Massageie-o na garganta até que ele engula.

Fazendo uma tala


•  Se desconfiar que houve uma fratura em uma perna, usa uma tala para acomodar
e proteger o membro, impedindo que se mova.
•  Para fazê-lo é preciso que as articulações acima e abaixo da fratura sejam
imobilizadas. Logo, fraturas na parte inferior da perna podem ser facilmente
presas.
•  A tala deve cobrir toda a perna e pode ser feita de qualquer material rígido:
papelão, jornal enrolado ou até mesmo uma toalha dobrada. Mas um dos
melhores materiais para uma tala é plástico-bolha. Ele aconchega e, ao mesmo
tempo, protege a perna.
•  A tala não irá corrigir a fratura, apenas manterá da maneira que está, impedindo
maiores danos até que um socorro seja possível.
•  Para fazer uma tala, coloque delicadamente a perna do seu animal no material
de proteção, enrole o material em torno da pata e prenda-o para que fique no
lugar. Comece pela pata e vá prendendo aos poucos em direção ao corpo.
•  Depois leve o animal ao veterinário.
Limpeza de feridas
•  Pele rompida: risco de contaminação e infecção.
•  O sangramento é um mecanismo de limpeza natural, que auxilia a eliminar a
substância perigosa.
•  Não limpe feridas com sangramento abundante, porque isso apenas fará com que
sangrem mais. No entanto, em ferimentos que não sangram, nada melhor do que
uma limpeza de pronto atendimento para proteger seu animal contra outros
danos.
•  Se houver pelos longos no local, corte-os com tesoura de pontas arredondadas, para
que não grudem no ferimento. Deixe uma borda de pouco mais que 1 cm em torno
do machucado.
•  A melhor forma de limpar uma ferida é enxaguá-la com água corrente, limpa ou
soro fisiológico estéril para que saiam todos os detritos.
•  É interessante utilizar um esguicho de jardim, um chuveirinho ou mesmo o frasco
de soro fisiológico.
•  Depois da limpeza utilize uma solução antisséptica que não provoque ardor, como
água oxigenada para desinfetar o ferimento.
•  E, em seguida, seque-a levemente com pedaços de gaze ou um pano limpo que não
tenha fiapos.

Técnicas de curativo
•  Alguns curativos melhoram quando ficam abertos, deixados em contato com o ar.
Mas outros se beneficiam com curativos, particularmente quando são curativos
temporários, que fazem parte de um primeiro atendimento.
•  Os curativos:
o  Mantêm os machucados secos
o  Absorvem as secreções das feridas no processo de cura
o  Controlam o sangramento com uma suave pressão
o  Impedem que o animal lamba ou morda um machucado
o  Protegem o ferimento contra contaminação
•  Precisa ser trocado diariamente, ou dia sim dia não, e deve ser mantido seco e limpo
entre cada troca.
•  Se o animal começar a lamber, coçar, mastigar o curativo, ou se surgir mau cheiro,
remova o curativo imediatamente para se certificar de que não está surgindo uma
infecção ou qualquer outro problema.
•  Como primeiro tratamento, um curativo geralmente é aplicado de forma
temporária para proteger até que se possa ter cuidados veterinários.
•  Um bom curativo contêm três partes: uma compressa absorvente (gaze), faixa
elástica e esparadrapo.
Convulsões
•  Um dano no cérebro que causa como que um curto-circuito na atividade elétrica dos neurônios.
Mas, na maioria das vezes, não se sabe ao certo a origem de convulsões recorrentes, o que é
chamado de epilepsia idiopática.
•  Em animais com mais que seis anos, normalmente são consequência de um tumor do cérebro.
•  Mais comuns em cães do que em gatos
•  Podem aparecer em qualquer idade
•  Durante as crises os animais podem cair, chorar, agitar as patas descontroladamente, perder a
consciência e urinar e defecar involuntariamente.
•  Têm aspecto assustador, mas normalmente duram apenas segundos ou minutos e não são
perigosas, a não ser que continuem por muito tempo (mais de 5 minutos). Geralmente duram
entre 10 segundos a 3 minutos.
•  Os primeiros socorros têm o objetivo de ajudar o animal a se recuperar mais rapidamente e
prevenir ferimentos.
•  Se o animal tiver mais de uma convulsão em um período de 24 horas, ou se ele tiver uma
convulsão ou uma série de convulsões que durem mais de cinco minutos, leve- o imediatamente
ao médico veterinário.
O que fazer:
Ø  Leve o animal para um lugar seguro:
o  Pode se machucar: cair ou bater contra objetos – use toalhas para levanta-lo e move-lo para
outro lugar; tirar de locais altos, perto de escada e objetos que possa bater.
o  Não conseguem engolir a língua, então não tente colocar nada na boca do animal ou poderá ser
mordido.
Ø  Mantenha-o no frio:
o  Queima muitas calorias o que pode rapidamente superaquecer o animal.
o  Ligue o ar condicionado ou ventilador para manter o ambiente fresco.
Ø  Diminua os estímulos:
o  Ruídos externos ou estímulos visuais podem prolongar a convulsão ou até provocar outra. Não
toque ou fale com o animal, exceto se precisar leva-lo para outro local mais seguro. Desligue
música, tv, diminua as luzes.
o  Cubra o animal com um lençol, para eliminar o estímulo externo, e espere a convulsão terminar.
Ø  Dê mel:
o  Filhotes muito novos ou jovens de raças toy, comumente têm convulsão por hipoglicemia.
Animais mais velhos com diabetes ou que tenham estado doentes por muito tempo podem
também apresentar convulsão por hipoglicemia.
o  Pingue Karo ou mel nas gengivas do animal, será absorvido pelas mucosas. É importante que
seja feito isso durante a convulsão.
o  Use uma colher de chá para animais abaixo de 22kgs.
o  Cães maiores, entre 22-35 kgs, podem tomar duas colheres de chá.
o  Cães extra-grandes, acima de 35kgs, podem receber 2 colheres e meia de chá.
o  Cães gigantes, acima de 50kgs, podem chegar a 3 colheres de chá.
Ø  Caso a convulsão dure mais que cinco minutos – Status epilepticus:
•  Convulsão que se prolonga por mais que 10 minutos contínuos ou uma convulsão que se
encadeia na outra sem que o animal recupere a consciência.
•  A temperatura corporal vai continuar a subir, provocando mais convulsões: alto dano cerebral.
Ponha sacos de gelo nas virilhas, axilas e na parte de trás do pescoço do animal. E aplique álcool
nos coxins das patas e na parte inferior de todas as quatro patas.
•  Leve o animal imediatamente para o veterinário, mantendo-o frio.
Ø  Caso a convulsão seja causada por um ferimento na cabeça:
•  Problema comum decorrente de trauma de cabeça.
•  Movimente o animal o mínimo possível e leve-o imediatamente para o veterinário.
Insolação
•  Acontece quando os mecanismos normais do corpo não conseguem manter a temperatura em
uma variação segura. Podem ficar superaquecidos com muita facilidade, porque não têm um
sistema de esfriamento muito eficiente. Não suam para regular a temperatura corpórea.
²  Insolação moderada: 40 a 41 graus.
Língua e e gengivas vermelho-brilhantes, saliva grossa e pegajosa, e ofegará rapidamente.
Recebendo pronto atendimento, a maioria se recupera em uma hora.
²  Insolação grave: superiores a 41 graus.
Gengivas descoradas, fica desanimado, sangrando pelo nariz e com sangue no vômito, diarréia e
entrar em coma como quando o cérebro começa a inchar.
Pode ser fatal, entrar em choque, ter falência múltipla dos órgãos.
²  Insolação gravíssima: superiores a 41,5 graus.
Desenvolve coagulação intravascular disseminada. Morre se não receber um atendimento imediato e
cuidados veterinários em poucos minutos.
O que fazer:
Ø  Leve o animal para o veterinário imediatamente e resfrie-o:
o  Meça a temperatura com termômetro lubrificado para determinar qual o grau de insolação.
o  Acima de 41 graus, precisam ir a um veterinário imediatamente.
o  Mantenha o veículo frio durante o transporte (coloque-o na frente da ventilação) e, antes tente
pegar uma garrafa de álcool gel e gelo para mente-lo gelado durante todo o percurso,
colocando-os nas axilas e virilha.
Ø  Resfrie-o e monitore a temperatura:
o  Se o animal estiver consciente ou se você morar muito perto do veterinário (5 minutos), tente
baixar a a temperatura abaixo de 41 graus antes de correr para o veterinário.
o  Use mangueira de jardim, chuveiro, pia... Cheias de água fria. Verifique a temperatura a cada 5
minutos para ter certeza de que está baixando a temperatura.
o  Preste atenção para o animal ficar com a cabeça fora da água.
o  Aplique bolsas de gelo, primeiramente com uma toalha molhada e gelada, por trás do pescoço e
da cabeça. Depois, coloque também uma bolsa de gelo em cima da toalhinha. Isso também
impede o inchaço do cérebro.
o  Interrompa o processo de resfriamento aos 39,5 graus para que ele não fique com frio. Quando a
temperatura voltar ao normal, ele parará de ofegar e sua respiração se tornará mais lenta e
menos frenética.
o  Depois, mantenha-o inativo e longe do sol ou do calor direto.
Ø  Deixar o animal beber bastante água:
o  Ofereça bastante líquido, ajudando-o a resfriar a partir de dentro.
Ø  Fique atento ao choque:
o  Insolação grave pode levar a choque. Leve imediatamente para o veterinário.
o  Se o animal estiver entrado em choque, ele pode ter baixa taxa de açúcar no sangue. A elevação
da glicemia com uma dose de mel ou Karo pode ajudar.
o  Esteja pronto para fazer respiração artificial e ressuscitação cardio-pulmonar.
Situações especiais:
Ø  Animais com pelos longos e/ou densos
Tende a mudar a maior parte de sua pelagem interna na época do calor. Os pelos auxiliam a isola-lo
do calor extremo, enquanto permite que correntes de ar penetrem para refresca-lo. Mas se os pelos
estão embaraçados ou com nós, o calor se mantém junto ao corpo impedindo que a circulação de ar
chague até a pele, refrescando-a. Portanto manter o animal escovado pode ajudar a prevenir
insolação.
Ø  Animais idosos, gordos ou para os que têm problemas respiratórios
São os animais que correm maior risco de insolação, porque até mesmo seu sistema de resfriamento
não funciona muito bem. Na época do calor, o ideal é mante-los dentro de casa, no ar condicionado e
sem fazer exercícios.
Intoxicação

•  Os tóxicos produzem uma gama ampla de sintomas que podem se desenvolver em


minutos ou apenas dias depois. Os sinais dependem do tipo de substância tóxica, da
quantidade de exposição e do animal em si.
•  A intoxicação é uma emergência e exige atenção médica imediata, mas você pode
salvar a vida do seu animal com um pronto atendimento, livrando-se do tóxico,
neutralizando-o ou diluindo-o, para ter tempo de procurar ajuda.
O que fazer:
Ø  Faça o animal vomitar:
o  A melhor maneira de tratar a maioria dos tóxicos ingeridos é fazendo o animal
vomitar imediatamente – mas somente se ele estiver totalmente consciente e em
total controle (um animal zonzo pode inalar conteúdo do vômito). Se o animal souber
o que está acontecendo, você pode induzir o vômito até uma hora depois que ele tiver
engolido a substância tóxica, mas quanto antes melhor.
o  Antes, dê uma leve refeição para o animal. Se ele não quiser comer, ofereça alguma
coisa especial que ele goste (dilui o tóxico, retardando a absorção, e o fato de ter algo
no estômago torna mais fácil provocar o vômito).
Ø  Dê carvão ativado:
o  Funciona como bom antídoto para vários tipos de veneno. O melhor preparado é o
Enterex (pó).
o  Não será fácil o animal aceitar pois tem um gosto muito ruim. Forçar a solução boca
adentro.
o  Se estiver muito perto do veterinário, deixar ele aplicar.
o  Cuidado pois pode manchar tapetes, estofados, roupas e pele.
Ø  Leve a embalagem para o veterinário:
o  Muitas substâncias têm antídotos específicos, logo é importante que a substância seja
identificada. Leve a embalagem do tóxico ao veterinário.
o  E, se o animal vomitar, leve o conteúdo ou uma amostra do material vomitado para
análise.

Situações especiais:
Ø  Se o animal tiver engolido uma substância cáustica:
o  Alvejantes e amônias são cáusticas e queimam quando descem a pela garganta e
causam o mesmo estrago ao fazerem o caminho de volta. Além disso, produtos
derivados do petróleo, como querosene e óleo de motor são facilmente atraídos para os
pulmões, quando vomitados.
o  Logo, nunca provoque vômito se desconfiar que o animal engoliu um desses tipos de
tóxicos.
o  Ao invés de induzir o vômito, embeba um pedaço de pão em duas colheres de óleo
mineral ou vegetal e dê para seu animal. O óleo ajuda a revestir a parede do estômago e
do intestino, protegendo-os e retardando a absorção do veneno. Para evitar a inalação
acidental do óleo, colocamos o óleo em um pedaço de pão.
o  Se suspeita que o animal tenha experimentado algo cáustico, anime-o para tomar o
máximo de água possível, para diluir o veneno e enxaguar sua boca. O leite também
tem o mesmo efeito.
o  Durante o percurso para o veterinário você pode vaporizar água ou leite na boca do
animal, para aliviar a queimadura.
Intoxicação

Ø  Tóxico no pelo ou na pele:


o  O melhor pronto atendimento é dar um banho no animal. Pode-se utilizar um xampu
para cabelos oleosos ou um detergente para retirar tóxicos tópicos. Depois enxague o
animal completamente, embrulhe o animal em uma toalha e leve-o ao veterinário.
Ø  Tinta, pixe ou óleo de motor na pele:
o  Não saem com água e sabão e nunca devemos utilizar tiner ou solventes minerais
para retira-los da pele pois estes também são tóxicos.
o  Coloque luvas de borracha e esfregue bastante óleo mineral ou vegetal antes que o
material endureça no pelo ou na pele. Deixe o pelo ficar embebido no óleo até que
solte. Em seguida use fubá, amido de milho ou farinha para polvilharas regiões
contaminadas – o pó absorve as toxinas e pode ser lavado com detergente. Talvez
seja precisa ensaboar e enxaguar o animal várias vezes.
Ø  Fique atento e siga os procedimentos específicos pois o animal pode ter convulsões,
o coração pode parar ou pode parar de respirar.

Induzindo vômito
Apenas para animais conscientes quando a substância suspeita não tem natureza cáustica ou não é
derivado de petróleo. A identificação da substância suspeita é muito importante para que o
tratamento seja rápido e apropriado.
Não empurre nada dentro da garganta do animal para induzi-lo ao vômito. Isso é ineficiente e
perigoso para você e para o pet. O único método recomendado para indução de vomito em um
animal consciente é o peroxido de hidrogênio (água oxigenada) – a ação da espuma e o gosto deverão
fazê-lo vomitar em cinco minutos. Outros métodos já foram utilizados mas não são mais
recomendados, como a água salgada e xarope de ipeca.
Após induzir o vômito, leve imediatamente para o veterinário.
Água oxigenada: Com o auxilio de uma seringa sem agulha, coloque no fundo da boca e na
bochecha. A dosagem recomendada é aproximadamente um colher de sopa de água oxigenada para
cada 7 kgs. Se necessário repita isso duas a três vezes, deixando um espaço de cinco minutos entre as
doses.
Asfixia por corpo estranho

•  Cães e gatos se sufocam quando algo se aloja em sua garganta ou traquéia.


•  Se engasgam, têm ânsia e tossem, tentando expelir o objeto, e podem ficar desesperados
quando não o conseguem.
•  Se o objeto preso corta o suprimento de ar, a asfixia pode se tornar perigosa. Mas até
mesmo um bloqueio parcial pode fazer o animal desmaiar.
O que fazer:
Ø  Tente tirar rapidamente o objeto:
o  Se o animal não conseguir retirar o objeto, ele irá desmaiar e poderá morrer em poucos
minutos. Logo, você não terá tempo para esperar socorro médico.
o  Tente rapidamente retirar o objeto: puxe a língua do animal para fora, para liberar a
passagem – use um pano para segurar a língua – alcance o objeto e puxe-o.
o  Se você, mesmo depois de algumas tentativas, não conseguir retirar o objeto, use a
manobra de Heimlich.
o  Se você conseguir enxergar o objeto e seu animal deixar, use uma pinça ou até um alicate
para agarrar o objeto e traze-lo para fora da boca. Tente duas ou três vezes, mas tente
mais vezes ou poderá piorar a respiração do animal, podendo entrar em colapso.
o  Enquanto o animal estiver apresentando algum chiado ou barulho com a respiração, ele
ainda estará conseguindo respirar e você terá tempo ainda para alguma emergência
médica.
Ø  Imobilize o animal:
o  Um animal com medo pode morder, portanto não tente olhar dentro da boca do animal
até conseguir ajuda para imobiliza-lo. Faça com que outra pessoa o embrulhe em uma
toalha, para conter suas patas bambas, ou o envolva em torno do pescoço e do corpo, em
uma espécie de chave de braço. Depois disso, você poderá pegar a parte de cima do
focinho e, delicadamente, pressionar seu lábio contra seus dentes, colocando o polegar de
um lado da boca e os outros dedos do outro, para impeli-lo a escancarar a boca.
Ø  Use uma variação da manobra de Heimlich:
o  No caso de objetos de difícil acesso ou difíceis de serem agarrados, você pode utilizar essa
manobra.
o  Com gatos ou com cachorros pequenos, segure-os com as costas contra seu estômago, a
cabeça para cima e as patas penduradas. Encaixe seu punho na cavidade macia logo
abaixo da caixa torácica e empurre para dentro e para cima, em direção à sua barriga e ao
queixo, com um firme golpe.
o  Quando for um cão maior, deite-o de lado e ajoelhe-se com os joelhos contra a coluna do
seu animal. Debruce-se sobre ele, coloque seu punho na cavidade abaixo da caixa torácica
e dê um golpe para cima e para dentro, em direção à cabeça do cachorro e a seus joelhos.
o  Repita esse movimento duas ou três vezes seguidas, depois verifique se o objeto está solto
dentro da boca. Se não estiver, você pode continuar com o procedimento no carro,
enquanto alguém o leva até o veterinário.
* Ao transportar o animal no veículo, ligue o ventilador ou ar condicionado pois os cães se
resfriam ofegando e, com algo preso em sua garganta, eles podem ficar superaquecidos muito
rapidamente.
Mordidas de animais
Se o animal for mordido, leve-o ao veterinário, mesmo que o ferimento pareça
insignificante.
•  Risco de infecção alto: bactérias levam cerca de uma hora para se multiplicarem o
suficiente para causarem problemas. Por isso os primeiros socorros nessa fase são muito
importantes para ajudar a prevenir infecções.

O que fazer:
Ø  Verifique a respiração e o batimento cardíaco do animal:
o  Se necessário, faça ressuscitação cardio-pulmonar ou respiração artificial
Ø  Observe se há sinais de choque:
o  Gengivas pálidas e perdendo consciência: grave perde de sangue externa ou
internamente.
Ø  Controle o sangramento:
o  As mordidas de animais geralmente não sangram muito, a não ser que um vaso
sanguíneo tenha sido cortado.
o  Para controlar um sangramento, coloque um pano limpo ou uma compressa de gaze
sobre o machucado e o pressione. O sangramento deverá parar em cinco minutos ou até
menos.
o  Se a compressa se molhar muito, coloque outra compressa sobre essa primeira e
mantenha a pressão. Cuidado: não remova a primeira compressa pois você atrapalhará
a coagulação. Você poderá usar um curativo de pressão, enrolando a compressa com
uma faixa elástica, tiras de tecido e/ou esparadrapo.
Ø  Busque socorro médico
Ø  Contenha o animal
Ø  Mantenha os olhos úmidos:
o  Se o animal estiver com os olhos ou um olho fora da órbita, molhe uma compressa com
água pura ou com soro fisiológico e cubra o globo ocular para mantê-lo úmido até que
você chegue ao veterinário.
Ø  Limpe a área:
o  Não limpe ferimentos com grande sangramento pois isso pode impedir a coagulação.
o  Apenas após ter parado de sangrar, limpe com cuidado o ferimento.
o  Se o animal tiver pelos longos, corte os pelos ao redor para que as bactérias ali contidas
não infeccionem o machucado.
o  Use uma pequena quantidade de água oxigenada 10 vol. em uma toalhinha limpa ou
compressa de gaze para limpar a área em torno dos machucados visíveis; caso não tenha
água oxigenada use água limpa. Cuidado: não coloque água oxigenada diretamente
sobre machucados abertos pois isso poderá danificar as células vivas e fará com que a
cicatrização se torne mais difícil.
Ø  Limpe a área:
o  Não use analgésicos pois além de você não saber exatamente qual usar, eles podem
interferir na coagulação e piorar o sangramento. Ao invés deles, coloque uma
compressa de gelo na primeira meia hora após a mordida, para aliviar a dor.
o  A compressa também auxilia na redução do edema.
o  Passe uma toalha ou pano limpo em água gelada e coloque sobre o machucado. Depois
coloque por cima uma compressa gelada ou uma bolsa de gelo. Faça isso durante 10 a 30
minutos, várias vezes por dia.

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