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Enfermagem em emergências
1-Objetivos/competências:
Identificar situações que colocam a vida em risco no imediato ou a curto prazo;
Iniciar os cuidados necessários com vista à reanimação ou prevenção da paragem
cardiorrespiratória, se esta ainda não tiver ocorrido;
A prestação de cuidados pós-reanimação de qualidade;
A intervenção baseada em evidências científicas, sem deixar de colocar o doente e
família no centro do processo de cuidados;
A intervenção, a todos os níveis, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
1.1-Programa:
A PCR
Em 76 % dos casos, a vítima é encontrada em FV
(fibrilação ventricular)
Esta percentagem sobre :
À medida que se encurtam os tempos de resposta
Se inicia o SBV de imeadiato
o Desfibrilhação precoce(3-5min pós colapso
vitima), taxas de sobrevivência 50% a 70%
o Sobrevida à alta hospitalar na europa é de
9% para as PCR por FV
A PCR fora do hospital
A doença isquémica cardíaca é a principal causa de PCR súbita
Por cada minuto que passa sem SBV as probabilidades de sobrevivência decrescem à
ordem de 7-10%
As compressões são particularmente importantes se a desfibrilhação não esta
disponível nos primeiros 4-5 minutos após o colapso
RCRC- Reanimação
cardiorrespiratória cerebral
RCE-Retorno a circulação
espontânea
AH-Alta hospitalar
Lidocaína a 1% 10mg
Sulfato de Magnésio 20% Outro equipamento:
Midazolam 15 mg Tesoura
I
Elemento II – Elemento que
apoia I
II
• Aspiração;
IV
• Ventilação;
• Troca com III de 2 em 2
min. Elemento V – ao lado IV
• Preparação/administração
III
de fármacos;
• Colabora no acesso venoso
V
Elemento III – ao lado de II • Registos;
• Ligação da equipa com o
• Compressões torácicas; exterior.
• Troca com II de 2 em 2 • Se necessário troca com IV.
minutos.
wew
Metodologia ISBAR
Trabalho de Equipa:
Comunicação
Definição de prioridades
Compostura e controlo
Atitude positiva
Capacidade de adaptação
Realização
Antecipação de ações
Pontos a reter:
Os profissionais de saúde devem ser capazes de atuar corretamente em emergência,
nomeadamente perante uma paragem cardiorrespiratória
Os profissionais de saúde devem estar preparados para atuar de forma sistematizada e
padronizada numa situação de urgência deve estar rapidamente acessível e funcional
Um carro de emergência deve conter o material necessário para assegurar o ABCD
Quando se inicia um processo de reanimação todos devem ser conhecedores das suas
funções
A liderança e um bom processo de comunicação são fundamentais para o sucesso da
reanimação
4-Avaliação sistematizada do doente em situação critica
Princípios:
Abordagem A B C D E;
Avaliação inicial completa com reavaliação regular;
Corrigir potenciais problemas antes de avançar e avaliar o sucesso da intervenção;
Ponderar e pedir ajuda atempadamente;
Potenciar as intervenções de todos os membros da equipa;
Comunicar eficazmente;
As intervenções iniciais permitem manter a pessoa viva e ganhar tempo para
intervenções secundárias;
As intervenções podem não ter efeito imediato.
Primeiros passos
Há condições de segurança?
Há interação (fala, olhar, …)?
Há movimentos respiratórios visíveis?
Há ruídos (respiração ruidosa, gemido, secreções…)?
Qual o aspeto da pele (palidez, cianose, diaforese, …)
A pessoa responde à nossa saudação (orientada, agitada, prostrada, …)?
Abordagem ABCDE
Via Aérea (A):
Procurar sinais de obstrução da via aérea:
- movimentos respiratórios paradoxais(movimento para fora mais extremo durante a
insuflação do pulmão)
- utilização músculos acessórios
- cianose
- respiração ruidosa
Permeabilizar via aérea:
- manobras de permeabilização(limpar boca, tirar corpo estranho)
- aspiração
- adjuvantes da via aérea (tubos oro ou nasofaríngeos)
Administrar O2 em altas concentrações(12/15litros)
Via aérea(A), Intervenções:
Inspecionar cavidade oral e remover os corpos estranhos (vómito, secreções, sangue;
próteses dentárias soltas…)
Efetuar a desobstrução com manobras manuais (extensão ou elevação da cabeça, ou
subluxação da mandíbula em vítimas com suspeita de lesão medular)
Aspirar secreções,SOS
Ponderar o uso de ajudavante básico da via aérea(tubo nasofaríngeo ou orofaríngeo)-
usados apenas em doentes conscientes
Ponderar uma abordagem avançada da via aérea com dispositivos laríngeos ou tubo
endotraqueal
Colocar sonda gástrica logo que possível(se abordagem VA avançada)
Respiração (B):
Ver, Ouvir e Sentir sinais gerais de dificuldade respiratória:
o caracterizar movimentos respiratórios (frequência, ritmo, amplitude, simetria)
o utilização músculos acessórios
o cianose
o ruídos respiratórios adventícios
o observar possíveis deformidades
o distensão das jugulares (visível do lado direito do pescoço)
Auscultar tórax (observar se o ar chega, que barulhos existem)
Oximetria de pulso (96 ou 98 valores aceitáveis)
Percutir tórax (observar se há liquido ou ar)
Palpar parede torácica (lesão da pleura observável através da presença de ar dentro)
Verificar posição da traqueia
Respiração (B), Intervenções:
Monitorizar (se possível) SaO2, capnografia
Administrar oxigénio
o Caso insuficiência respiratória aguda, manter SpO2 maior ou igual a 95%
o Nas grávidas garantir SpO2 maior igual a 97%
o Atenção com os doentes com DPOC, fazem retenção crónica de CO2
Ventilação assistida
o Efetuar ventilação assistida(1 insuflação a cada 6 segundos no adulto -10
ventilações por minuto), depois fazer o VOS
o Se ventilação mecânica: volume corrente, 6ml/kg, FR12cr/min e FiO2 50%
Circulação(C)
o Observar coloração da pele
o Avaliar temperatura extremidades
o Tempo de preenchimento capilar
o Observar estado acessos venosos
o Avaliar pulsos – auscultar pulso apical
o Palpar pulso periférico e central simultaneamente
o Avaliar PA
o Procurar sinais Hemorragia (interna e externa)
o Procurar outros sinais de débito cardíaco insuficiente
- Alteração nível de consciência, débito urinário
Circulação(C), Intervenções:
Monitorizar TA, FC, Ritmo cardíaco, ECG 12 derivações;
Controlar hemorragia
o Estabilizar e imobilizar fraturas; pélvica; fémur e úmero
Se hemorragia externa/visível
o Compressão manual direta no local da hemorragia(1ª linha)
o Aplicação de garrote em posição proximal relativa à lesão (2ª linha)
o Elevação do membro/extremidade (3ª linha -contraindicado caso suspeita de
fratura ou luxação)
o Pontos de pressão: aplicação de pressão na artéria proximal à lesão
Posicionar a vítima
Ao doente com dor torácica cad´riaca e suspeita de SCA deve administrar O2(se SpO2
inferior ou igual a 90%), aspirina, clopidogrel/ticagrelor, nitroglicerina e morfina;
Estabelecer acesso venoso periférico (14 ou 16 G)
Colher sangue (hemograma, bioquímica, coagulação e tipagem)
Ponderar a administração rápida de fluídos
Disfunção neurológica(D):
Avaliação inicial rápida:
AVPU AVDS
Alerta
Alert Voz
Dor
Sem resposta
Voice
Pain
Unresponsive
Disfunção neurológica(D):
Rever A B C excluir hipoxia ou hipotensão
Excluir potenciais causas:
I – insulina (hiper/hipoglicémia)
O – oxigénio e opiáceos
U – urémia
T – trauma
P – psiquiatria / porfiria
5 - Orientada 6 - À ordem
4 - Voluntária
4 - Confusa 5 - Localizada (est. doloroso)
3 - Delirante 4 - De fuga
3 - À ordem
2 - Ininteligível 3 - Flexão anormal
1 - Sem resposta
Exposição(E), Intervenções:
Corrigir condições com risco de vida:
• Hipotermia
• Amputação
Pode ser necessário expor completamente a pessoa (remover roupa e avaliar e vítima)
Respeitar dignidade e privacidade
Minimizar perdas de calor (prevenir hipotermia com cobertores, mantas térmicas,
temperatura da células sanitária)
O exame céfalo-caudal pode ser útil
SAMPLE
Informações adicionais:
Sinais e Sintomas
Realizar anamnese completa Alergias
Rever todos os dados recolhidos Medicação corrente
Avaliar nível de cuidado exigido Past ilnesses/Pregnancy
Registar acontecimento Last meal
Eventos relacionados
Pontos a reter:
A abordagem ao doente critico deve ser padronizada segundo a metodologia (A B C D E)
Em trauma, o A inclui proteção da coluna cervical
Estabilizar(reverter) situações por ordem de prioridades;
Realização de exame focalizado
Atenção à privacidade do doente e ao controle da temperatura, à avaliação e intervenções;
Chamar por ajuda precocemente e ativar a equipa de emergência interna se necessário
5-Suporte Básico de Vida e DAE no Adulto
Avaliar o estado de consciência
Aproxime-se da pessoa e avalie o seu estado de consciência
Abane os ombros da pessoa e pergunte-lhe: “Está bem? Sente-se bem?”
…Se a pessoa responde:
Deixe-a na posição em que a encontrou e garanta que não há outros perigos
Tente descobrir o que se passa e peça ajuda se for necessário
Reavalie periodicamente
…Se a pessoa não reage:
Permeabilizar a via aérea
Permeabilizar a via aérea
1. Permeabilize a via aérea com a extensão da cabeça e elevação do queixo(atenção à
possibilidade de trauma. Neste caso, devemos adotar a subluxação da mandíbula (elevação
do mento)
Verificar a ventilação
Mantendo a via aérea aberta verifique se a pessoa ventila eficazmente e se tem
sinais de circulação (VOSP) até 10 segundos:
o Ver movimentos respiratórios
o Ouvir sons respiratórios
o Sentir ar expirado
o Pesquisar pulso (catorídeo)
me !
Peça a alguém para ir buscar ajuda diferenciada (nº emergência
j u d em- ssoa em interna)
A pe a
h o uma m equip . Se estiver sozinho abandone a pessoa e peça ajuda diferenciada (nº
Ten , ligue interna o
PCR gência carr emergência interna)
e r AE eo Regresse e inicie de imediato compressões torácicas
e m o D gência
am r
Trag e eme
d
Compressões torácicas
Coloque-se ao lado da pessoa, exponha o tórax e coloque uma das mãos no centro do
torax da pessoa
Coloque a outra mão sobre a primeira
Entrelace os dedos das suas mãos e garanta que a compressão não é aplicada sobre as
costelas, abdómen ou apêndice xifóide.
o 5 cm de depressão no tórax (máx. 6 cm)-Terco médio do esterno
o Ritmo: 100 comp/min (não exceder 120 comp/min)(1 a 2 por segundo)
o Compressão e descompressão devem ter igual duração
Compressões/Ventilações
Após 30 compressões permeabilize a via aérea e realize 2 ventilações
Continue as manobras de reanimação com a sequência 30:2
Interrompa apenas quando:
A pessoa apresentar sinal de recuperação (interrompa 10 s para reavaliação)
Chegue ajuda diferenciada
Por exaustão
…Se a pessoa não respira …mas tem pulso:
Realizar insuflações a um ritmo de 10/min
(1 a cada 6 segundos)
Reavaliar (VOSP) ao fim de 1 minuto
Algoritmo reanimação Intra-Hospitalar
Adjuvantes da via aérea básica
Tubos orofaríngeos ou de Guedel
Só doentes profundamente inconscientes!!!
Do canto da boca ao lóbulo da orelha com o guedel para cima
Do meio da boca até ao angulo da mandibulo, mas com o guedel invertido
Tubos nasofaríngeos
Utilização em doentes mais reativos, conscientes
PONTOS A RETER:
A seguir ao
choque, A utilização de DAE’s é uma forma de agilizar e
devemos antecipar a tentativa de desfibrilhação quando
fazer sempre esta está indicada(acelerar a probabilidade de
2 minutos de recuperar a vitima)
SBV, ao fim O DAE permite a desfibrilhação por não
destes, profissionais de saúde, após treino
paramos e
avaliamos A utilização de um DAE implica precauções de
(VOSP) segurança acrescidas
A utilização de um DAE deve ser sujeita a
auditorias e controlo de qualidade
Trabalho respiratório
Indicadores de trabalho Aspetos clínicos a considerar
respiratório
Sons anormais da via Ressonar, discurso rouco ou abafado, gemido expiratório, estridor,
aérea audíveis tosse, pieira,sibilância,roncos;
Posicionamento Posição de “fundagor”(criança sentada, com a cabeça e o queixo
anormal(qual a posição inclinado para a frente mantendo a via aérea permeável)
mais confortável para Posição de “tripé”(criança inclinada para a frente apoiando a
facilitar a entrada do ar) parte superior dos corpo com as mãos)
Uso de músculos Balanceio da cabeça(nos lactentes);
acessórios Adejo nasal (abertura excessiva das narinas na inspiração; surge
na transição de uma situação de hipoxia moderada para hipoxia
grave)
Tiragem (intercostal, subcostal e esternal)
Em lactentes
Colocar uma toalha ou lençol dobrados debaixo dos ombros, por forma a manter a
cabeça em posição neutra
Se a criança respira…
Colocar em posição lateral de segurança
Se a criança não respira…
Iniciar manobras de reanimação
– Remover corpos estranhos visíveis na via aérea
– Realizar 5 insuflações
– Avaliar sinais de vida(Tosse, movimentos, pulso ou respiração normal)VOS
Avaliar sinais de circulação (10 seg)
Pesquisa de pulso no lactente
Na artéria braquial ou
Na artéria femoral Não pesquisar pulso carotídeo
Se existem sinais de circulação/vida …
Realizar 10 a 30 insuflações a cada minuto
Reavaliar ao fim de um minuto (respiração e pulso)
Quando apenas é necessário realizar ventilações, estas devem ser realizadas ao ritmo de 12 a
20 por minuto, em função da idade da criança:
• 25/min latentes (considerar 1 a cada 2 segundos:30/min)
• 20/min dos 1-8 anos(1 a cada 3 segundos)
• 15/min dos 8-12 anos (1 a cada 4 segundos)
• 10/min > 12 anos(1 a cada 6 segundos)Como os adultos
1 minuto
vosp Permeabilizar a via aérea
Verificar se Respira
SBV 15:2 Insuflações
Ver - Ouvir - Sentir (10 seg.)
não sim
Respira
PLS
sim
Sinais de circulação ?
Desfibrilhação Automática Externa
não
5 insuflações
(DAE) Avaliar consciência
Algoritmo de DAE
Pediatria Em Pediatria
SEGURANÇA! Responde?
Particularidades em Pediatria
não
Crianças >8 anos (25kg)-pode-se usar DAE standart
SBV
Crianças com idade inferior aos 8 anos: Gritar por ajuda!
2o min
Usar DAE com atenuador de corrente e/ou elétrodos de tamanho pediátrico se
disponíveis Permeabilizar a via aérea
Verificar se Respira
Se não disponíveis, utilizar equipamento e elétrodos de adulto, mas estes
1oChoque Ver - Ouvir - Sentir (10 seg.)
devem ser colocadosSBV
nas paredes anterior e posterior do torax
simAbaixo de 1 ano, não 2 min
utilizar apenas Respira?
se existir indicação do fabricante
Choque
indicado?
Reanimador 2 pede ajuda
não
Traz o Desfibrilhador
DAE avalia ritmo