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Apostila de Primeiros Socorros para

Pais, Professores, Babas,


Cuidadores de Idoso e Monitores
Definição de Primeiros Socorros...................................................4
Atendimento inicial..........................................................................5
Peça ajuda........................................................................................6
Avaliação do local...........................................................................7
Avalição da vitima...........................................................................8
Protocolo de Atendimento.............................................................9
Definição de XABCDE..................................................................10
Exsanguinação (X)........................................................................11
Vias aéreas e proteção da coluna cervical (A)...........................12
Vias aéreas e proteção da coluna cervical (A) chin lift” e “jaw
thrust”.............................................................................................13
Boa ventilação e respiração (B)...................................................14
Circulação com Controle de Hemorragias (C)............................15
Disfunção Neurológica (D)............................................................16
Exposição Total do Paciente (E)...................................................17
Imobilização da coluna.................................................................18
Comunicação verbal e visual com a criança..............................19
Manobra de ressuscitação RCP...................................................20
Bebes.............................................................................................21
Crianças.........................................................................................22
O que fazer em caso de Desmaio?..............................................23
O que é desmaio?.........................................................................24
Engasgo de bebes e crianças.....................................................25
Hemorragias..................................................................................26

1
Definição de hemorragias.............................................................27
Externa............................................................................................28
Interna.............................................................................................29
Pressão alta na infância................................................................30
Sístole e Diástole...........................................................................31
Pressão alta na criança age na surdina......................................32
Sintomas e causas........................................................................33
Como aferir a PA...........................................................................34
Tabela de acordo com a idade.....................................................35
Choques.........................................................................................36
Choque hipovolêmico...................................................................37
Choque séptico..............................................................................38
Choque anafilático.........................................................................39
Choque neurológico......................................................................40
Noções de intoxicação..................................................................41
Ingerido, inalado, absorvido e injetado.......................................42
Intoxicação por agrotóxico...........................................................43
Envenenamento.............................................................................44
Por plantas.....................................................................................45
Por animais....................................................................................46
Convulsão na escola, o que o professor precisa saber............47
O que é uma crise convulsiva?....................................................48
Causas e diagnostico da convulsão?..........................................49
Como ajudar uma criança em crise convulsiva?.......................50
Tipos de fraturas............................................................................51
Fechada..........................................................................................52
Exposta...........................................................................................53

2
Primeiros socorros, o que devo fazer? ......................................54
Amputação.....................................................................................56
Primeiros socorros........................................................................57
Luxação..........................................................................................58
Primeiros socorros........................................................................59
Queimaduras (tipos e grau)..........................................................60
Sistema tegumentar......................................................................61
O que é queimaduras e seus agentes causais...........................62
Primeiro grau.................................................................................63
Segundo grau.................................................................................64
Terceiro grau..................................................................................65
Quarto grau....................................................................................66
O que nunca fazer .........................................................................67
Afogamento ...................................................................................68
Criança vítima de afogamento......................................................69
Primeiros socorros........................................................................70

3
DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS
SOCORROS

• O que é primeiros socorros?


A prestação e assistência referem-se ao atendimento temporário e
imediato de uma pessoa que está ferida ou adoeceu
repentinamente. Centra-se não só no dano físico ou de doença,
mas também no atendimento inicial, incluindo o apoio psicológico
para pessoas que sofrem emocionalmente devido a vivência ou
testemunho de um evento traumático.
Também podem envolver o atendimento em casa ou em qualquer
lugar onde não se pode ter acesso a uma equipe de resgate ou
quando técnicos em emergência médica não chegam. Trata-se de
procedimentos de urgência, os quais devem ser aplicados a vítimas
de acidentes, mal súbito ou em perigo de vida, com o intuito de
manter sinais vitais. Os procedimentos não substituem o médico, o
enfermeiro ou a equipe técnica. Na verdade, um dos principais

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fundamentos dos primeiros socorros é a obtenção de assistência
médica em todos os casos de lesão grave. O socorro tende a ser
prestado sempre que a vítima não tem condições de cuidar de si
própria, recebendo um primeiro atendimento e logo acionando-se o
atendimento especializado.
Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a
avaliação das condições do local e logo em seguida da vítima. Sua
avaliação é particularmente vital para fornecer a ajuda correta à
vítima
Atitudes de coragem ou medo são reações bastante
compreensíveis. Algumas pessoas não se manifestam pois não
sabem o que fazer, enquanto outras, sabendo ou não, podem se
apresentar paralisadas pelo pânico ou pelo medo, ficando
incapazes de tomar qualquer atitude.

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Atendimento inicial:
Peça ajuda

Antes de começar o atendimento de primeiro socorros ligue ou peça


para alguém ligar para o serviço de emergência(192) garantir que a
ajuda está a caminho também é procedimento de primeiros
socorros.

Em seguida deve se pedir o auxílio de pessoas próximas, em


ambiente doméstico após a ligação para o serviço de emergência o
médico de plantão irá auxiliar até a chegada do socorrista. É
importante que mantenha a calma e passe todas as informações
corretamente para o médico pelo telefone.

Lembre-se: os primeiros socorros são apenas primeiros, e a vítima


precisará de um cuidado sequencial.

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Avalie o local

É de extrema importância que você avalie o ambiente antes de


prestar o socorro:

 Existe fogo?
 Fios elétricos soltos?
 Fumaça tóxica?
 Gases inflamáveis?

Em qualquer ambiente em que você precise se pôr em risco para


prestar o socorro, não é aconselhável fazê-lo. De nada adianta
tentar ajudar a vítima se você vai acabar se tornando uma. Em
casos assim, não perca tempo tentando vencer as barreiras, chame
imediatamente pelo serviço de emergência. Os profissionais são
treinados para esses tipos de situação e têm um olhar muito mais
preciso de como ajudar sem se pôr em risco.

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Avalie as condições da vitima

Após pedir ajuda, avaliar cena deve em seguida começar com a


avaliação das condições da vítima.
Sua avaliação é particularmente vital para fornecer a ajuda correta à
vítima, em casos de lugares poucos acessíveis, deve manter o
diálogo com vítima, acalma-la e verificar se existe hemorragia grave
externa, fazer o procedimento de contenção.
A avalição da vítima vai ajudar você identificar a gravidade do
acidente, sua avalição em seguidas dos procedimentos corretos
podem salvar vidas.
É importante saber que atitudes de coragem ou medo são reações
bastante compreensíveis.
Algumas pessoas podem ficar paralisadas pelo pânico ou pelo
medo, ficando incapaz de tomar qualquer atitude, por isso é
importante manter a calma, se você não se sentir capaz de fazer,
não faça pois isso pode colocar ainda mais a vida da vítima e em
risco a sua também.
Então o que devo fazer se não me sentir capaz de prestar socorro
para alguém em caso acidente crítico?
 Peça ajuda;
 Avalie o local, se tiver que ficar exposto a um ambiente
perigoso, não se aproxime;
 Mantenha a comunicação verbal e visual com vítima, não
remova a vítima do local, se você não for capacitado para
fazer, existe manobras e técnicas que somente os
profissionais na área podem fazer.

Tocando o ombro da vítima do lado oposto ao da abordagem,


apresente-se, acalme-a e pergunte o que aconteceu com ela.

Caso não haja resposta, estimule a vítima tátil e verbalmente,


pressionando-a gentilmente pelos ombros e perguntando por três
vezes: “Ei, você está bem? O que aconteceu? Qual seu
nome?”.

A comunicação verbal é muito importante, mostra que a vítima está


consciente.

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Algumas perguntas são extremamente necessário fazer
principalmente quando a vítima for criança.

 Onde dói?
 Consegue sentir seus membros superiores (penas, braços,
mãos)?

A comunicação verbal vai ajuda a vítima manter acordada e a


comunicação visual ajuda o socorrista.

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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO

DEFINIÇÃO DE XABCDE

O chamado ABCDE do Trauma é uma série de precauções criadas


para proteger a integridade de um paciente em situação de risco.
Diferente do que alguns imaginam, esse procedimento não é
executado somente por profissionais da saúde, já que você não
precisa saber tudo sobre trauma para estar apto a colocá-lo em
prática.
Na avaliação de primeiros socorros abordaremos assuntos
relacionados ás etapas de socorro a uma vitima de acidente, isso
inclui os mandamentos essencial para o atendimento bem sucedido.
O ABCDE do trauma é conhecido e aplicado mundialmente por
profissionais da área da saúde ao entrar em contato com um
paciente vítima de algum trauma.
Esse tipo de protocolo, visa manter o paciente vivo, até o momento
do mesmo ser direcionado a um serviço de emergência mais
estruturado.
O motivo para a criação desse modelo é que em 1976, Jim Styner;
um cirurgião ortopédico sofreu um acidente com sua família e notou
o quão precário era o atendimento a vítimas que sofreram algum
tipo de trauma.
Entretanto, a medicina continua mudando e se atualizando. Com o
passar do tempo para garantir sempre o melhor tratamento possível
as pessoas.

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Por isso, o ABCDE foi repensado e agora recebe o nome de
XABCDE de acordo com a atualização PHTLS – Prehospital
Trauma Life Support
Atendimento Pré-Hospitalar ao Trauma em sua nona edição.
Dessa forma, hoje iremos explicar sobre essa mudança e o que ela
significa para os profissionais da área da saúde.

Sobre as letras e seus significados:

ABCDE do Trauma é dividido em seis letras e cada uma delas


representa um termo em inglês, são elas:

X – Exsanguinação

Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve


ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que,
epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser
responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que
mais mata no trauma são as hemorragias graves.

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A - via aérea

Nesta etapa, deve-se examinar cuidadosamente o controle da


coluna cervical. E, da mesma forma, é necessário averiguar se há
algum bloqueio nas vias nasais. O cuidado mais importante neste
estágio é evitar lesões na coluna.

Outro importante ponto é ficar atento aos sintomas de edemas no


rosto do paciente, pois, se alguma anormalidade for reconhecida, é
necessária a utilização do colar cervical.

B - respiração

O objetivo desta fase é checar se a pessoa está realmente


respirando. O primeiro passo é analisar a movimentação do tórax e
auscultar – escutar ruídos pulmonares – para eliminar alguma lesão
torácica. Feito tudo isso, caso haja necessidade, utilize métodos de
ventilação mecânica.

C - circulação

A terceira parte do ABCDE do Trauma é considerada uma das mais


importantes em todo o processo. Aqui, o socorrista deve impedir
que a vítima tenha uma hipovolemia, ou seja, uma diminuição
anormal do volume do sangue.

Se houver alguma hemorragia, é preciso apalpar, verificar o dorso e


identificar sua origem, para procurar formas de contê-la. A
coloração da pele e a pressão arterial do pulso são alguns sinais
que também devem ser checados.

D - incapacidade

Neste momento, deve ser feito um exame neurológico no paciente.


Existem diversos processos para efetuar essa avaliação, um deles
é o AVDI, que significa alerta, voz, dor e inconsciência.

O AVDI corresponde a uma sequência de estímulos para saber qual


o estado real da vítima. Para o exame, é primordial fazer perguntas
simples, como “qual o seu nome?”, e estimular a dor para analisar a
reação.

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E - exposição

Em muitos casos, para identificar fraturas e hemorragias, é


necessário despir o paciente. Dessa forma, é comum que a
temperatura do corpo abaixe, tornando o indivíduo suscetível à
hipotermia. Para que isso não aconteça, deve-se cobri-lo com uma
manta térmica até o hospital.

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Imobilização e transporte da vítima.

Todas as técnicas de remoção e transporte de vítimas estão


baseadas na estabilização de toda a coluna vertebral da vítima
durante todo o procedimento.

Tem que ser verificado também a situação de saúde da vítima. De


acordo com este princípio o socorrista deverá empregar a técnica
adequada, pois em vítimas graves o tempo já é um fator
determinante de sobrevida, utilizando assim a técnica de remoção e
imobilização mais rápida.

Cada maneira é compatível com o tipo de situação em que o


acidentado se encontra e as circunstâncias gerais do acidente.
Antes de providenciar a remoção é necessário controlar a
hemorragia caso necessário, seguir os seguintes procedimentos:

 Manter a respiração;
 Imobilizar todos os pontos suspeitos de fraturas;
 Evitar ou controlar o estado de choque, em acidentes com
crianças é necessário acalma-la e mesmo ela não
conseguindo entender o que está acontecendo você deve
informa-la de todo o procedimento até o transporte pois ela
pode ficar agitada e o estado de choque pode agravar.

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A imobilização da coluna é uma medida preventiva inteligente, para
se evitar as lesões de coluna.

É importante lembrar, que neste momento, não se deve forçar a


cabeça da vítima para trás, pois essa manobra poderá provocar a
secção da medula, é o tipo mais grave é a laceração medular,
quando provoca uma ruptura da medula que pode provocar uma
perda irreparável das funções nervosas abaixo do ponto da lesão
que pode acarretar uma lesão irreversível.

Nesses casos o uso do colar cervical é essencial no momento do


atendimento de primeiros socorros para evitar lesões maiores.

Em acidentes com crianças conscientes, deve se aproximar dela


pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o
olhar, podendo causar lesões medulares.

Se possível a imobilização deve ser de toda a coluna, não se


limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser
utilizada.

IMOBILIZAÇÃO CERVICAL

Inicialmente a imobilização cervical deve ser realizada


manualmente, segurando-se a cabeça com as mãos e
cuidadosamente trazendo-a para a posição em linha neutra, exceto
quando houver:

 Espasmo muscular;
 Aumento da dor;

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 Aparecimento ou agravamento de uma deficiência
neurológica;
 Comprometimento das vias aéreas/ventilação.

Obs: Fica contra indicado o reposicionamento em linha neutra.

A cabeça permanecerá imobilizada manualmente em linha neutra


até o término da imobilização com o colar cervical ou até a chegada
do serviço de emergência (Samu ou Bombeiros).

COLAR CERVICAL

O colar cervical é um excelente dispositivo auxiliar na imobilização,


porém não limita completamente os movimentos laterais e de
flexão-extensão, devendo, portanto ser utilizado em conjunto com o
imobilizador da prancha para garantir a melhor a proteção da
coluna.

Um colar efetivo deve estar em contato com o peito e a região


dorsal superior, na sua porção inferior e em contato com o occipício
e a região infra-mentoniana, na sua porção superior. O mesmo deve
ter o tamanho apropriado ao paciente, minimizando ao máximo os
movimentos e ao mesmo tempo permitindo a abertura parcial
expontânea da boca pelo paciente ou pelo socorrista.

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TECNICA PARA COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL

TAMANHOS:
Neo natal – Rosa
Pediátrico – Lilás
Pequeno – Azul
Médio – Laranja
Grande – Verde
1. O socorrista deverá fazer a estabilização manual e o
alinhamento da coluna cervical para uma posição neutra.

2. O socorrista deverá avaliar a região cervical, identificando


possíveis contra-indicações para a colocação do colar
cervical e retirar suavemente os adereços e vestimenta do
pescoço para que estes não interfiram no procedimento.
 Contra-indicações:
Deve-se avaliar se existe objeto encravado no local de
colocação do colar.

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 Ferimento com sangramento intenso (fazer curativo
compressivo antes da colocação do colar).
 Não sendo identificado nenhuma contra-indicação, o
profissional deverá fazer a medição e a colocação do colar
cervical adequado.
 A escolha do tamanho do colar cervical é feita medindo-se
(utilizando os dedos) a distância entre uma linha imaginária na
base do pescoço (músculo trapézio) onde o colar ficará
apoiado e o ângulo da mandíbula da vítima. Para se fazer
esta medição o pescoço deverá estar alinhando e em posição
neutra.
 A medida exata do colar é a distância entre o ponto de
referência (fixação preta) e a borda inferior do plástico rígido.
Não
se deve medir até o acolchoado de espuma.
 Deverá montar o colar cervical que é montado através do
movimento do botão fixador em cor preta até o orifício (ponto
de referência) na porção superior interna do colar e então
ajustando a fixação preta totalmente através do estreito
orifício. Pressione firmemente.
 Deverá colocar o colar na vítima.

Vítima sentada

1. Colocar o colar cervical iniciando pela parte do queixo,


deslizando o colar sobre o tórax da vítima até que seu
queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar (parte
anterior).
2. Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço da
vítima até se encontrar com a parte anterior.
3. Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta
folga entre o colar e o pescoço da vítima.

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Vítima deitada

1. Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço da


vítima.
2. Colocar a parte anterior do colar cervical, encaixando no
queixo da vítima de forma que esteja apoiado firmemente.
3. Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta
folga entre o colar e o pescoço da vítima.

Observações

O uso isolado do colar não imobiliza adequadamente, portanto, o


profissional (1) deverá manter a imobilização e o alinhamento da
cervical até a colocação do paciente na prancha rígida e a fixação
dos estabilizadores de cabeça.

Os colares devem ser de tamanho adequado para cada paciente e


não devem impedir a abertura da boca do paciente, espontânea ou
realizada pelo profissional caso ocorra vômito.

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Sempre se deve observar se após a colocação do colar houve uma
obstrução ou uma dificuldade de ventilação.

Reanimação Cardiopulmonar(RCP)

A reanimação cardiopulmonar (RCP) são condutas criadas pela


American Heart Association (AHA), para reverter a parada
cardiorrespiratória (PCR), que ocasiona uma morte súbita ao
paciente.

As novas diretrizes contêm modificações significativas para tentar


melhorar a prática da reanimação e a sobrevida de pacientes com
parada cardíaca.

Este artigo teve por objetivo revisar as principais alterações na


reanimação praticada pelo profissional de saúde.

São várias as novas recomendações quanto à reanimação


cardiopulmonar (RCP), a maioria com a finalidade de prover boa
circulação durante a parada cardíaca.

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A alteração mais importante é a ênfase na qualidade das
compressões torácicas os socorristas nunca devem interromper as
compressões torácicas para verificar o ritmo antes de terminar os 5
ciclos, ou aproximadamente 2 minutos de RCP.

Após este período, se um ritmo organizado estiver presente, o


profissional de saúde deve observar o pulso.

Existem várias e pequenas alterações quanto aos fármacos


administrados durante a RCP de acordo com o ritmo.

É importante a atualização quanto às novas diretrizes de RCP para


melhorar a qualidade da reanimação e alcançar melhores taxas de
sobrevida dos pacientes pediátricos críticos.

Quando devo começar a reanimação cardiopulmonar?

Antes de iniciar qualquer ação, é importante reconhecer a parada


cardíaca. O indivíduo nessas condições dificilmente está
respirando, não responde perguntas nem estímulos externos.
O socorrista precisa observar se o peito se move, se há ruídos que
indiquem respiração ou sentir se há saída e entrada de ar na boca
da pessoa afetada.
Não percebendo qualquer resposta ou sinal, é preciso solicitar o
serviço de emergência com o pedido que tragam o DEA.

O desfibrilador externo automatizado (DEA. Por meio do choque


elétrico (desfibrilação), o ritmo cardíaco da pessoa afetada. O DEA

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detecta qualquer ritmo anormal do coração, causado pela parada
cardíaca.
E o corrige pelo choque, fazendo com que o coração volte aos
batimentos normais.
A reanimação deve ser iniciada imediatamente mesmo se o DEA
não tiver chegado, isso ajudara no suporte de vida da vítima.
As compressões cardíacas deve ser feita (sem parar) até a chegada
do DEA, quando o mesmo já tiver chegado um conjunto de
compressões com o uso do DEA começara.
O uso do DEA aumentará as chances de vida da vítima mas isso
não quer dizer que se você não tiver o DEA não poderá salvar a
vida da vítima.

Como deve ser feito as compressões?

• Localização das mãos durante a RCP

Crianças: Uma ou duas mãos sobre a metade inferior do


esterno (opcional se a criança for muito pequena)

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• Bebês menores de um ano: Um socorrista: Dois dedos no
centro do tórax, abaixo da linha mamilar; Dois socorristas: Dois
polegares no centro do tórax, abaixo da linha mamilar;

• Profundidade das compressões torácicas

Crianças 5 cm de profundidade

Bebês 4 cm de profundidade

Quantidade de Compressão Ventilação

Crianças 30:2 -1 socorrista

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15:2 -2 socorristas

Bebês 30:2 – 1 socorrista

15:2 – 2 socorristas

O socorrista, primeiramente, inicia o suporte básico à vida,


efetuando 30 compressões torácicas à frequência de 100/min;
então, abre a via respiratória (elevando o queixo e inclinando a testa
para trás) e faz duas respirações boca a boca.

O ciclo de compressões e respirações é contínuo sem


interrupção.

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Desmaio ou mal subito?

É a perda súbita da consciência e do tônus postural, com


recuperação espontânea. É na verdade um sintoma de uma doença
ou reflexo do nosso organismo. Pode em alguns casos ser
precedida por avisos como mal estar, enjôo, alterações da visão,
sensação de calor ou acontecer de repente sem nenhum aviso. É
muito recorrente em ambiente escolar por crianças que não se
alimentaram direito.

Antes de tudo, quando a criança desmaiar você deverá verificar se


está respirando e se tem pulso, nesse momento já descartamos
uma Parada Cardiorrespiratória (PCR). Caso ela não esteja,
imediatamente chame uma ambulância e inicie as compressões de
acordo com o protocolo de RCP. Caso ela esteja respirando e com
pulso, siga o passo a passo abaixo.

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1. Verifique a existência de possíveis lesões causadas pela
queda e em caso de sangramento, tente estancar a
hemorragia
2. Deite-a no chão, de barriga para cima, e coloque as pernas
dela mais altas que o corpo e a cabeça;
3. Coloque a cabeça da criança de lado para facilitar a
respiração e evitar asfixia devido ao risco de vômito;
4. Afrouxe as roupas para facilitar a respiração;
5. Comunique-se com a criança, mesmo que ela não responda,
fale que você está ali para ajudá-la;
6. Quando a vítima se recuperar do desmaio, você pode dar
açúcar diretamente na boca dela.
7. E não se esqueça de ficar com a vítima até a hora da
ambulância chegar, evitando aglomeração de pessoas, o que
dificulta a respiração da vítima.

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Engasgo de bebes e crianças

O que preciso saber sobre engasgo?

O engasgo ocorre quando a criança engole algo grande o suficiente


para bloquear suas vias aéreas, ficando difícil ou impossível
respirar. Para entender isso, é importante saber que o diâmetro das
vias aéreas de uma criança é aproximadamente do mesmo
tamanho que o dedo dela.
Por isso, é fácil objetos, mesmo os menores, se tornarem
extremamente perigosos.

Caso o engasgo aconteça devemos começar a manobra de


Heimlich que é uma técnica de primeiros socorros utilizada em
casos de emergência por asfixia, provocada por um pedaço de
comida ou qualquer tipo de corpo estranho que fique entalado nas
vias respiratórias, impedindo a pessoa de respirar.

Nesta manobra, utilizam-se as mãos para fazer pressão sobre o


diafragma da pessoa engasgada, o que provoca uma tosse forçada
e que faz com que o objeto seja expulso dos pulmões.

A manobra foi inventada pelo médico estadunidense Henry


Heimlich, em 1974, e pode ser praticada por qualquer pessoa,
bastando que se siga corretamente as orientações.
É importante você saber que caso temos dois tipos de engasgo:

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ENGASGO PARCIAL
O engasgo parcial é quando as vias respiratórias não estão
completamente obstruídas como por exemplo o engasgo com leite
materno, nota-se que ainda existe uma passagem de ar. Nesse
caso, a criança chora, fica agitada, ofegante, com respiração rápida,
apresenta uma tosse rouca e/ou chiado no peito.

Segure o bebê no colo em posição confortável, virado de frente


para você e ligue imediatamente para a emergência (SAMU 192 ou
Bombeiros 193). Na maior parte das vezes, ao tossir, a criança
consegue expelir o que provocou o engasgo.

ENGASGO TOTAL

Quando o objeto ou alimento obstrui completamente a


passagem do ar, a criança não consegue falar, nem tossir ou
chorar e começa a ficar com lábios arroxeados. O bebê ainda
pode ficar "molinho" por causa da falta de ar. Por mais
desesperador que seja o quadro, é preciso manter a calma e
ajudar a criança a desengasgar.

Os sinais mais comuns de engasgo incluem:

1. Tosse ou respiração ruidosa;


2. Lábios ou pele azuladas;
3. Esforço grande para respirar;
4. Eventual perda de consciência.

As crianças pode também emitir ruídos atípicos ou abrir a boca sem


emitir nenhum som, podendo não conseguir chorar ou tossir.

O ideal é garantir que objetos pequenos sejam mantidos fora do


alcance de seu filho, mas caso algum acidente aconteça é
importante estar preparado para agir com segurança e confiança.
Alguns riscos de asfixia incluem brinquedos, utensílios domésticos e
alimentos que é a causa mais comum de sufocamento e até mesmo
leite materno.

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Primeiros socorros:

O que fazer? Ligue para a emergência (SAMU 192 ou Bombeiros


193) Se conseguir vê-lo, faça o dedo em forma de gancho e tente
retirar o objeto de dentro da boca da criança, se não conseguir ou
não se achar apto para fazer não tente retirar o objeto com os
dedos.

Caso não consiga ver o objeto você pode começar a seguinte


manobra:

1. Coloque a criança da deitada de barriga para baixo em seu


antebraço com a cabeça mais baixa que o corpo.

2. O dedo indicador e médio deve manter a boca da criança aberta para


que o objeto possa ser expelido por ele.

3. Você pode fazer essa manobra em pé ou sentado, deve observar a


posição mais confortável para você e para criança.

4. Com uma das mãos usando a palma você vai dar 5 batidas
consecutivas impulsionando para frente.

5. Vire a criança e faça 5 compressões com dois dedos no meio do


peito, entre os mamilos.

6. Cada compressão deve ter 4 centímetro 2 a 3 de profundidade.

29
Engasgo com crianças acima de 2 anos:

O processo de desengasgo é um pouco diferente, nesse


caso você já não consegue colocar a criança deita no seu
braço, então deve:

1) Você deve colocar a criança sentada no seu joelho (a


posição mais confortável para você);

2) Firme a outra perna no chão;

3) A criança deve estar de costa para você;

4) Feche uma mão e mantenha a outra aberta;

5) Com a mão aberta você irá impulsionar (para cima) a


mão fechada no torax da criança fazendo a manobra
de Heimlich.

Essa manobra vai fazer com que o objeto seja expelido para fora.

Obs: Se a criança for maior você irá repetir o mesmo processo


mais com o seus dois joelhos no chão.

Se a criança for adolescente o processo é o mesmo mas com


você em pé.

Se, após as manobras, o bebê chorar, vomitar ou tossir é sinal que


desengasgou e sua cor voltará ao normal.

Se ele continuar engasgado repita as manobras acima. Mas se ele


perder a consciência e ficar sem reação, prossiga na manobra de
reanimação conforme as orientações abaixo.

Em primeiro lugar, mantenham a calma. ligue imediatamente para a


emergência (SAMU 192 ou Bombeiros 193).

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1. Coloque o bebe deitado em uma superfície rígida plana;

2. Faça 30 compressões entre os mamilos no meio do peito


com 2 e 3 dedos com profundidade de 4 cm;

3. Depois das compressões faça 2 ventilações (respiração


boca a boca)

4. Repita o processo até a criança dar algum sinal de vida ou


até ser atendida pelo serviço de emergência.

5. Ao aplicar essas manobras corretamente as chances de


sobrevida da sua criança ou até de um adulto aumentarão.

31
Hemorragias
O que é hemorragias?

A hemorragia é caracterizada por uma perda de sangue em virtude


de um rompimento dos vasos sanguíneos. Ela pode ser classificada
em interna ou externa sendo que a hemorragia externa é
classificada em ARTERAL, VENOSA E CAPILAR.

EXTERNA:

A hemorragia externa pode ser dividida em: arterial venosa e


capilar. Mas como podemos diferenciá-los? Normalmente, o sangue
de origem arterial, possui grande pressão e é de tom vermelho
vivo, por ser rico em oxigênio, portanto, é a forma mais grave de

32
perda, necessitando de atendimento rápido. O sangue de origem
venosa possui menor pressão e é de tom vermelho escuro, por
ser pobre em oxigênio. Sua perda é menos grave quando
comparado ao arterial, contudo, a demora no atendimento, podem
ter consequências fatais. Já as hemorragias capilares são
pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que
recobrem a superfície do corpo.

A importância de identificá-los

É importante destacar que a perda excessiva de sangue pode levar


ao choque hipovolêmico que pode causar a morte da vítima. Sendo
assim, em caso de hemorragias graves, não perca tempo, chame os
bombeiros ou Samu da sua cidade, em alguns casos você precisara
levar a criança com urgência para o hospital, pois em caso de
hemorragias os segundos são importantes.

Primeiros socorros:

Comprimir o local usando um pano limpo, gases ou ataduras;

• Manter a compressão até a chegada de um profissional da


saúde ou a um pronto atendimento;
• Se possível, elevar o membro que está sangrando;
• Não utilize qualquer substancia estranha para coibir o
sangramento;
• Encaminhar para o atendimento hospitalar;
• Em caso de hemorragia nasal, incline a cabeça da vítima para
trás e aguarde cinco minutos. Durante esse período, coloque
um cases ou algodão na narina e pressione até o sangramento
parar ou até a chegada ao pronto socorro.
• O uso do torniquete é recomendado somente em caso de
hemorragia arterial, nesse caso precisa estar preparado para
fazer o uso corretamente.

33
Torniquete: Um torniquete pode ser definido como um dispositivo de
constrição ou compressão usado para controlar o fluxo sanguíneo
arterial e venoso para uma porção de uma extremidade por um
período de tempo.

A pressão é aplicada circunferencialmente alguns centímetros a cima


do membro ferido. Em situações de emergência, o torniquete é usado
para interromper o sangramento traumático, até que a vítima tenha
que os cuidados médicos necessários.

34
É importante saber:

Um torniquete é uma faixa de tecido apertado que comprime uma


artéria sangrenta para tentar impedir que o sangue flua.

Os torniquetes só devem ser usados depois que outros métodos de


parar o sangramento forem tentados primeiro.

Um torniquete não deve ser usado a menos que o sangramento seja


pesado e com risco de vida.

A razão pela qual os torniquetes devem ser usados raramente, se é


que um membro pode precisar ser amputado se o torniquete for
deixado por muito tempo.

Antes de se considerar o uso de um torniquete, o método de pressão


direta deve ser usado.

Torniquete primitivo pode ser feito de uma vara e uma corda (ou
cinto de couro).

A corda é feita em um laço que se encaixa sobre o membro


danificado e o bastão é inserido através do laço.

O laço é apertado torcendo o bastão.

O dispositivo primitivo pode estancar o fluxo de sangue, mas efeitos


colaterais como danos nos tecidos moles e danos nos nervos
podem ocorrer devido à aplicação de pressões e gradientes de
pressão desconhecidos, incontroláveis e excessivamente altos.

Os modernos sistemas de torniquete são baseados em


microcomputadores, permitindo um controle de pressão mais
preciso e automático, garantindo a segurança e minimizando os
risco de lesões ainda mais graves ao paciente.

35
Hemorragia interna

A hemorragia interna é aquela que não é visível, ou seja, todo


o sangue perdido se acumula nas cavidades do organismo,
devido algum trauma como:

 Lesões provocadas por acidentes;


 Agressões;
 Quedas.

Assim como também baques fortes na cabeça que é o mais comum


com crianças entre a idade de 0 a 3 anos, onde são bebes que
ficam no colo e qualquer descuido pode a criança cai e também
com bebes que começam a trocar os primeiros passos, tipos de
acidentes como esses com crianças pode provocar hemorragias
internas devido o crânio da criança ainda estar em formação e ser
mais sensível causando assim hematomas interno.

Outros casos as hemorragias internas vem seguida de Acidentes


automobilísticos, no qual o impacto foi extremamente forte,
36
ferimento por arma de fogo, faca ou qualquer outra arma
branca, acidente em que o corpo suportou grande pressão no caso
de impactos fortes e até esmagamento.

Como posso identificar uma hemorragia interna?

 Fraqueza;
 Sonolência;
 Frio;
 Sede;
 Alteração do nível de consciência;
 Respiração rápida;
 Pele pálida, fria e úmida;
 Tremores.

É extremamente difícil, para um leigo, saber se está ocorrendo ou


não uma hemorragia interna, porém, caso algum dos sintomas ou
se o local do acidente ou o ato, ajudar a suspeitar que se trata de
uma hemorragia interna, mantenha a calma e chame o serviço
especializado em emergência, o mais rápido possível.

37
Pressão Arterial (PA)
A pressão arterial é força que o sangue exerce nas paredes das
artérias em decorrência do bombeamento feito pelo coração.
A pressão arterial é máxima quando ocorre a contração do coração
nesse caso, é chamada de sistólica.

Há ainda a pressão diastólica, que é uma pressão mínima


observada durante a diástole (relaxamento dos músculos do
coração).

A pressão arterial, que é medida em milímetros de mercúrio, é


transcrita primeiro com a utilização do valor da pressão sistólica,
seguido do valor relativo à pressão diastólica, por exemplo, 120/80
mmHg (12 por 8). Apesar de 120/80 mmHg ser o valor ótimo da
pressão arterial, nem todas as pessoas apresentam-no. É assim
que surgem os casos de hipertensão e hipotensão.

Outro fator preocupante e pode ser definida como hipertensão é


com a pressão arterial acima de 14/9 e é considerada ainda mais
grave quando a pressão está acima de 18/12.

38
Sístole e Diástole

Qual a diferença entre sístole e diástole?

A sístole e a diástole são dois estágios do ciclo cardíaco. A


sístole é a fase de contração do coração, onde o sangue é
bombeado para os vasos sanguíneos, já a diástole é a fase
de relaxamento, fazendo com que o sangue entre no coração.

Em um adulto normal, a média da pressão sistólica é de 120


milímetros de mercúrio (mmHg), enquanto a diastólica é de 80
mmHg.

Leitura de pressão arterial

A leitura da pressão é medida em milímetros de mercúrio


(mmHg) e é fornecida em dois números.

O maior número é a leitura da pressão arterial sistólica, que


representa a pressão máxima exercida quando o coração se
contrai. Já o menor número é a leitura da pressão arterial
diastólica, que representa a pressão mínima nas artérias,
quando o coração está em repouso.

39
A pressão alta em crianças age na surdina por isso é chamada
de “mal silencioso”.

As pesquisas indicam que a elevação da pressão arterial na


infância representa fator de risco para que a enfermidade se
manifeste, mais tarde, na vida adulta. Por outro lado, filhos de pais
hipertensos devem redobrar os cuidados com a prevenção desde
cedo, porque pressão alta é uma doença hereditária, crônico-
degenerativa que ataca os vasos sanguíneos e pode provocar
lesões graves no coração, cérebro, rins, membros e outras grandes
artérias do nosso corpo.

40
Sintomas:

Apresenta os mesmos sintomas dos adultos:

1. Dores no peito;
2. Dor de cabeça;
3. Tonturas;
4. Zumbido no ouvido;
5. Fraqueza;
6. Visão embaçada;
7. Sangramento nasal;

Está relacionada a um estilo de vida que não é saudável devido


ao uso abusivo de:

 Sal;
 Comidas com nível alto de calorias;
 Gorduras;
 Excesso de açúcar;

41
Esses elementos podem aumentar o colesterol, os níveis de
açúcar no sangue e predispor à diabete e à elevação da
pressão arterial.

42
TIPOS DE CHOQUES

• Hipovolêmico • Anafilático • Séptico • Neurológico

O choque hipovolêmico, também conhecido como choque


hemorrágico, acontece quando se perde cerca de 1 litro de sangue,
o que faz com que o coração deixe de ser capaz de bombear o
sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves
em vários órgãos do corpo e colocando a vida em risco.
O choque hipovolêmico normalmente surge quando existe uma
hemorragia que provoca a perda excessiva de sangue, como
acontece em casos de feridas ou cortes muito profundos, acidentes
de trânsito, quedas de grande altura, hemorragia interna, ulceras
ativas e até sangrando por menstruação muito intensa.

43
Além disso, outras situações que provocam a perda de líquidos
do organismo também podem contribuir para a diminuição da
quantidade de sangue no corpo.

Sintomas:
• Dor de cabeça constante, que pode ir piorando;

44
• Cansaço excessivo e tontura;
• Náuseas e vômitos;
• Pele muito pálida e fria;
• Confusão;
• Dedos e lábios azulados;
• Sensação de desmaio

Choque séptico é definida como uma síndrome de resposta


inflamatória sistémica (SIRS) de causa infecciosa. É uma condição
grave que ocorre em decorrência da sepse e traz risco de vida.
Ocorre quando um agente infeccioso, como bactérias, vírus ou
fungos, entra na corrente sanguínea de uma pessoa.
Apresenta sinais como alteração do ritmo cardíaco, dificuldade
respiratória, alterações da temperatura e também alteração nos
leucócitos conhecidas por muitas pessoas como glóbulos brancos

45
que atuam na defesa do organismo, essa infecção afeta todo o
sistema imunológico
Choque séptico é definido na população pediátrica como sepse e
disfunção cardiovascular.

Para uma criança se considerar ter uma sépsis, tem de ter suspeita
ou confirmação de uma infecção e sinais de uma resposta sistémica
a essa infecção. A sépsis grave tem já falência de órgão e o choque
séptico disfunção cardiovascular com hipoperfusão de órgãos e
hipotensão que não responde à expansão de volume. É importante
ressaltar que os critérios de SIRS são muito frequentes em crianças
abaixo dos 5 anos de idade.

Apesar da evolução favorável para combater a mortalidade e


morbilidade recorrentes contra sépsis o índice ainda é alto sendo
considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma
das maiores causas de morte com crianças abaixo dos 5 anos de
idade.
Nos primeiros meses de vida, os sintomas podem ser muito subtis
pelo que é prática comum como febre, choro e pouca interatividade,
por isso além do exame geral efetuar precisa ser feito análises
como hemograma completo, culturas de sangue e urina.

O diagnóstico precoce de sépsis é uma das chaves para o sucesso


do tratamento. Algumas doenças como meningite podem causar a
evolução para choque séptico. É essencial um elevado nível de
suspeita e um cuidado redobrado na observação para ter um
prognóstico rapidamente.
Uma criança com febre há que questionar se os pais ou responsáveis
observar alterações como:

• Irritabilidade;
• Choro inconsolável;
• Pouca interação com os familiares;
• Sonolência;
• Alteração da perfusão tecidual;
• Extremidades frias e pálidas;
• Temperatura alta ou muito baixa;

46
• Tremores;
• Tontura leve;
• Produção de urina reduzida ou ausente;
• O aparecimento de exantema cutâneas, erupções vermelhas
em um região específica ou por todo o corpo também
descoloração da pele.

Ressaltamos que crianças com patologias crônicas como


doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas,
bronquite, asma, rinite, hipertensão, câncer, diabetes e
doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia) são
de risco elevado para sepse e podem não apresentar os sinais
clínicos clássicos da síndrome.

47
Choque anafilático
Conhecido como anafilaxia ou reação anafilática, é uma reação
alérgica grave que surge poucos segundos, ou minutos, após se
estar em contato com uma substância a que se tem alergia.

A anafilaxia é uma reação alérgica generalizada, abrupta e severa a


uma determinada substância, nesse caso chamada de “alergeno”,
para a qual o organismo esteja previamente sensibilizado.

Em crianças a probabilidade de acontecer é maior pelo fato de


ainda está se formando e muitas vezes os pais desconhecem algum
tipo de alergia até acontecer o fato.

Por isso deve sempre está atento a qualquer mudança de abito ou


em viagens que podem mudar a rotina da criança, choque
anafilático pode ocorrer com ingestão de alimentos, exposição a
veneno de algum animal ou até medicamentos sem prescrição
médica.

48
Deve Iniciar o tratamento o mais rápido possível para evitar colocar
em risco a vida da criança.

Nestes casos, deve-se chamar imediatamente uma ambulância,


ligando o 192, manter a calma e deitar a criança de lado, caso
desmaie, usara o procedimento de primeiros socorros para
manter a criança viva.

Quando ele é feito, geralmente a resposta é boa e a recuperação é


completa.

Sintomas

• Dificuldade em respirar com chiado;

• Coceira e vermelhidão na pele;

49
• Inchaço da boca, olhos e nariz;

• Sensação de bola na garganta;

• Dor abdominal, náuseas e vômitos;

• Aumento dos batimentos cardíacos;

• Tonturas e sensação de desmaio;

• Suores intensos;

• Confusão.

50
choque neurogênico
Acontece quando existe uma falha de comunicação entre o cérebro
e o corpo, fazendo com que os vasos sanguíneos percam o seu
tônus e dilatem. Exemplo: Quando há uma lesão da medula
espinhal, no entanto, também pode surgir devido a problemas no
cérebro.

A principal causa de choque neurogênico é o acontecimento de


lesões na coluna, devido a pancadas fortes nas costas, acidentes
de trânsito, com crianças pode vim depois de um trauma causada
por uma queda de até uma altura superior ao corpo da criança ou
também pode ser causada pela utilização da técnica incorreta para
de anestesia peridural no hospital ou o uso de algumas drogas ou
medicamentos que afetam o sistema nervoso.

51
Os dois primeiros sintomas mais importantes do choque
neurogênico são a diminuição rápida da pressão arterial e o
abrandamento do batimento cardíaco.

No entanto, também são frequentes outros sinais como:

• Podem se apresentar com paralisia flácida;


• Perda de reflexos tendíneos profundos,

• Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35,5ºC;

52
• Respiração rápida e superficial;

• Pele fria e azulada;

• Tonturas e sensação de desmaio;

• Excesso de suor;

• Dor no peito.

Noções de intoxicações

INTOXICAÇÃO consiste em um conjunto de efeitos sintomáticos


produzidos quando uma substancia toxica é ingerida ou entra em
contato com a pele, olhos ou membranas mucosas. Os idosos e as
crianças são particularmente vulneráveis à intoxicação acidental.

Os sintomas de intoxicação dependem do produto, da quantidade


ingerida e de certas características físicas da pessoa que o ingeriu.
Algumas substâncias não são muito potentes e exigem uma

53
exposição contínua para que ocorram problemas. Outros produtos
são mais tóxicos e basta uma gota sobre a pele para causar graves
problemas.

INGERIDO algumas substâncias tóxicas podem ser ingeridas


propositalmente em grandes quantidades ou acidentalmente, como,
por exemplo: Medicamentos, substâncias químicas industriais,
derivados de petróleo, agrotóxicos, raticidas, formicidas, plantas,
alimentos contaminados (toxina), produtos para limpeza.

INALADO algumas substâncias tóxicas podem ser inaladas como


gases e poeiras. Exemplo: cola a base de tolueno ( cola de
sapateiro), monóxido de carbono, amônia, éter, gás liquefeito de
petróleo GLP (gás de cozinha) etc.

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ABSORVIDO algumas substâncias tóxicas podem penetrar no
organismo pela mucosa ou pele. Exemplo: Inseticidas, agrotóxicos
etc.

INJETADO algumas substâncias tóxicas podem penetrar no


organismo, é o caso de drogas injetáveis ou toxinas de animais
peçonhentos como aranha, escorpiões, cobras, entre outros. É
importante a identificação da via pela qual o tóxico entrou em
contato com o organismo para proceder a descontaminação o mais
breve possível. Além disso, alguns sinais e sintomas da intoxicação
podem ser observados pela via de penetração.

55
INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS

os agrotóxicos ou defensivos agrícolas são substâncias que vem


sendo cada vez mais utilizadas na agricultura e na saúde pública,
podendo ou não oferecer perigo para o homem, dependendo da
toxidade, do grau de contaminação e o tempo de exposição durante
sua aplicação. Assim, o principal problema está na sua utilização
indiscriminada, sem qualquer preocupação com a segurança.

A contaminação humana por agrotóxicos se dá por via direta


(operários das industrias de síntese, manipuladores e aplicadores) e
por via indireta (população exposta).

Os principais agentes de intoxicação entre os praguicidas são os


inseticidas usados na agricultura, em ambientes domésticos e
públicos.

INTOXICAÇÕES POR PLANTAS a intoxicação aguda por plantas,


embora de incidência universal, sua distribuição e intensidade
assumem aspectos regionais, quase sempre por ingestão acidental
de uma planta ou de alguma de suas partes que é tóxica.

Muitas vezes, a criança ingere ou manuseia uma planta tóxica


levada por sua natural curiosidade e pelas suas características
psicológicas de explorar o ambiente, também pelo
desconhecimento do perigo de certas espécies.

56
Sinais de intoxicação

Vestígios de substâncias tóxicas, químicas ou naturais na boca


ou na pele da criança, indicando que ela tenha mastigado,
engolido, aspirado ou entrado em contato com tais
substâncias;

• Hálito diferente;
• Coloração dos lábios e do interior da boca alteradas;
• Respiração fraca; - Temperatura baixa;
• Dor ou queimação na boca, garganta ou estômago;
• Confusão mental, sonolência ou mesmo inconsciência;
• Estado de coma, alucinações e delírios;
• Diminuição ou retenção do fluxo urinário;
• HEMORRAGIAS (sangramentos);
• Lesões na pele, vermelhidão ou queimaduras;
• Enjôos, vômitos, muito suor, salivação e convulsões.

Primeiro socorros:

 Lavar imediatamente a área com bastante água e sabão


durante 5 a 10 minutos;
 Envolver o local com uma compressa limpa e procurar
ajuda médica de imediato;
 Além disso, algumas recomendações que devem ser
seguidas após o contato com plantas venenosas são lavar
toda a roupa, inclusive o cadarço dos sapatos, evitar coçar
o local e não colocar álcool na pele;
 Enxague a boca com água corrente abundante;
 Guarde a planta para análise; informe-se sobre nome e
características.

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ENVENENAMENTO
Envenenamento são todos os efeitos danosos às células do
organismo por substâncias nocivas que entraram no corpo de
alguma forma e que podem causar sérios danos ao indivíduo ou até
levar à morte. Os venenos podem ser ingeridos, aspirados do ar,
injetados na veia ou absorvidos na pele, seja acidentalmente, seja
de forma voluntária. Alguns venenos são potencialmente ou
inevitavelmente mortais; outros podem causar danos variáveis e
deixar sequelas graves sem, contudo, levarem à morte.

Existe uma diferença entre envenenamento e intoxicação;

A Intoxicação é o efeito de uma determinada substância no


organismo causando alterações fisiológicas mais leves. Já no
envenenamento, estas alterações fisiológicas são tão extremas que
destroem células ou tecidos da vítima.

Os efeitos dos venenos sobre o organismo dependem, por um lado,


da dose deles e, por outro, do tempo decorrido desde que foram
ingeridos.

A maioria dos casos de envenenamento ocorre dentro de casa e


com crianças. Difícil falar de sinais e sintomas do envenenamento
porque eles variam muito, na dependência do veneno. No entanto,
em se tratando de venenos ingeridos, quase sempre há náuseas,

58
vômitos, palidez, semiconsciência ou inconsciência, suor frio
excessivo e estado de choque. Os envenenamentos são mais
comuns por plantas, animais venenosos, inseticidas para plantas,
venenos para o controle de ratos, baratas e insetos em geral.

Envenenamento por plantas: Algumas plantas podem ser


venenosas, precisa ter um cuidado e atenção redobrada quando
tem criança perto dessas plantas. Algumas podem atrair pela
beleza e podem expor um sério risco a criança.

• O Bico de papagaio, é uma planta que produz uma seiva


leitosa venenosa e, por isso, deve-se evitar entrar em contato
direto ou ingerir alguma das suas partes.
• Taioba-brava esta planta é bastante venenosa, sendo
importante evitar a sua ingestão e o contato direto com a pele
desprotegida ou os olhos.
• A espirradeira é uma planta muito tóxica que pode provocar
lesões muito graves com apenas 18 gramas, colocando em
risco a vida.
• As folhas de Dedaleira contêm uma alta concentração de
digitalina, uma substância que atua no coração, desregulando
o batimento.
• Mandioca-brava e Broto de bambu estas são duas plantas
muito tóxicas que produzem um ácido capaz de destruir as
células do organismo, especialmente no trato gastrointestinal

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Envenenamento por animais:

PEÇONHA é um composto complexo único para cada animal.


Injetar a peçonha na vitima. (inserida)

Veneno qualquer substância, preparada ou natural, que por sua


atuação química é capaz de destruir ou perturbar as funções vitais
de um organismo.

60
NEUROTÓXICO Afeta o sistema nervoso e o controle muscular.

A peçonha age no sistema nervoso central provocando ptose


palpebral, adormecimento ou formigamento no local afetado,
alteração consciência e perturbações visuais.

• Cérebro;
• Face;
• Diplopia;
• Anisocoria;
• Visão turva

Exemplos; Cobra coral, Cascavél, Escorpiões como: ESCORPIÕES


AMARELO ode pode ser encontrado nas regiões do Sudeste,
Paraná, sul de Goiás, e Bahia

ESCORPIÃO MARROM:Tamanho:5 a 7 centímetros - Aparência:


marrom avermelhado - Distribuição geográfica: regiões Sul e
Sudeste, sul de Minas Gerais.

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ESCORPIÃO PRETO: Tamanho:8 a 10 centímetros - Aparência: de
cor castanho escuro avermelhado, com alguns pontos mais claros; -
Distribuição geográfica: região norte.

PROTEOLITICO(toxina)

É o processo de degradação de proteínas por enzimas (Destruição


de proteínas) causando:

• Lesões locais
• Edema
• Bolhas

Provoca necrose tecidual devido á decomposição das proteínas.

Exemplos: Tarântulas, Jararaca, Pico de jaca, Jararaca verde,


alguns tipos de aranhas como: aranha Marrom

62
(Maioria dos acidentes) que também é hemolítica (Age destruindo
as hemácias do sangue); armadeira (bastante agressiva); viúva
negra(poucos casos

• COAGULANTE: ocorre destruição do fibrinogênio de forma


que o sangue se torna incoagulável.

Aglutinando o sangue podem causar obstrução de veias e artérias.


Casos mais sérios, como os de coágulos cerebrais ou pulmonares,
levam a morte

• Exemplos: Jararaca, Surucucu.

• LAGARTAS:

Não é bem a queimadura e sim as toxinas liberadas por uma certa


espécie de lagarta brasileira que realmente podem acabar com a
vida de uma pessoa. Apelidada de taturana-assassina, a Lonomia
obliqua possui um veneno que reduz, no organismo da vítima, a
formação de fibrina, substância responsável pela coagulação do
sangue. A diminuição da fibrina pode causar graves hemorragias.

63
A identificação da lagarta causadora do acidente pode ajudar no
diagnóstico. Portanto, se for possível, é recomendado levar a
causadora ao serviço de saúde.

• MARIMBONDOS ABELHAS:

As picadas de abelha ou vespa podem causar muita dor, e em


alguns casos, até causar uma reação exagerada do organismo,
conhecida como choque anafilático, que causa intensa dificuldade
para respirar.

No entanto, isto normalmente só acontece em pessoas que


possuem alergia ao veneno das abelhas ou que são picadas por
muitas abelhas ao mesmo tempo, o que não é frequente.

Quando acontece a ferroada de uma abelha ou vespa na pele, é


injetado um veneno irritante que provoca dor intensa no local,
vermelhidão e inchaço. Este veneno, normalmente, não faz mal e
não é prejudicial para a maioria das pessoas, mas, se a pessoa
tiver histórico de alergia, pode causar uma reação mais séria, que
deve ser atendida no hospital.

64
Os sinais e sintomas que indicam uma reação alérgica
exagerada à ferroada de uma abelha, ou vespa, são:

Aumento da vermelhidão; coceira e inchaço no local da picada;


Dificuldade para respirar ou para engolir a saliva; Inchaço do
rosto, boca ou garganta.

Sinais e sintomas:

Indicam uma reação alérgica exagerada à ferroada de uma abelha,


ou vespa, são:

• Aumento da vermelhidão;
• Coceira e inchaço no local da picada;
• Dificuldade para respirar ou para engolir a saliva;
• Inchaço do rosto, boca ou garganta;
• Sensação de desmaio ou tonturas;

Caso estes sintomas sejam identificados, deve-se chamar uma


ambulância ou levar a vítima para o hospital imediatamente porque
é uma situação grave que pode colocar em risco a vida. Além disso,
se a ferroada acontecer na boca ou se a pessoa for picada por
várias abelhas ao mesmo tempo, deve ser feita uma avaliação no
hospital.

65
Convulsão na escola, o que o
professor precisa saber?
O que é uma crise convulsiva?

As convulsões são descargas elétricas desreguladas e anormais de


células nervosas no cérebro ou em parte do cérebro.
Essas descargas anormais podem alterar a consciência ou causar
sensações anormais, movimentos involuntários ou convulsões.
Convulsões são contrações musculares violentas, involuntárias e
rítmicas que afetam uma grande parte do corpo.
Primeiramente, é importante ressaltar que convulsão febril e
desmaios súbitos devido à queda da pressão não configuram uma
crise epilética.
Os sinais de que seu filho está tendo uma crise, portanto, são:
quedas seguidas de contrações musculares fortes e rítmicas;
convulsão; transpiração excessiva com movimentos anormais e
involuntários e alterações na boca. É importante ressaltar que
embora a criança pareça sentir dor, ela não está, pois está
desacordada.

66
E embora não haja nenhuma forma de interromper a crise no
momento em que ela está ocorrendo, existem formas de torná-la
menos perigosa.

Causas e diagnóstico da convulsão:


As crises convulsivas nem sempre estão associadas a doença
Epilepsia, pois são muitos os fatores que também podem
desencadear um episódio de crise convulsiva, dentre eles, podemos
citar:
1. Febre alta
2. Diminuição do açúcar no sangue (hipoglicemia)
3. Desidratação
4. Tumores
5. Traumas na cabeça
6. Intoxicação por álcool
7. Medicamentos ou drogas ilícitas.
Para o diagnóstico é imprescindível a avaliação do médico
neurologista, que com o histórico do paciente, exame físico e
correlação com exames de imagem e de laboratório irá fechar o
diagnóstico.

67
Como ajudar uma criança em uma crise convulsiva?

• Acionar o serviço móvel de emergência ou solicitar para


alguém que o faça.
• Solicitar para que as pessoas se afastem (especialmente
outras crianças) e pedir ajuda.
• Apoiar a cabeça da vítima e lateralizar (virar a cabeça para o
lado, isso permitirá a saída da saliva e melhora da
respiração).
• Caso as contrações estejam muito fortes, virar todo o corpo
da vítima.
• Retirar objetos que possam machucar (óculos, pulseiras,
relógios).
• Afastar mobiliários que possam machucar (carteiras, mesas,
cadeiras).
• Garantir a privacidade da vítima (após um episódio de
convulsão poderá ocorrer a perda de fezes e urina)
• Toda convulsão deverá ser avaliada por um médico, mas é
importante que anote ou observe o momento da crise para
informar ao médico plantonista, nesse caso a avalição
primaria é importante.

68
LESOES (Fraturas, Luxação,
Amputação)
Fraturas
As fraturas podem ser definidas como uma ruptura parcial ou total
do osso e podem ser classificadas em abertas ou fechadas, de
acordo com o lugar lesionado da pele ou não. As fraturas
geralmente ocorrem em virtude de algum impacto, queda ou
69
esmagamento (que também pode ser associada à lesão de tecidos
moles). Esses traumas não precisam ocorrer de forma violenta para
que a lesão aconteça, pois pequenos tombos, por exemplo, podem
gerar fraturas. Idosos e crianças são os mais propensos a
apresentar ruptura dos ossos, principalmente em razão da
sensibilidade da estrutura óssea.
Sendo assim as fraturas podem ser divididas em abertas(exposta) e
fechadas;
Fraturas fechadas:
Uma fratura fechada é quando não ocorre o rompimento da pele.
Fraturas exposta:
É quando a pele é rompida e o osso apresenta-se exposto. Por
existir maior possibilidade de infecção, a fratura exposta é
considerada mais perigosa que a fratura fechada.

70
Primeiros socorros, o que fazer?
• Ao perceber que algum osso foi fraturado, é importante:
• 1. O primeiro passo é fazer uma limpeza no ferimento com
soro fisiológico (ou água) e cobrir com gazes ou curativos
limpos.
• 2. Imobilizar imediatamente o membro lesionado. Essa
ação, além de evitar uma piora no quadro, ajuda a diminuir a
dor.
• 3. Em caso de fratura exposta, é fundamental que o local seja
coberto com um pano limpo e o paciente seja levado
imediatamente para o hospital. Nesse tipo de lesão, o risco de
contaminação é muito grande, por isso, são necessários
cuidados adicionais.
• 4. chame imediatamente ajuda especializada ligando para
o SAMU (192) e Corpo de Bombeiros (193).
• 5. Evite movimentar a vítima, pois osso fraturado pode
comprometer órgãos internos, tais como os pulmões.

71
LUXAÇÃO
É uma lesão em que uma articulação é deslocada da posição
normal.
As articulações podem ser deslocadas devido a lesões.
Geralmente, acontecem com crianças durante uma
brincadeira no parque por causa de uma queda, de um
acidente de carro ou durante a atividade esportiva escolar.

Uma luxação é dolorosa e imobiliza a articulação. Ombros,


cotovelos, dedos, tornozelos, joelhos, quadris e mandíbula são

72
exemplos de áreas afetadas. Não force o membro afetado, nem
tente movimentá-lo;
• Imobilize com talas;
• Faça uma tipoia para impedir a articulação de mexer,
utilizando tecido, uma faixa ou um cinto, por exemplo;
• Aplique uma compressa gelada na articulação afetada;
• Chame uma ambulância, ligando para o 192, ou vá no pronto-
socorro.

É necessário atendimento médico imediato para colocar a


articulação de volta no lugar, seguido por várias semanas de
repouso.

AMPUTAÇÃO
É a remoção de uma extremidade do corpo mediante cirurgia ou
acidente.
É muito comum acidentes dessa proporção em crianças menores
de 8 ano de idade, infelizmente objetos de fácil acessibilidade
resultam em acidentes com amputação.
Pais e professores podem agir de forma rápida para que a criança
não perca um membro. Sendo assim é necessário algumas
informações importante de atendimento em primeiros socorros.

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Primeiros socorros:

1. Chame o serviço de resgate. A criança (e parte do corpo)


deve ser levada ao hospital imediatamente.
2. Para controlar o sangramento, faça uma suave pressão no
ferimento com um tecido limpo.
3. Se possível, mantenha a área afetada elevada acima do nível
do coração.
4. Deixe-a estendida e aquecida para prevenir choque.
5. Embrulhe a parte do corpo amputada em tecido limpo, ponha
um saco plástico e mergulhe em gelo ou mantenha na
temperatura mais fria possível. Não coloque diretamente
sobre o gelo.

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Queimaduras
Sistema tegumentar
Sistema tegumentar é o conjunto de estruturas que formam o
revestimento externo dos seres humanos, é composto por
camadas:
1°Epiderme é formada por tecido epitelial.
2° Derme é a camada subjacente de tecido conjuntivo.
3° Hipoderme tecido subcutâneo.

Esse sistema tem uma função muito importante como: proteção


contra impactos, proteção contra a entrada de algum tipo de
patógeno no organismo, regulamentação térmica, respiração e a
nossa sensibilidade.

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Grau da queimadura: é a profundidade que ela se encontra na
vítima.

O que é queimaduras e seus agentes causais?


Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com
alguma fonte de calor, são elas:
Queimaduras térmicas: são provocadas por fontes de calor como
o fogo, líquidos ferventes, vapores, objetos quentes e excesso de
exposição ao sol;
Queimaduras químicas: são provocadas por substância química
em contato com a pele ou mesmo através das roupas;
Queimaduras por eletricidade: são provocadas por descargas
elétricas

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Classificação das queimaduras:

1° GRAU Atinge a epiderme camada superficial da pele.

2° grau: atingem as camadas mais profundas da pele. Apresentam


bolhas, pele avermelhada, manchada ou com coloração variável,
dor, inchaço, desprendimento de camadas da pele e possível
estado de choque.
Tratamento: Agua corrente ou compressas frias.
Em alguns casos a necessidade de tratamento clinico.
Obs: é importante lembrar que não se deve estourar as bolhas.
Use sempre luvas de procedimento.

Apresentam vermelhidão, inchaço e dor local suportável, sem a


formação de bolhas.
Tratamento: Agua corrente ou compressas frias.

3° grau: atingem todas as camadas da pele e podem chegar aos


ossos. Apresentam pouca ou nenhuma dor e a pele branca ou

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carbonizada.

• Tratamento: Nesse caso a necessidade de um atendimento


hospitalar é maior.
• Pode ser usado gases úmidos com papel alumínio envolta da
região queimada para manter a temperatura térmica e
proteger contra bactérias até a chegada no hospital.

• O QUE NUNCA FAZER?


• nunca toque a queimadura com as mãos;
• nunca fure bolhas;
• nunca tente descolar tecidos grudados na pele queimada;
• nunca retire corpos estranhos ou graxa do local queimado;
• nunca coloque manteiga, pó de café, creme dental ou
qualquer outra substância sobre a queimadura;
• somente o médico sabe o que deve ser aplicado sobre o local
afetado.

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Afogamento
O afogamento é asfixia gerada pela aspiração de liquido que passa
a inundar o aparelho respiratório deixando a vítima incapaz de
respirar oxigênio.

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O afogamento é a quarta causa de morte acidental em adultos e a
terceira em crianças e adolescentes em todo o mundo. Infelizmente
de acordo com as pesquisa do Sobrasa(Sociedade Brasileira de
Salvamento Aquático) 52% das mortes na faixa de 1 a 9 anos de
idade ocorrem em piscinas e residências.
Se uma criança estiver se afogando e não for resgatada
rapidamente poderá se asfixiar. A criança pode se afogar até em
cinco centímetros de água por um tempo de 5 minutos, pode ser
fatal. Por isso muita atenção quando estiver perto de um balde,
tanque, banheira, rio, piscina ou água da praia. Qualquer descuido
pode ser fatal.

Grau de afogamento de acordo com a gravidade da vítima.


GRAU SINAIS E SINTOMAS Conduta

Tosse sem espuma na boca ou nariz. Repouso, aquecimento e


1 medidas que visem o conforto e
tranqüilidade do banhista. 2. Não
há necessidade de oxigênio ou
hospitalização
Pouca espuma na boca e/ou nariz. Aquecimento corporal, repouso,
Oxigênio nasal a 5 litros/min. tranqüilização. Observação
hospitalar por 24h
2
Muita espuma na boca e/ou nariz com Oxigênio por máscara facial a 15
pulso radial palpável. litros/min no local do acidente. 2.

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3 Posição Lateral de Segurança
sob o lado direito. Internação
hospitalar para tratamento em
CTI.
Oxigênio por máscara a 15
litros/min no local do acidente.
Muita espuma na boca e/ou nariz sem
Observe a respiração com
4 pulso radial palpável
atenção, pode haver parada da
respiração. Posição Lateral de
Segurança sobre o lado direito.
Ambulância urgente para melhor
ventilação e infusão venosa de
líquidos. Internação em CTI
com urgência.
Parada respiratória, com pulso carotídeo Ventilação boca-a-Boca. Não
5 ou sinais de circulação presente faça compressão cardíaca. Após
retornar a respiração
espontânea - trate como grau 4
Parada Cárdio-Respiratória (PCR Reanimação Cárdio-Pulmonar
6 (RCP) (2 boca-a-boca + 30
compressões cardíaca com 1
socorrista
Já PCR com tempo de submersão > 1 h, ou Não inicie RCP, acione o
cadáver Rigidez cadavérica, ou decomposição Instituto Médico Legal.
corporal e/ou livores.

Sinais de afogamento:
 Hipotermia
 Cefaleia
 Distensão abdominal
 Náuseas
 Vômitos
 Tremores
 Dores muscular
 Mal estar e cansaço

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Critérios para você agir em casos de afogamento:
Sabe nadar bem?
Verifique se existe apoio como: boias, cordas ou qualquer matéria
que flutue na agua;
Ao tentar resgatar uma vítima na agua certifique-se que ela esteja
de costa para você;
Em vítimas consciente mantenha a comunicação para tranquiliza-la;
Se for possível resgatar a vítima sem entrar na agua para não se
pôr em risco, faça.

Primeiros socorros:

1) Peça ajuda ou ligue para o serviço de resgate;

2) Veja se a criança está respirando. Se estiver coloque-o de


lado para expelir a água que bebeu;

3) Se não estiver respirando, aplique a respiração boca a


boca e massageie o tórax da criança. (Repita até que
volte a respirar) Recuperar a respiração o mais rápido
possível é muito importante para evitar que a criança sofra
alguma lesão cerebral.

4) Deitar a vítima em decúbito dorsal e em declive. A Posição


Lateral de Segurança (PLS) deve ser utilizada nas pessoas
inconscientes que mantenham a ventilação. Esta posição
previne a obstrução das vias aéreas superiores, permitindo
uma melhor ventilação.

5) Aquecimento, estender o pescoço, Limpar secreção Nasal


e Bucal.

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6) Procure deixar a cabeça da criança numa posição mais
baixa que o peito para evitar que se afogue com seu
próprio vômito.

7) Leve a criança para um lugar mais quentinho e seco mais


próximo possível e coloque cobertores ou algo que a
aqueça.

8) A criança deve receber ajuda médica imediatamente,


coloque-a em posição de recuperação e controle sua
respiração até o médico chegue. Acalme a criança.

9) Em casos de vítimas inconsciente, comece a manobra de


ressuscitação com respiração boca-boca, 30 compressões
e 2 ventilações até a chegada da ventilação mecânica.

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PARA NÃO AFOGAR Não basta saber nadar,
é preciso conhecer os riscos e respeitar seus limites!
Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático - Sobrasa

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