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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................2

2 NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS......................................................................3

2.1 Conceitos iniciais...........................................................................................................3

2.2 Fluxograma do Socorrista............................................................................................4

2.2.1 Prioridade de Socorro...................................................................................................4

2.3 Ocorrências comuns......................................................................................................6

2.3.1 Queimaduras.................................................................................................................6

2.3.2 Sinais e sintomas............................................................................................................6

2.3.3 O que deve fazer............................................................................................................6

2.3.4 O que não deve fazer.....................................................................................................7

2.3.5 Choque Eléctrico...........................................................................................................8

2.3.6 Envenenamento.............................................................................................................9

2.3.7 Emergências Clínicas..................................................................................................10

2.4 Consequências das Ocorrências Comuns..................................................................27

2.4.1 Parada Cardiorespiratoria.........................................................................................27

2.4.2 Hemorragia..................................................................................................................27

2.4.3 Estado de Choque........................................................................................................29

2.4.4 Fracturas......................................................................................................................33

2.5 Primeiros Socorros em casos de HIV-SIDA.............................................................35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................36
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1 INTRODUÇÃO

Neste presente trabalho, ira-se abordar o tema sobre noções de primeiros socorros. A
metodológia usada neste trabalho é bibliográfica.Portanto, neste trabalho vamos perceber que,
as actividades que praticamos são susceptíveis a risco. Mesmo os actos que consideramos
menos perigosos podem custar uma vida com isso, o conhecimento sobre primeiros socorros
não deve ser olhado de forma isolada, sob ponto de vista da sociedade. Todo mundo deve ter
o conhecimento básico sobre os primeiros socorros porque não se sabe quando é que iremos
precisar destes conhecimentos.

O conhecimento sobre os primeiros socorros proporciona uma ajuda para quem a possui e
não só, para os outros ao nosso redor. Muitos acidentes acontecem ao redor do mundo e
poucas pessoas conseguem sobreviver, não de que não poderiam, mas que a falta de
conhecimento de primeiros socorros faz com que muita gente perca a vida na hora do
acidente, pois, se verifica que o socorrista, não possui nenhum conhecimento sobre os
primeiros socorros.

Finalmente neste trabalho, busca-se informações que de alguma forma, complementem o


conhecimento sobre noções de primeiros socorros.
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2 NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

2.1 Conceitos iniciais

Primeiros Socorros são as primeiras medidas a serem tomadas no local do acidente, isto é,
são medidas simples mas eficazes até à chegada do socorro profissional. O conceito de
Socorrismo é definido como sendo a utilização de um conjunto de técnicas e saberes em
benefício do indivíduo e da comunidade.
Posição lateral de segurança
A Posição Lateral de Segurança (PLS) deve ser utilizada nas pessoas inconscientes que
mantenham a ventilação. Esta posição previne a obstrução das vias aéreas superiores,
permitindo uma melhor ventilação.
O que deve fazer
 Com a vítima deitada, rodar a cabeça para o lado (para impedir a queda da língua
para trás e a sufocação por sangue, vómitos ou secreções);
 Pôr o braço do lado para onde virou a cabeça ao longo do corpo;
 Flectir a coxa do lado oposto;
 Rodar lentamente o bloco cabeça-pescoço-tronco, mantendo a vítima estável;
 Manter a posição da cabeça virada para o lado.
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2.2 Fluxograma do Socorrista

2.2.1 Prioridade de Socorro


Os princípios gerais do socorrismo são três:
 PREVENIR agravamento;
 ALERTAR correctamente;
 SOCORRER a vítima.
Os três princípios gerais regem toda a acção do socorrista tendo como objectivo principal
prevenir o agravamento do estado da vítima e do acidente, alertar correctamente para socorrer
a vítima, estabilizando-a até à chegada de pessoal especializado na emergência pré-hospitalar
(médico, enfermeiro e paramédico)
O que devemos fazer perante um acidente?
A primeira atitude a tomar perante um acidente será sempre a protecção da vítima e de nós
próprios, sendo necessário:
1. Manter a calma, é a primeira atitude a tomar no caso de um acidente. Cada pessoa
reage de forma diferente, principalmente se também estiver envolvido no acidente e o
pânico se instalar entre as vítimas
2. Avaliar de imediato a segurança do local onde ocorreu o acidente, desenvolvendo
acções para promover a segurança, de forma a evitar o agravamento do acidente ou a
ocorrência de novos acidentes;
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3. Efectuar uma rápida avaliação da vítima. Sempre que possível deve afastar-se o
perigo da vitima, mobilizando-a do local em último recurso, quando a sua
permanência implica risco de vida para si própria e/ou para o Socorrista;
4. Accionar de imediato o serviço de emergência local.

É importante ter sempre presente a sequência destas acções. Nenhuma acção pode ser
iniciada sem que outra tenha sido terminada. Por exemplo, começar por garantir a
segurança, sinalizando o local, accionar o pedido de socorro e completar a segurança
no local, controlando a situação, de forma que estas medidas limitem as consequências do
acidente. Resumindo, as etapas mais importantes são destacadas neste rectângulo.
Tabela 1. Etapas do socorrista.
1 MANTER a calma
2 GARANTIR a segurança
3 PEDIR socorro
4 CONTROLAR a situação
5 VERIFICAR a situação das
vítimas
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2.3 Ocorrências comuns

2.3.1 Queimaduras
As queimaduras podem ser provocadas por qualquer substância quente que entra em
contacto com a pele, tal como líquidos ou objectos, o sol, o fogo, a energia eléctrica, os
produtos químicos e o frio. A gravidade da queimadura depende de vários factores:
 Da zona atingida pela queimadura.
 Da extensão da pele queimada.
 Da profundidade da queimadura.

2.3.2 Sinais e sintomas


De acordo com a profundidade atingida, as queimaduras classificam-se em 3 graus:

2.3.2.1 Queimadura do 1.º grau


São as queimaduras menos graves, apenas a camada externa da pele (epiderme) é afectada.
A pele fica vermelha ou escuro avermelhado e quente. E há sensação de calor e dor
(queimadura simples). Curam em 3 a 6 dias e habitualmente não deixam cicatriz.

2.3.2.2 Queimadura do 2.º grau


A característica da queimadura do 1.º grau junta-se a existência de bolhas com líquido ou
flictenas. Esta queimadura já atinge a derme e é bastante dolorosa (queimadura mais grave).
Demoram 7 a 21 dias até estarem curadas, podendo deixar cicatriz.

2.3.2.3 Queimadura do 3.º grau


A característica das queimaduras dos graus 1 e 2 junta-se a destruição de tecidos e
terminações nervosas. A queimadura atinge tecidos mais profundos, provocando uma lesão
grave e a pele fica carbonizada ou esbranquiçada e edemaciado. Geralmente não são
dolorosas. Necessitam, muitas vezes, de cirurgia para enxertos de pele e habitualmente
deixam cicatriz (queimadura muito grave). A vítima pode entrar em estado de choque.

2.3.3 O que deve fazer


 Remover a fonte de calor;
 Se a roupa estiver a arder, envolver a vítima numa toalha molhada ou, na sua falta,
fazê-la rolar pelo chão ou envolvê-la num cobertor;
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 Retirar a roupa (à excepção de sintéticos, por ex. nylon) que estiver quente, queimada
ou exposta a químicos.
 Se a vítima se queimou com água ou outro líquido a ferver, despi-la imediatamente.
 No caso de queimadura com produtos químicos, deve-se irrigar o local da queimadura
com água para ajudar a diluir o agente responsável, com excepção para os casos de
queimadura com pó. Neste caso, o pó deve ser removido sem molhar.
 Dar água a beber frequentemente;

2.3.3.1 Se a queimadura for do 1.º grau (queimadura simples)


 Arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com água corrente
até a dor acalmar.

2.3.3.2 Se a queimadura for do 2.º grau (com bolhas)


 Arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com água tépida,
até a dor acalmar.
 Nunca rebentar as bolhas e cobrir com compressa esterilizada vaselinada (não
aderente). Se as bolhas rebentarem, não cortar a pele da bolha esvaziada: tratar como
qualquer outra ferida. O penso deve manter-se 48 horas (se tiver exsudado mudar
regularmente) e só depois expor a zona queimada ao ar para evitar o risco de
infecção/tétano.
 Se estiver longe do hospital, pode ser usada película aderente a envolver a área
queimada, para isolar do exterior. Transportar a vítima para o Hospital.

2.3.3.3 Se a queimadura for do 3.º grau (profunda)


 Arrefecer a região queimada com soro fisiológico ou, na sua falta, com água corrente.
 Tratar como qualquer outra ferida.
 Se a queimadura for muito extensa, envolver a vítima num lençol lavado e que não
largue pêlos, previamente humedecido com soro fisiológico ou, na sua falta, com água
simples.

2.3.4 O que não deve fazer


 Retirar qualquer pedaço de tecido que tenha ficado agarrado à queimadura.
 Rebentar as bolhas ou tentar retirar a pele das bolhas que rebentaram.
 Aplicar sobre a queimadura outros produtos além dos referidos.
 Aplicar gelo directamente na queimadura.
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 Arrefecer a queimadura por períodos superiores a 10 minutos, especialmente quando


ocupa áreas superiores a 20% do corpo.
Observação:
 O tratamento das queimaduras deve ser feito no Hospital, sempre que houver dúvidas,
nomeadamente sobre a gravidade, extensão e tratamento a realizar.
 Deve transportar imediatamente a vítima ao Hospital se:
 Considerar que a queimadura pode ser de 2.º ou 3.º grau.
 A zona queimada for grande, ainda que não pareça grave (área do corpo superior a
10%).
 Afectar zonas particularmente sensíveis (mãos, pés, zona genital, rosto ou couro
cabeludo).
 Tiver sido provocada por fogo, electricidade ou substância química.
 A queimadura parecer estar infectada (com pus, inchada ou vermelha).

2.3.5 Choque Eléctrico


Electrocussão ou choque eléctrico é uma situação provocada pela passagem de corrente
eléctrica através do corpo.
Nas colisões com postes é muito comum que cabos eléctricos se rompam e, fiquem
energizados, na pista ou mesmo sobre os veículos. Alguns desses cabos são de alta voltagem,
e podem causar mortes. Jamais tenha contacto com esses cabos, mesmo que ache que eles não
estão energizados. No interior dos veículos, as pessoas estão seguras, desde que os pneus
estejam intactos e não haja nenhum contacto com o chão.
Se o cabo estiver sobre o veículo, elas podem ser electrocutadas ao tocar o solo. Isso já não
ocorre se permanecerem no seu interior, pois o mesmo está isolado pelos pneus. Outro risco é
do cabo chicotear próximo a um vazamento de combustível, pois a faísca produzida poderá
causar um incêndio.

2.3.5.1 O que deve fazer


Desligar o disjuntor para cortar imediatamente a corrente eléctrica. Ter o máximo cuidado
em não tocar na vítima sem previamente ter desligado a corrente. Prevenir a queda do
sinistrado. Aplicar o primeiro socorro conveniente:
 Reanimação cardiorespiratória.
 Aplicação de uma compressa ou de um pano bem limpo sobre a queimadura.
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2.3.5.2 O que não deve fazer


 Tocar na vítima se estiver em contacto com a corrente eléctrica.
 Tentar afastar o fio de alta tensão com um objecto.

2.3.6 Envenenamento
Podemos considerar envenenamento e intoxicação como situações causadas pela
ingestão, aspiração ou introdução no organismo, de maneira acidental ou não, de substâncias
tóxicas de vários tipos. É essencial o socorrista conhecer a natureza tóxica da substância, é
indispensável o uso do equipamento de protecção individual adequado. O manejo do
atendimento de uma vítima de intoxicação depende do tipo de toxina ingerida e a condição
clínica da vítima.

2.3.6.1 Formas de Envenenamento


 Contacto directo da pele com plantas ou substâncias químicas tóxicas;
 Ingestão de qualquer tipo de substancia tóxica, química ou natural;
 Aspiração de vapores ou gases tóxicos;
 Injecção de substâncias tóxicas.

2.3.6.2 Sinais e Sintomas


 Náuseas;
 Vómitos;
 Dores abdominais;
 Diarreia;
 Salivação;
 Sudorese;
 Extremidades frias;
 Alterações de pupilas;
 Convulsões;
 Sinais evidentes na boca, pele ou nariz de que tenha introduzido substancias tóxicas
para o organismo;
 Hálito com odor diferente;
 Dor, sensação de queimação na via respiratória ou digestiva;
 Sonolência, confusão mental e outras alterações de consciência;
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 Estado de coma alternado com períodos de alucinação e delírios;


 Dificuldade respiratória;
 Parada cardiorrespiatoria.

2.3.6.3 Informações a Serem Colhidas


Diante de casos de envenenamento ou intoxicações por produtos químicos
(desinfectantes, perfumens, etc.), medicações ou outras substâncias, o socorrista deve ir a
procura de respostas para algumas perguntas fundamentais.
1. Qual o produto ingerido?
2. Quanto tempo faz?
3. Qual a quantidade aproximada?
4. Houve vómito provocado ou espontâneo?
5. A vítima é criança ou adulto?
6. Existe a embalagem do produto?

2.3.6.4 O que fazer?


 Considerar todo envenenamento como caso grave, até prova em contrário;
 Acalmar a vítima e mantê-la em repouso (cabeceira elevada);
 Tentar responder as perguntas 1 e 6;
 Não estimular o vómito e imediatamente;
 Se a vitima estiver inconsciente, mantenha-a em posição lateral de segurança (deitado
ao lado);
 Não oferecer líquidos, excepto se orientado pelos profissionais de saúde;
 Encaminhar para o atendimento médico.

2.3.7 Emergências Clínicas


É uma alteração de sinais vitais devido ao desequilíbrio interno do organismo, as
manifestações podem variar de um simples mal-estar e desmaio até uma parada
cardiorrespiratoria.

2.3.7.1 Edema Agudo de pulmão


É o acumulo anormal de liquido nos tecidos dos pulmões. é uma das emergências clínicas
de maior importância e seriedade.

Principais causas
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O edema pulmonar é uma emergência medica resultante de alguma doença aguda ou


crónica ou de outras situações especiais. Problemas do coração, como cardiomiopatia (doença
do musculo do coração), infarto agudo do miocárdio ou problemas nas válvulas do coração,
que determinam uma fraqueza no bombeamento do sangue pelo coração, estão entre as
principais causas de edema pulmonar.

Quando o coração não funciona bem, o sangue acumula-se nos pulmões, o que leva a falta
de ar. Já a infecção pulmonr (pneumonia) ou a infecção generalizada do corpo também leva
ao edema pulmonar, mas por um mecanismo diferente. Outra alteração que leva ao edema
pulmonar é a diminuição de proteinas circulares no sangue, seja nos rins ou no figado.
Quando o nível de proteina no sangue diminui, há uma tendência de acumulo de liquidos nos
pulmões.

As reações alérgicas por uso de medicações (reações anafilaticas agudas); o uso de


narcóticos para dor (morfina, por exemplo) ou de certas drogas (heroina,
nitrofurantoina);Inalação de fumaça, de gases irritantes, ou de outras substáncias tóxicas,
como por exemplo os compostos orgânicos fosfóricos, acidentes traumáticos graves com o
comprometimento do sistema nervoso central e a radioterapia para tumores do torax, podem
tambem ocasionar o edema pulmonar. Quando uma pessoa muda rapidamente de um local de
baixa altitude para um de alta altitude, o edema pulmonar também pode ocorrer.

Sintomas

 Alteração nos movimentos respiratórios- os movimentos são bastantes exagerados;


 Encurtamento da respiração (falta de ar), que normalmente piora com as actividades
ou quando a pessoa deita-se com a cabeceira baixa. O doente assume a posição
sentada;
 Dificuldade em repirar, aumento na intensidade da respiração (taquipneia);
 Respiração estertorosa, pode-se escutar o borbulhar do ar no pulmão;
 Eventulmente, batimento das assas do nariz;
 A pele e mucosas se tornam frias, acinzentadas, as vezes, pálidas e cianóticas
(azuladas), com sudorese fria;
 Ansiedade e agitação;
 Aumento dos baitmentos cardiacos (taquicardia);
 Aumento da temperatura corporal (hipertermia)) nos casos de anafilaxia aguda;
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 Mucosa nasal vermelho-brilhante;


 Tosse que no principio não há expectoração, passa a ser acompanhada por
expectoração espessa e espumosa, eventualmente sanguinolenta;

Outros sintomas específicos da causa do edema pulmonar podem ocorrer.

Primeiros socorros

 Transferência da vitima para um serviço de urgência ou de emergência hospitalar;


 Não movimentar muito a vitima. O movimento ativa as emoções e faz com que o
coraão seja mais solicitado;
 Observar com precisão os sinais vitais;
 Manter a pessoa na posição mais confortável, em ambiente calmo e ventilado;
 Obter um breve relato da vitima ou de testemunhas sobre detalhes dos acontecimentos;
 Aplicação de torniquetes alternados a cada 15 minutos, de pernas e braços pode ser
feita enquanto se aguarda o atendimento especializado.
 Tranquilizar a vítima, procurando inspirar-lhe confiança e segurança;
 Afrouxar as roupas;
 Evitar a ingestão de liquidos e alimentos;
 Se possível, dar oxigênio por mascara à vítima;
 No caso de parada cardiaca aplicar as tecnicas de ressuscitação cardio-respiratoria.

2.3.7.2 Desmaio/Sincope
Refere-se a perda transitória da consciência e da força muscular. Raramente se constituem
em ameaça directa a vida, porem é importante lembrar que a queda pode resultar em lesões.

Sinais e Sintomas

 Tontura;
 Sensação de mal-estar;
 Pele fira, pálida e húmida;
 Suor frio;
 Perda de consciência (transitória).

O que fazer
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No pré-desmaio:

 Deve-se sentar a vítima em uma cadeira, mantendo suas pernas abertas. Forçar sua
cabeça para baixo, pressionando com as mãos a cabeça e o pescoço, estimulando-a
para que force a cabeça para cima, respirando fundo.

No desmaio:

 Deitar a vítima, elevar os membros inferiores proporcionando assim, maior irrigação


cerebral;
 Afrouxar as roupas da vítima;

Manter o local “arejado”.

2.3.7.3 Infarto do Miocárdio


Definição

Necrose do músculo cardíaco após isquemia por oclusão arterial coronariana aguda, ou
seja, é um quadro clínico conseqüente à deficiência de fluxo sanguíneo para uma dada região
do músculo cardíaco (miocárdio), cujas células sofrem necrose devido à falta de aporte de
oxigênio.

É uma manifestação de insuficiência coronariana e está relacionada, em cerca de 95% dos


casos, com a arteriosclerose, um processo de obstrução por deposição de gorduras, que afeta
as artérias coronarianas e outras artérias do corpo. Principais Causas Arteriosclerose; embolia
coronariana e espasmo arterial coronário (angina pectória). Principal Complicação Parada
cardíaca por fibrilação ventricular (parada em fibrilação). Óbito.

Sintomas

A maioria das vítimas de infarto agudo do miocárdio apresenta dor torácica. Esta dor é
descrita classicamente com as seguintes

Características

a) Dor angustiante e insuportável na região precordial (subesternal), retroesternal e face


anterior do tórax.
b) Compressão no peito e angústia, constrição.
c) Duração maior que 30 minutos.
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d) Dor não diminui com repouso.


e) Irradiação no sentido da mandíbula e membros superiores, particularmente do membro
superior esquerdo, eventualmente para o estômago (epigástrio).
 A grande maioria das vítimas apresenta alguma forma de arritmia cardíaca.
Palpitação, vertigem, desmaio. Deve-se atender as vítimas com quadro de desmaio
como prováveis portadoras de infarto agudo do miocárdio, especialmente se
apresentarem dor ou desconforto torácico antes ou depois do desmaio;
 Sudorese profusa (suor intenso), palidez e náusea. Podem estar presentes vômitos e
diarréia;
 A vítima apresenta-se muitas vezes, estressado com "sensação de morte iminente".
 Quando há complicação pulmonar, a vítima apresenta edema pulmonar
caracterizado por dispnéia (alteração nos movimentos respiratórios) e
expectoração rosada.
 Choque cardiogênico.

Primeiros Socorros

 Muitas vezes, a dor que procede a um ataque cardíaco pode ser confundida, por
exemplo, com a dor epigástrica (de uma indigestão). É preciso estar atento para este
tipo de falso alarme;
 Procurar socorro médico ou um hospital com urgência;
 Não movimentar muito a vítima. O movimento ativa as emoções e faz com que o
coração seja mais solicitado;
 Observar com precisão os sinais vitais;
 Manter a pessoa deitada, em repouso absoluto na posição mais confortável, em
ambiente calmo e ventilado;
 Obter um breve relato da vítima ou de testemunhas sobre detalhes dos
acontecimentos;
 Tranqüilizar a vítima, procurando inspirar-lhe confiança e segurança;
 Afrouxar as roupas;
 Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos;
 No caso de parada cardíaca aplicar as técnicas de ressuscitação cardío-respiratória.
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 Ver se a vítima traz nos bolsos remédios de urgência. Aplicar os medicamentos


segundo as bulas, desde que a vítima esteja consciente. Vasodilatadores
coronarianos, comprimidos sublinguais.

A confirmação da suspeita de quadro clínico de um infarto agudo do miocárdio só ocorre com


a utilização de exames complementares, tipo eletrocardiograma (ECG) e exames sangüíneos
(transaminase, etc), que deverão ser feitos no local do atendimento especializado.

Atencao! Toda pessoa com suspeita de edema agudo de pulmão ou de infarto agudo do
miocárdio deve ser encaminhada com a maior urgência para atendimento especializado em
hospitais, serviço de emergência ou unidade de emergência cardíaca.

2.3.7.4 Crise Hipertensiva


Apesar dos atuais conhecimentos sobre a fisiopatologia e a terapêutica da doença
hipertensiva, sua evolução é eventualmente marcada por episódio de elevação súbita e
acentuada da pressão arterial, representando uma séria e grave ameaça à vida.

O aumento rápido e excessivo da pressão arterial pode evidenciarse pelos seguintes


sintomas:

 Encefalopatia;
 Cefaléia intensa, geralmente posterior e na nuca;
 Falta de ar;
 Sensação dos batimentos cardíacos (palpitação);
 Ansiedade, nervosismo;
 Perturbações neurológicas, tontura e instabilidade;
 Zumbido;
 Escotomas cintilantes (visão de pequenos objetos brilhantes);
 Náusea e vômito podem estar presentes.

Pessoas previamente hipertensas apresentam, na crise, níveis de pressão diastólica (ou


mínima) de 140 ou 150 mm Hg ou mais. Em alguns casos, o aumento repentino tem mais
importância do que a altura da pressão diastólica, surgindo sintomas com cifras mais baixas,
em torno de 100 ou 110 mm Hg. Em ambos os casos as cifras sistólicas (ou máxima)
apresentam-se elevadas. Abaixo, apresentamos as variações da pressão arterial normal e
hipertensão, em adultos maiores de 18 anos, em mmHg:
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Tabela 2. Variações de pressão arterial

Sistólica (ou máxima) Diastólica (ou mínima) Nível


<130 <85 Normal
130-139 85-89 Normal nos limites
140-159 90-99 Hipertensão leve
160-179 100-109 Hipertensão moderada
>179 >109 Hipertensão grave
>140 <90 Hipertensão sistólica ou
máxima
Fonte:Núcleo de Biossegurança.

Existem alguns fatores de risco que predispõem pessoas não hipertensas, a terem crises
hipertensivas, são eles:

 Glomerulonefrite (inflamação no interior dos rins);


 Pielonefrite (inflamação do sistema excretor renal);
 Arteriosclerose;
 Diabete;
 Sedentarismo e obesidade;
 Liberação de catecolaminas secretadas por tumores das glândulas supra-renais
(feocromocitomas);
 Ingestão de inibidor da monoaminoxidase;
 Colagenose;
 Toxemia da gravidez (pré-eclâmpsia leve e pré-eclâmpsia grave);
 Mulheres após a menopausa;
 Fumo;
 Dieta rica em sal e gorduras.

Todos os sintomas e sinais de crise hipertensiva podem evoluir para acidente vascular
cerebral, edema agudo do pulmão e encefalopatia.
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A encefalopatia é uma síndrome clínica de etiologia desconhecida. Ela é causada pela


resposta anormal da auto-regulação circulatória cerebral, em decorrência de elevação súbita
ou acentuada da pressão arterial. Esta síndrome é geralmente caracterizada por cefaléia
intensa, generalizada, de início súbito e recente; náusea; vômito; graus variados de distúrbios
da consciência como sonolência, confusão mental, obnubilação e coma; distúrbios visuais e
perturbações neurológicas transitórias como convulsões, afasia (ausência da fala), dislalia
(dificuldade de falar), hemiparesia e movimentos mioclônicos nas extremidades.

Primeiros Socorros

A gravidade potencial da crise hipertensiva exige tratamento imediato, já que a


reversibilidade das possíveis complicações descritas está condicionada à presteza das medidas
terapêutica. O objetivo inicial do tratamento a ser feito por médico é a rápida redução das
cifras tensionais.

O atendimento é essencialmente especializado e a principal atitude de quem for prestar os


primeiros socorros é a rápida identificação da crise hipertensiva e remoção da vítima.

Para identificar a crise, mesmo sem verificar a pressão arterial, devese conhecer os
sintomas já descritos. Procurar saber se a vítima já é hipertensa, há quanto tempo, e que
medicamentos usa. A remoção para atendimento especializado deve ser urgente.

2.3.7.5 Cólica Renal


A cólica renal é uma síndrome extremamente dolorosa, de caráter espasmódico, que
aparece subitamente. Na maioria das vezes essas crises dolorosas são provocadas por
distúrbios renais ligados à presença de concreções ou cálculos urinários que desencadeiam as
alterações funcionais.

Além de cálculos urinários e processos puramente nervosos, existem outras patologias que
podem levar à cólica renal, como as infecções, por exemplo. O caráter da dor renal é bastante
variável. Em certos casos ela se manifesta como uma sensação indefinida de peso na região
lombar, latejamento, fincadas ou ferroadas ou assume o quadro típico de cólica nefrética.

A vítima entra em crise paroxística, acompanhada ou não de náuseas, vômitos e, às vezes,


elevação da temperatura. Palidez e sudorese excessiva. A dor pode localizar-se na região
lombar, iniciando-se em uma área junto ao ângulo costovertebral. A irradiação da dor renal é
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comum, principalmente na fase aguda. Costuma-se dizer que não há cólica sem dor irradiada.
Ocasionalmente as manifestações à distância dominam o cenário sintomatológico.

A dor irradiada localiza-se principalmente no hipogástrio (em cima da bexiga), e flanco é


comum aos dois sexos e ocorre com a migração do cálculo desde o rim até a bexiga; no
homem aparece a hipersensibilidade do testículo; na mulher pode irradiar-se para a Vagina
(vulva).

Primeiros Socorros

A vítima de uma cólica renal sofre muito e, muitas vezes, não consegue andar ou falar
direito. O conforto da vítima deverá ser proporcionado da melhor maneira possível.

Identificar se trata realmente de uma cólica renal. Em seguida acalmar e tranqüilizar a


vítima, fazendo-a deitar-se em local confortável; afrouxarlhe as roupas e providenciar
imediata remoção para atendimento especializado.

Se a vítima já teve cólica renal anteriormente e leva consigo algum medicamento para este
caso, ela pode tomá-lo. Caso contrário, nenhuma forma de medicamento deverá ser dado.
Pode-se ainda aplicar compressa ou bolsa de água quente no local da dor, que pode ser nas
costas ou na parte anterior do abdome ou onde a vítima indicar.

2.3.7.6 Hipertermia
A hipertermia é a elevação anormal da temperatura do corpo, caracterizada pela presença
de altas cifras termométricas, geralmente maiores que 40oC. A hipertermia pode ocorrer
devido à presença de infecção no organismo ou de alguma outra doença. Ela resulta da
incapacidade do mecanismo regulador de temperatura do hipotálamo em controlar as
diferenças entre ganho e perda de calor, e da dissipação inadequada do calor pelo corpo.

Uma lesão cerebral, por exemplo, pode danificar os centros térmicos localizados no
hipotálamo; tumores, infecções, acidente vascular ou traumatismo craniano podem também
afetar o hipotálamo ou as vias descendentes e assim, provocar distúrbios nos mecanismos de
regulação e dissipação de calor. Além das causas crônicas ou agudas que podem determinar a
excessiva febre de uma vítima, algumas síndromes levam a hipertermia:

 Restrição à perda de calor;


 Presença prolongada em ambientes excessivamente quentes e úmidos;
 Desidratação em crianças;
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 Doenças generalizadas da pele;


 Doenças infecciosas;
 Doenças parasitárias;
 Viroses;
 Lesões teciduais;
 Neoplasias.

Primeiros Socorros

Os primeiros socorros recomendados após a constatação exata de hipertermia, com a


vítima geralmente prostrada, são:

 Envolvê-la com panos ou toalhas úmidas e frias e banho de imersão à temperatura


ambiente;
 Toalhas frias (com gelo) na região da fronte;
 Em caso de convulsão e delírio não se deve dar banho na vítima. A remoção para
atendimento hospitalar deverá ser urgente.

2.3.7.7 Insolação
É causada pela ação direta e prolongada dos raios de sol sobre o indivíduo. É uma
emergência médica caracterizada pela perda súbita de consciência e falência dos mecanismos
reguladores da temperatura do organismo. Este tipo de incidente afeta geralmente as pessoas
que trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que sofrem exposição
demorada e direta aos raios solares.

Pode ocorrer também sem a perda da consciência e afetar pessoas susceptíveis, mesmo que
não estejam expostas a condições de calor excessivo. Os fatores predisponentes para estes
casos são as doenças cardiovasculares, alcoolismo, sedativo e drogas anticolinérgicas.

Nos casos muito graves de insolação pode haver lesões generalizadas nos tecidos do
organismo, principalmente nos tecidos nervosos; morbidade e morte podem ocorrer como
resultado de destruição das funções renal, hepática, cardiovascular e cerebral.

Sintomas

1. Surgem lentamente:

 Cefaléia (dor de cabeça);


20

 Tonteira;
 Náusea;
 Pele quente e seca (não há suor) ;
 Pulso rápido;
 Temperatura elevada;
 Distúrbios visuais;
 Confusão.

2. Surgem bruscamente:

 Respiração rápida e difícil;


 Palidez (às vezes desmaio);
 Temperatura do corpo elevada.

Eventualmente pode ocorrer coma. A ocorrência de hiperventilação causa alcalose respiratória


inicial.

Primeiros Socorros

O objetivo inicial é baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente.

 Remover o acidentado para um local fresco, à sombra e ventilado;


 Remover o máximo de peças de roupa do acidentado;
 Se estiver consciente, deverá ser mantido em repouso e recostado (cabeça elevada);
 Pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico
para ser bebido;
 Se possível deve-se borrifar água fria em todo o corpo do acidentado,
delicadamente;
 Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas.
Tão logo seja possível, o acidentado deverá ser imerso em banho frio ou envolto
em panos ou roupas encharcadas;
 Atenção especial deverá ser dada à observação dos sinais vitais. Se ocorrer parada
respiratória, deve-se proceder à respiração artificial, associada à massagem cardíaca
externa, caso necessário.
21

Atencao! Baixar gradativamente a temperatura do corpo do acidentado de golpe de calor é o


objetivo inicial do primeiro socorro, e tem demonstrado ser uma medida extremamente eficaz.
O acidentado poderá ser removido para sala com ar condicionado frio, ou colocada sob o
fluxo de um ventilador.Vítimas de insolação não devem voltar ao ambiente da ocorrência
imediatamente após a recuperação, pois ainda demonstrarão sensibilidade a alta temperatura.

2.3.7.8 Exaustão pelo Calor


A exaustão pelo calor é outro tipo de reação sistêmica à prolongada exposição do
organismo a temperaturas elevadas, que ocorre devido à eliminação de sódio, desidratação ou
combinação de ambas.

O trabalhador que exerce a sua atividade em ambientes cuja temperatura é alta, está sujeito
a uma série de alterações em seu organismo, com graves conseqüências à sua saúde. Estes
ambientes geralmente são locais onde existem fornos, autoclaves, forjas, caldeiras, fundições,
etc.

Sinais e Sintomas

Quando a origem dos sintomas for devida predominantemente à perda de água, o


acidentado reclama de sede intensa, fraqueza e acentuados sintomas nervosos, que podem
incluir falta de coordenação muscular, distúrbios psicológicos, hipertermia, delírio e coma.

Se a falência circulatória sobrevier, a situação pode progredir rapidamente para golpe de


calor.

O acidente pode ocorrer devido à depleção de sódio em pessoas não aclimatadas a altas
temperaturas, que irão apresentar sintomas sistêmicos de exaustão pelo calor. Esta situação
ocorre quando a sudorese térmica é resposta por ingestão adequada de água, mas não de sal. O
acidentado geralmente reclama de câimbra muscular, associada à fraqueza, cansaço, náusea,
vômito, calafrios, respiração superficial e irregular.

O acidentado não demonstra estar sedenta. Pode se observar palidez, taquicardia e


hipotensão.

Primeiros Socorros

 Remover o acidentado para um local fresco e ventilado, longe da fonte de calor;


 Deve ser colocado em repouso, recostado;
22

 Afrouxar as roupas do acidentado;


 Oferecer líquido em pequenas quantidades, repetidas vezes, se possível com uma
pitada de sal;
 Se o acidentado não conseguir tomar líquidos oralmente, não insistir para não piorar
suas condições;
 Providenciar para que o acidentado, neste caso, tenha atendimento especializado, pois
a ele terá de ser administrado solução salina fisiológica ou glicose isotônica, por via
intravenosa;
 Observar os sinais vitais para a necessidade de ressuscitação cárdiorespiratória, e
remoção para atendimento especializado, se os primeiros socorros não melhorarem o
estado geral do acidentado.

2.3.7.9 Diarréia
A diarréia é um aumento na freqüência, fluidez e volume das fezes. O funcionamento
normal dos intestinos varia de pessoa para pessoa. A própria definição precisa de diarréia
deverá levar em conta este dado. Diversas causas podem provocar diarréia, entre uma quase
infinidade de exemplos:

 Desordens psicogênicas ou diarréia "nervosa";


 Infecções intestinais bacterianas, viróticas ou parasitárias de diversas origens;
 Fatores intestinais como envenenamento por metal pesado, terapia antibiótica,
fístula gastrocólica e carcinoma do intestino;
 Efeitos adversos de medicamentos;
 Doença pancreática (diarréia gordurosa);
 Atresia biliar;
 Reflexos de outras vísceras;
 Doença neurológica;
 Hipertireoidismo ou tumores gastrointestinais, benignos ou malignos, que
produzem substâncias causadoras de diarréia;
 Deficiência nutricional;
 Alergia alimentar;
 Fatores dietéticos. O exagero na ingestão de fibras pode ocasionar diarréia
transitória;
 Ingestão excessiva de laxativo.
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Além da diarréia propriamente dita, é comum o desconforto abdominal, cólica, plenitude


(sensação de estufamento), excesso de flatos (gases), mal estar generalizado, náuseas e
vômitos.

Primeiros Socorros

Em caso de diarréia existe o risco de desidratação, principalmente em pessoas debilitadas


por outras doenças, em idosos e em crianças. Para controlar a situação até o recebimento de
socorro médico especializado, deve-se acalmar a vítima, mantê-la em repouso
confortavelmente e, sempre que possível, iniciar imediatamente a hidratação oral com soro
caseiro, dando à vítima três colheres de sopa a cada 15 minutos.

Receita para o soro caseiro:

1. 1 copo de 250 ml de água fervida ou filtrada ;


2. 1 colher de sopa de açúcar;
3. 1 colher de chá de sal de cozinha.

2.3.7.10 Obstrução de vias aéreas por corpo estranho


É o impedimento do ar de entrar nas vias aéreas superiores (garganta e boca), frequentemente
causada por corpos estranhos, que em algumas situações podem ser removidos.

Tipos de Obstrução de vias aéreas superiores

1. Obstrução respiratória parcial (há passagem de algum fluxo de ar):


Sinais de obstrução respiratória parcial, quando respiramos, não emitimos nenhum
ruído. A presença de ruído pode significar uma obstrução parcial da via aérea.
2. Obstrução respiratória completa (não há passagem de ar para os pulmões):
O paciente consciente tentará falar e tossir, mas não será capaz de faze-lo.
Frequentemente, o paciente segurará o pescoço e abrirá a boca num esforço que indica
dificuldade para respirar. O paciente inconsciente não apresentará qualquer
movimento respiratório.

Causas de obstrução de via aérea


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a) Obstrução causada pela língua: a queda ou relaxamento da língua pode bloquear a


passagem do ar pela garganta. Este problema é comum e acontece frequentemente em
casos de inconsciência (vitima desacordada);
b) Obstrução causada por corpos estranhos (obstrução mecânica): pode incluir
pedaços de comida, gelo, brinquedos, dentaduras ou vómitos que se acumulam na
parte posterior da garganta.

Corrigindo a obstrução das vias áreas

1. Queda de língua
Em muitos casos a simples liberação das vias aéreas com a HIPERTENSÃO DA
CABEÇA, já soluciona o problema.

Atenção! Esta manobra não pode ser executada em vítimas de trauma pelo risco de lesão
cervical.

2. Corpo estranho
No caso em que o paciente estiver consciente (acordado), tentando avisar que esta
engasgado, estimule a tosse, ou faça a manobra de Heimlich. Se a vítima estiver
INCONSCIENTE (desacordada e SEM resposta ao estimulo doloroso) e SEM
RESPIRAR, realize as compressões torácicas.

MANOBRA DE HEIMLICH

É o movimento feito com as mãos de quem ajuda o corpo estranho a ser expelido do interior
da via aérea da vítima.

Realização da Manobra em vítima Consciente

 Posicionar-se atrás da vítima e abrace-a;


 Mantenha a mão esquerda aberta e a direita fechada;
 A mão direita encontra a esquerda, sempre abraçando a vítima pelas costas. Aplicar a
compressão como um golpe para dentro e para cima do abdómen.

O objectivo é favorecer a saída de ar dos pulmões de forma rápida, expelindo o corpo


estranho e a vítima pode voltar a respirar normalmente. Em caso de insucesso, repetir a
manobra.
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2.3.7.11 Convulsão
É a manifestação física visível de uma actividade eléctrica anormal das células do sistema
nervoso. Caracteriza-se por contracções musculares involuntárias e generalizadas (em todo o
corpo) ou focais (localizados em uma parte do corpo).

Características

 Contracções musculares involuntárias e generalizadas (em todo o corpo) ou focais (em


uma parte do corpo);
 Perda de consciência;
 Lesões em língua ou bochecha (por mordedura);
 Sialorreia (salivação);
 Perda do controle urinário ou fecal (com frequência, após a crise convulsiva acorda
urinada);
 Desorientação (vitima acorda desorientada, inicialmente pode não dizer seu nome, não
saber o que aconteceu).

Causas:

 Epilepsia;
 Febre (em crianças);
 Meningite/ encefalite;
 Traumatismo crânio-encefálico;
 Intoxicação por remédios, drogas;
 Abstinência de álcool e drogas;
 Alterações cerebrais (tumores, aneurismas, etc.);
 Acidente vascular cerebral (AVC).

O que fazer:

 Proteger a vítima de objectos ao seu redor, afastando tudo que possa produzir lesões
ou que ofereça algum risco;
 Não tentar impedir as movimentações. Você pode machucar a vítima;
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 Utilizar mantas, travesseiros, casacos e coloca-los de forma a evitar que a cabeça da


vítima fique batendo no chão durante as contracções;
 Avaliar se a vítima respira;
 Mantê-la deitada de lado quando as contracções cessarem;

Encaminhar a vítima a um serviço de emergências.

2.3.7.12 Estado Pós-Convulsivo


É o período que ocorre após a convulsão. Em geral a vítima apresenta-se bastante
sonolenta após a crise convulsiva e pode ter dificuldade de responder perguntas simples
(nome, idade). A crise (contracções musculares) passa, em geral em um ou dois minutos. O
período de sonolência, no entanto, pode ser bastante longo.
27

2.4 Consequências das Ocorrências Comuns

2.4.1 Parada Cardiorespiratoria

As cadeias de sobrevivência segundo a American Heart Association 2015 recomenda que


as vias de cuidado para os pacientes precisam ser distintos quando ocorrem em ambiente intra
ou extra hospitalar, visto que cada local tem suas especificidades, com por exemplo, as
pessoas que sofrem uma PCHE (PCR em ambiente extra-hospitalar) necessitam do
conhecimento e auxílio da comunidade, onde os socorristas leigos necessitam fazer o
reconhecimento dessa PCR, agir em tempo hábil e pedir ajuda imediata ao serviço médico de
emergência, que se encarregará de prestar assistência e encaminhar a vítima a uma unidade de
cuidados intensivos.
Por outro lado, pacientes que sofrem uma PCRIH (PCR em ambiente intra-hospitalar),
possuem mais condições de ter uma vigilância e prevenção da PCR que é praticado por uma
equipe multiprofissional que permanece sempre em alerta para iniciar uma RCP
(Ressuscitação Cardiopulmonar) caso necessário imediata e de alta qualidade.

2.4.2 Hemorragia
A hemorragia é a saída de sangue devido a ruptura de vasos sanguíneos A hemorragia pode
ser interna ou externa, implicando atitudes diferentes por parte do socorrista.

2.4.2.1 Hemorragia interna


 Deve-se suspeitar sempre de hemorragia interna quando não se vê sangue, mas a
vítima apresenta um ou mais dos seguintes sinais e sintomas.
Sinais e sintomas
 Sede;
 Sensação de frio (arrepios) e tremores;
 Pulso progressivamente mais rápido e mais fraco.
Em casos ainda mais graves:
 Palidez;
 Arrefecimento, sobretudo das extremidades;
 Zumbidos;
 Alteração do estado de consciência.
28

O que deve fazer

 Acalmar a vítima e mantê-la acordada.


 Desapertar-lhe a roupa.
 Manter a vítima confortavelmente aquecida.
 Colocá-la em Posição Lateral de Segurança
Observação: É uma situação grave que necessita de transporte urgente para o Hospital.
Activar o Serviço de Emergência Médica.

O que não deve fazer

 Dar de beber ou de comer.

2.4.2.2 Hemorragia externa


O que deve fazer

Atenção: antes de qualquer procedimento o socorrista deve calçar luvas descartáveis.


 Deitar horizontalmente a vítima;
 Aplicar uma compressa esterilizada sobre a ferida ou, na sua falta, um pano lavado,
exercendo uma pressão firme, conforme o local e a extensão do ferimento;
 Se as compressas ficarem saturadas de sangue, colocar outras por cima, sem nunca
retirar as primeiras;
 Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos);
 Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo sobre a ferida;
 Se se tratar de uma ferida dos membros, com hemorragia abundante, pode ser
necessário aplicar um GARROTE.
O garrote pode ser de borracha ou improvisado com uma tira de pano estreita ou uma
gravata.

Como aplicar um garrote

Aplicar o garrote entre a ferida e o coração, mas o mais perto possível da ferida e sempre
acima do joelho ou do cotovelo, de acordo com a localização da ferida que sangra. Aplicar o
garrote por cima da roupa ou sobre um pano limpo bem alisado colocado entre a pele e o
garrote.
29

Colocar o garrote à volta do membro ferido: se o garrote for improvisado com uma tira de
pano ou gravata, dar dois nós, entre os quais se coloca um pau, que poderá ser rodado até a
hemorragia estancar.
 Aplicado o garrote, este terá de ser aliviado de 15 em 15 minutos, durante 30 segundos
a 2 minutos, conforme a intensidade da hemorragia (quanto maior é a hemorragia,
menor é o tempo que o garrote está aliviado);
 Anotar sempre a hora a que o garrote começou a fazer compressão para informar
posteriormente os tripulantes do Serviço de Emergência Médica (pode colocar essa
informação num letreiro ao pescoço do ferido).
Entretanto, tomar medidas contra o estado de choque antes e durante o transporte para o
Hospital.
 Acalmar a vítima e mantê-la acordada;
 Deitá-la de costas com as pernas levantadas;
 Mantê-la confortavelmente aquecida;
 Não a deixar comer nem beber;

No caso particular de hemorragia da palma da mão

 O ferido deve fechar fortemente a mão sobre um rolo de compressas esterilizadas ou,
na sua falta, um rolo de pano lavado, de modo a fazer compressão sobre a ferida.
 Colocar, em seguida, uma ligadura ou pano dobrado à volta da mão;
 Colocar o braço ao peito com a ajuda de um lenço grande, mantendo a mão ferida
elevada e encostada ao peito.

2.4.3 Estado de Choque


É a situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter suficiente sangue
circulando para todos os órgãos do corpo. Trata - se de uma condição de extrema gravidade,
cuja identificação e atendimento fazem parte da abordagem primária da vítima. Uma vez que
o estado de choque atinja certo nível de severidade, o paciente não será salvo. Todo esforço
deverá ser feito pela equipe de socorro para identificar o choque, tomando se as medidas
necessárias e transportando a vítima rapidamente ao tratamento definitivo no hospital.
30

2.4.3.1 Mecanismo do choque


Como já visto, o aparelho cardiovascular é responsável por transportar oxigénio e
nutrientes para todos os tecidos do corpo e eliminar gás carbónico e resíduos resultantes do
processo de nutrição celular. Para realizar adequadamente esse trabalho, o sistema circulatório
retira oxigénio dos pulmões, nutrientes do intestino e fígado e leva-os para todas as células do
organismo.
Depois disso, retira o gás carbónico e detritos celulares da intimidade dos tecidos, levando-
os para os órgãos responsáveis pela excreção (pulmões, rins, fígado etc.). A esse processo,
que ocorre em nível de capilares, dá-se o nome de perfusão tecidual. Para que esse sistema
funcione de forma eficiente e adequada, é necessário que o coração se mantenha bombeando o
sangue, que o volume de sangue circulante seja suficiente para encher os vasos e que o calibre
dos vasos se ajuste às condições normais. Uma falha em qualquer desses factores provocará
falha na perfusão tecidual, levando a vítima a desenvolver o estado de choque.

2.4.3.2 Tipos de choque

Choque hipovolêmico
O tipo mais comum de choque que o socorrista vai encontrar no atendimento pré-
hospitalar. Sua característica básica é a diminuição acentuada do volume de sangue. Pode
ser causado pelos seguintes factores:
 Perda directa de sangue: hemorragia interna e externa;
 Perda de plasma: em caso de queimaduras, contusões e lesões traumáticas;
 Perda de líquido pelo trato gastrointestinal: provoca desidratação (vómito ou diarreia);
 No caso de fractura de fémur, estima-se a perda de aproximadamente 1 litro de sangue
circulante, parte devido ao sangramento e parte à transudação (perda de plasma e
outros fluidos nos tecidos moles danificados pela fractura);
 Nas queimaduras, quantidade considerável de plasma deixa a circulação em direcção
aos tecidos adjacentes à área queimada. A redução no volume de sangue circulante
causa diminuição no débito cardíaco e reduz toda a circulação (perfusão tecidual
comprometida). O reconhecimento precoce e o cuidado efectivo no atendimento do
choque hipovolêmico podem salvar a vida do paciente.
O tratamento definitivo do choque hipovolêmico é a reposição de líquidos (soluções
salinas ou sangue). Sinais e sintomas do choque hipovolêmico podem variar e não aparecer
31

em todas as vítimas. O mais importante é suspeitar e estabelecer os cuidados antes que se


desenvolvam.
A vítima apresentaria os seguintes sinais e sintomas:
 Ansiedade e inquietação;
 Náusea e vómito;
 Sede, secura na boca, língua e lábios;
 Fraqueza, tontura e frio;
 Queda acentuada de pressão arterial (PA menor que 90mm/hg);
 Respiração rápida e profunda no agravamento do quadro, a respiração torna-se
superficial e irregular;
 Pulso rápido e fraco em casos graves; quando há grande perda de sangue, pulso difícil
de sentir ou até ausente;
 Enchimento capilar acima de 2 segundos;
 Inconsciência parcial ou total;
 Pele fria e húmida (pegajosa);
 Palidez ou cianose (pele e mucosas acinzentadas);
 Olhos vitrificados, sem brilho, e pupilas dilatadas sugerindo apreensão e medo). Casos
graves; quando há grande perda de sangue, pulso difícil de sentir ou até ausente;
 Enchimento capilar acima de 2 segundos;
 Inconsciência parcial ou total;

Choque cardiogênico
Decorre de uma incapacidade do coração bombear o sangue de forma efectiva. Este
enfraquecimento do músculo cardíaco pode ser consequência de enfarto agudo do miocárdio,
situação frequente, sendo que a vítima, normalmente, apresenta dor torácica antes de entrar
em choque.
Outras situações que podem gerar:
 Arritmias cardíacas (prejuízo da eficácia de contracção); e
 Tamponamento pericárdio (por restrição de expansão do coração).
Os sinais e sintomas são semelhantes aos do choque hipovolêmico e o pulso pode estar
irregular. Já com relação aos cuidados de emergência, a vítima não necessita de reposição de
32

líquidos ou elevação de membros inferiores; Frequentemente respira melhor semi-sentada.


Administrar oxigénio e, se necessário, manobras de reanimação.

Choque neurogênico
Causado por falha no sistema nervoso em controlar o diâmetro dos vasos, em consequência
de lesão na medula espinhal, interrompendo a comunicação que nutre o cérebro e os vasos
sanguíneos. O resultado é a perda da resistência periférica e a dilatação da rede vascular. Se o
leito vascular estiver dilatado, não existirá sangue suficiente para preencher a circulação,
havendo perfusão inadequada de órgãos. Com excepção do pulso, os sinais e sintomas do
choque neurogênico são os mesmos do choque hipovolêmico. O paciente apresenta
bradicardia (pulso lento).

Choque psicogênico
De mecanismo semelhante ao choque neurogênico, aparece em condições de dor intensa,
desencadeado por estímulo do nervo vago e tem como característica principal braquicardia
inicial seguida de taquicardia na fase de recuperação. O paciente se recupera espontaneamente
se colocado em decúbito dorsal.

Choque anafilático
Resulta de uma reacção de sensibilidade a algo a que o paciente é extremamente alérgico;
como picada de insecto (abelhas, vespas), medicação, alimentos, inalantes ambientais, etc. A
reacção anafilática ocorre em questão de segundos ou minutos após o contacto com a
substância a que o paciente é alérgico.
Alguns sinais e sintomas são característicos:
 Pele avermelhada, com coceira ou queimação;
 Edema de face e língua;
 Respiração ruidosa e difícil devido ao edema de cordas vocais; e
 Finalmente queda da pressão arterial, pulso fraco, tontura, palidez, cianose e coma.

Choque séptico
Numa infecção severa, toxinas são liberadas na circulação, provocando dilatação dos vasos
sanguíneos e consequente aumento da capacidade do sistema circulatório. Além disso, ocorre
perda de plasma pela parede dos vasos, diminuindo o volume sanguíneo. Esse tipo de choque
ocorre em pacientes hospitalizados, sendo excepcionalmente visto por socorrista no
atendimento pré-hospitalar.
33

Conduta
1. Realizar avaliação primária com ênfase para:
 Avaliar responsividade;
 Manter via aérea pérvia;
 Estabilizar coluna cervical, se suspeita de trauma; e
 Identificar e controlar sangramentos, se necessário (considerar compressão, torniquete,
imobilização de pelve e membros, se necessário).
2. Realizar avaliação secundária com ênfase para:
 Colectar história;
 Monitorizar oximetria de pulso, ritmo cardíaco e sinais vitais;
 Posicionar o paciente de forma compatível com a modalidade do choque, visando à
melhora da sintomatologia e controle de danos;
 Realizar a prevenção de hipotermia: manter temperatura adequada da ambulância,
remover roupas molhadas e usar manta térmica ou cobertor;
 Tentar identificar a causa do choque e iniciar tratamento específico.

2.4.4 Fracturas
Caracterizam-se por perda de solução de continuidade do osso. Pode ser consequência de
queda, movimento violento ou impacto maior que o osso consegue suportar.
Sinais de fractura ou lesões articulares

 Dor intensa no local;


 Crepitação;
 Edema local;
 Hematoma;
 Paralisia;

2.4.4.1 Classificação
1. Fractura fechada ou interna: onde ossos lesionados permanecem no interior do
membro sem ultrapassar os tecidos, o que não descarta a possibilidade da ruptura de
um vaso sanguíneo ou de um nervo;
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2. Fractura aberta ou exposta: onde os ossos afectados deslocam-se do lugar


ocasionando ruptura dos tecidos que por ser causada pelos próprios fragmentos ósseos
ou por objectos penetrantes;
3. Fractura em fissura: onde as bordas ósseas permanecem próximas, formando uma
fenda;
4. Fractura em galho verde: trata-se de uma fractura incompleta, que atravessa apenas
uma parte do osso. Geralmente não exigem redução.
5. Fractura completa: onde o osso sofre descontinuidade total;
6. Fractura cominutiva: ocorre quebra do osso em três ou mais fragmentos.

2.4.4.2 Como agir quando há suspeita de fractura


a) Procurar lesões mais graves com ferimento e hemorragia através da observação do
estado geral da vítima;
b) Atentar para choque hipovolêmico;
c) Tentar acalmar a vítima;
d) Antes de realizar a imobilização do membro afectado, controlar hemorragia, caso
seja detectada e realizar curativo no ferimento;
e) Imobilizar o membro afectado, o que significa tirar os movimentos acima e abaixo
da lesão, procurando colocá-lo na posição que for menos dolorosa para a vítima,
fazendo-o da maneira mais natural possível;
f) Procurar realizar todos os procedimentos da maneira mais cuidadosa possível, pois
o menor erro pode gerar sequelas irreversíveis;
g) Atentar para os cuidados com fracturas expostas;
h) Providenciar atendimento especializado o mais rápido possível.

2.4.4.3 O que não fazer quando há suspeita de fractura


Nunca se deve tentar recolocar o osso fracturado de volta ao seu eixo, sendo que manobras
de redução devem ser realizadas apenas por pessoal médico especializado; A imobilização
deve ser realizada sempre nos limites de dor e conforto da vítima, portanto ao imobilizar um
membro não forçar seu retorno ao seu lugar natural; Transportar a vítima somente após o
membro afectado estar correctamente imobilizado, sendo que a única excepção é quando há
risco de morte.
35
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2.5 Primeiros Socorros em casos de HIV-SIDA

Directrizes da OMS sobre o SIDA e os primeiros socorros no local de trabalho.

Estas directrizes podem ser aplicadas em casos gerais, ou seja, mesmo fora do ambiente de
trabalho.

A respiracao boca a boca constitui um procedimento que salva vidas, o qual não se deve
recusar por causa do medo de contrair o HIV ou outra infecção. Não foi ainda registado
nenhum caso de transmissão do HIV deste modo.

Teoricamente existe risco se a pessoa a quem se deve ressuscitar estiver a sangrar pela
boca. Neste caso é aconselhável usar um tecido limpo para limpar o sangue que se encontra na
boca dessa pessoa. Uma pessoa a sangrar necessita de atenção imediata.

Aplique um tecido grosso limpo sobre a ferida fazendo pressão; evite que o sangue entre
em contacto com os olhos, boca e com rachas na pele. Assegure-se que todos os cortes abertos
ou feridas que possui estão cobertos antes de administrar os primeiros socorros; lave sempre
as suas mãos com sabão e água logo que termine.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Escola de Formação em Saúde. Primeiros Socorros. Brasil, Santa Catarina. Editora Itinerários
do Saber, 2017.
REIS, Isabel. Manual de Primeiros Socorros. Situações de urgência nas Escolas, Jardins-de-
infância e Campos de Ferias. 3ª ed. Portugal, Lisboa. Direcção-geral de Inovação e de
Desenvolvimento Curricular, 2010.
Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. Manual de Situações de Emergência
e Primeiros Socorros. Brasil. 2010.
SAMU. Manual de Primeiros Socorros para leigos. Porto Alegre, 2013.
Núcleo de Biossegurança. Manual de Primeiros Socorros. Atendimento emergencial.Rio de
Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
ONUSIDA. O SIDA E A INFECÇÃO POR VÍRUS HIV. Informação para os Funcionários das
Nações Unidas e Suas Famílias. Genebra, Suiça, 1999.

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