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INDICE

INTRODUÇÃO........................................................................................................................................2
1-CONCEITO DA ERGONOMIA...............................................................................................................3
1.1-Quando surgiu este termo?.........................................................................................................3
2-ORIGEM DA ERGONOMIA...............................................................................................................4
3-PRINCIPIOS ERGONOMICOS BASICOS................................................................................................5
3.1-Posto de trabalho........................................................................................................................6
3.2-O Sentar e concepção de cadeiras...............................................................................................7
3.2.1- O Sentar...............................................................................................................................7
3.2.2-A cadeira de trabalho...........................................................................................................8
3.3-Posto de trabalho em pé.............................................................................................................9
4-ESTRATEGIAS DE SEIS PONTOS PARA OBTER MELHORIAS ERGONOMICAS NO LOCAL DE TRABALHO.
.............................................................................................................................................................10
4.1-Contacte com outros trabalhadores..........................................................................................10
4.2- suspeitar que sejam provocados pela não aplicação dos princípios ergonómicos...................10
4.3- Estude as áreas que suspeite serem problemáticas.................................................................10
4.4- Obtenha recomendações da parte:..........................................................................................10
4.5- Exerça pressão, a fim de obter as alterações necessárias........................................................10
4.6- Comunique com os trabalhadores............................................................................................10
5-IMPORTANCIA DA ERGONOMIA NO LOCAL DE TRABALHO..............................................................10
6-CUIDADOS A TER COM OS E.P.I........................................................................................................11
6.1- Quais são os EPIs que podemos utilizar?..................................................................................11
7-DIVISÃO DA ERGONOMIA.................................................................................................................13
7.1-Ergonomia de Intervenção:.......................................................................................................13
7.2-Ergonomia de Concepção:.........................................................................................................13
7.3-Ergonomia de Correção:............................................................................................................13
7.4-Ergonomia de Enquadramento:................................................................................................13
7.5-Ergonomia de Remanejamento:................................................................................................13
7.6-Ergonomia de Modernização:...................................................................................................13
8-SUB-AREAS DA ERGONOMIA............................................................................................................14
8.1-Ergonomia de Projetos e Desenvolvimento de Produtos:.........................................................14
8.2-Ergonomia Preventiva:..............................................................................................................14
8.3-Ergonomia Corretiva:.................................................................................................................14

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9-CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA.....................................................................................................14
9.1-Ergonomia Física:.......................................................................................................................14
9.2-Ergonomia Ambiental:...............................................................................................................14
9.3-Ergonomia Cognitiva.................................................................................................................14
9.3.1-Domínio cognitivo:.............................................................................................................15
9.3.2-Domínio afetivo:.................................................................................................................15
9.3.3-Domínio psicomotor:..........................................................................................................15
10-LESÃO SINTOMAS CAUSAS COMUNS.............................................................................................17
10.1-Bursite:....................................................................................................................................17
10.2-Síndrome do túnel cárpico:.....................................................................................................17
10.3-Celulite:...................................................................................................................................17
10.4-Epicondilite:.............................................................................................................................17
10.5-Gânglio:...................................................................................................................................17
10.6-Osteoartrite:............................................................................................................................17
10.7-Tendinite:................................................................................................................................17
10.8-Tenos sinovite.........................................................................................................................17
10.9-Dedo em mola.........................................................................................................................18
11-ALGUNS PRICIPIOS ERGONOMICOS RELACIONADOS AO POSTO DE TRABALHO............................18
11.1-Altura da cabeça......................................................................................................................18
11.2-Altura do ombro......................................................................................................................18
11-3-Alcance do braço.....................................................................................................................18
11.4-Altura do cotovelo...................................................................................................................18
11.5-Altura da mão..........................................................................................................................19
11.6-Dimensão da mão....................................................................................................................19
11.7-Tamanho corporal...................................................................................................................19
12-APLICAÇÕES DA ERGONOMIA........................................................................................................19
12.1-Na Industria.............................................................................................................................19
12.2-Na agricultura e Mineração.....................................................................................................19
12.3-Na vida diária...........................................................................................................................19
13-BENEFICIOS DA ERGONOMIA.........................................................................................................19
CONCLUSÃO........................................................................................................................................21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................22

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como foco principal a ergonomia que é um fator chave no
desenvolvimento de tarefas em qualquer setor do trabalho pois é através do estudo dela que
se pode executar com êxito, sem danos, cansaço eminente, ou dores por parte dos
trabalhadores, todas as tarefas por eles desempenhadas.

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1-CONCEITO DA ERGONOMIA

O conceito de ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (lei ou
regra). “Pode-se dizer que a ergonomia se aplica ao projeto de máquinas, equipamentos,
sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no
trabalho” (DUL; WEERDMEESTER, 1995, p. 17).

1.1-Quando surgiu este termo?

Muitos autores buscam conceituar a ergonomia como uma ciência associando-a a diversos
enfoques. O termo ergonomia data de 1857, quando o polonês W. Jastrzebowski nomeou
como título de uma de suas obras o “Esboço da Ergonomia ou Ciência do Trabalho baseada
sobre as Verdadeiras Avaliações das Ciências da Natureza”. Oficialmente o termo Ergonomia
foi adotado na Inglaterra em 1949, ano da fundação da Ergonomic Research Society -
Sociedade de Pesquisa Ergonômica.

Vejamos alguns conceitos:

“Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamentos e


ambiente, e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e
psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento” (IIDA, 2005, p. 54).

“Ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários


para a conceção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o
máximo de conforto, de segurança e de eficácia” (WISNER, 1987, p. 25).

“Ergonomia é uma nova ciência que transcende a abordagem médica ortodoxa focada no
indivíduo, para, com a coparticipação da psicologia, engenharia industrial, desenho industrial,
etc., conceber, transformar ou adaptar o trabalho às características humanas” (GUIMARÃES,
1999, p. 43).

“Ergonomia é o estudo do comportamento do homem no seu trabalho, convertendo-se o


mesmo homem no sujeito-objeto, ou ainda, como o estudo das relações entre o homem no
trabalho e seu ambiente” (KROEMER, 2005, p. 28).

Há muitos outros autores que tratam desse tema e também vários outros modos de conceituar
ergonomia, mas independentemente do autor, o enfoque desta ciência está no homem, no seu
processo de trabalho para a eliminação de riscos e esforços, na constante busca da
maximização do conforto e da eficiência do sistema. Para Kroemer (2005) as contribuições

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dos estudos ergonômicos auxiliam no ajuste das exigências do trabalho em relação do ajuste
de carga física e mental, a conceção de máquinas, ferramentas ou instrumentos que ofereçam
maior eficácia, precisão com segurança, buscando sempre adaptar o ambiente às necessidades
do trabalhador.

2-ORIGEM DA ERGONOMIA

A origem da ergonomia bem como sua evolução está diretamente associada às mudanças
econômicas, sociais, técnicas e tecnológicas que ocorrem dentro dos sistemas produtivos. Da
produção artesanal à automação e informatização dos postos de trabalho e das tarefas a serem
realizadas, as mudanças decorrentes impõem ao trabalhador e às máquinas uma série de
adaptações.

A ergonomia surge de modo sistematizado por volta de 1940, objetivando analisar e buscar
melhorias para a relação homem, máquina, tarefa, posto. Na década de 1960 com o crescente
aumento da informatização nos diferentes segmentos da economia, percebe-se que os
próprios processos de trabalho podem ser redesenhados, levando-se em consideração as
necessidades e características do ser humano.

A ergonomia está voltada para a área de softwares, envolvendo-se em pesquisas sobre


questões cognitivas relacionadas a aspetos específicos da relação (interface) com o usuário. E
na década de 1980, a ergonomia estudou também aspetos denominados como macro
ergonômicos, isto é, as pesquisas se voltavam para análise sociotécnica que envolveu a
organização do trabalho. Agora, são consideradas relevantes a análise do grau de
repetitividade, monotonia e desempenho, turnos de trabalho, segurança, higiene, layout e
biorritmo. Nesse contexto, o caráter participativo do funcionário/cliente/usuário serve como
base para as avaliações ergonômicas.

Rio (1999, p. 22-23) distingue três fases históricas dos estudos e pesquisas relacionados ao
trabalho:

1ª. A adaptação do homem à máquina - os estudos se concentram sobre a máquina,


procurando formar e selecionar os operadores de acordo com as exigências da máquina;

2ª. O erro humano - que pode levar aos acidentes e a custos econômicos. Surge a
consciência de que os estudos devem se concentrar no homem, a fim de respeitar e conhecer
seus limites;

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3ª. O sistema homem-máquina - as investigações se reconduzem aos sistemas
determinados pelo homem e pela máquina, buscando a mútua adaptação e operacionalidade.

Com a crescente globalização da economia e dos processos produtivos, é desencadeado um


forte sentimento de competitividade, o trabalho vem enfrentado situações inusitadas para a
ergonomia, como apontam Rio e Pires (2001, p. 75): Novas exigências de produtividade e
desempenho que trazem desafios crescentes, exigindo que as conceções e práticas aliem de
maneira mais incisiva as questões de saúde e produtividade. A progressiva falta de exercício
físico no trabalho exige não apenas a redução de cargas físicas, mas também a oferta de
cargas mínimas necessárias para a manutenção da saúde de sistemas orgânicos. Como o
músculo-esquelético e o cardiovascular.

A intensificação e globalização do estresse psíquico exigem novas abordagens, para as quais


a ergonomia ainda não desenvolveu metodologias eficazes e necessita solicitar apoio de
outras áreas [como a psicologia, sociologia, antropologia do trabalho]. A ergonomia como
ciência não se pode conceber como um estudo autônomo, mas sim, interdisciplinar. Ela pode
fazer excelentes parcerias com a Medicina do Trabalho (estudo da biomecânica,
antropometria e fisiologia); com a Engenharia de Produção (EPIs e CIPA); com as Ciências
Humanas e Sociais (psicologia, sociologia, antropologia); e, com a Economia (administração,
relações sindicais). Todas estas áreas do conhecimento buscam conceber a ergonomia com
uma diretriz ética e técnica fundamental: adaptar o trabalho ao ser humano e nunca o
contrário! Para Vidal (2002, p. 28), trabalhar com ergonomia é desenvolver maneiras de dar
conta dos problemas que surgem na vida profissional. Entretanto, na prática, nem sempre isto
é possível em função das dificuldades operacionais, que vão desde a insuficiência técnica até
as questões financeiras e de interesses políticos da empresa.

3-PRINCIPIOS ERGONOMICOS BASICOS

A aplicação de princípios ergonómicos para a prevenção ou resolução de problemas, será


sempre mais eficaz, se for feito o estudo e diagnóstico das condições de trabalho numa base
de análise de cada posto de trabalho Por vezes, mesmo as alterações ergonómicas mais
pequenas na conceção do equipamento, nos postos de trabalho (ver secção A, Posto de
Trabalho, para mais detalhes sobre este tópico), ou nas tarefas profissionais, podem traduzir-
se em melhorias significativas no conforto, saúde, segurança e produtividade do trabalhador.
Seguem-se alguns exemplos de alterações ergonómicas que, caso sejam implementadas,
podem resultar numa melhoria significativa:

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• Para os trabalhos de montagem, o material deve estar colocado numa posição de modo a
que a maior parte do trabalho seja realizada pelos músculos mais fortes do trabalhador.

• Para o trabalho de detalhe que envolva uma relação próxima com os materiais, a mesa de
trabalho deve ser mais baixa do que a utilizada para o trabalho mais pesado.

• As ferramentas manuais que provocam desconforto ou lesões devem ser modificadas ou


substituídas. Muitas vezes, os trabalhadores são a melhor fonte de sugestões para a melhoria
de uma ferramenta, a fim de tornar a sua utilização mais confortável. Por exemplo, os alicates
tanto podem ser direitos ou curvos, conforme a sua utilização.

Uma tarefa não deve obrigar o trabalhador a permanecer numa posição inadequada, como
obrigar a ficar esticado, curvado, ou arqueado, durante longos períodos de tempo.

• Os trabalhadores devem receber formação sobre técnicas de elevação adequadas. Um


trabalho bem concebido deverá minimizar a extensão e a frequência de execução de
elevações por parte dos trabalhadores.

O trabalho executado em pé deve ser minimizado, tendo em conta que é muito menos
cansativo desempenhar uma função na posição de sentado do que em pé.

• A atribuição de funções deve ser rotativa, a fim de minimizar a quantidade de tempo que
um trabalhador necessita para realizar uma tarefa altamente repetitiva, tendo em conta que o
trabalho repetitivo exige a utilização sucessiva dos mesmos músculos, sendo, regra geral,
extremamente cansativo.

• Os trabalhadores e o equipamento devem estar posicionados, de forma a poderem


desempenhar as suas funções com os seus antebraços ao lado do corpo e com os pulsos
direitos.

3.1-Posto de trabalho

Um posto de trabalho consiste no local ocupado por um trabalhador quando este desempenha
uma tarefa. O posto de trabalho pode estar permanentemente ocupado, ou pode ser um dos
diversos locais de execução de uma tarefa.

Alguns exemplos de posto de trabalho são os stands ou as mesas de trabalho para a operação,
montagem ou inspeção de uma máquina; uma mesa de trabalho onde se utiliza um
computador; uma consola de controlo, etc.

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Um posto de trabalho bem concebido é imprescindível para prevenir doenças relacionadas
com deficientes condições de trabalho, bem como para garantir a produtividade do trabalho.
Cada posto de trabalho deve ser concebido tendo em consideração o trabalhador e a tarefa a
desempenhar, com o objetivo do trabalho poder ser executado de forma confortável, natural e
eficaz.

Se o posto de trabalho for concebido de forma adequada, deverá ser possível ao trabalhador
manter uma postura corporal confortável e correta. Este fator é importante, pois uma postura
de trabalho desconfortável pode provocar uma série de problemas, como:

• lesões nas costas;

• desenvolvimento ou agravamento de LER (Lesões por Esforço Repetitivo);

• problemas circulatórios nas pernas.

As principais causas destes problemas são:

• assentos mal concebidos;

• permanência em pé durante longos períodos:

• movimentos de alongamento forçados;

• iluminação inadequada, forçando o trabalhador a aproximar-se demasiado do material na


execução da tarefa.

3.2-O Sentar e conceção de cadeiras

3.2.1- O Sentar

Se uma função não exigir muita força física e puder ser executada num espaço limitado, o
trabalho poderá ser realizado numa posição sentada.

Nota: estar sentado o dia todo não é saudável, principalmente para as costas. Como tal, deve
haver alguma diversidade no que respeita às tarefas a ser executadas, de modo a que um
trabalhador não seja obrigado a trabalhar apenas sentado. Uma boa cadeira é essencial para o
trabalho sentado. A cadeira deve permitir que o trabalhador mude facilmente as posições das
pernas e de trabalho. Seguem-se algumas diretrizes ergonómicas relativas ao trabalho
sentado:

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• O trabalhador deve poder alcançar toda a área de trabalho sem ter de se esticar ou torcer
desnecessariamente.

• Uma boa posição sentada significa que o indivíduo está sentado com uma postura direita, à
frente e perto do trabalho a ser executado.

• A mesa de trabalho e a cadeira devem ser concebidas de modo a que a superfície de


trabalho esteja aproximadamente ao mesmo nível dos cotovelos.

• As costas devem estar direitas e os ombros relaxados.

• Se possível, deverá existir alguma forma de apoio ajustável para os cotovelos, antebraços ou
mãos.

3.2.2-A cadeira de trabalho

Uma cadeira de trabalho adequada deve satisfazer determinados requisitos ergonómicos.


Utilize as seguintes diretrizes quando escolher uma cadeira:

• A cadeira de trabalho deve estar adequada ao trabalho a ser executado e à altura da mesa ou
da bancada de trabalho.

• Se possível, a altura do assento e do encosto devem ser ajustáveis separadamente A


inclinação do encosto deve ser igualmente ajustável.

• A cadeira deve permitir que o trabalhador se incline facilmente para a frente ou para trás.

• O trabalhador deve ter espaço suficiente debaixo da mesa para as suas pernas, devendo
poder alterar o posicionamento das mesmas com facilidade.

• Os pés devem estar totalmente apoiados no chão. Quando tal não for possível, o trabalhador
deve dispor de um descanso para os pés. Um descanso para os pés irá igualmente ajudar a
eliminar a pressão da parte de trás das coxas e dos joelhos.

• A cadeira deve ter um encosto que apoie a parte inferior das costas.

• O assento deve ser ligeiramente curvado para baixo na borda frontal.

• A cadeira ideal deveria ter cinco pernas para uma maior estabilidade.

• É preferível que os descansos para os braços sejam removíveis, sendo considerados por
alguns trabalhadores desconfortáveis. Em qualquer caso, os descansos para os braços não
devem impedir o trabalhador de se aproximar o suficiente da mesa de trabalho.

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• A cadeira deve ser revestida por um tecido respirável, a fim de prevenir eventuais quedas
por deslizamento.

3.3-Posto de trabalho em pé

Permanecer em pé durante longos períodos de tempo para desempenhar uma determinada


função deveria ser evitado sempre que possível. Os longos períodos de trabalho em pé podem
provocar dores nas costas, inchaço nas pernas, problemas de circulação sanguínea, dores nos
pés e cansaço dos músculos.

Seguem-se algumas diretrizes a seguir quando o trabalho em pé não puder ser evitado:

•Se um trabalho tiver que ser realizado numa posição em pé, deve ser disponibilizado ao
trabalhador uma cadeira ou um banco, para que este possa sentar-se em intervalos regulares.

• Os trabalhadores devem poder trabalhar com os seus braços ao lado do corpo, sem flexão ou
torção excessiva das costas.

• A superfície de trabalho deve ser ajustável a trabalhadores de diferentes alturas e para


diferentes tarefas.

• Caso a superfície de trabalho não seja ajustável, deverá providenciar-se aos trabalhadores
mais altos uma base que a eleve. Para os trabalhadores mais baixos, deverá fornecer-se uma
plataforma de elevação para a sua altura de trabalho.

• Deve ser fornecido um descanso para os pés, a fim de ajudar a reduzir a tensão nas costas,
permitindo que o trabalhador troque de posição. Transferir o peso do corpo de tempos a
tempos reduz a tensão nas pernas e nas costas.

• Deve existir uma carpete no chão para que o trabalhador não tenha que permanecer em pé
numa superfície dura. Um chão de cimento ou metal deve ser coberto com o objectivo de
amortecer choques. O chão deve estar limpo, nivelado e não ser escorregadio.

• Sempre que executarem trabalho em pé, os trabalhadores devem utilizar calçado com
sustentação de arco e saltos baixos.

• Deve existir um espaço adequado para os joelhos, permitindo que o trabalhador altere a
posição do corpo enquanto trabalha.

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• O trabalhador não deverá ter que se esticar para realizar as tarefas. Por isso, o trabalho deve
ser realizado entre 8 a 12 polegadas (20 a 30 centímetros) à frente do corpo

4- ESTRATEGIAS DE SEIS PONTOS PARA OBTER MELHORIAS


ERGONOMICAS NO LOCAL DE TRABALHO.

4.1- Contacte com outros trabalhadores

- Distribua cópias de fichas informativas ou de folhetos no local de trabalho.

- Ouça o que os outros têm para dizer sobre as questões relacionadas com ergonomia.

- Registe os nomes e as áreas de trabalho das pessoas que vivenciam sintomas que possa.

4.2- suspeitar que sejam provocados pela não aplicação dos princípios ergonómicos.

Recolha informação para identificar as áreas problemáticas

4.3- Estude as áreas que suspeite serem problemáticas

- Observe diretamente quaisquer áreas problemáticas e analise as tarefas.

- Comece a conceber soluções, como a elevação das mesas, a rotatividade do trabalho, etc.

4.4- Obtenha recomendações da parte:

- dos trabalhadores afetados;

- dos trabalhadores da manutenção e reparação;

- do departamento sindical de saúde e segurança (caso exista);

- de outros especialistas em saúde e segurança.

4.5- Exerça pressão, a fim de obter as alterações necessárias

O apoio dos trabalhadores (e da documentação) irá encorajá-lo a obter uma situação


vantajosa no quer respeita à linguagem contratual de saúde e segurança, conflitos ou outros
acordos com a gerência.

4.6- Comunique com os trabalhadores

A comunicação bidirecional é importante para a construção e manutenção da solidariedade


sindical.

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5-IMPORTANCIA DA ERGONOMIA NO LOCAL DE TRABALHO

A ergonomia é uma ferramenta muito importante para o local de trabalho porque:

- traz melhorias para o desenvolvimento do trabalho devido a sua eficácia no controlo da


execução do trabalho dando credibilidade ao posto de trabalho que respeita as regras
ergonómicas;

- objetiva manter a saúde e segurança no trabalho garantindo o bem-estar físico, mental e


profissional do trabalhador.

6-CUIDADOS A TER COM OS E.P.I

O equipamento de proteção individual segundo a Portaria do Ministério do Trabalho (MTE)


na Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1997, a NR 6, é todo o dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

O EPI pode ser de fabricação nacional ou importada e sempre deve ter indicado o CA, ou
seja, o Certificado de Aprovação, expedido pelo Mistério do Trabalho e Emprego onde
constam as especificações dos materiais utilizados na produção e validade do mesmo.

A empresa deve fornecer o EPI a todos os seus empregados de forma totalmente gratuita e em
função do risco que o trabalhador está exposto.

Deve também oferecer treinamento para a perfeita utilização e conservação dos equipamentos
de forma tal que o trabalhador esteja seguro quanto ao uso e evite assim os riscos, acidentes e
doenças ocupacionais.

Consta na NR 6 as responsabilidades do empregador, do empregado, do fabricante e do


Ministério do Trabalho, nos quesitos obrigações, cuidados e riscos, informações,
capacitações, lavagem e higienização, conservação, manutenção, registro de irregularidades,
fiscalização e penalidades pelo descumprimento da normativa.

6.1- Quais são os EPIs que podemos utilizar? O Anexo I da NR 6 traz a lista completa de
equipamentos de proteção individual subdivididos em grupos que envolvem proteção contra
diferentes origens seja térmica, mecânica, química ou radioativa. São eles:

• Cabeça: capacete e capuz ou balaclava;

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• Olhos e face: óculos, protetor facial e máscaras;

• Auditivo interno e externo: abafador, concha e plugs;

• Respiratório: máscara, respirador e purificador;

• Tronco: vestimenta e colete;

• Membros superiores: luva, manga, creme protetor, braçadeira e dedeira;

• Membros inferiores: calçado, meia, perneira e calça;

• Corpo inteiro: avental e macacão;

• Contra queda com diferença de nível: trava queda e cinturão.

Mas você ainda pode estar se questionando: quem deve fazer a indicação do uso? E quais
equipamentos devem ser oferecidos? A resposta são os profissionais do SESMT.

E na falta de um responsável pelo SESMT na empresa? Os cíperos e ainda na falta destes, os


profissionais dos Recursos Humanos ou mesmo a terceirizada de saúde ocupacional.

A importância da utilização de EPI é para que o trabalhador não se exponha a riscos de forma
negligente ou imprudente. O gestor direto e a empresa são os responsáveis por indenizações e
penalidades que por ventura possam ocorrer mediante doença ocupacional ou até nos
acidentes com lesões temporárias, permanentes e óbitos.

Para Vieira de Melo (2011, p. 359) “a educação e o treinamento são à base de sustentação
para a manutenção da continuidade do processo de melhorias”. É preciso que os
trabalhadores tenham consciência da finalidade, da importância e das maneiras corretas de
uso e de conservação. Aqui o autor deixa claro o comprometimento de empregadores e
empregados, pois estes equipamentos somente têm validade se forem utilizados corretamente
e para tal é necessário investimentos na aquisição de material de qualidade e treinamento para
sanar dúvidas na utilização e conservação dos mesmos.

Antes de fornecer o EPI ao trabalhador, é preciso que a empresa desenvolva formas de


conscientização e sensibilização sobre a finalidade e vantagens do uso correto destes
materiais enfatizando aspetos técnicos, educacionais e psicológicos.

Ergonomia de Produto e de Produção: Esta é a divisão clássica dentro da ergonomia e a mais


aceita mundialmente. A ergonomia de produto está mais voltada para projetos de artefactos
diversos: ferramentas, utensílios, mobiliário, vestuário, etc., ao passo que a ergonomia de
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produção enfocando as normas, procedimentos, tanto técnicos como humanos, buscando
analisar as dificuldades e facilidades na execução das atribuições e nos postos de trabalho. Na
prática, a ergonomia incorpora ambos os conceitos para a análise e solução dos problemas,
pois uma contribui para a outra, a chamada ergonomia simultânea.

7-DIVISÃO DA ERGONOMIA

7.1-Ergonomia de Intervenção: É a resposta a uma demanda do cliente/usuário/consumidor,


que deverá ser trabalhada e uma solução deve ser encaminhada para a implementação de uma
ação ergonômica. Este levantamento da demanda pode ser feito através de listas de
verificação – check list.

7.2-Ergonomia de Concepção: Elaboração de novos produtos, processos, métodos de


trabalhos e/ou sistemas. A ideia está em projetar uma nova concepção ou uma nova
tecnologia, modificando assim, as maneiras de execução dos processos. A ergonomia de
concepção leva a uma mudança de hábitos na maneira de pensar e fazer, sempre objetivando
a implementação de soluções e melhorias.

7.3-Ergonomia de Correção: Busca corrigir ou ao menos minimizar o desconforto nos


postos de trabalho, nas rotinas e procedimentos das atribuições laborativas.

7.4-Ergonomia de Enquadramento: Visa à implementação de um padrão a ser atendido,


seja ele estabelecido internamente pela própria empresa, ou por questões estratégicas,
impostas pela legislação ou por sindicatos.

7.5-Ergonomia de Remanejamento: É a existência da necessidade de mudança. Este é um


campo vasto para a reengenharia, ou seja, alterações que objetivem a otimização de
processos, matéria-prima, logística e, até mesmo, de pessoas. Aproveitar as mudanças para
corrigir os antigos defeitos.

7.6-Ergonomia de Modernização: São as alterações dos processos de forma abrangente e


profunda, envolvendo a modernização de equipamentos (softwares), ganhos na qualidade e
na capacitação e na especialização da mão-de-obra.

8-SUB-AREAS DA ERGONOMIA

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8.1-Ergonomia de Projetos e Desenvolvimento de Produtos: Aplica-se no
desenvolvimento de projetos para que os mesmos tenham subsídios dos conhecimentos
ergonómicos.

8.2-Ergonomia Preventiva: Relacionada com a área de higiene e segurança no trabalho, tem


como objetivo auxiliar nos processos de gestão e controle dos ambientes laborais, visando a
segurança e o conforto dos trabalhadores.

8.3-Ergonomia Corretiva: Procura solucionar os problemas de situações reias, através de


redesenho ou substituição dos elementos do sistema

9-CLASSIFICAÇÃO DA ERGONOMIA

9.1-Ergonomia Física: relacionada com os aspetos fisiológicos dos indivíduos interferem


diretamente no desenvolvimento do trabalho, tais como:

-Fisiologia;

-Anatomia;

-Estudo das condições de adequação do posto de trabalho;

-Sistemas de saúde segurança no trabalho.

9.2-Ergonomia Ambiental: Relacionada com os aspetos ambientais que influenciam no


desenvolvimento e na segurança do trabalho individual

9.3-Ergonomia Cognitiva

A ergonomia cognitiva é para Guimarães (2000, p. 4.3-1) uma área que “engloba os
processos percetivo, mental e de motricidade”. Pense agora o que você mais utiliza
mentalmente para executar suas tarefas diárias: memória? Cálculos? Raciocínio lógico?
Criatividade? Alguns destes aspetos mais que outros? Todos ao mesmo tempo? Qual é a
carga mental que você precisa “gastar” para ser produtivo/competente?

Para Fonseca (1999, p. 43), “é o ato de conhecer ou de captar, integrar, elaborar e exprimir
informação, para a resolução de problemas”. Está diretamente relacionada aos processos
pelos quais um indivíduo percebe (input), elabora e comunica (output) a informação para se
adaptar ao meio em que vive. O imput está associado aos órgãos dos sentidos que captam os
estímulos do meio externo. Esses estímulos de cores, sons, texturas, sabores, odores são
processados sob a forma de informações no cérebro, através das perceções do indivíduo. O

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resultado final de processamento será observado pelos comportamentos, ações ou
movimentos, aqui denominados de output.

O raciocínio do ser humano pode ser comparado a um sistema aberto, flexível às mudanças
ao longo de toda a sua vida. O conhecimento é obtido através do desenvolvimento das
potencialidades ou aptidões inerentes a qualquer pessoa. O nível ou grau de conhecimento
que um indivíduo apresenta denomina-se inteligência.

Sendo assim, inteligência é o conjunto de habilidades para a resolução de problemas, ou, se


preferir, a capacidade que uma pessoa tem de criar alternativas que visem alcançar seus
objetivos.

Para Abbad e Borges-Andrade (2004), a aprendizagem, para ser realizada, precede de três
domínios pessoais e intransferíveis: cognitivo, afetivo e psicomotor:

9.3.1-Domínio cognitivo: aborda a resolução de tarefas mediante aprendizagem escolar ou


de treinamentos profissionais (princípio organizador).

9.3.2-Domínio afetivo: está associado aos interesses, apreciações, atitudes, valores que estão
presentes durante o ato de aprender, as relações emocionais pertinentes entre o aprendiz e a
instrução ou conhecimento a ser assimilado (princípio de internalização).

9.3.3-Domínio psicomoto: diz respeito às ações motoras ou musculares decorrentes da


manipulação de objetos, ferramentas, instrumentos durante o processo de aprendizagem
(princípio de automatização). Vamos imaginar um trabalhador que executa a tarefa de
movimentação de cargas e mercadorias. Ele precisa montar um sistema de rotas de transporte,
níveis de estoque, processar pedidos, ou seja, vai planejar geograficamente o aspecto
espacial, o tempo, estratégias e custos operacionais. Todo este processo logístico exige
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.

A preocupação da ergonomia cognitiva está em saber se o trabalhador em questão executa


com habilidade os três domínios ou se há uma deficiência em algum deles e claro, investigar
qual é a mais comprometida para partindo desta análise oferecer uma capacitação mais
específica para este trabalhador. Por exemplo, o trabalhador compreende a tarefa a ser
realizada, mas apresenta algum tipo de comprometimento motor, de lateralidade, de
percepção visual, de atenção ou de concentração, de memória, ou ainda, tem dificuldade em
se adequar a ferramentas, equipamentos de proteção e não simpatiza muito com a tarefa. Seu
desempenho nesta situação está comprometido não somente na produtividade, mas também

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pode levar a algum acidente em função da carência de atenção, concentração, lateralidade ou
outro comprometimento que o trabalhador possa ter.

As empresas buscam profissionais competentes que saibam aplicar suas qualificações,


transformando-as em resultados e ações valiosas. Estes são os chamados trabalhadores
multifuncionais ou polivalentes, capazes de aprender, de se autoavaliar constantemente, de
buscar novas soluções, resolver problemas complexos, assumir riscos e enfrentar desafios
sem medo de errar. Além das qualificações técnicas e tecnológicas para a função, ainda
devem guardar características de Auto motivação, com valores internos bem arraigados e
uma aprendizagem flexível para toda a alteração que se faça necessária.

É preciso que as empresas se estruturem para que haja mudanças e novas aprendizagens por
meio da criação de programas de TD&E, ou seja, a importância de investirem
financeiramente em programas de Treinamento, Desenvolvimento e Educação.

O conhecimento é um processo, e como tal exige tempo, dedicação, motivação,


investimentos, e, principalmente, a participação integrada de ações da diretoria, gestores e
trabalhadores.

Para os autores Abbad e Borges-Andrade (2004, p. 256) para que o desempenho seja eficaz,
as pessoas precisam saber e fazer a tarefa de acordo com certo padrão de excelência. Para
isso, precisam, obrigatoriamente, do suporte organizacional (máquinas, equipamentos,
ferramentas), terem o domínio da tarefa através de treinamento oferecido pela empresa, como
também do fator motivacional, relacionado à organização do trabalho (comunicação,
relacionamento interpessoal, relações de poder harmoniosas).

É fundamental um clima organizacional sinergético para que esses aspectos possam ocorrer.
O conceito de desempenho compreende, além do conjunto de habilidades, conhecimentos,
atitudes, capacidades, inteligência e experiências pessoais, componentes de saber fazer a
motivação e as condições de trabalho. Isso implica criar condições pelas quais o trabalhador
possa expressar sua subjetividade, suas características individuais e pessoais nos ambientes
de trabalho. Dessa forma, os inputs e outputs precisam ser direcionados de acordo com as
características de cada um e não de forma generalizada, pois cada trabalhador apresenta uma
característica particular de aprendizagem e de execução da tarefa a ele determinada. O
conhecimento deve ser estimulado de forma contínua e sequencial, iniciando pelos elementos
mais simples até alcançar os mais complexos. E sendo acompanhada pelos gestores, os quais
devem apresentar características mediadoras, ou seja, ações gerenciais mais flexíveis,

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participativas, solidárias e empáticas, de tal forma que o processo de aprendizagem
organizacional não se torne uma luta pelo poder ou elemento de obrigatoriedade por parte dos
trabalhadores.

10-LESÃO SINTOMAS CAUSAS COMUNS

10.1-Bursite: inflamação da bursa (cavidade sacular) entre a pele e o osso, ou entre o osso e
o tendão. Pode surgir no joelho, no cotovelo ou no ombro. Dor e inchaço no local da lesão.
Ajoelhar-se, pressão sobre o cotovelo, movimentos repetitivos dos ombros.

10.2-Síndrome do túnel cárpico: pressão nos nervos que sobem pelo pulso. Latejar, dor e
dormência no polegar e nos dedos, especialmente durante a noite. Trabalho repetitivo com o
pulso fletido. Utilização de ferramentas vibratórias. Por vezes segue-se a Tenos sinovite (ver
abaixo).

10.3-Celulite: infeção da palma da mão após hematomas repetidos. Dor e inchaço das mãos.
Utilização de ferramentas manuais, como martelos e pás, associada à abrasão do pó e da terra.

10.4-Epicondilite: inflamação na zona onde o osso e o tendão se unem. Denominado


“cotovelo de tenista”, quando ocorre no cotovelo. Dor e inchaço no local da lesão. Trabalho
repetitivo, muitas vezes num trabalho desgastante, como o de carpinteiro, estucador, trolha.

10.5-Gânglio: um quisto numa articulação ou na bainha de um tendão. Habitualmente nas


costas da mão ou no pulso. Inchaço duro, pequeno e redondo habitualmente indolor.
Movimento manual repetitivo.

10.6-Osteoartrite: danos nas articulações, resultante da formação de tecido cicatricial na


articulação e do crescimento de osso em excesso. Rigidez e dor constante e pouco intensa na
coluna e no pescoço, assim como em outras articulações. Sobrecarga a longo prazo da coluna
e de outras articulações.

10.7-Tendinite: inflamação na zona onde o músculo e o tendão se unem. Dor, inchaço, dor
ao toque e vermelhidão da mão, pulso e/ou antebraço. Dificuldade em utilizar a mão.
Movimentos repetitivos.

10.8-Tenos sinovite: inflamação dos tendões e/ou das bainhas dos tendões. Dor pouco
intensa, mas permanente, dor ao toque, inchaço, dor extrema, dificuldade em usar a mão.
Movimentos repetitivos, muitas vezes de pouca intensidade. Pode ser desencadeada por
aumentos súbitos da carga de trabalho ou pela introdução de novos processos. Tensão no

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pescoço ou no ombro: inflamação dos músculos e dos tendões do pescoço e do ombro. Dor
localizada no pescoço ou nos ombros. Ter que manter uma postura rígida.

10.9-Dedo em mola: inflamação dos tendões e/ou das bainhas dos tendões dos dedos.
Incapacidade de mover os dedos devagar, com ou sem dor. Movimentos repetitivos. Ter que
agarrar durante muito tempo, com muita força ou demasiadas vezes.

11-ALGUNS PRICIPIOS ERGONOMICOS RELACIONADOS AO POSTO DE


TRABALHO

11.1-Altura da cabeça

• Prever um espaço adequado para o trabalhador mais alto.

• Posicionar os monitores por baixo ou ao nível dos olhos, pois as pessoas têm a tendência
natural de olhar ligeiramente para baixo.

11.2-Altura do ombro

• Os painéis de controlo devem estar posicionados entre a altura do ombro e da cintura.

• Evitar colocar objetos ou controlos que sejam utilizados com frequência acima da altura do
ombro.

11-3-Alcance do braço

• Colocar os objetos numa posição ao alcance dos braços, a fim de evitar alongamentos
exagerados ao tentar manuseá-los.

• Posicionar os objetos necessários para trabalhar, de modo a que o trabalhador mais alto não
necessite de se curvar quando tentar alcançar um objeto que esteja mais abaixo.

• Manter os materiais e as ferramentas mais frequentemente utilizados próximos e em frente


ao corpo.

11.4-Altura do cotovelo

• Ajustar a altura da superfície de trabalho, de modo a que a mesma fique ao nível ou abaixo
da altura do cotovelo para a maioria das funções.

11.5-Altura da mão

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• Assegurar-se de que os objetos a serem levantados são mantidos entre a altura da mão e do
ombro.

Comprimento da perna

• Ajustar a altura da cadeira de acordo com o comprimento da perna e a altura da superfície


de trabalho.

• Reservar espaço para que as pernas possam ser esticadas, com espaço suficiente para pernas
compridas.

• Disponibilizar um descanso ajustável para pés, a modo a que as pernas não fiquem
suspensas, e auxiliando o trabalhador a alterar a posição do corpo.

11.6-Dimensão da mão

• As pegas devem ajustar-se às mãos. Mãos pequenas exigem pegas pequenas e mãos grandes
exigem pegas maiores.

• Preveja espaço suficiente para as mãos maiores.

11.7-Tamanho corporal

• Preveja espaço suficiente no posto de trabalho para o trabalhador mais alto ou mais
volumoso.

Estes são fatores muito importantes para o bem-estar dos trabalhadores no posto de trabalho.

12-APLICAÇÕES DA ERGONOMIA

12.1-Na Industria: Aperfeiçoamento do sistema homem-máquina, organização do trabalho e


melhoria das condições de trabalho

12.2-Na agricultura e Mineração: Melhoria da interface das máquinas e segurança dos


trabalhadores

12.3-Na vida diária: Meios de transporte cómodos, mobiliários adequados, acessibilidade.

13-BENEFICIOS DA ERGONOMIA

-Redução dos riscos de acidentes e de doenças;

-Eliminação dos custos de redesenho de postos de trabalho, mobiliários e equipamentos;

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-Otimização da organização do trabalho;

-Melhoria da qualidade de vida e do trabalhador.

CONCLUSÃO

Com o presente trabalho pudemos concluir que a ergonomia não devia ser só estudada por
pessoas que estão se preparando para entrar no quadro profissional mas também por aqueles
que indiretamente estão conectados a certas tarefas do dia-a-dia pois inúmeras pessoas sejam
elas crianças, jovens, adultos independentemente da profissão ou status de trabalho executam
diversas tarefas sem ter mínima noção da ergonomia consequentemente gerando pequenas
perturbações ou danos que futuramente poderão causar vários problemas de saúde.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

www.wickpedia.ergonomia.com

MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora NR-17-


Ergonomia. Brasília: TEM, 2007.

GUERIN, F. et al. Compreender o trabalho para transformá-lo. São Paulo: Edgard Blücher,
2001.

MORAES, Anamaria de; MONTˊ ALVÃO, Cláudia. Ergonomia. Conceitos e aplicações.


Rio de janeiro: A. de MORAES, 2003.

WACHOWICZ, Marta Cristina. Higiene Saúde Segurança do Trabalho.p51, Coritiba-PR.


Brasil, 2013.

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